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Antes mesmo de um debate no chamado “conselho político”, o governo Jerônimo Rodrigues (PT) já tem uma projeção de onde alocar o vice-governador Geraldo Jr. (MDB), dando a ele status de secretário ao tempo em que não o mantém como uma função decorativa na administração. Fontes do Bahia Notícias indicam que o governador avalia recriar o status de secretaria para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) para alocar Geraldo Jr., sem demandar qualquer mudança nos espaços dos demais integrantes.
O Codes foi um órgão que funcionou ainda na primeira administração do então governador Rui Costa com o formato de uma “secretaria extraordinária” e permitiu que o então ex-ministro Jaques Wagner fosse alocado em um posto político. Antes, o Codes tinha caráter consultivo. Wagner, que criou o órgão, tinha deixado o governo da Bahia em 2015 e migrou para a Esplanada dos Ministérios de Dilma Rousseff. Após o impeachment, o ex-governador cumpriu uma quarentena obrigatória antes de assumir o Codes.
No mesmo formato do “conselhão” da então gestão Dilma, o Codes tinha como escopo o assessoramento ao governador para a elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável. Wagner ficou no órgão baiano até migrar para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), onde permaneceu até o período de desincompatibilização para concorrer ao Senado, onde exerce o mandato atualmente.
Atualmente, o Codes está sob coordenação do ex-presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, e atua em projetos como o debate do Plano Plurianual. Diferente do passado, quando esteve ligado a outras secretarias, funciona diretamente ligado ao gabinete do governador e, dentro da hierarquia está abaixo de superintendências, o que implicaria certa dificuldade em colocar Geraldo Jr. nesse posto. Todavia, a ampliação do escopo do conselho diminuiria qualquer resistência do vice em ocupar a posição.
DESTINO DE GERALDO JR.
Caso confirmada a recriação do status de secretaria para o Codes e a consequente nomeação de Geraldo Jr. como coordenador, a expectativa do governo é permitir que o vice participe dos debates da administração estadual ainda que não ocupe uma secretaria ordinária - ou mesmo controle um órgão com status de secretaria, mas já sob a batuta de uma legenda.
O vice chegou a ser cotado para ocupar uma pasta ainda na construção do governo, porém acabou ficando em uma zona límbica, sem integrar a cota do MDB e sem espaço dentro da chamada “cota pessoal” do governador. Ainda assim, Jerônimo tem tentado manter Geraldo Jr. em evidência, apresentando-o como coordenador de eventos como o Carnaval de 2023 e o São João (veja mais e aqui). Todavia, há, nos bastidores, a leitura de que o destino do ex-vereador de Salvador era uma equação difícil de ser resolvida pelo governador.
No Codes, Geraldo Jr. ainda faria a interlocução com setores empresariais, algo que ele tenta fazer desde a indicação para compor a chapa com o petista. As próprias declarações recentes do vice, defendendo ocupações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), também sugerem que ele tem buscado um diálogo com movimentos sociais, algo caro à história de Geraldo Jr. O “conselhão” baiano então juntaria duas pontas e permitiria que Geraldo Jr. tivesse espaços dentro da gestão estadual. (Atualizado às 11h47)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Washington Quaquá
"O Bope só matou ali otário, vagabundo, bandido. Eu perguntei: ‘Tem trabalhador aí?’. Não. Tudo bandido".
Disse o prefeito de Maricá (RJ) e um dos vice-presidentes do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá (PT) ao defender a megaoperação que matou mais de 130 pessoas no Rio de Janeiro. A declaração do político ocorreu no seminário da sigla sobre segurança pública no RJ.