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O dólar voltou a bater os R$ 6, nesta terça-feira (8), após a Casa Branca, dos Estados Unidos, confirmar a cobrança de uma tarifa extra de 50% sobre todas as importações chinesas que chegam ao país. A ação do presidente Donald Trump ocorre após a China anunciar uma retaliação ao “tarifaço” do país norte-americano.
Assim, a taxa aos produtos chineses, que era de 34%, agora sofreram uma sobretaxa de mais 50%. A cobrança dessas tarifas começará na quarta-feira (9), segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. Somando todas as tarifas aplicadas, os produtos que chegam do país asiático serão taxados em 104%.
Segundo informações do g1, a movimentação incentivou o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também inverteu o sinal e passou a operar em baixa. Em meio os embates comerciais de Trump, a China garantiu, na madrugada desta terça (8), não vai voltar atrás e que está pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários. Mesmo assim, o país considera que "em uma guerra comercial, não há vencedores".
O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou nesta terça que os EUA estão priorizando seus aliados e parceiros comerciais, como o Japão e a Coreia, nas possíveis negociações para diminuir as tarifas.
O dólar encerrou a sessão com forte queda, chegando aos R$ 5,94 após cair 1,40% durante a sessão desta quarta-feira (22). A cotação é o maior patamar desde 27 de novembro do ano passado, quando a moeda norte-americana fechou em R$ 5,93. Também é a primeira vez que o dólar encerra abaixo dos R$ 6 desde o dia 12 de dezembro.
O mercado aguardava que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciasse um pacote de medidas que prevem a forte elevação de tarifas comerciais contra diversos países, o que não aconteceu. A queda do dólar também reflete uma calmaria dentro do mercado internacional de modo geral.
Trump já afirmou que vai impor tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México. Disse ainda que esse patamar será de 10% no caso da China, embora a cifra seja inferior à que vinha sendo cogitada pelo mercado.
Na manhã desta quarta-feira (25), usuários do Google se depararam com uma cotação errada do dólar, que foi exibido a R$ 6,38 na plataforma, em pleno feriado, quando muitos buscam informações de câmbio atualizadas. Até o início da tarde, o erro persistia, embora o valor real da moeda fosse de R$ 6,19.
Esse não é o primeiro incidente relacionado à exibição incorreta de cotações pelo Google. Em 6 de novembro, no dia da eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, o dólar atingiu a máxima de R$ 5,86, mas o Google indicou uma cotação superior a R$ 6,10 por várias horas. Em resposta a esses erros, a empresa já informou anteriormente que os dados exibidos são fornecidos por terceiros e que trabalha para corrigir as imprecisões o mais rapidamente possível.
A situação gerou confusão entre os usuários, especialmente em um feriado, quando a busca por informações financeiras costuma ser maior. O Google não forneceu mais detalhes sobre as causas do erro ou sobre as medidas que serão adotadas para evitar problemas semelhantes no futuro.
O dólar alcançou uma nova marca histórica, batendo R$ 6,267, no encerramento da sessão desta quarta-feira (18). A moeda norte-americana registrou uma alta de 2,82%.
De acordo com informações do G1, A moeda brasileira segue perdendo valor conforme pioraram as expectativas do mercado financeiro com o desenho do pacote de cortes de gastos, enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional.
Na noite de terça-feira (17), as primeiras medidas começaram a ser aprovadas pelos parlamentares: a Câmara dos Deputados aprovou o texto que proíbe a ampliação de benefícios tributários quando as contas públicas tiverem um desempenho negativo.
Além disso, quando o governo registrar déficit primário (situação em que as despesas são maiores que o dinheiro arrecadado), a proposta aprovada ativa um "gatilho" que limita o aumento de gastos do governo com pessoal.
Grupos formados por grandes investidores estariam atuando no mercado e praticando quase que uma "agiotagem" para aumentar o valor do dólar e obter lucros expressivos. A afirmação foi feita pelo líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), durante conversa com jornalistas.
O senador se referiu ao forte movimento de alta da moeda norte-americana nesta terça-feira (17), quando o dólar chegou a ser comercializado a R$ 6,20. Para conter a escalada da moeda, o Banco Central realizou diversos leilões de dólares, e com isso o mercado de câmbio inverteu o sinal no meio da tarde e fechou em queda.
Por volta de 17h, o dólar à vista fechou a sessão com queda de 0,10%, negociado a R$ 6,0982 na venda, maior valor nominal de fechamento da história. Na véspera, a divisa já havia renovado a máxima ao fechar a R$ 6,092 na venda.
Para reduzir a desconfiança com a política fiscal do governo Lula e promover maior alívio junto ao mercado, o senador Otto Alencar defendeu que deputados e senadores precisam se debruçar nesta semana na apreciação dos projetos do corte de gastos, além da Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento da União de 2025.
"Eu sugeri ao presidente Rodrigo Pacheco que sejam realizadas sessões até a próxima sexta-feira, até mesmo de forma não presencial, para que se possa concluir a votação dos projetos de corte de gastos. Esse ajuste fiscal é fundamental para as contas públicas, pra que o governo mostre o cumprimento da legislação que nós aprovamos, que é o arcabouço fiscal, pra colocar tudo no arcabouço fiscal e consequentemente sustar esse aumento muito abrupto do dólar", disse o senador baiano.
Otto Alencar disse ainda que os indicadores mostram que a economia revela dados robustos, e que é preciso aprovar os projetos para sinalizar a disposição do governo em promover o ajuste fiscal, com o cumprimento do que exige a legislação que instituiu o arcabouço fiscal.
"Nós estamos hoje com a dívida pública em torno de 78% do PIB e com o dólar a mais de R$ 6. Isso dá um desequilíbrio e também passa para o mercado essa impressão de que o governo não tem as condições de bancar os seus compromissos, embora o mercado saiba que o governo hoje tem cerca de US$ 370 bilhões de reservas cambiais, o que, portanto, dá um conforto muito grande aos investidores no Brasil. Mas lamentavelmente sempre fica aquela pressão do mercado, dos grandes investidores e de quem domina esse comércio, essa parte financeira que dá um stress muito grande", colocou Otto Alencar.
"Por esse motivo a Câmara e o Senado devem avaliar e aprovar os projetos, para que a gente possa mostrar que o governo e o presidente Lula defendem o ajuste fiscal, mostrar que o ministro Fernando Haddad está nessa direção de cumprir aquilo que está na lei do arcabouço fiscal. Temos que dar essa contribuição ao Brasil", finalizou o senador Otto Alencar.
Em entrevista à Globonews nesta terça-feira (17), o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que é o relator do Orçamento da União de 2025, disse que a culpa maior pelas dificuldades na votação do pacote de corte de gastos e também dos projetos orçamentários é do próprio governo federal. O senador baiano afirmou que o Congresso estava há várias semanas disposto e preparado para votar propostas de ajustes nas contas públicas, mas o atraso no envio desses projetos prejudicou o andamento dos trabalhos neste final de ano.
"O governo enviou o projeto de lei do orçamento em agosto, e na época o dólar estava em R$ 5,20. Hoje estamos com o dólar passandos dos R$ 6. E o governo não mandou o pacote de corte de gastos em um tempo mais célere para que fosse analisado e aprovado nas duas casas e pudéssemos com isso colocar nova regra do salário mínimo já aprovada para a meta orçamentária. O Congresso não pode ficar com a culpa se a pauta não está andando. Não está andando porque não houve celeridade por parte do governo para mandar o pacote do corte de gastos", criticou Coronel.
Na sua fala, o senador se referiu ao impasse em relação às regras sobre o reajuste do salário mínimo. Atualmente, o salário base da economia brasileira é reajustado de acordo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. O PL 4614/24, que faz parte do pacote de corte de gastos, limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação, como determina a regra do arcabouço fiscal.
A legislação atual estabelece que o salário mínimo de 2025 deve ser revisado considerando o valor pago em 2024, de R$ 1.412, corrigido pelo produto entre a inflação apurada pelo INPC dos últimos 12 meses e o PIB de dois anos antes, isto é, de 2023. Como explicou o senador Angelo Coronel na entrevista, a se considerandor os resultados do INPC e do PIB, o salário mínimo de 2025 seria de R$ 1.528.
Entretanto, segundo o senador baiano, com a nova regra prevista no projeto do corte de gastos, a partir da limitação de variação máxima de 2,5% acima da inflação, o salário mínimo de 2025 ficaria em torno de R$ 1.518. Essa pequena diferença, salientou Coronel, causa profundo impacto nas contas públicas.
"Hoje nós estamos com um dilema. Pelas regras atuais vamos a R$ 1.528, mas pelo pacote, teremos R$ 1.518, uma diferença de 10 reais que representa uma grande soma no final. Para se ter uma ideia, a cada 1 real que sobe no salário mínimo, isso impacta em 350 milhões de despesas por ano. 10 reais é pouco dinheiro, mas na hora que se transforma no bolo de benefícios sociais indexados ao salário mínimo, cresce bastante. O governo devia ter pensado nisso, pois estamos em uma economia muito flutuante, com dólar alto, juros altos, e deviam ter implementado esse corte de gastos com muita mais antecência", criticou o senador do PSD da Bahia.
O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, senador Confúcio Moura (MDB-RO), decidiu não esperar a aprovação dos projetos do corte na elaboração do seu parecer final. A nova versão do texto da LDO, protocolada na noite desta segunda (16), prevê um salário mínimo de R$ 1.502 para 2025, seguindo as regras atuais de valorização e desconsiderando o pacote fiscal. A votação da LDO deve acontecer nesta terça (17) na Comissão de Orçamento.
Já o projeto do Orçamento da União, segundo o senador Angelo Coronel, deve ser votado até a próxima sexta (20), ou até mesma na segunda-feira (23) da semana que vem. Coronel, no final da entrevista, voltou a enfatizar que a culpa pelos atrasos não poderia ser imputada aos parlamentares.
"O governo ter deixado para o apagar das luzes e querer aprovar um pacote no afogadilho não é fácil. Hoje é terça-feira, temos três dias úteis antes do recesso, vamos esticar até sexta ou segunda-feira em uma convocação extraordinária, para que a gente possa fazer a nossa parte. Mas enfatizou bem: não se pode culpar o Congresso Nacional. O Congresso está aqui pronto para votar o orçamento, a LDO. Não pudemos ser o culpado de algo que a culpa não é nossa. Estamos à disposição de ajustar essas contas, porque sei que a situação não é boa", concluiu o senador Angelo Coronel.
Com o mercado ainda repercutindo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da contenção de gastos apresentada pelo governo, o dólar renovou sua máxima histórica no encerramento da sessão desta segunda-feira (2), e encerrou acima dos R$ 6 pela segunda vez consecutiva. No primeiro pregão desta semana, a moeda norte-americana encerrou o com o valor de R$ 6,0628, após uma alta de 1,3%. Na sexta (29) o dólar fechou em R$ 6,0529
É a segunda vez na história que o dólar encerra uma sessão acima da casa dos R$ 6. Na quinta-feira (28), um dia após o anúncio do pacote de contenção de gastos feito pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, a moeda chegou a passar dos R$ 6, mas recuou e fechou em R$ 5,9865.
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A repercussão do mercado que ocasionou na valorização da moeda norte-americana ainda debate as medidas anunciadas pelo governo, como o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e maior taxação dos “super salários”.
O dólar renovou sua máxima histórica durante o fechamento do mercado de câmbio, chegando aos R$ 5,9865 depois de registrar uma alta de 1,3% nesta quinta-feira (28), segundo cotação do Banco Central. A valorização da moeda norte-americana ocorre um dia após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar as propostas do pacote de corte de gastos, aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e maior taxação dos “super salários”.
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Na quarta, o dólar já havia registrado um novo recorde após encerrar o mercado batendo R$ 5,9135.
Durante o pregão desta quinta, a moeda chegou a ultrapassar a casa dos R$ 6 pela primeira vez na história. Até então, o maior patamar atingido pelo dólar durante o andamento do mercado havia sido de R$ 5,9718, o qual foi registrado em 14 de maio de 2020, no auge da pandemia da Covid-19.
Dólar dispara e chega quase a R$ 6; Haddad diz estar seguro de que governo cumprirá as metas fiscais
Depois de ter disparado nesta quarta-feira (27), com alta de mais de 1,8%, e atingido o maior valor nominal da história (R$ 5,9124), o dólar voltou a subir com força na manhã desta quinta (28), e há a possibilidade de que registre novo recorde ao final do dia. O movimento de subida expressiva da moeda norte-americana acontece na esteira do anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, das medidas de corte de gastos junto com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Na abertura das negociações, a moeda logo subiu 1,30%, com o dólar sendo cotado a R$ 5,990. Já por volta das 9h20, o dólar subia 0,84% sendo negociado a R$ 5,962. No fechamento desta matéria, às 10h30, o dólar está no patamar de R$ 5,97.
Nas redes sociais, o assunto "dólar" vem escalando os trending topics da rede X na mesma velocidade da subida da cotação da moeda, com direito a muitas críticas ao governo. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, disse que nunca antes na história do país o dólar chegou a esse patamar.
"Lula está derretendo o Brasil, com medidas sem sentido e com único foco em garantir poder e benesses para os amigues. O país não merece isso. O povo não merece um governo tão ruim assim", afirmou o senador na rede X.
Já do lado do governo, o ministro Fernand Haddad, em entrevista coletiva nesta manhã para detalhar as propostas que foram anunciadas em cadeira de rádio e TV na noite de ontem, Haddad disse estar "muito seguro" de que o governo conseguirá cumprir as metas fiscais em 2025.
"No ano que vem, estou muito seguro de que, com as medidas que estão sendo tomadas, também vamos ter êxito em cumprir as metas. Sabendo que, em caso de não cumprimento, tem uma série de gatilhos que são disparados para que ela venha a ser respeitada", colocou Haddad.
Em relação às expectativas para o final de 2024, o ministro da Fazenda afirmou que o desafio era conseguir o equilíbrio das contas públicas, o que, segundo ele, está sendo conquistado. Haddad destacou as medidas tomadas neste ano e aifrmou que o país está alcançando a meta zero e banda de 0,25% do PIB.
"Neste ano, já bloqueamos alguma coisa em torno de R$ 20 bilhões para cumprir o arcabouço fiscal. Só de calote, nós pagamos mais de R$ 100 bilhões. Entre estados e precatórios, tivemos que indenizar R$ 120 bilhões de calote dado pelo governo anterior", afirmou Haddad à imprensa.
Ainda na entrevista, o ministro Haddad explicou que o projeto de lei que prevê aumento da isenção de IR para pessoas que ganham até R$ 5 mil tramitará ao longo do próximo ano. Para o ministro, como não é um ano eleitoral, ele acredita que a agenda legislativa será "mais leve" e desobstruída.
"Entendemos que o projeto pode tramitar no ano que vem, com agenda legislativa mais leve e sem agenda eleitoral. A proposta tem um impacto de R$ 35 bilhões e neutralizado pela compensação prevista no próprio projeto. Esse projeto foi muito bem pensado pela Receita há mais de um ano", disse.
Segundo Haddad, duas medidas compensarão a perda de arrecadação com a isenção do IR para pessoas com renda de até R$ 5.000. A primeira prevê um pagamento de uma alíquota mínima de 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a mais de R$ 600 mil por ano.
A outra fonte de compensação se dará pelo fim isenção de Imposto de Renda Pessoa Física por razões de saúde. Esse benefício, de acordo com o ministro, ficará limitado para pessoas com renda mensal de até R$ 20.000. As regras para dedução de despesas com saúde continuará valendo normalmente.
Após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6), a moeda americana atingiu o maior valor da história em comparação ao real: U$1 equivale a R$6.
Antes do anúncio da vitória republicana, o valor do dólar no mercado brasileiro na terça-feira (5) era de R$5,74, com tendência de queda. O último recorde do dólar americano no mercado brasileiro ocorreu durante a Pandemia de Covid-19, em 2020, quando a moeda americana chegou a valer R$5,90.
A movimentação impacta diretamente nas exportações e importações brasileiras. No entanto, não apenas o Brasil sentiu os impactos do cenário político americano. Na União Europeia, o euro passou de €$0,91 para €$0,93 com relação ao dólar.
Em seu plano de governo, Trump aposta no corte de impostos e aumento de tarifas para produtos importados, impactando diretamente o mercado externo. Nas redes sociais, a repercussão das política norte-americana dominou os trending topics do X, ex-Twitter, rede social do bilionário Elon Musk, forte apoiador de Trump.
A escalada do dólar nesta semana, levando a moeda norte-americana a fechar na última sexta-feira (1º) em 5,86, o segundo maior valor nominal já registrado desde a implantação do plano Real e o patamar mais alto desde 2020, esquentou o debate sobre câmbio nas redes sociais. Parlamentares e lideranças de oposição aumentaram o tom de suas críticas ao governo Lula, e relembraram declarações de ministros, senadores e deputados na época em que o dólar disparou durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O próprio ex-presidente, em suas contas nas redes sociais, ironizou as críticas que foram feitas à disparada do dólar durante a sua gestão. Bolsonaro publicou recentemente na rede X (ex-Twitter) uma declaração dada em junho de 2022 pela então senadora e hoje ministra do Planejamento, Simone Tebet, com críticas ao governo e sua dificuldade em controlar o câmbio.
'O dólar passa de 5 reais hoje por quê? Porque nós temos uma instabilidade política e jurídica. É um governo que não garante segurança jurídica para os investidores", disse a então senadora e naquele momento, pré-candidata a presidente.
Naquele mesmo ano, em setembro, já durante a campanha eleitoral, Simone Tebet voltou a se manifestar sobre a alta no preço do dólar, associando sua subida com o presidente Bolsonaro: "Toda vez que a gente vê o presidente falar besteira, vemos o dólar subir, a inflação", disse.
Segundo analistas econômicos, a cotação do dólar explodiu nesta semana por conta de uma combinação de fatores externos e internos. O fator externo tem a ver com a eleição presidencial nos Estados Unidos, que alimenta a tensão nos mercados mundiais, já que uma eventual vitória do candidato Donald Trump pode mexer com o fluxo do comércio mundial.
Em relação aos fatores internos, as dificuldades do governo Lula de promover o equilíbrio fiscal e apresentar medidas convincentes para o corte de gastos levam investidores a uma corrida em busca da moeda americana. O anúncio da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos Estados Unidos, com a sinalização clara de que não haveria divulgação de medidas na próxima semana, também contribuiu para a alta do dólar nos últimos dias.
A disparada do dólar e o esperado aumento da pressão no mercado de câmbio nos próximos dias inclusive levou o presidente Lula a pedir ao ministro Haddad que desistisse da viagem ao exterior para se dedicar à definição das medidas do pacote de corte de gastos. O embarque de Haddad estava previsto para esta segunda (4) e foi cancelado.
As dificuldades do governo em conseguir controlar a subida do preço do dólar levaram as redes sociais a resgatar também postagens de líderes petistas com críticas a Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro. Lideranças de oposição viralizaram uma postagem resgatada da conta do PT na rede X, publicada em fevereiro de 2021, em que o partido perguntava quem chegaria primeiro aos R$ 6, o dólar ou a gasolina.
"Não tá dando para andar de carro e muito menos viajar para Disney. Na corrida maluca do governo quem perde é o povo. Quem chegará primeiro no valor de R$ 6, a gasolina ou o dólar? Saudades do PT", diz a postagem do partido presidido pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A própria deputada Gleisi Hoffmann teve diversas postagens sobre o aumento da moeda norte-americana relembradas nas redes sociais. Em uma delas, de abril de 2022, a presidente do PT faz a seguinte afirmação: "Previsão da inflação para abril é a maior em 27 anos e chega a 12,3% e 12 meses. Petrobras sobre gasolina pela segunda semana e bate novo recorde nos postos, dólar supera os R$ 5. Vai ser assim até o fim do desgoverno. Inoperância de Bolsonaro e Guedes vai aprofundar o caos sociais", escreveu a líder petista.
Postagens feitas por parlamentares que hoje são ministros ou líderes do governo Lula também estão circulando pelas redes sociais. É o caso de tuíte de maio de 2020 do então deputado federal Paulo Teixeira (SP), hoje ministro do Desenvolvimento Agrário, na época em que a cotação do dólar bateu em R$ 5,90 a mais alta desde o início do plano Real.
"Os Bolsominios foram às ruas e criticaram o dólar a R$ 4,00, diziam querer morar em Miami na época da Dilma. Agora não conseguirão mais", publicou Teixeira.
Também atual ministra no governo Lula, de Direitos Humanos, Anielle Franco é outra que está tendo declarações sobre dólar expostas nos últimos dias nas redes sociais. Anielle publicou tuíte em outubro de 2020 afirmando o seguinte sobre o câmbio: "Fome, desemprego, queimadas, 89 mil, 7,5 milhões, rachadinhas, fake news, violência política, dólar alto, 142 mil mortes, como manter a saúde mental com isso tudo? Que desesperador essa fase hein Brasil?", afirmou.
O debate sobre o valor do dólar deve aumentar ainda mais nos próximos dias. Isto porque a eleição nos Estados Unidos acontece na próxima terça (5), e há chance real da vitória do republicano Donald Trump, o que, segundo analistas, deve potencializar a desvalorização do real e aumentar a cotação do dólar.
Esses mesmos analistas afirmam que a pressão do dólar sobre moedas emergentes vai aumentar bastante até o final da semana que vem, até porque a contagem de votos nos Estados Unidos pode demorar alguns dias. Essa pressão internacional impõe ao Brasil um risco real do dólar alcançar e até mesmo ultrapassar a cotação de R$ 6,00 pela primeira vez desde a implantação do plano Real.
O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (12). Investidores repercutiram falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad e os novos dados de inflação dos EUA.
Por aqui, o ministro da Fazenda defendeu que a expansão fiscal não é boa no momento para o Brasil e reiterou que o governo brasileiro cortará gastos se necessário. Na agenda, novos dados de serviços seguem no radar.
No exterior, o foco continua com os sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em alta, enfileirando uma sequência positiva de 10 pregões. As informações são do g1 com a agência Reuters.
DÓLAR
O dólar fechou em queda 0,20%, cotado em R$ 5,4310. Com o resultado, acumulou:
queda de 0,56% na semana;
recuo de 2,82% no mês;
alta de 11,92% no ano.
Na véspera, a moeda subiu 0,55%, cotada em R$ 5,4420.
IBOVESPA
O Ibovespa fechou em alta de 0,47%, aos 128.897 pontos. Com o resultado, acumulou:
alta de 1,60% na semana;
ganhos de 3,54% no mês;
perdas de 4,39% no ano.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,85%, aos 128.294 pontos.
O QUE ESTÁ MEXENDO COM OS MERCADOS?
As taxas de juros norte-americanas continuam no radar dos investidores nesta sexta-feira, principalmente em meio à divulgação de novos dados de inflação.
Segundo dados do Departamento de Trabalho, o índice de preços ao produtor norte-americano registrou uma alta de 0,2% em junho, após ter ficado inalterado em maio. O avanço veio acima do esperado pelos economistas consultados pela Reuters, de aumento de 0,1%.
A alta acima do esperado vem após os bons resultados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, divulgados na véspera. Segundo dados do Departamento de Trabalho, os preços caíram 0,1% em um mês, contrariando as previsões de analistas, que contavam com um ligeiro aumento de 0,1%, e de 3,1% em um ano.
Com isso, os mercados aumentaram as apostas de que o Fed deve começar a cortar os juros por lá em setembro. Segundo dados da ferramenta FedWatch do CME Group, as chances de corte na reunião de setembro subiram de 72,2% para 88,1% em uma semana, de acordo com as estimativas dos analistas.
"A inflação ao consumidor benigna de junho vem na sequência de outros dados menos pressionados de inflação e atividade, o que levou os mercados a acreditar que o Federal Reserve começará a cortar os juros em setembro, após sinalizá-lo na sua próxima reunião de política monetária em julho", afirmaram analistas da XP.
Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, já havia afirmado que a inflação do país “permanece acima” da meta de 2% do Fed, mas tem melhorado nos últimos meses. Ele acrescentou que novos dados positivos fortaleceriam o argumento para cortes na taxa de juros.
"Mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%", disse Powell.
Ter uma inflação em direção à meta é um dos requisitos para a flexibilização da política monetária. Powell também comparou a falta de progresso nos primeiros meses do ano com a melhora recente nos dados. Na prática, o cenário mais positivo ajudou a construir uma base de confiança de que as pressões sobre os preços continuarão a diminuir.
Além disso, ele observou que o Fed agora está preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia caso as taxas permaneçam altas durante muito tempo. “Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos”, disse Powell.
Agora, a expectativa fica pelo índice de preços ao produtor norte-americano, outro indicador relevante de inflação do país que deve ser divulgado hoje.
Já no cenário doméstico, investidores continuam atentos a eventuais sinais sobre o quadro fiscal brasileiro. Além de o Congresso ter adiado a votação da desoneração da folha para 17 setores, também há expectativa pela aprovação da reforma tributária, que agora está nas mãos do Senado.
Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a expansão fiscal não seria boa para o país neste momento e reiterou que Lula cortará gastos se necessário. O ministro também fez comentários sobre a repactuação da dívida dos estados com o governo federal e sobre a reforma tributária. Veja na reportagem abaixo:
Na agenda, o volume do setor de serviços do Brasil ficou estável em maio em relação a abril. Já em relação a igual mês do ano anterior, o indicador teve uma alta de 0,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Balanços corporativos do segundo trimestre e o noticiário corporativo também ficam sob os holofotes.
O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu repatriar US$ 14,6 milhões (dólares) que estavam depositados em conta na Suíça operada por dois integrantes da organização criminosa investigada na Operação Eficiência no Rio de Janeiro. Acompanhada pela Secretaria de Cooperação Internacional, a repatriação foi autorizada pela Justiça e decorre de pedido formulado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF).
Segundo o órgão, o montante já foi depositado em conta judicial brasileira e será destinado conforme determinação do juiz competente. Os valores estavam bloqueados na Suíça desde 2019, a pedido do próprio MPF.
Em nota, o MPF destaca que a repatriação é um dos resultados da Operação Eficiência, que apurou crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio no exterior cometidos por integrantes da organização criminosa que atuava no Estado do Rio de Janeiro. O MPF apurou que uma conta aberta na Suíça em favor da offshore Trueway Foundation era, na verdade, utilizada como fachada pelo esquema para lavar dinheiro.
Após pedido do Ministério Público Federal, a 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro autorizou o MPF a requerer às autoridades suíças a devolução do dinheiro ao Brasil, por meio de cooperação jurídica internacional. A partir da atuação do MPF na Operação Eficiência, a Justiça já havia determinado a repatriação de pelo menos R$ 270 milhões, montante que aumenta com a recuperação desta semana.
O dólar disparou e fechou esta terça-feira (16) em R$ 5,26, uma valorização de 1,64%, o maior patamar alcançado desde março de 2023. Na primeira sessão da semana a moeda americana também registrou alta expressiva, encerrando o dia avançando 1,24%, a R$ 5,18.
Alguns fatores ajudam a explicar a desvalorização do real ante o dólar. No exterior, o temor de uma retaliação de Israel ao ataque recente do Irã, o que poderia intensificar e ampliar o conflito naquela região volátil, ganha força.
Além disso, nos EUA, o mercado está pessimista em relação ao corte na taxa de juros depois da divulgação dos números do varejo, que mostraram que a economia americana continua aquecida. Em março, as vendas do setor subiram 0,7%, ante uma expectativa de crescimento de apenas 0,3%.
Já no Brasil, a previsão de redução do superávit primário para 2025 de 0,5% para uma estimativa de índice zero – com eventual déficit de 0,25%, não caiu bem entre os investidores.
O primeiro Boletim Focus do Banco Central no ano de 2024, com as projeções de mais de 100 analistas do mercado sobre os rumos da economia brasileira, revelou estabilidade nas estimativas para os principais indicadores da economia. Excepcionalmente, o Boletim Focus foi apresentado nesta terça-feira (2) devido ao feriado de Ano Novo.
De acordo com o documento, os economistas de dezenas de instituições financeiras e do mercado mantiveram a inflação oficial de 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa dos 4,46%. Em relação a 2024, os analistas reduziram suas projeções de 3,91% para 3,90%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5% para cima ou para baixo.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão média para o crescimento da economia brasileira permaneceu em 2,92% no fechamento de 2023. Para 2024, a projeção seguiu a mesma da semana passada, em 1,52%, assim como para 2025, que continuou em 2%.
Já sobre a Selic, a taxa básica de juros, a expectativa mediana dos analistas do mercado seguiu em 9% ao fim de 2024, após cair na semana passada. Esse patamar representa um corte total de 2,75% na Selic durante o ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de 2023, a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%.
A mediana das estimativas do mercado para o dólar no fim deste ano de 2024 seguiu em R$ 5, assim como na última semana. Para 2025, a projeção caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. E para 2026 as expectativas ficaram em R$ 5,05.
Sobre a balança comercial brasileira, houve uma redução nas expectativas para 2023, com o superávit estimado saindo de US$ 81,40 bilhões para um saldo positivo de US$ 81,30 bilhões. A estimativa para 2024 também recuou, de US$ 71 bilhões para US$ 70,50 bilhões, enquanto a de 2025 continuou em US$ 66,59 bilhões. A estimativa para 2026 encolheu de US$ 70,00 bilhões para US$ 68,50 bilhões.
Na avaliação em relação à dívida líquida do setor público, os analistas do mercado reduziram suas projeções de 61,20% do PIB para 61,05% do PIB. A perspectiva para 2024 também passou por correção, caindo de 64,50% do PIB para 64,45% do PIB. A de 2025 também recuou, de 66,40% do PIB para 66,20% do Produto Interno Bruto.
Concluído o último pregão de 2023, nesta quinta-feira (28/12), o Ibovespa deixa boas notícias aos investidores. Neste ano, ele registrou rentabilidade de cerca de 22%, a maior desde 2019, último período antes da pandemia da Covid-19. Na quarta-feira (27/12), o principal índice da Bolsa brasileira (B3) também atingiu os 134.194 pontos, a maior pontuação observada na história do indicador, em termos nominais. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
As informações foram compiladas pelo consultor de dados do mercado de capitais Einar Rivero. “Apesar desse marco significativo em termos nominais, é importante notar que o Ibovespa ainda está distante dos melhores resultados, em termos reais (levando-se em conta a inflação), registrados há 15 anos, em maio de 2008”, diz Rivero. “Em dólares, o índice se encontra a 37,7% do seu máximo, e em valores ajustados pelo IPCA, a 24,4%. Isso mostra que há amplo espaço para o crescimento contínuo do Ibovespa.”
Rivero observa que o Ibovespa não foi o único índice a registrar picos históricos em 2023. O Dow Jones, nos Estados Unidos, alcançou sua pontuação máxima em 19 de dezembro, com 37.558 pontos, uma valorização de 13,31% até aquela data.
O último boletim Focus do Banco Central em 2023, com as estimativas de dezenas de economistas de instituições financeiras, apresentou redução nas expectativas de inflação e para o dólar, e estabilidade em relação ao PIB. Excepcionalmente nesta semana, o Boletim Focus foi apresentado terça-feira (26) e não na segunda, devido ao feriado de Natal.
De acordo com o Focus, as expectativas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo diminuíram de 4,49% para 4,46% ao final do ano. Um mês antes, a mediana das previsões dos economistas era de uma inflação de 4,53% no fechamento de 2023.
A projeção do mercado para a inflação no ano de 2024 também recuou, de 3,93% para 3,91%, após estabilidade na semana anterior. Para 2025, as previsões continuam em 3,50%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3,25% em 2023 e de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
No último Boletim Focus de 2022, divulgado também no dia 26 de dezembro, as mediana para a inflação oficial ao final do ano de 2023 estava em 5,23%. Durante todo o ano, houve uma queda de 0,77% nas estimativas desse indicador, chegando à previsão atual de 4,46%.
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central neste ano confirmou as expectativas do mercado, com a redução de 12,25% para 11,75%. Para 2024, a média das estimativas caiu de 9,25% para 9% ao fim ano, e ficou em 8,50% para 2025.
Sobre o PIB, a previsão média para o crescimento da economia brasileira em 2023 permaneceu em 2,92%. No final de 2022, os analistas do mercado apresentavam uma estimativa para a expansão do PIB no fechamento de 2023 na casa de 0,79%. A previsão do mercado para o PIB subiu 2,13% durante o ano.
Para 2024, a projeção do PIB brasileiro aumentou de 1,51% para 1,52%. Para 2025, seguiu em 2,00%. mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 4,93 para R$ 4,90. Para 2024, a mediana das expectativas continuou em R$ 5,00. Para 2025, foi de R$ 5,08 para R$ 5,05.
Nas avaliações em relação ao dólar, as projeções fecham 2023 com um novo recuo, de R$ 4,93 na semana anterior para R$ 4,90, enquanto a projeção para 2024 se manteve em R$ 5,00. A de 2025, por sua vez, caiu de R$ 5,08 para R$ 5,05 e a aposta para 2026 passou de R$ 5,11 para R$ 5,10.
Já a projeção para o resultado primário da economia piorou para 2023. A estimativa para este ano subiu de um déficit de 1,30% do PIB para -1,40%. A de 2024 manteve-se em -0,80% do PIB. Para 2025, continuou em -0,60% do PIB, enquanto a projeção para 2026 ficou nos mesmos -0,50% do PIB.
Embalados pelo bom resultado divulgado na semana passada para o índice oficial de inflação – 0,24% em outubro, abaixo dos 0,26% de setembro –, os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o IPCA ao final do ano. Segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo BC, o mercado baixou de 4,63% para 4,59% a sua previsão para a inflação oficial do País.
Os números da inflação apresentados na última sexta (10) pelo IBGE mostram que o IPCA também desacelerou para 4,82% no acumulado de 12 meses até outubro. No mês de janeiro, com o início do governo Lula, o mercado projetava uma inflação maior ao final de 2023. O boletim Focus de 16 de janeiro, por exemplo, revelava uma estimativa de 5,39% para o IPCA.
A meta oficial de inflação perseguida pela autoridade monetária é de 3,25% em 2023 neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. A previsão dos agentes financeiras de um IPCA de 4,59% ao final do ano, portanto, revela que o indicador estaria dentro da margem de tolerância da meta prevista pelo BC.
O mesmo boletim Focus do mês de janeiro apresentava uma expectativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros, a Selic, fecharia o ano em 12,25%. Depois do início do ciclo de corte de juros pelo Comitê de Política Monetária, a Selic chegou agora em novembro aos 12,25% projetados no começo do ano, mas ainda haverá um novo corte na reunião de dezembro.
De acordo com a ata do Copom, divulgada semana passada, o órgão decidirá por mais uma nova redução de 0,5% na última reunião do ano, em dezembro, levando a taxa de juros brasileira a fechar 2023 em 11,75%. Desde que o BC iniciou o ciclo de cortes na Selic, o mercado reduziu de 12,25% para 11,75% a sua estimativa da taxa de juros ao final do ano.
A expectativa mediana para a taxa Selic ao fim de 2024, de acordo com o Boletim Focus desta segunda, continuou em 9,25%, assim como na semana passada. Esse percentual indica que o mercado aguarda que o Copom corte a Selic em 2% no ano que vem. Já para 2025, os analistas financeiros aumentaram sua estimativa de 8,50% para 8,75%.
Em relação ao dólar, a estimativa para a moeda ao fim de 2023 foi mantida em R$ 5, assim como nos boletins das últimas semanas. Já as projeções para o final de 2024 e de 2025 subiram, diferente do que aconteceu na última semana. A previsão para 2024 saiu de R$ 5,05 para R$ 5,08 e a de 2025 saiu de R$ 5,10 para R$ 5,11.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a projeção das instituições financeiras neste ano permaneceu em 2,89%. No começo do ano, no boletim de 16 de janeiro, as estimativas das mais de 100 instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC era de que o PIB de 2023 ficaria em 0,77%.
Em relação a 2024, a expectativa para o PIB é de haja crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.
A projeção de superávit para a balança comercial para 2023 voltou a subir no Boletim Focus, de US$ 56,61 bilhões para US$ 57,20 bilhões, enquanto a dos próximos anos foi mantida: US$ 52,40 bilhões em 2024, US$ 55,0 bilhões em 2025 e US$ 54,0 bilhões em 2026.
O preço do dólar fechou em queda nesta sexta-feira (30), e encerrou o primeiro semestre de 2023 com desvalorização de 9,27% frente ao real. Ao longo desta sexta-feira, os investidores repercutiram a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), em mudar o regime de metas da inflação para uma meta contínua de 3%, a partir de 2025.
Os investidores acompanharam também o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acerca dos números de emprego no Brasil. Em maio, quando foi encerrado o trimestre, a taxa de desemprego caiu a 8,3%.
O dólar caiu 1,119% nesta sexta-feira, cotada a R$ 4,7889. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, finalizou o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 7,61%. No mês de junho, o crescimento foi de 9%, registrando a maior variação mensal desde dezembro de 2020.
Na quinta-feira (29), o dólar já tinha fechado perto da estabilidade, com baixa de 0,01%, a R$ 4,8466.
A inflação de março, abaixo do esperado pelos economistas, fez a Bolsa subir nesta terça-feira (11). O Ibovespa teve sua maior alta diária em mais de seis meses, com os analistas enxergando uma porta para um corte de juros pelo Banco Central, com os preços em desaceleração.
O Ibovespa fechou em alta de 4,29%, chegando a 106.213 pontos. É o maior avanço diário do índice desde o dia 3 de outubro de 2022, dia seguinte ao primeiro turno da eleição presidencial, de acordo com levantamento feito pela plataforma TradeMap.
O dólar comercial à vista caiu 1,16%, para R$ 5,007. Esta é a menor cotação de fechamento para a moeda americana frente ao Real desde junho de 2022.
Nos mercados futuros, os juros também reagiram à inflação. Nestas negociações, o mercado tenta antecipar o comportamento da Selic nos próximos anos, de acordo com o vencimento de cada contrato.
Nos contratos para janeiro de 2024, a taxa passou dos 13,22% do fechamento desta segunda-feira (10) para 13,14%. No vencimento em janeiro de 2025, os juros recuaram de 11,99% para 11,78%. Para janeiro de 2027, os juros caíram de 11,98% para 11,75%.
O índice oficial de inflação do Brasil teve pressão da gasolina em março, mas desacelerou a alta para 0,71%, após avanço de 0,84% em fevereiro, segundo apontam os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o novo resultado, o IPCA acumulou inflação de 4,65% em 12 meses — o avanço era de 5,60% até fevereiro. Trata-se do menor nível desde janeiro de 2021, quando o índice estava em 4,56%.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.