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Pensar na morte, na despedida de amigos e familiares, no momento de partida do mundo, ainda é um paradigma para uma grande parte da sociedade. Se falar em cuidados e tratamentos para amenizar a dor desse processo, por muitas vezes, é de desconhecimento de muitos brasileiros.
No entanto, a médica paliativista e autora, Ana Claudia Quintana, inverteu a perspectiva do senso comum e refletiu sobre a finitude da existência, para que a população entenda a importância e o verdadeiro significado dos Cuidados Paliativos, e vivam bem até o dia da partida.
Considerada uma das maiores referências sobre Cuidados Paliativos no Brasil, a escritora esteve em Salvador, na noite desta quarta-feira (24), para conduzir uma palestra sobre “Dignidade até o fim: uma conversa necessária”. O evento da Florence, hospital de transição e referência nacional em Cuidados Paliativos e Reabilitação Intensiva, com unidades em Salvador e Recife, ocorreu no Cerimonial Rainha Leonor (Pupileira) e contou com a presença de profissionais de diversas áreas de saúde e entusiastas da médica.
Em entrevista ao Bahia Notícias, antes do começo da iniciativa, a escritora comentou a relevância dos cuidados paliativos no segmento. Ela destacou como eventos e discussões sobre o assunto mostram o interesse em aprender e discutir sobre a dignidade das pessoas durante a vida, não apenas na hora da morte.
“Eventos como esse mostram que as pessoas querem ouvir sobre esse assunto. A gente não vai ter um evento como esse no meio da semana, no final do dia, com tantas pessoas se empenhando, se não tiver interesse público. Isso mostra que existe, de fato, uma coisa muito poderosa dentro da sociedade. De querer falar e ouvir falar sobre isso, de discutir, de levar para dentro de casa - para conversar sobre a importância dos cuidados. Essa consciência sobre a dignidade das pessoas durante a vida delas, não é só na hora da morte. Mostra também que os profissionais de saúde estão errados, quando dizem que as pessoas não querem falar sobre o assunto. As pessoas querem, precisam e a gente tem que acompanhar essa necessidade”, disse Quintana.

Reconhecida pela abordagem sensível e humanizada, ela defendeu como hospitais especializados em cuidados paliativos são importantes para quebrar preconceitos e garantir a qualidade de vida dos pacientes.
“Penso que hospitais como o que a gente tem aqui em Salvador, com a melhor qualidade, tanto do público quanto do privado, a exemplo da Florence - mostra que os outros estados do nosso país, deveriam ter isso em todas as unidades com mais de 50 leitos. É necessário ter profissionais qualificados para identificar e cuidar de pessoas nessa condição de extremo sofrimento. O cuidado paliativo já ultrapassou essa história de que é exclusivamente para os 5 minutos finais de vida. As pessoas que ainda têm este preconceito, não falam sobre isso antes da doença aparecer. É mais um motivo para conversar sobre o assunto enquanto está todo mundo saudável dentro de casa. Quando a hora chegar - o que não tem como a gente impedir que isso aconteça, estará todo mundo na mesma página da necessidade de cuidar”, observou Ana.
A especialista ainda abordou sobre o que é preciso para expandir os cuidados paliativos no Brasil, incluindo ações políticas e projetos que visam a formação de equipes e a criação de políticas públicas funcionais. A arte e a escrita também são ferramentas importantes para disseminar o conhecimento sobre o tema e sensibilizar a sociedade.
“A gente tem a necessidade de olhar para todas as camadas que podem mudar a realidade da nossa cultura e da nossa sociedade. Tenho trabalhado nessa dimensão da arte da escrita, porque na hora que escrevi o livro furei a bolha da área da saúde. O livro já tem mais de um milhão de cópias e a gente tem isso como o cotidiano do profissional mais jovem. Ele está buscando isso”, considerou.
“Esse assunto precisa chegar na política. Temos um grande preconceito no nosso país em relação a isso. É por isso que a gente passa o que passamos, pois é claro, se a gente não faz, alguém vai fazer, e vai fazer mal feito. Nesse movimento, desde a pandemia, tenho me envolvido muito com a questão de proporcionar esse espaço de discussão dentro do universo da nossa política, para que a gente tenha, de fato, políticas públicas funcionais. [...] Precisamos ter a formação de equipes, de professores nas universidades, as diretrizes de ensino da medicina rodarem. Necessitamos que a psicologia faça a mesma coisa, a fisioterapia, a enfermagem. Existe a necessidade de envolvimento de cidadania, pois é preciso pensar no cuidado dos brasileiros, não só das altas tecnologias, para a gente conseguir não fazer tratamentos mirabolantes, mas sim cuidar das pessoas no meio da vida”, finalizou.
Neta de imigrantes japoneses, a escritora baiana Luciana Nagao lança o livro “Raízes – A Força da Minha Origem”, romance ambientado na Bahia no final da década de 1970, que tem como proposta resgatar e valorizar as origens.
A obra aposta ainda em interação e recursos que facilitam a leitura, com o objetivo de democratizar o conteúdo com pessoas que têm dificuldade ou não costumam ler.

O livro avança pelos anos ao narrar a história de um rapaz que viveu a infância e adolescência no meio rural sem poder ir para a escola. A perseverança do protagonista torna a trajetória um exemplo para quem, com amor e bons princípios, encara as mais duras lutas.
“O que iluminava a casa de noite era a lamparina de querosene. A escuridão era normal, fazia parte da nossa rotina, pois meu pai só tinha comprado duas lamparinas. Quando íamos dormir ficava tudo escuro para não gastar querosene. Meus irmãos estavam acostumados, ninguém tinha medo do escuro. Nada de eletricidade, então nada de geladeira. Como vivíamos sem geladeira?”, diz trecho da obra.
SOBRE A AUTORA
Baiana da cidade de Caravelas e nissei, Luciana Nagao morou na zona rural até os seis anos, tendo mudado para São Paulo com a família - mãe e cinco irmãos - em 1980. Graduada em Fonoaudiologia pela PUC SP e terapeuta holística, em 2020, realizou o sonho de escrever um livro e já trabalha em outras duas obras: um conto de fadas e um de contos contemporâneos.
Até esta terça-feira (20), mais de 378 mil histórias foram encerradas por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil. Uma delas foi a da museóloga e mestra em Museologia Melissa Santos, de 28 anos, no último dia 11 de abril. Escritora de "Palavras de uma mulher preta", biografema inconcluso que agora mobiliza familiares em uma campanha para publicação, ela integrava o grupo "Conexões Escritas", que viabiliza a edição de livros semelhantes ao seu.
A obra, explica o irmão de Melissa, Alan Santos, aborda as dores, os amores e os sentimentos da vida da jovem, "coisas que às vezes passam desapercebidas" no cotidiano, mesmo com a proximidade. "É um material que tem uma conexão com a vida de Melissa enquanto jovem, enquanto mulher, negra", justifica Alan.
Para ele, publicar os escritos de sua irmã seria como perpetuar a memória dela, "de modo que também crie um sentimento nas outras pessoas e elas possam ver que não estão sozinhas". Além dos escritos, Melissa deixou uma outra maneira de se expressar como legado que deve compor o futuro livro: vários desenhos e outras ilustrações.
Por acreditar em uma linguagem baseada em desenhos, aliás, mas desta vez nas paredes,escolheu como objeto de sua pesquisa e no mestrado o grafite feito por mulheres. Nele, além de estudar essa perspectiva gráfica, propôs também a criação de um museu virtual. "É um trabalho que tem uma contribuição para a cultura como um todo e também para a cultura hip-hop", descreve.
"Palavras de uma mulher preta" foi o segundo livro concluído do projeto coletivo de autores que Melissa integrava junto com Alan. Surgido há pouco mais de seis meses, a ideia foi a de juntar pessoas que antes de integrar o grupo tinham uma atividade constante de escrita, mas não tinham perspectiva alguma de publicação.
"Estávamos empolgados dentro do grupo porque tinha se formado uma 'fila' de quem ia publicar primeiro e ela havia despontado", comenta o irmão, que por ocupar esse espaço na história de Melissa, era o primeiro a ter contato com a produção dela.
Hoje o grupo está abalado com a perda da escritora e museóloga, mas conversas entre os autores já apontam para outra direção: a possibilidade de publicação da sua dissertação de mestrado.
Com cerca de 50% da meta de arrecadação da campanha atingida (clique aqui e contribua), a expectativa é que "Palavras de uma mulher preta" seja publicado no dia em que Melissa Santos completaria 29 anos, em 24 de agosto.
"Nesse processo, estamos descobrindo amigos dela que a gente nem fazia ideia. Participações dela como a que ela tinha em uma revista digital, em que atuava como colaboradora, que a gente nem sabia. Estamos percebendo que ela era uma menina extremamente habilidosa, inteligente e muito querida. Os amigos abraçaram de uma forma fantástica. É gratificante a gente saber que ela plantou a semente do amor dela em muitos corações, e tão nova", finaliza Alan Santos, revelando que o projeto é como um alento após a perda da jovem.
A poeta, ficcionista, declamadora e letrista feirense Nívia Maria Vasconcellos vai lançar, na próxima sexta-feira (26), às 19h, o e-book e audiobook de poesias Cãibra de Nó. Com 57 poemas, escritos entre 2014 e 2020, a publicação também ganhará uma versão impressa em breve
O livro, ilustrado por Ana Noronha, revisado por Esmeralda Barbosa Cravançola e com edição de Bruna Teixeira, faz parte do projeto "Cãibra de Nó", selecionado pelo Prêmio Jorge Portugal, produzido apenas por mulheres – 11 no total. O lançamento vai acontecer por meio de transmissão em seu canal Youtube e terá a participação especial das cantoras Danny Nascimento, responsável pela trilha do audiobook, e Dayane Sampaio, que assina a produção executiva do projeto.
Em "Cãibra de Nó", o ponto fulcral é ter o corpo humano como a linha que atravessa todo o livro – “vísceras”, “músculo”, “garganta” são algumas das terminologias que permeiam os poemas. “Cãibra de nó nada mais é do que uma dor física, como toda dor que o corpo sente, ela é ambivalente, como o próprio livro. Ambivalente, porque essa mesma dor que faz sofrer é um sinal de que algo deve ser feito para haver mudança”, explica a autora, que avalia a obra como um ponto de inflexão na própria carreira literária.
Segundo Nívia, os seus demais livros publicados – “Invisibilidade”, “Para não suicidar”, “Escondedouro do amor”, “A Morte da Amada” – eram mais metafísicos. “Eles ficavam mais no campo de uma abstração, de uma reflexão, da não concretude. Já em Cãibra de Nó, eu consigo alcançar uma materialidade maior, a carne que pulsa. Nele, o poema é corpo”, analisa. Por isso, é um livro com mais substantivo concreto, palpável, poucas rimas, calcando-se, como aponta a poeta, no mesmo no ritmo corporal. “É a minha grande aventura, uma poética nova, que se apresentou para mim de forma muito inesperada, sentida, mas, ao mesmo tempo, é pensada racionalmente, escrita e reescrita”, revela.
Para a jornalista e escritora soteropolitana Kátia Borges, que assina o texto de apresentação do livro, em Cãibra de Nó a poeta “oferece ao leitor a chance de experenciar outros percursos líricos de reconhecimento de si. Trata-se, sobretudo, da perplexidade diante daquilo que em nós é carne e dos limites, tantas vezes marcados pela violência, dos nossos corpos em interação com o mundo”. Kátia classifica Nívia Maria Vasconcellos como uma das principais vozes literárias da Bahia.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concedeu o título de Doutora Honoris Causa à escritora, compositora e poetisa negra Carolina de Jesus (1914-1977).
Segundo a coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, a aprovação da concessão da distinção ocorreu em reunião realizada pelo Conselho Universitário, nesta quinta-feira (25), após decisão unânime.
Ao conceder a honraria, em uma homenagem póstuma, a UFRJ destacou que o Honoris Causa é destinado àqueles que se destacaram por virtudes, méritos ou atitudes, independentemente da instrução educacional.
A homenageada foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil. Seu primeiro livro, "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada", publicado em 1960, narra o cotidiano como catadora de papel na favela do Canindé. A obra virou best-seller, sendo traduzida para 16 idiomas e vendida em 40 países.
Uma mostra organizada pelo Instituto Moreira Salles (IMS) e que homenageia a escritora Carolina Maria de Jesus terá a participação das escritoras Carmen Silva e Conceição Evaristo, da filósofa Sueli Carneiro e da atriz Zezé Motta em seu conselho consultivo.
Formado por 13 mulheres negras, o conelho terá a finalidade de prestar consultoria para a realização da exposição em questão, que estava prevista para ser inaugurada este ano no IMS Paulista.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, a mostra agora deverá abrir em junho do próximo ano.
Veja lista das 13 mulheres que integram o conselho:
- Vera Eunice
- Bel Santos Mayer
- Denise Ferreira da Silva
- Carmen Silva
- Conceição Evaristo
- Elisa Lucina
- Lucia Xavier
- Mãe Celina de Xangô
- Paula Portinari
- Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva
- Sueli Carneiro
- Zezé Menezes
- Zezé Motta?
A poeta americana Louise Glück foi anunciada pela Academia Sueca como a vencedora do prêmio Nobel de Literatura, de 2020. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a vitória surpreendeu, pois a escritora era um nome pouco cotado nas apostas pelo troféu este ano.
Aos 77 anos, Glück é professora da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e já venceu outros prêmios importantes em seu país, a exemplo do Pulitzer e a Medalha Nacional de Humanidades.
Com a vitória da poeta americana, ela figura entre as 16 mulheres dos 116 escritores que já receberam o prêmio. Segundo o jornal, o Nobel de Literatura só foi concedido a uma negra, a também americana Toni Morrison, morta no ano passado. E também apenas um homem negro foi premiado, o nigeriano Wole Soyinka, em 1986.
A escritora Djamila Ribeiro apresentará uma representação no Ministério Público contra o Twitter, sob alegação de que a “empresa bilionária” é uma rede social que “explora economicamente racismo e misoginia” e “lucra com ataques sem defesa a mulheres negras”.
A medida se deu após sua filha receber ameaças, depois que a própria Djamila virou um dos assuntos mais comentados na rede, por ter feito publicidade para a 99 Táxi justamente quando os entregadores de aplicativos denunciam as péssimas condições de trabalho.
“É isso, vamos pra cima da empresa bilionária e não de pessoas. Da empresa que explora economicamente racismo e misoginia. Agradeço à minha brilhante equipe jurídica e às milhares de mensagens de solidariedade. Que se eduquem, aprendam a fazer críticas sem ‘ad feminen’, realmente tenham ética e decência. Já passou da hora de elevar o nível do debate. Mulher preta não é bagunça!”, publicou a escritora em sua conta no Instagram, nesta segunda-feira (27).
Poucas horas antes Djamila relatou as ameaças recebidas por sua filha, após a polêmica na qual ela se envolveu. “Já faz tempo falo sobre como o Twitter é uma rede tóxica para mulheres negras. Segundo pesquisa da Anistia Internacional, mulheres negras estão 84% mais propensas a receberem tweets problemáticos do que mulheres brancas. Segundo a tese de doutorado do PHD em Sociologia Luiz Valério Trindade, as mulheres pretas são as maiores vítimas de discurso de ódio nas redes sociais em geral e no Twitter, em particular. Ele explica que isso se dá pelo incômodo que a ascensão e protagonismo delas causa em uma sociedade racista e machista”, argumentou a escritora.
Ela pontuou que costuma receber muitas “mensagens odiosas” que não lhe abalam, mas afirmou que no fim de semana as coisas passaram do limite. “Ontem enviaram mensagens odiosas para a minha filha. Isso se deu por conta de fake news produzidas no Twitter desde a semana passada. Mais uma vez, essa rede social lucrando com o ódio, como afirma Adilson Moreira, trata-se da exploração econômica do racismo e misoginia”, contou Djalmila Ribeiro, revelando que registrou um Boletim de Ocorrência na polícia. “E inadmissível que esse tipo de perseguição aconteça, agora direcionada a uma adolescente”, destacou.
“Críticas são no campo das ideias, quando fazem afirmações caluniosas de que tal pessoa é contra uma categoria, trata-se de ataque irresponsável que pode colocar essa pessoa em risco. Friso que respeito todas as identidades, mas ser negra é para além da cor da pele. É preciso tornar-se negro no sentido político ou como diz a professora afro francesa Maboula Soumahoro, ‘precisamos diferenciar negros que decidiram ser negros’. Isto significa dizer que ser negra politicamente é jamais aceitar o jogo da branquitude colonial para atacar desonestamente uma mulher preta que faz um trabalho sério; é saber que há um histórico de linchamento contra pessoas negras; é não se deixar usar pelos verdadeiros ricos que nos querem tuteladas ou subalternas. Precisamos fazer essa diferenciação. Por mais execráveis essas pessoas sejam, friso que, como disse na live, nunca ameacei processar ninguém, o que se trata de mais uma fake news. Meu foco é representar o Twitter no MP, uma empresa bilionária, que lucra com ataques sem defesa a mulheres negras. Farei parte da Campanha Internacional ‘Stop hate for profit’ e denunciarei de forma global”, declarou.
A escritora Carolina Maria de Jesus, conhecida nacionalmente pela obra “Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada”, ganhará mais espaço na literatura brasileira.
De acordo com o Estadão, um projeto sob comando da editora Companhia das Letras irá lançar uma série de escritos inéditos, entre narrativas curtas, música, romances, memórias, teatro e poesia.
Com o futuro lançamento, o leitor terá uma experiência ainda mais ampla sobre as vivências relatadas pela escritora. Para isso, o projeto, que será iniciado com “Casa de Alvenaria”, da série “Cadernos de Carolina”, ganhará um novo volume com os escritos originais da autora.
A filha de Carolina, Vera Eunice de Jesus, irá integrar um conselho editorial responsável por supervisionar as novas edições das obras. Também integrará a equipe a escritora Conceição Evaristo, além das pesquisadoras Fernanda Miranda, Fernanda Felisberto, Raffaella Fernandez e Amanda Crispim.
O projeto contará, inclusive, com textos críticos. A iniciativa da Companhia das Letras, no entanto, não irá contemplar os livros “Quarto de Despejo” e “Diário de Bitita”, que fazem parte do catálogo das editoras Ática e Sesi, respectivamente.
A escritora baiana Raissa Xavier realizará, nesta sexta-feira (5), às 20h, o lançamento virtual do seu primeiro livro de poesias. Intitulado “1/4 de mim”, a obra será apresentada em seu perfil no Instagram (@raissa.xavierr) e contará com a participação de convidadas como a jornalista Renata Menezes e as atrizes Ana Hikari e Yasmin Gomlevsky.
Como o próprio título sugere, o livro de poesias irá contar através de versos diversos momentos da vida da autora. Em suas criações, Raissa mostrará seu crescimento como mulher e experiências com relacionamentos abusivos, baixa auto estima e preconceito profissional, que foram superadas pelo empoderamento e coragem de expor sua voz.
Para a poetisa Mabel Veloso, “num tempo em que tanta mulher se cala é muito bom ter nas mãos um livro ditado pela força e coragem de uma mulher sensível como Raissa”. Já o jornalista João Lins destaca que o livro “transforma a dor em plenitude e suas virtudes vão em direção a um eterno amor: o próprio”.
Além de escritora, Raissa Xavier é atriz e integrou a novela das 21h “Segundo Sol”, que foi ao ar em 2018, na Rede Globo. Atualmente, ela pode ser vista na televisão na série “Pequeno Gigante”, exibida na TVE Bahia e TV Cultura.
Uma petição endereçada ao serviço de streaming Netflix pede a realização de um filme sobre a vida e a obra da escritora Carolina Maria de Jesus. Autora de obras como "Quarto de Despejo" e "O Diário de Bitita", ela é conhecida como uma das primeiras autoras negras publicadas no Brasil.
O texto da petição defende a execução da produção cinematográfica pela importância da obra da escritora como "instrumento de denúncia social produzido por alguém que efetivamente vivia nessas condições de vida devastadoras". "Suas mais de cinco mil páginas manuscritas, entre romances, contos, crônicas, poemas, peças de teatro, canções e textos de gênero híbrido, dotadas de estilo próprio, confrontam os ditames da tradição literária e da norma padrão culta da língua", completa a justificativa.
Maria Carolina de Jesus teve sua vida atravessada pela fome e a miséria. Seus livros foram publicados em mais de 40 países e traduzidos para 14 línguas. Se fosse viva, completaria 106 anos no próximo mês de março.
Natural de Salvador, a autora Gláucia Lemos é a grande homenageada da nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). A mesa estrelada por ela será na noite de sábado (26), no Claustro do Convento do Carmo.
Pela primeira vez na curadoria da festa, a professora Kátia Borges destaca o fato de a homenageam coincidir com o ano em que a escritora completa mais uma década em exercício. "Quando a gente foi falar com ela, a gente descobriu que ela está completando 40 anos de literatura. Então, a Flica chegou pra ela como parte das comemorações pelos 40 anos", declarou Kátia, ao comentar a coincidência com o Bahia Notícias.
A curadora explica que a autora foi consagrada com a homenagem pela versatilidade que apresenta ao longo de sua carreira. Gláucia publicou 40 livros, sendo 20 infanto-juvenis, e tem quatro de seus romances premiados. "Ela tem reconhecimento nacional e nunca parou de publicar", frisa a curadora.
A escritora baiana será a única autora na nona mesa da Flica, chamada de "Contemplação, criação e mergulhos". Previsto para acontecer às 20h de sábado, o bate-papo será mediado por Carlos Ribeiro.
No mais, a programação da festa teve início na noite de quinta (24) e segue até domingo com mesas literárias e apresentações artísticas nos diversos espaços da Flica em Cachoeira (saiba mais aqui).
Uma das primeiras escritoras negras do país, Carolina de Jesus será homenageada pelos Correios, nesta sexta-feira (4), com um selo especial da série “Mulheres Brasileiras que Fizeram História”.
Esta, que é a quarta emissão do projeto, terá lançamento oficial no Salão Nobre da Câmara Municipal de Sacramento (MG), a partir das 18h30. O selo será lançado também no Museu Afro Brasil, em São Paulo, no sábado (5), a partir das 15h, com a presença da filha mais nova da escritora, Vera Eunice.

Foto: Divulgação / Correios
Nascida em 14 de março de 1914, Carolina de Jesus migrou para São Paulo no fim dos anos 1940, para trabalhar como empregada doméstica. Na capital paulista ela viveu na favela do Canindé, junto aos três filhos.
Marginalizada e subestimada dentro da literatura brasileira, ela publicou seu primeiro livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, em 1960. A obra tornou-se best-seller, com projeção internacional, tendo sido traduzido em 13 idiomas diferentes e distribuído em mais de 40 países.
A escritora gaúcha Lya Luft recebeu alta médica do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, neste domingo (29), após sofrer um infarto agudo no miocárdio e passar por uma angioplastia de urgência.
De acordo com informações do site GaúchaZH, o boletim médico emitido pela assessoria do hospital informou que a escritora já foi para casa e se recupera bem do procedimento cardiológico. Ainda segundo a publicação, a artista deu entrada às 2h50min da quarta-feira (25), com fortes dores no peito, e teve que ser internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Radicada há três décadas na Europa, a escritora baiana de Cafarnaum Telma Brites Alves lança o segundo livro da trilogia “Gaia” em Salvador, entre os dias 19 e 23 de agosto. Em seguida, ela participa da 19ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, entre 30 de agosto e 8 de setembro.
Obra de fantasia romanceada, que tem como pano de fundo a história e personagens da mitologia grega, repleta de mistério e ação, “Gaia – O Templo Esquecido”, foi publicado pela editora Ella. “A história de vida de Gaia, mesmo ainda jovem, lhe deixou muitas marcas, e necessita libertar seus sentimentos. Sentimentos esses que muitos de nós temos, como o medo de sair do casulo, sensações que sufocam e reprimem e as incoerências. Mas quando Gaia se descobre e se entrega para a vida e para que veio, tudo muda e se transforma, mostrando que cabe a cada um quebrar as barreiras que o impede de avançar”, diz Telma.
Sob iniciativa da ONG Abraço a Microcefalia, a escritora e publicitária uruguaia-brasileira Lau Patrón marcará presença na palestra “A diversidade é uma força ou uma fraqueza?”. O evento, que vai ser realizado no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Salvador Shopping, acontece neste domingo (15), a partir das 19 horas.
No bate-papo, Patrón, que é mãe, palestrante TEDx e autora do livro "71 Leões", vai conversar sobre o impacto da diversidade como motor para a construção de um mundo melhor. Ao mesmo tempo, a palestrante mostrará para pais e mães como é possível formar filhos mais empáticos e inclusivos. "Teremos um mundo melhor e mais inovador quando ele for construído para abraçar todas as pessoas, como elas são", afirma Patrón.
Os ingressos para a palestra “A diversidade é uma força ou uma fraqueza?” custam R$ 50 e estão a venda no Sympla (clique aqui) ou através do telefone 71 99630-7875.
Clarice Lispector é a homenageado do Doodle do Google nesta segunda-feira (10), aniversário da escritora, que completaria 98 anos de idade. Nascida em 10 de dezembro de 1920, na Ucrânia, ela migrou com sua família ao Brasil ainda criança, em 1922, tendo se naturalizado brasileira. Clarice Lispector morreu em 9 de dezembro de 1977, aos 57 anos, por complicações de um câncer de ovário.
Autora de romances, contos e ensaios, é uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX. Dentre suas principais obras estão “Perto do Coração Selvagem” – seu livro de estreia -, “Laços de Família” e “A Hora da Estrela”.
A autora de livros de suspense, Nancy Crampton-Brophy, de 68 anos, foi presa acusada de matar o seu marido, Daniel C. Brophy, de 63 anos. Segundo o portal UOL, ela foi levada para prisão após investigação concluir que ela foi até o local de trabalho do esposo e executou o companheiro com um tiro.
Em junho, mês que aconteceu o crime, ela chegou a publicar, no seu Facebook que lamentava a morte de Daniel. Agora, Nancy vai responder por homicídio e posse ilegal de arma.
Nancy Crampton-Brophy é autora de livros como: “The Wrong Husband", "Hell on the Heart" e "The Girl Most Likely To".
A escritora paulistana Zulmira Ribeiro Tavares morreu na noite desta quinta-feira (9), aos 88 anos. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, ela estava internada no Hospital Oswaldo Cruz, desde a última terça-feira (7), para tratar uma infecção urinária e pneumonia.
Contista, romancista e poeta, Zulmira estreou na literatura em 1955, com o livro de poemas "Campos de Dezembro. Em 1974 ela levou o prêmio de revelação daquele ano concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, pelo livro “Tempos de Comparação”. Já em 1990, ela venceu o Prêmio Jabuti de romance, com "Joias de Família". A última publicação lançada pela escritora foi a coleção de contos "Vesúvio", em 2012.
A jornalista e escritora baiana Vauline Gonçalves lançará seu segundo livro durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no dia 8 de agosto, às 19. Publicado pela editora paulista Livros Prontos, o romance erótico “À Trois: um amor a três” narra a história de Arthur, Lorena e Mônica, um trio que se envolve em um jogo perigoso e sedutor. O enredo parte do retorno do médico Arthur de uma viagem a trabalho na África e do reencontro com a amiga Lorena, que sempre foi apaixonada por ele. Unindo-se ao trio, chega Mônica, namorada do rapaz, que vivia com ele na Mauritânia. O romance acaba em guerra, quando o casal passa a ser rival na disputa pelo amor de Lorena.
Um fato curioso é que Vauline escreveu a obra em apenas três dias. “Eu faço parte de um grupo de mulheres que conversam bem abertamente sobre sexo. Começou a rolar uma conversa sobre ménage e elas começaram a contar fatos engraçados. Fui dormir pensando nos ‘desastres’ que podem ocorrer na combinação de um ménage. Acordei com a história inteira na cabeça, da primeira à última linha. Eu estava em férias e comecei a escrever sem parar. Mal comi, dormi pouquíssimo e em três dias ela estava pronta”, conta a baiana.
Além de publicar no meio físico e digital pela Amazon, Vauline disponibiliza alguns de seus textos na plataforma Wattpad.
SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento do Livro “À Trois, um amor a três”
QUANDO: Quarta-feira, 8 de agosto, às 19h
ONDE: Bienal Internacional do Livro de São Paulo - Estande da editora Hope – São Paulo (SP)
A escritora baiana Betty Coelho recebe uma homenagem na Biblioteca Juracy Magalhães Jr, situada no bairro do Rio Vermelho, às 15h desta quarta-feira, 25 de abril, dia de seu aniversário de 95 anos. Jurada do prêmio Jabuti e membro da Fundação Nacional do livro infantil e Juvenil, Betty Coelho formou diversas gerações contando histórias. No evento comemorativo não será diferente, durante o evento serão transmitidos pela oralidade os livros “O Contador de pensamentos”, de Monika Feth e Antoni Boratynski; “O Contador de pensamentos”, de Monika Feth e Antoni Boratynski e “Quem aprecia o belo, rejeita o mal”, da própria Betty. “Homenagear Betty Coelho é uma demonstração de respeito e carinho por uma escritora, que contribuiu para divulgar a arte de contar histórias, despertando o imaginário e o hábito pela leitura de crianças e adultos”, avalia Débora Leitão, diretora da biblioteca.
SERVIÇO
O QUÊ: Homenagem à contadora de história e escritora Betty Coelho
QUANDO: Quarta-feira, 25 de abril, às 15h
ONDE: Biblioteca Juracy Magalhães Jr – Rio Vermelho – Salvador (BA)
VALOR: Grátis
A escritora baiana Iolanda Costa lança seu mais novo livro de poemas, “Colar de Absinto”, no dia 9 de dezembro, das 17h e 20h, na livraria no Porto dos Livros, situada no Porto da Barra, em Salvador. A publicação apresenta uma série de poemas marcados por influências sagradas e profanas, abordando signos relacionados com temas como o amor, a morte, a filosofia e o divino. Natural de Itabuna, Iolanda é graduada em Filosofia e é arte-educadora e especialista em História Regional. Iniciou a divulgação de seus poemas no Diário de Itabuna e Tribuna do Cacau, no início da década de 1980, aos 13 anos de idade.
No "TOP 5" de pelo menos três listas dos livros mais vendidos da Amazon, a escritora e estudante de Letras soteropolitana Míddian Meireles, de 28 anos, deixou para trás seu trabalho na empresa de consultoria do pai para se dedicar integralmente à escrita. Sem revelar valores, ela conta que o que ganha com seus 11 livros publicados de forma independente na livraria digital já é suficiente para viver apenas como escritora. "[O lucro] Depende do livro, depende se é série, que vende mais porque aí quando eu lanço o segundo, divulga o primeiro e um vai puxando o outro", explica a autora, que mora no município de Valença, em entrevista ao Bahia Notícias. De suas obras já publicadas, oito são do gênero erótico. Mas, apesar das críticas por vezes negativas que esse tipo de livro recebe, Míddian admite que sofreu mais com a própria vergonha do que com o julgamento dos outros. "Preconceito, diretamente de julgar, não senti. Mas [senti] as pessoas olharem estranho, meio que não acreditarem muito porque, hoje em dia, é muito difícil chegar e dizer que você é autora e que vive de livro, com a literatura erótica, então, é bem complicado", comenta.

Primeiro e último livros publicados por Míddian | Fotos: Divulgação / Montagem BN
Embora escreva desde criança, Míddian revela que quando começou a publicar livros gratuitamente no Wattpad – plataforma para publicação de contos, livros e fanfics – escondia do marido e família porque "achava que as pessoas não levariam a sério". No entanto, foi o esposo quem a impulsionou a profissionalizar o trabalho, a partir de um meio que lhe possibilitasse transformar em renda o consumo que ela obtinha com as publicações. Assim, Míddian publicou seu primeiro livro, “Um Casamento Quase Real”. "Eu sabia que tinha muita gente esperando, mas eu fiquei muito surpresa. Foi pra primeiro lugar em menos de 12 horas [de vendas]. O sucesso foi tão grande, o reconhecimento foi tão importante pra mim que quando terminou o mês, eu decidi deixar a empresa que eu estava, pagar pra sair", ressalta, acrescentando que o lucro passou a ser muito maior, já que não precisava mais repassar uma porcentagem à editora.
Diante da repercussão de seus livros, a baiana precisou montar uma equipe. Hoje, Míddiam trabalha com um agente editorial e duas "leitoras betas", nome dado a amigas que leem os livros antecipadamente e contribuem com uma revisão crítica. Ela afirma que também passou a ser procurada por grandes editoras, mas nenhuma proposta a convenceu até o momento. "Eu recebi muitas propostas, mas nem sempre me agradaram e como eu sou bem assim, já tenho meu público, então eu preferi continuar. Apesar de que a gente está em algumas negociações e pode ser que eu mude daqui a algum tempo", pondera, sem revelar quais seriam as editoras interessadas.

Foto: PrintScreen / Amazon Brasil
Com "S.O.S. Amor", lançado nesta quarta-feira (4), ela ocupa atualmente o segundo lugar entre as comédias românticas, o terceiro lugar no gênero de e-books contemporâneos e o quinto na sessão de romances, também em e-books. O livro é o terceiro publicado por Míddian que foge do gênero erótico – os outros são "Amor por Acaso" e "#Desapega". Sem menosprezar o estilo que lhe tornou conhecida entre seu público, composto majoritariamente por mulheres, esses livros se encaixam mais como comédia romântica. "É uma coisa que eu sempre quis fazer porque é um tipo de literatura que eu gosto muito. Eu também queria ampliar meu público", defende. Ela explica que decide o estilo do livro assim que a história surge à cabeça, o que já aconteceu até enquanto preparava um café, e a cada trama analisa em qual gênero ela melhor se adequa. Com uma extensa produção para seus quatro anos na carreira de escritora, Míddian conta que já chegou a concluir um livro em 15 dias. O prazo só é maior quando se trata de uma série, o que já lhe tomou até seis meses de escrita. Seu novo trabalho é uma contribuição para uma coletânea de contos, que assina junto com outras três autoras. Com pré-venda prestes a iniciar, o livro será lançado em dezembro.
A escritora e jornalista baiana Kátia Borges, lança, no dia 29 de março, na Tropos Co., Rio Vermelho, o livro “O Exercício da Distração”. Sexta publicação da autora, a obra editada pela Penalux aborda a “dispersão que nos envolve e nos faz seguir adiante”. De acordo com a descrição oficial do livro, estes momentos de “distração” podem ocorrer por meio de subterfúgios como o álcool, o ócio criativo, TV, rádio, celulares, computadores, ou até mesmo ao “torrar” milhões com “carros, viagens de luxo, motos velozes, experiências metafísicas na Índia”. Dividido em três capítulos, os poemas convidam a uma reflexão sobre a beleza e a dor, extremos que se tocam ao observar a vida. Mestre e doutoranda em literatura e cultura pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Kátia Borges publicou os livros "De volta à caixa de abelhas" (2002, Selo As Letras da Bahia); "Uma Balada para Janis" (2010, Edições P55);"Ticket Zen" (2011, Escrituras); "São Selvagem" (P55, 2014) e "Escorpião Amarelo" (2012, Edições P55).
A Marvel Comics convidou a romancista Gabby Rivera para desenvolver o roteiro da história da super-heroína lésbica America Chavez. De acordo com o site Refinery29, a escritora chamou a atenção da editora por seu trabalho em “Juliet Takes a Breath”, romance infantjuvenil que conta a história de uma jovem lésbica de Porto Rico. A super-heroína America Chavez, criada em 2011, ganhou uma revista solo este ano, intitulada “Miss America”, cuja capa da segunda edição tem referências de Beyoncé (clique aqui).
A escritora de literatura infantil, Amy Krouse Rosenthal, desacreditada pelos médicos por causa de um câncer de ovário, escreveu um perfil de namoro para o marido, possibilitando que ele encontre um novo amor depois de sua morte. No texto, ela elencou qualidades do esposo, confiando que "a pessoa certa” leia as suas recomendações. Colaboradora do New York Times, Amy iniciou seu texto com: "Eu nunca estive no Tinder, Bumble ou eHarmony (...) Mas vou criar um perfil geral para o Jason aqui, com base na minha experiência de coexistir na mesma casa com ele por, tipo, 9.490 dias", destacou. Ela e o marido estão juntos há 30 anos e têm filhos crescidos. Com a escrita emocionante ela prosseguiu: "Estou finalizando isso no Dia dos Namorados, e o presente mais genuíno que eu posso esperar é que a pessoa certa leia isso, encontre Jason, e outra história de amor comece". Ao finalizar, assinou: "Com todo meu amor, Amy". A autora tem mais de 40 livros publicados e foi diagnosticada com câncer em 2005, encontrando-se em fase terminal da doença.
Por e-mail, o prefeito ACM Neto também demonstrou pesar com a perda. "Poucas pessoas contribuíram tanto nas últimas décadas para o desenvolvimento e divulgação da cultura baiana como Myriam Fraga”, afirmou o prefeito, que destacou ainda a importância da escritora para a organização do acervo de Jorge Amado.
À frente da secretaria de Cultura do Estado, o professor Jorge Portugal também lamentou o falecimento. "Infelizmente, a Bahia – e o Brasil – perde uma de suas poetas mais inspiradas e de versos precisos e elegantes: acaba de nos deixar Myriam Fraga, amiga e Conselheira querida", declarou Portugal. A Secult enviou uma nota à imprensa, compartilhando o legado da escritora deixado para a cultura baiana.
Informações sobre o sepultamento da escritora ainda não foram divulgadas, mas a previsão é de que seja nesta terça-feira (16), como informado pela Fundação ao Bahia Notícias. Myriam deixa quatro filhos. (Atualizado em 16h06)
Serviço
O galã irlandês Jamie Dornan foi escalado como o amante sadomasoquista bilionário Christian Grey, depois que Charlie Hunnam desistiu do papel, enquanto Dakota Johnson vai interpretar sua ingênua parceira amorosa Anastasia Steele. James tinha algumas ressalvas sobre concordar com o filme, mas decidiu que a oportunidade era boa demais para deixar passar. "Eu não sabia se era a coisa certa a se fazer. Então eu pensei: 'Eu estou na meia idade, quando eu terei outra chance de fazer um filme em Hollywood?'. Essa foi a coisa final: Vamos fazer. Vamos ver se conseguimos nos divertir com isso", revelou. Cinquenta Tons de Cinza está programado para ser lançado em fevereiro de 2015. Com informações do Portal Terra.
Cantora, compositora, assistente social e pesquisadora do folclore infantil brasileiro há 40 anos, Nairzinha é idealizadora do Cirandando-Brasil. O programa resgata, atualiza e devolve a cultura da brincadeira brasileira para crianças, seus pais e professores. Atualmente a pesquisadora possui contextualizado um acervo de duas mil peças do folclore infantil brasileiro. No livro “Quintal...saudade ou Utopia?", a autora reuniu cerca de 300 brincadeiras, histórias e canções com suas respectivas identidades. Nele aparece a história das brincadeiras como cultura de humanidade, seus caminhos e suas adaptações através dos tempos.
Nascida em Porto Alegre, em 1972, estreou na literatura aos 25 anos. Escreveu o romance “A Casa das Sete Mulheres”, que inspirou a série homônima produzida pela Rede Globo, exibida em trinta países. Recentemente, criou, em parceria com Tabajara Ruas, o roteiro de “O Tempo e O Vento”. A adaptação cinematográfica do clássico de Erico Veríssimo será estrelada por Fernanda Montenegro. O último livro, “Sal” (2013), é narrado por diversas vozes o destino da família Godoy, fazendo com que esta família seja retratada por perspectivas diferentes.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Marcelo Freixo
"A Bahia tem cultura, a Bahia tem natureza, a Bahia tem gastronomia. Esse tripé da diversidade tem o ano inteiro, não tem só no verão. Tem cultura o ano inteiro, tem gastronomia o ano inteiro, tem turismo religioso o ano inteiro. Você tem natureza o ano inteiro. O Brasil é o país do mundo com o maior destino de ecoturismo do planeta. Não há em nenhum lugar do mundo que tenha mais destino de ecoturismo do que o Brasil. O Brasil é campeão de ecoturismo".
Disse o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Marcelo Freixo ao destacar as qualidades da Bahia para a recepção de turistas durante o “ano inteiro”.