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elite do surf mundial
Há pouco mais de 20 anos, no ano de 2004, se despedia da elite do surf mundial, o soteropolitano Armando Daltro, último representante baiano no seleto grupo, conhecido como World Surf League (WSL). Em entrevista exclusiva ao site Bahia Notícias, o ex-competidor comentou o motivo da ausência de um surfista do estado na primeira divisão internacional do esporte por mais de duas décadas.
“Acredito que o circuito baiano assim como o circuito brasileiro passou por momentos difíceis com pouquíssimas etapas e baixa valorização. Isso fez com que os talentos desaparecessem, pois os atletas abandonaram a carreira e seguiram suas vidas”, disse o ex-top mundial, que atualmente tem uma loja de surf no bairro de Jaguaribe, em Salvador, e dá aula para iniciantes no esporte.
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Para Armando Daltro, a falta de organização do esporte na Bahia atinge intensamente os atletas. “A Bahia tem que se movimentar. Hoje são poucos eventos, que não acompanham o ritmo nacional. Provas concentradas numa mesma região ou sem nenhum planejamento, o que dificulta a participação de nossos atletas, que não conseguem agenda para participação e investimento. Isso, sem dúvidas, atravanca a evolução dos atletas locais”, frisou.
PROMESSA
O ex-atleta apontou quem é o seu candidato para alcançar o topo do surf mundial e ser o representante do estado. “Hoje tem Victor Gabriel que tem apoio para acompanhar o circuito nacional e também está fazendo viagens para aprimoramento do surf. O garoto tem talento. Se tem um nome que em breve poderemos ver num QS [divisão de acesso] ou num CT [elite do surf mundial] é ele”, projetou.
“Sabemos que não é fácil essa caminhada do circuito brasileiro e depois a divisão de acesso com o CS e QS [divisões de acesso], apesar do domínio dessa safra brasileira de surfistas. Não é só a Bahia, mas muitos outros estados não conseguem revelar talentos para atingir esse patamar”, acrescentou.
De acordo com o ex-atleta, o Nordeste já viveu tempos melhores em relação ao investimento no surf. “A região sempre foi desfavorecida em relação ao investimento de patrocinadores, com exceção de uma fase nos anos 90 e no começo dos 2000, que tivemos uma indústria do surf wear, das marcas, mais robusta nos estados de Pernambuco e do Ceará, onde tinham grandes empresas que deram apoio a vários atletas”, explicou.

Nesse período de maior injeção financeira no esporte, Armando revelou que teve um importante apoiador na carreira. “Tive um bom patrocinador como a Seaway de Pernambuco, [Christiano] Spirro com a marca Maresias. Não precisei sair do Nordeste em busca de financiadores. Mas atingir esse ápice na carreira é uma questão muito pessoal, e esbarra em oportunidades e resultados”.
Questionado se as empresas passaram a se interessar pelo surf após gerações de sucesso no surf nacional, conhecida como Brazilian Storm - com nomes como Adriano de Souza, Mineirinho, Gabriel Medina, Felipe Toledo e Ítalo Ferreira - ele revelou que o cenário continua desanimador para o surfista que busca galgar um espaço de relevância.
“Infelizmente são poucas empresas que continuam patrocinando os atletas, e muita vezes com valores muito a baixo do ideal mínimo para um surfista de nível profissional”, salientou Armando.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.