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deputado manuel rocha
Em entrevista ao Projeto Prisma nesta segunda-feira (28), o deputado estadual Manuel Rocha (União) fez críticas ao governo de estado na crescente situação de conflitos de terra no Extremo Sul da Bahia, envolvendo produtores rurais e grupos indígenas. O parlamentar classificou os grupos como “bandos armados, criminosos, travestidos de índios”.
“Esse debate tá lá na comissão de agricultura. É um absurdo o que tem ocorrido na Bahia, desde 2022 mais de 80 propriedades privadas foram invadidas por bandos armados, criminosos, travestidos de índios [povos indígenas]. Eles adentram com armas pesadas nas propriedades rurais, sitiando as propriedades. A estimativa da ‘Agronex’ é de 500 milhões de prejuízo pelos proprietários rurais, com mil empregos diretos perdidos. Duas mortes aconteceram, uma omissão por parte do estado. E não coibir esses crimes”, afirma o deputado.
Segundo o deputado, das 80 propriedades rurais invadidas, 40 possuem decisões judiciais de reintegração de posse pendentes de cumprimento, defendendo uma atuação firme da segurança pública por meio até da força nacional.
“Não estão sendo cumpridas por falta de apoio por parte do estado. A polícia militar não vai lá dar o apoio necessário para a reintegração de posse e fica por isso mesmo. Desmoraliza o poder judiciário, desmoraliza nosso estado e os investidores. Desvalorizando o valor das propriedades. É grave a segurança jurídica, é necessária a força nacional. O estado baiano é omisso a esses conflitos agrários”, critica o deputado.
Rocha também o chegou a criticar engavetamento de uma CPI na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) pela oposição para investigar a situação que para ele trata-se de uma questão de 'insegurança pública'.
“A AL-BA propôs por meio uma CPI, tentou investigar e não queria discutir o direito agrário, decretando a inconstitucionalidade da CPI. Queríamos discutir a segurança pública e quem estava financiando essas invasões. Apesar de 18 deputados da oposição, tivemos 30 assinaturas e, infelizmente, foi engavetada. Por isso, a comissão de agricultura tem dado voz aos produtores rurais, e cobramos quais as ações do governo do estado para coibir esse problema”, conta o político.
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Acompanhe a entrevista:
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (28), o deputado estadual Manuel Rocha (União) abordou as persistentes questões de seca e estiagem no interior da Bahia, especificamente na região de Irecê. Para o deputado, há uma falha dos governos federal e estadual em não estabelecerem um grupo de combate à seca de forma contínua, atuando somente em períodos críticos.
"A queixa é a falha de apoio tanto do governo do estado quanto do governo federal, falta de água, carro pipa e cesta básica. Os produtores querem subsídio para compra de alimentos. Realmente, é uma queixa de falta de apoio do governo do estado e federal. No meu entendimento, há realmente a ambição de formar um grupo de trabalho depois que a gente já está no fundo do poço. As ações de enfrentamento da seca têm que ser permanentes", relata o político.
Além de criticar a falta de uma atuação contínua por parte do governo de Jerônimo Rodrigues (PT), o deputado alega que a ausência de subsídios eleva os preços a patamares inviáveis:
"Até o milho anunciado pela Conab, que foi anunciado pelo Ministro, já chega a 90 reais. Ele já foi vendido a 15 reais, hoje o preço está em 90 reais. Realmente, é uma queixa de falta de apoio do governo do estado e federal. No meu entendimento, há realmente a ambição de formar um grupo de trabalho depois que a gente já está no fundo do poço. As ações de enfrentamento da seca têm que ser permanentes", cobra o deputado.
Embora reconheça a receptividade do governo durante a audiência sobre a seca realizada na última sexta-feira (25), Rocha aponta a ineficácia de ações tardias, com uma situação que afeta diretamente municípios como Coribe e Correntina:
“[Conversamos] com centenas de produtores rurais na região de Irecê, diversos prefeitos, vereadores e lideranças. Tivemos a participação do Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ouvimos os produtores de uma das regiões mais afetadas da Bahia. Para você ter uma ideia, mais de 50% da produção de leite houve redução por causa da seca, além da perda de lavouras e perda de rebanho”, pondera o deputado.
Vale lembrar que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) já reconheceu 61 municípios com situação de emergência por estiagem, mas o número pode aumentar. Cerca de 11 cidades na região de Irecê decretaram a situação e aguardam o reconhecimento por parte do Governo Federal: América Dourada, Cafarnaum, Canarana, Ibititá, João Dourado, Jussara, Lapão, Presidente Dutra, São Gabriel, Uibaí e Xique-Xique.
Acompanhe a entrevista ao vivo:
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Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.