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chico liberato
Familiares da atriz Ingra Lyberato denunciaram a invasão de uma chácara da família em Salvador. O imóvel, localizado no Trobogy, é habitado há quase 50 anos e é conhecido como espaço histórico e cultural com obras de Chico Liberato - desenhista, pintor, escultor, gravador, cineasta e designer gráfico, que morreu em janeiro deste ano.
"Sinto que o legado de meu pai Chico Liberato, não fica ameaçado pelos invasores, porque seu legado está registrado na vida de pessoas que foram tocadas por sua paixão pela Arte, seus quadros e filmes. Portanto tem um valor imaterial que ninguém pode roubar", disse a atriz Ingra Lyberato.

Foto: Acervo pessoal
De acordo com as informações a invasão aconteceu no último dia 22 e o caso é investigado pela Polícia Civil. A PC informou que homens que não eram os proprietários do terreno cercaram o local particular.
"Minha mãe mora lá juntamente com outras pessoas. Chegamos lá em 1975 e eu cresci nos quintais, subindo em árvore, brincando com os filhos dos caseiros e lidando com vários animais silvestres. Não existia muro e todos se conheciam", contou a artista.
"Existe o risco de violência contra quem mora na casa, e risco de desmatamento de uma área de mais ou menos 100 mil metros quadrados de Mata Atlântica! A última da região", acrescentou Ingra.
O artista baiano Chico Liberato lança, na próxima sexta-feira (18), a exposição virtual "A vida é da cor que pintamos". A iniciativa conta com as obras prediletas de seu acervo particular que estão expostas na capela do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM).
Segundo Cândida-Luz Liberato, filha do artista e curadora da exposição, a intenção seria fazer uma grande apresentação presencial para o público na capela do MAM, mas como o museu está fechado por conta da pandemia, a Liberato Produções Culturais, juntamente com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC), resolveu produzir uma exposição virtual.
"Chico Liberato é a arte e cultura brasileira. Suas palavras são 'essência' e 'referência'. A referência busca responder de onde viemos e, por conta disso, temos nas suas obras forte presença dos povos que formaram a cultura brasileira: índio, negro e europeu. A essência revela toda riqueza que herdamos dessa miscigenação única: cores e grafismos ancestrais. Sua abstração não é abstrata nem figurativa porque ela revela aquilo que está no sentimento, no coração e na alma”, resume Cândida Liberato sobre o conceito das obras em exposição.
Chico Liberato é um artista baiano premiado nacional e internacionalmente. Ele integra a segunda geração de artistas modernos da Bahia, destacando-se como autodidata, multimídia e pioneiro do cinema de animação, o que justifica toda sua coletânea em plataforma digital.
De importância histórica, Liberato teve participação na realização de duas bienais da Bahia, que trouxeram reconhecimento aos artistas locais e interatividade com os nacionais, fazendo de Salvador centro do Nordeste para discussão e produção de arte. Ele também foi gestor do MAM por 12 anos, onde inovou realizando oficinas gratuitas de diferentes técnicas artísticas que possibilitaram a participação de artistas de baixa renda, bem como licitações públicas para promover e financiar obras de arte.
Sua contribuição artística é ampla e diversa: inclui desenho, pintura, escultura, xilogravura, cinema de animação e instalações. Pesquisador de regionalidades, suas obras contêm, desde a origem, forte presença do sertanejo, do indígena e da negritude que marca a colonização do país.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.