Artigos
Saúde mental assume novo papel estratégico nas empresas
Multimídia
Ex-presidente da CMS, deputado Paulo Câmara defende protagonismo do Legislativo em discussão do PDDU
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
comunidade terapeutica vidas
A pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), a justiça determinou a interdição da Comunidade Terapêutica CT Vidas, localizada em Ipirá, na Bacia do Jacuípe. A ação, realizada na quinta-feira (23) foi executada pelo MP-BA em conjunto com a Polícia Civil e a Polícia Militar. No local, foram encontradas 89 pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo idosos, pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos, vivendo em condições degradantes e sob relatos de maus-tratos.
Conforme os promotores de Justiça autores da ação, o MP-BA recebeu denúncias de "maus-tratos, negligência, alimentação precária, internações ilegais e exploração de vulneráveis". As inspeções realizadas pela Coordenadoria de Apoio Técnico à Investigação do MP-BA (Cati) revelaram um cenário de degradação. Durante a operação, foram constatadas "portas trancadas com cadeados, banheiros sujos, lixo acumulado e quartos sem ventilação".
De acordo com o promotor de Justiça Leandro Ribeiro, também havia registro de "exploração de trabalho não remunerado e funcionários dormindo em instalações precárias, próximas a um galinheiro". A inspeção da Vigilância Sanitária Municipal, realizada em julho, já havia classificado o estabelecimento como "insatisfatório" em relação à segurança alimentar.
Na sexta-feira (24) os promotores Leandro Ribeiro e Laise Carneiro reuniram-se com representantes do município de Ipirá para definir a comissão interventora provisória e as prioridades de ação. O foco imediato é o tratamento médico e a recondução dos internos às suas famílias e municípios de origem. Em novo comparecimento à unidade durante a tarde, os promotores constataram que a gestão municipal já havia acionado equipes de saúde e assistência social, que iniciaram a triagem médica de todos os acolhidos e as tratativas com suas respectivas famílias.
A decisão judicial proíbe os responsáveis legais pelo local de administrar qualquer entidade de acolhimento no país e determinou a busca e apreensão de documentos e cartões de benefícios dos internos. O município de Ipirá deverá assumir a gestão interina da unidade em até 15 dias, garantindo alimentação, higiene, segurança e cuidados médicos. O processo de desinstitucionalização, que envolve o retorno dos acolhidos a seus lares ou locais de origem, deve ser concluído no prazo de 30 dias. A operação contou com o apoio do delegado de Ipirá, Atilano Teixeira Campos, e do major Giliam Silva, comandante da 98ª Companhia Independente de Polícia Militar.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Flávio Bolsonaro
"Uma parte da imprensa, que já tem má vontade com a gente e adora defender traficante de drogas, inventa que eu estou defendendo que se taque bombas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Eu fico revoltado com essa defesa de traficantes, porque eu sei que é o dinheiro desses caras que é usado para comprar a pistola que vão apontar para a nossa cabeça no sinal de trânsito para ser assaltado no Rio de Janeiro".
Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao reagir às críticas recebidas após publicar, na véspera, uma mensagem no X (antigo Twitter) sugerindo que os Estados Unidos realizassem ataques a barcos de traficantes no Rio de Janeiro.