Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
ciro gomes
A cúpula do PSDB trabalha para se reunir com Ciro Gomes na próxima semana. A conversa deve ter como conteúdo para que Ciro volte à legenda após 28 anos. Ele deixou a legenda em 1997.
Uma parte do partido acredita que o caminho para Ciro é concorrer tanto para o governo do Ceará quanto para a cadeira de presidente da República. Outra parte do PSDB não acredita em Ciro como uma opção viável para o Palácio do Planalto.
Segundo informações de Bela Megale, a ponte de Ciro para voltar ao partido se chama Tasso Jereissati, ex-governador que apoiou Ciro em sua candidatura ao governo do Ceará em 1990.
Ciro Gomes saiu do PSDB em 1997, e se filiou a diversos partidos, como PPS, PSB, PROS e, mais recentemente, o PDT, que se mantém nos últimos 10 anos.
O ex-ministro da Integração Nacional e uma das principais lideranças do PDT, Ciro Gomes, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela demissão de seu correlegionário, Carlos Lupi, do Ministério da Previdência. Em conversa com a imprensa nesta terça-feira (6), Ciro contestou a escolha do substituto do pedetista na pasta e defendeu que Lupi não é o “responsável político” pelos golpes atribuídos ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Na avaliação de Ciro, a demissão de Carlos Lupi do Ministério se trata de uma “queima de fusível” e afirmou que a nomeação de Wolney Queiroz para a pasta da Previdência seria uma forma de “subornar a imprensa”.
“Quem é o responsável político por essa questão? É o Temer, é o Bolsonaro e é o Lula. Vão transferir para as filiares? Isso é uma tentativa de queima de fusível. O Lupi, até onde eu sei, e eu sei muito, é um homem sério, é um indivíduo simples. Conheço, fui na casa dele muitas vezes, não tem nenhum hábito, não tem nenhum sinal exterior de riqueza. Na medida em que o Lula queima, frita o Lupi e nomeia o seu braço direito para o lugar, ele está conseguindo apenas subornar vocês da imprensa. Por quê? Qual é a culpa do Lupi, se não uma responsabilidade remota que cabe ao Lula?”, disse Ciro.
“O que o Lupi fez de omissão que o secretário-executivo do Ministério, nada mais nada menos do que responsável pela gestão do Ministério, deixou de fazer igual? Isto é envergonhante para mim, morto de vergonha e acho uma indignidade inexplicável”, completou.
Ainda nesta terça, o PDT anunciou que vai deixar a base de apoio do presidente Lula na Câmara dos Deputados após a demissão de Lupi. De acordo com informações, os deputados da sigla afirmaram que a nomeação de Wolney Queiroz para a cadeira que pertencia a Lupi não foi combinada com a bancada.
A decisão de abandonar o alinhamento formal foi tomada em reunião da bancada de forma unânime, após concluir que na demissão de Lupi houve um processo de fritura público e desconsideração com a sigla.
Apesar do aumento acelerado na desaprovação ao seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua sendo o candidato mais forte para as eleições de 2026, mesmo nas simulações contra seu principal oponente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi o que constatou a pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (25).
No registro espontâneo, quando os entrevistados dizem o nome de sua preferência sem a apresentação de listas, o presidente Lula aparece com 23,5%, enquanto Bolsonaro registra um total de 19,6%. A pesquisa mostra que Jair Bolsonaro consegue manter seu capital eleitoral mesmo estando inelegível e juridicamente fora da disputa de 2026.
Além dos dois mais citados, aparecem ainda na lista dos preferidos para se eleger presidente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 1,8%, seguido do coach e ex-candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), que registrou 0,9%. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), responsável pelo vídeo sobre mudanças no Pix que teve mais de 300 milhões de visualizações no início deste ano, empatou com Marçal na pesquisa espontânea, com 0,9%.
O quinto lugar nas menções espontâneas foi conquistado pelo ex-candidato Ciro Gomes (PDT), que teve 0,8% das intenções de voto. Outros candidatos alcançaram 3,8%, e brancos e nulos tiveram 7,8%. Já a quantidade de entrevistados que se disse indeciso alcançou o total de 40,8%.
No cenário estimulado, com a apresentação de nomes para os entrevistados, Lula e Bolsonaro estão praticamente empatados, com 30,3% e 30,1% respectivamente. Logo depois aparece Ciro Gomes, com 9,8%, seguido de Pablo Marçal com 6,7%, Ronaldo Caiado com 3,5% e Romeu Zema com 2,7%.
Em outro cenário apresentado pela pesquisa, sem o nome de Jair Bolsonaro, Lula fica praticamente igual ao quadro anterior, alcançando 30,4%. Logo depois aparecem Ciro Gomes com 14,3%, Tarcísio de Freitas com 14%, Pablo Marçal com 13,2%, e por fim Romeu Zema e Ronaldo Caiado com 3,9%.
No terceiro cenário montado pela pesquisa, em que é incluído o nome do deputado Eduardo Bolsonaro na disputa, o presidente Lula consegue um resultado melhor na liderança e alcança 31,1%. No segundo lugar aparece Ciro Gomes com 13,2%, seguido de Eduardo Bolsonaro com 13,1%, Pablo Marçal com 11,9%, e por último Ronaldo Caiado e Romeu Zema empatados com 5,9%.
O último cenário traçado pela pesquisa CNT/MDA retira o nome de Lula e coloca o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, como o candidato da esquerda. Nesse cenário, Ciro Gomes ficaria em primeiro com 19,7%, seguido de Haddad com 16,2%, Tarcísio de Freitas com 14,4%, Pablo Marçal com 14%, Caiado com 5,4% e Romeu Zema em último com 4,5%.
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro ganha de Lula por 43,4% a 41,6%. Em disputa com o governador Tarcísio de Freitas, Lula ganharia de 41,2% a 40,7%. Já em uma eventual briga entre Bolsonaro e o ministro Haddad, o ex-presidente teria vantagem e ganharia por 43,1% a 39,4%. Por fim, em uma simulação que coloca Tarcísio contra Haddad, o governador venceria o ministro por 38,3% a 37,3%.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada com dados coletados de 19 a 23 de fevereiro, um dia após as denúncias da PGR contra Bolsonaro e outras 33 pessoas. Foram 2002 entrevistas, por meio de coleta presencial e domiciliar distribuídas em 137 municípios, com margem de erro de 2,2%.
A 2ª Câmara de Revisão do Ministério Público Federal (MPF) acolheu recurso do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, em processo envolvendo o ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT). Lulinha alega ter sido vítima de calúnia e injúria após declarações de Ciro em entrevista à Rádio Metrópole em 2022, durante o período eleitoral, quando foi chamado de “filho corrupto” e “ladrão” pelo o então presidenciável.
Em nota enviada ao Bahia Notícias, a defesa de Lulinha afirmou que o recurso foi acatado na tarde desta segunda-feira (17), após argumentação do advogado do filho do presidente, o baiano Maurício Vasconcelos.
“Após sustentação oral do advogado de Lulinha, Maurício Vasconcelos, a instância superior acolheu os argumentos do filho do Presidente da República e o resultado foi no sentido do ‘Provimento, por unanimidade, para, não homologando o arquivamento, devolver os autos à origem, para oferecimento de denúncia’”, disse nota.
A Justiça Eleitoral baiana foi acionada em maio de 2023, mas não foi dado andamento após a promotora Izabel Cristina Vitória Santos não identificar crime cometido por Ciro Gomes, e solicitou o arquivamento do caso. Assim, os advogados de Lulinha entraram com recurso junto ao MPF para que o processo seguisse em progressão.
O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), disse nesta quinta-feira (15), em palestra na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, que pretende encerrar suas participações em pleitos eleitorais.
"(Posso) falar com liberdade de quem não precisa agradar mais ninguém porque o meu cliclo eleitoral, meu apetite eleitoral acabou. Antes, eu me sentia obrigado a representar uma espécie de corrente de opinião que tirava 10%, 12%, e agora praticamente me deixaram falando só. Então, eu tô agora falando só por mim, o que me dá uma liberdade muito grande", disse Ciro.
Conforme publicou o Diário do Nordeste a declaração do político acontece alguns meses após a sua quarta derrota na disputa ao Planalto. Nas duas últimas eleições gerais, o pedetista assumiu uma postura de embate contra o Partido dos Trabalhadores, tendo como alvo principal o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar da crise com os petistas, o cearense apoiou a candidatura de Lula no segundo turno contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Depois do aceno, Ciro abriu um período de meses de silêncio sobre suas posições políticas, isentando-se de discussões públicas do PDT, inclusive no estado do Ceará, sua base eleitoral.
O pedetista já chegou a dar declaração semelhante no mês passado, durante uma palestra na Universidade de Lisboa, em Portugal. “Alguma coisa tá errada comigo, não é com o povo. [...] Eu vou morrer militando, vou achar outro caminho, mas candidato, nesse momento, eu não gostaria mais de ser, não”, pontuou no evento.
A já difícil relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ganhou outro capítulo. O filho mais velho do presidente, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, representou criminalmente contra Ciro por eventuais crimes contra a honra na Justiça Eleitoral da Bahia.
A razão da representação se deu por falas feitas pelo candidato derrotado na disputa pela presidência nas eleições de 2022. Em entrevista à Rádio Metrópole em 5 de setembro do ano passado, no período eleitoral, Ciro Gomes teria ofendido a honra de "Lulinha" chamando-o de “filho de ladrão”, “filho corrupto”, além de citar “transações milionárias com a TELEMAR”.
Os fatos citados por Ciro foram classificados pelo empresário como "mentirosos e injustificáveis mesmo no calor de uma disputa eleitoral". Os representantes de Lulinha na ação, os advogados Maurício Vasconcelos e Fábio Tofic Simantob, indicaram que a representação Criminal promovida por Lulinha contra Ciro Gomes foi distribuída para o Juízo da 19ª Zona Eleitoral de Salvador.
"Por sua vez encaminhou os autos a promotora eleitoral junto àquela serventia, Izabel Cristina Vitória Santos, desde o dia 23 de março de 2023, que até o momento não se manifestou em nenhum sentido", completou Vasconcelos.
O advogado explicou que "como se tratam de crimes contra a honra de natureza eleitoral, a iniciativa de processar o ofensor, por força do artigo 355 do Código Eleitoral, é exclusiva do Ministério Público Eleitoral, não podendo a parte provocar o Poder Judiciário por iniciativa própria como ocorre nos crimes comuns por meio de queixa-crime".
"Embora reconheça a carga de trabalho que recai sobre os promotores eleitorais e a seriedade da promotora de Justiça Izabel Cristina, é injustificável que passados 53 dias do protocolo da representação de Lulinha não tenha havido uma manifestação do Ministério Público Eleitoral, que no caso é obrigatória", indicou o representante do filho do presidente.
O advogado também lembrou que, nos crimes eleitorais, os prazos de prescrição são reduzidos e, caso não ocorra o recebimento de uma eventual denúncia para interromper o prazo prescricional, os crimes apontados ficarão impunes. “Continuo aguardando uma manifestação ministerial o mais breve possível, afinal o empresário Fábio Luís Lula da Silva, embora filho do Presidente da República, nunca disputou mandatos eletivos e em 2022 era um espectador como qualquer outro eleitor brasileiro, o que torna ainda mais graves os achincalhes lançados contra a sua honra”, finalizou o advogado baiano.
Os vídeos nos quais artistas eleitores de Ciro Gomes (PDT) pedem que ele volte ao Brasil para se posicionar no segundo turno das eleições presidenciais podem pressioná-lo a dar um apoio mais explícito a Fernando Haddad. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, baseada em relatos de interlocutores próximo a Ciro. Segundo a publicação ainda, o ex-presidenciável deve passar também por uma nova cirurgia. A primeira ocorreu durante a campanha, quando fez uma cauterização de vasos da próstata.
Veja as declarações dos artistas:
Com posição definida nesta eleição presidencial, Gal Costa admite que irá votar em Ciro Gomes (PDT). Além disso, ela entra para o grupo de personalidades que não apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em nenhum contexto. "Ele é racista, homofóbico, grita com mulher. Quem respeita os outros não quer um presidente assim. Ter ódio de um cara só porque ele é travesti é muito estranho. Talvez esse ódio seja uma atração", afirmou a cantora baiana em entrevista ao site Universa.
Para Gal, as pessoas que votam no deputado são movidas apenas pelo ódio ao PT, que deve enfrentar Bolsonaro no segundo turno das eleições se as pesquisas de intenções de voto se confirmarem. Ainda assim, ela acredita que se homens e mulheres se unirem, o parlamentar não sairá vitorioso nas urnas. "Todos juntos podemos derrotar uma coisa negativa", defende. Ao se pronunciar em apoio ao movimento “#EleNão” nas redes sociais, ela ressalta: “já fui xingada”.
Após receber uma carta de resposta de Michel Temer nesta terça-feira (21) (veja aqui), Caetano fez uma publicação em suas redes sociais nesta quarta-feira (22), ironizando o fato de que a última carta que Temer escreveu foi para a ex-presidente Dilma Rousseff. Além disso, ele falou sobre "a turma" do presidente ter realizado um golpe contra Dilma. “A última pessoa para quem o Temer escreveu uma carta foi a Dilma, a turma dele deu um golpe contra ela. Será que eles vão dar um golpe contra mim? Mas é que eu sou difícil de destituir”, disse Caetano. Na carta recebida pelo cantor baiano, Temer contesta a maneira como foi comparado a Ciro Gomes em uma publicação feita pelo artista (lembre aqui).
Sobre a carta de #MichelTemer enviada a Caetano: "A última pessoa pra quem Temer escreveu uma carta longa foi pra #DilmaRousseff. A turma dele deu um golpe contra ela. Será que ele vai dar um golpe contra mim? É que eu sou difícil de destituir"
— Caetano Veloso (@caetanoveloso) August 22, 2018
.
Entenda: https://t.co/wxOgQxHEP9 pic.twitter.com/cMoTKmQjaX
Depois de uma publicação nas redes sociais, na qual Caetano Veloso diz que Ciro Gomes tem “vitalidade”, enquanto Michel Temer é um “morto-vivo” (clique aqui e relembre), o presidente decidiu responder ao baiano por meio de uma carta. De acordo com informações levantadas por Andrea Sadi, no G1, no documento, o emedebista pede para registrar um “contraponto” às declarações de Caetano, que chegou a dizer que "Temer é dissimulado, cria conchavos, não pensa no povo e é do passado. E Ciro fala com coragem e Temer cala com astúcia". Em resposta, o presidente afirma que ''nunca fugiu de embates" e que "em política, não há conchavos na prática do presidente, mas articulação". Reforçando sua capacidade de articulação política, Temer disse ainda que a Lei da Ficha Limpa foi aprovada quando ele era presidente da Câmara dos Deputados, apesar de "grande resistência interna". Michel Temer aproveitou a oportunidade ainda para atacar Ciro Gomes, lembrando que tem processos na Justiça contra o ex-ministro de Lula, a quem classificou como “pigmeu político".
"Michel Temer nunca fugiu de embates, seja como secretário de Segurança Pública, onde dialogou com grevistas, estudantes e policiais em greves ou manifestações – sempre de peito aberto e ouvido atento às reivindicações. Ou debateu publicamente com outros políticos muito temidos, admirados ou respeitados em Brasília. Basta procurar em jornais do passado. No presente, os atores são menores: há ações nos tribunais contra Ciro Gomes, a quem o presidente classificou de pigmeu político", diz trecho da carta enviada pela assessoria de Temer a Caetano.
O cantor baiano Caetano Veloso utilizou sua página do Facebook, nesta terça-feira (24), para declarar seu apoio a Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República, e expor sua opinião sobre o "blocão", liderado por DEM e PP, ter desistido de apoiar Ciro para ficar ao lado do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) (lembre aqui). Veloso fez comparações entre Ciro e o presidente Michel Temer (PMDB): "Ciro é explosivo, Temer é dissimulado. Ciro busca união, Temer busca conchavos. Ciro pensa no país, Temer pensa em si. Ciro é nosso contemporâneo, Temer é assombração do passado. Ciro tem vitalidade, Temer é um morto-vivo. Ciro fala com coragem, Temer cala com astúcia". O artista continuou a postagem fazendo observações sobre os acordos feitos durante o processo eleitoral. "Por tudo isso o blocão não encarou acertos com Ciro: o blocão, com Rodrigo [Maia] ouvindo os conselhos do pai César (de quem gosto), não topou imaginar viver tão longe do ambiente a que o centrão está acostumado: o mundo de Temer. O blocão identifica-se com o centrão e rejeita mudança no mundo político. O que queremos? Um Brasil comandado por Alckmin amparado no centrão temerista? Ou curtir a cafajestada de Bolsonaro sob a economia igualmente temerista?", escreveu Caetano. O cantor finalizou sua publicação convidando seus fãs para assistirem a entrevista que realizou com o candidato Ciro Gomes.
Caetano Veloso rechaçou, por meio de suas redes sociais, as comemorações pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que incluíram fogos de artifício e distribuição de cerveja grátis. “Ouvi foguetes no Leblon. Eu me sinto mal se penso que soltam foguetes porque um homem foi preso. Talvez porque eu já tenha sido preso”, escreveu o músico baiano, nesta segunda-feira (9), lembrando o tempo de exílio. Caetano disse ainda celebrar, sequer, a prisão de Eduardo Cunha. “E olha que ele está a milhões de anos luz de ter sido o presidente do país que saiu do segundo mandato com 80% de aprovação, retirou milhões da miséria e botou o Brasil na capa da bíblia liberal da imprensa anglófona”, disse ele, comparando Lula ao ex-deputado peemedebista. “Detesto a polarização, mas os soltadores de foguete de hoje quase me põem a alma numa dessas bolhas mesquinhas. Recuso-me. Respiro fundo, espero o tempo andar, presto atenção em [Guilherme] Boulos, na adorável Manuela [D’Ávila], no anúncio da divina Marina [Silva] e na chegada de Joaquim Barbosa”, acrescenta Caetano, que diz se preparar “para, com mais firmeza, votar em Ciro Gomes, como uma homenagem a Lula, ao FHC do real, aos esforços para engrandecer o Brasil”.
A produtora e atriz Paula Lavigne teve um ano de intenso ativismo. No apartamento em que mora com o cantor e compositor Caetano Veloso, no Rio, recebeu uma série de políticos - alguns deles presidenciáveis. “Sem dúvida foi um ano atípico, pelo ritmo em que os retrocessos vieram. As causas nos atropelaram e nos mobilizaram. Como muitas pessoas, senti a necessidade de fazer alguma coisa diante de tamanha perda de direitos”, disse ela, que é líder do movimento de artistas batizado de 342, que defendeu a abertura das investigações contra o presidente Michel Temer. Em entrevista por e-mail ao Estadão, Paula Lavigne contou como se deram os encontros em seu apartamento. “Recebemos pedidos e sugestões de parte da classe artística que quer ouvir e debater com nomes da política nacional. É importante deixar claro que não é a classe toda, mas um grupo ao qual eu tenho acesso. Não temos restrição partidária, mas só convidamos pessoas do campo progressista. Recebemos o Ciro Gomes, a Marina Silva, o Joaquim Barbosa, o Fernando Haddad, o Guilherme Boulos e outros. E todos causaram excelente impressão ao apresentarem suas ideias sobre o Brasil”, disse a mulher de Caetano.
A produtora afirmou ainda estar receosa com o cenário no país no próximo ano, que é de eleições presidenciais. “A minha preocupação com 2018 é com o uso descontrolado de robôs e difusão de fake news, que já ocorrem sem regulamentação. Precisamos ter essa preocupação, pois isso pode fazer muita diferença no cenário eleitoral”, avaliou, rechaçando qualquer possibilidade de candidatar-se. “Minha vocação não é ocupar cargos públicos, fazer negociações com quem discordo ou ter que agir diplomaticamente com pessoas cujas práticas desprezo. Meu perfil é outro. E temos de parar de achar que as pessoas só se engajam em causas por interesse próprio. Eu gosto de ser ativista do lugar onde estou e nele quero permanecer”, afirmou, não rejeitando, no entanto a possibilidade de vir apoiar algum candidato. “O 342 existe em torno de causas. São elas que nos reúnem e agregam. Se houver algum candidato que represente o nosso conjunto de causas e a maioria do movimento decidir apoiar, isso pode acontecer”, ponderou Lavigne, que considera Joaquim Barbosa “uma pessoa com importantes serviços prestados e que pode qualificar muito o debate eleitoral”. “O admiro e respeito muito”, acrescentou. Sobre Luciano Huck, outro nome que foi cogitado como presidenciável, ela avalia como “um empreendedor, uma pessoa bastante arejada e honesta”. Apesar disso e por isso, ela diz que ele “não precisa se submeter à violência e ao baixo nível de uma campanha”. Já a candidatura de Guilherme Boulos, do MTST, lhe parece positiva. “O Boulos é uma liderança desse momento urgente da política brasileira, que necessita de nomes novos e identificados com as causas. Se for candidato, certamente dará muita qualidade ao debate político”, diz Paula Lavigne.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.