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A portaria conjunta que cria o monitoramento do cumprimento, no Brasil, das metas e indicadores do 18º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) foi assinada, nesta sexta-feira (19), pelos ministérios da Igualdade Racial (MIR) e dos Povos Indígenas (MPI), durante a sessão plenária final da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir).
Segundo a Agência Brasil, a nova meta brasileira tem foco na igualdade étnico-racial no país. O 18° ODS brasileiro está inserido na Agenda 2030 da ONU, que tem, oficialmente, 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.
Na abertura do evento, o ministro-chefe da Secretária-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, explicou que a meta voluntária, de caráter nacional, foi proposta há exatos dois anos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na 78ª Assembleia Geral da ONU, em 2023, “para ratificar a segurança política e atualizar os compromissos públicos com o na igualdade étnico-racial no país”, lembrou o ministro.
Respostas aos quilombolas
A Secretaria-Geral da Presidência da República também entregou aos representantes da Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) o caderno de respostas do governo brasileiro à solicitação de informações e de respostas por parte da entidade que defende os interesses quilombolas.
“É importante que a Conaq acompanhe conosco a execução disso, nos cobre e nos ajude a monitorar os ministérios para que cumpram a determinação do presidente Lula de ter políticas públicas para toda a população”, destacou Márcio Macedo.
O documento entregue descreve ações que estão sendo implementadas por 20 órgãos do governo federal e outras destinadas a este segmento da população, que ainda vão ser realizadas.
O coordenador da Conaq, Arilson Ventura, disse à Agência Brasil que considera o caderno-resposta importante e que a entidade irá cobrar as ações definitivas do governo para que cheguem, efetivamente, até as comunidades quilombolas.
Para o ativista da causa quilombola, a principal política pública é a regularização fundiária de seus territórios para garantir o direito à reprodução física, social, econômica e cultural dos quilombolas.
“Sem a titulação dos territórios quilombolas, a gente não consegue avançar no processo da melhoria da saúde, da educação, da agricultura, da cultura”, afirmou.
A proposta primordial da entidade é estabelecer o prazo de cinco anos para a conclusão do processo de reconhecimento, demarcação e, por fim, a titularidade dessas terras.
“Existe comunidade que começou o processo de titulação há mais de 20 anos e isso vai se arrastando, por diversas situações pelo meio do caminho e não consegue avançar. A nossa proposta é ter o prazo de cinco para concluir a titulação. Um tempo razoável.”
Em entrevista à Agência Brasil, durante a 5ª Conapir, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, explicou que a titulação de um território passa por nove etapas, para um quilombo ser titulado pelo Incra, e que o governo tem avançado.
"Imagine você passar de geração para geração em um território, 10, 20, 50 anos. E caso a sua família tenha que sair do território ou se alguém falecer, você não seria titulado. Isso é muito ruim", avaliou a ministra.
A ministra da Igualdade entende que não é simples titular, mas tem que ter vontade política de todos, no âmbito nacional, estadual e municipal."[A titulação de terras quilombolas] requer que a vontade política seja coletiva e as pessoas trabalhem em prol disso”.
"A gente está falando de vida digna, de moradia, de vida, de qualidade. A gente bateu de porta em porta [de outros ministérios] para fazer com que as pessoas entendam que titular um quilombo é também dar vida digna às pessoas", explicou Anielle Franco.
Pesquisas
O Ministério de Promoção da Igualdade Racial (MIR), anunciou também o investimento de R$ 1 milhão em pesquisas voltadas ao fortalecimento do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade (Sinapir). A chamada pública (Edital n°18), coordenada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), terá inscrições de pesquisadores até o dia 29 de outubro.
Moções
No encerramento da Conferência, integrantes do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPir) submeteram à validação dos delegados oficiais as 51 moções de repúdio, denúncias e homenagens, que tiveram cerca de 7 mil assinaturas dos participantes Conapir.
Entre elas, a moção de apelo por providências no caso de Sônia Maria de Jesus, mulher negra e surda submetida por mais de 40 anos a condições análogas à escravidão.
Outra moção pede o reconhecimento dos pais de santo como profissão para que tenham direitos previdenciários.
Uma moção de repúdio foi endereçada à Câmara dos Deputados pela aprovação da PEC da Blindagem, nesta semana.
Outras moções também foram apresentadas: a que sugere a criação do programa Mais Médicos Quilombolas e a que solicita apoio da União às mães solo, às mães negras e às mães periféricas que perderam seus filhos em situações de violência contra jovens negros. Além a da que solicita que as mulheres trancistas sejam vistas não apenas como profissionais de beleza; mas como guardiãs de saberes tradicionais ancestrais que remontam à cultura dos povos africanos.
Diversidade
A 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) foi encerrada hoje, após sete anos de intervalo. Os cinco dias do evento, em 2025, contabilizam mais de 2 mil participantes, entre pessoas negras, povos indígenas, de terreiro, quilombolas, ciganos, juventudes, além de pessoas idosas, LGBTQIA+, periféricas e com deficiência.
Como resultado da 5ª Conapir, foi elaborado um documento final, com propostas de diretrizes de políticas públicas voltadas à igualdade étnico-racial, que será entregue ao governo federal.
O governador do Pará, Helder Barbalho, recebeu nesta terça-feira (26) o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da França, Emmanuel Macron. Os chefes de Estado foram recepcionados também pela primeira-dama, Daniela Barbalho, pelo Ministro de Estado do Turismo, Celso Sabino e pelo Ministro de Estado das Cidades, Jader Filho. Esta é a primeira visita oficial do presidente francês ao Brasil.
Na companhia de Lula e Helder, Macron iniciou, na capital paraense, uma extensa agenda bilateral no país. Em Belém, uma das motivações do encontro é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada na capital paraense em novembro de 2025. Na oportunidade, o governador aproveitou para presentear Macron com uma camisa marajoara e camisas dos dois maiores clubes do Estado: Remo e Paysandu.
Os dois presidentes e o governador do Estado estiveram na Ilha do Combu, na margem sul do Rio Guamá, e acompanharam a produção artesanal e sustentável do cacau na localidade. Em seguida, visitaram a fábrica de chocolates “Filha do Combu”, gerenciada pela empreendedora Dona Nena, exemplo de bionegócio. Hoje, o Estado do Pará é o único do Brasil a contar com um Plano de Bioeconomia.
No trajeto até o Combu, o presidente Lula e o governador Helder Barbalho tiveram a primeira reunião bilateral com o presidente francês. Entre os integrantes da equipe de Macron estão o ministro de Europa e dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, a secretária de Desenvolvimento e Parceiras Internacionais do Ministério de Europa e dos Negócios Estrangeiros, Chrysoula Zacharopoulou, além do embaixador da República Francesa no Brasil, Emmanuel Lenain.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Juntos, Helder e Lula mostraram ao presidente francês, Emmanuel Macron, a complexidade da questão amazônica e as alternativas de desenvolvimento econômico sustentável, que encontram na bioeconomia o caminho chave para a transição para uma economia de baixo carbono.
Eles também tiveram um encontro com representantes indígenas. Na ocasião, o líder indígena da etnia Kayapó, Raoni Metuktir, recebeu das mãos de Macron, a condecoração expoente mundial da causa indígena.
Emmanuel Macron permanece no Brasil até esta quinta-feira (28) e ainda deve visitar as cidades de Itaguaí (RJ), São Paulo e Brasília. De Belém, Lula e Macron seguiram para o Rio de Janeiro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.