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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reuniu-se nesta terça-feira (16) com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para discutir a atuação da Enel no estado de São Paulo. O encontro ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, edifício-sede do Governo do Estado.
Autoridades paulistas têm intensificado a pressão sobre o governo federal pelo encerramento da concessão da distribuidora de energia elétrica. Segundo Nunes, estudos da prefeitura indicam que os prejuízos acumulados em razão de falhas recorrentes no serviço já chegam a cerca de R$ 5 bilhões.
Na última quarta-feira (10), rajadas de vento superiores a 90 km/h deixaram aproximadamente 2,2 milhões de pessoas sem energia elétrica em todo o estado, ampliando as críticas à concessionária.
O prefeito havia antecipado, na segunda-feira (15), durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que o encontro com o ministro ocorreria.
“Acabei de receber uma mensagem informando que está marcada para amanhã, às 14h30, uma reunião com o ministro, que é quem detém o poder sobre a concessão do contrato da Enel. Estarei com o governador Tarcísio e vamos apresentar todas as questões relacionadas ao sofrimento da população”, afirmou.
Nunes também fez duras críticas à empresa. “Não podemos ficar reféns de uma companhia que não presta um serviço de qualidade, não respeita a população e causa tantos transtornos. Chega uma hora em que é preciso dar um basta”, declarou.
Além disso, o prefeito criticou a defesa feita pelo ministro Alexandre Silveira em favor da antecipação da renovação do contrato da Enel, cujo vencimento está previsto para 2028.
“O que vou dizer ao ministro é que uma empresa que não cumpre normas, não atende à população e provoca tantos prejuízos não pode ser tratada como as demais. Quando um comerciante perde produtos no freezer ou uma cabeleireira perde meses de renda, isso precisa ser levado em consideração”, concluiu.
Os investimentos em manutenção por parte da Enel tiveram redução de R$ 104 milhões no primeiro semestre deste ano em São Paulo.
Os números constam em relatório divulgado pela empresa. No primeiro semestre de 2023, o gasto com manutenção passou de R$ 419,1 milhões. Agora, em 2024, passou para R$ 315,5 milhões, uma redução de 24,7%.
Ao site Metrópoles, a Enel respondeu citando dados que incluem os gastos com crescimento da rede e novas conexões.
“A Enel Distribuição São Paulo informa que, o total investido na área de concessão no 1T24 [1º trimestre de 2024], de R$ 372,6 milhões, voltados para atividades de manutenção e qualidade da rede, crescimento e novas conexões, figura como o segundo maior montante investido durante o primeiro trimestre desde que a Enel assumiu a concessão”, disse.
Na última quarta-feira (16), quinto dia de apagão, cerca de 100 mil imóveis ainda amanheceram sem energia na região metropolitana de São Paulo.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).