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A realização de novos eventos na cena cultural baiana pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), foi celebrado pelo secretário de cultura da Bahia, Bruno Monteiro, nesta sexta-feira (26). Isso porque, antes de ter o seu equipamento sede inaugurado na capital baiana, o centro tem promovido uma série de atividades culturais, a exemplo de exposições, shows e espetáculos em pontos importantes da capital, como a exposição ‘Ancestral: Afro-América’, no MUNCAB, o concerto Gal80 com a Orquestra Sinfônica da Bahia, na Concha Acústica, e a estreia mundial do espetáculo ‘UM JULGAMENTO - depois do Inimigo do Povo’, com Wagner Moura, entre outras.
Durante entrevista ao Bahia Notícias, no lançamento do Edital Ouro Negro, Bruno destacou a respeito do sucesso das iniciativas realizadas com a chegada do CCBB em Salvador, e do apoio do governo à cultura na cidade.
“A chegada do CCBB para nós é motivo de muita satisfação. nós trabalhamos desde o início da nossa gestão, em 2023, uma determinação do governador Jerônimo Rodrigues, onde fizemos o contato com o Banco do Brasil e a partir de então construímos os caminhos para essa vinda. No dia de hoje, estamos passando a chave do Palácio da Aclamação para o Banco do Brasil. Depois de um processo que vem sendo construído com todos os itens burocráticos respeitados ao longo dos últimos anos e de uma conversa, uma construção muito coletiva. Mas antes disso mesmo, o CCBB já trouxe muitas atrações”, elencou o chefe da Secult-BA.
O secretário ainda mencionou e observou a relevância dos eventos e patrocínios culturais promovidos pelo CCBB em Salvador.
“Hoje, por exemplo, ele [o CCBB] patrocina o concerto da OSBA em homenagem aos 80 anos de Gal Costa. Como patrocinou já uma série de espetáculos, semana que vem nós teremos o retorno de Wagner Moura aos palcos, patrocinado pelo CCBB. Ontem uma exposição aberta no MUNCAB linda sobre ancestralidades. Tudo isso já é o braço forte do Estado, por meio do banco público, com seu papel social, dedicado à cultura, investindo aqui na cultura da Bahia, o que para nós é uma satisfação muito grande”, indicou Monteiro.
Prevista para ser inaugurada no segundo semestre de 2026, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), será um dos novos equipamentos culturais de Salvador. O novo espaço ocupará o Palácio da Aclamação, um dos mais significativos museus-casas de Salvador e considerado um importante patrimônio histórico da Bahia.
O Bahia Notícias já tinha apurado que até a ocupação definitiva do Palácio da Aclamação, a capital contará com outros projetos culturais espalhados por equipamentos históricos da cidade. Com a inauguração do espaço físico, a tendência é centralizar essas atividades no edifício histórico.
Com inauguração prevista para o segundo semestre de 2026, a capital baiana contará com um novo equipamento cultural, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que ocupará o Palácio da Aclamação, um dos mais significativos museus-casas de Salvador e considerado um importante patrimônio histórico da Bahia.
Mas, antes mesmo que o CCBB tenha sua sede na cidade, a rede, gerida e mantida pelo Banco do Brasil, tem movimentado a cena cultural baiana, promovendo exposições, shows e espetáculos em pontos importantes da capital, como a exposição ‘Ancestral: Afro-América’, no MUNCAB, o concerto Gal80 com a Orquestra Sinfônica da Bahia, na Concha Acústica, e a estreia mundial do espetáculo ‘UM JULGAMENTO - depois do Inimigo do Povo’, com Wagner Moura, no Trapiche Barnabé, que deve ter novas datas.
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias
Em entrevista ao Bahia Notícias, Júlio Paranaguá, gerente-geral do CCBB Salvador, pontuou a importância de ter as ativações do centro cultural antes mesmo de ocupar o Palácio da Aclamação, como uma forma de se aproximar da população.
“Quando a gente tomou essa decisão, essa estratégia de chegar antes mesmo de estar com o espaço físico pronto, essa decisão estratégica de chegar antes, a gente percebe agora que foi fundamental ter feito isso, porque a gente começa a dialogar com a cidade, a criar parcerias, a dialogar com os espaços. A Bahia tem uma produção cultural muito forte, muito pungente, em todos os lugares. Então, a gente precisava criar esse diálogo. E a gente chega de forma muito humilde, somando com a cidade, somando com o Estado, conhecendo e dialogando com a classe artística”, afirma.
Até a ocupação definitiva do Palácio da Aclamação, a capital contará com outros projetos culturais espalhados por equipamentos históricos da cidade. Com a inauguração do espaço físico, a tendência é centralizar essas atividades no edifício histórico.
“Temos uma expectativa muito grande de inaugurar no ano que vem, no segundo semestre. Com a inauguração do espaço, a gente passa a ter uma redução dessa ocupação em outros lugares. O movimento natural é passar a ter uma programação no próprio espaço. Mas a gente pretende continuar com algumas ações acontecendo na cidade. A gente fala que a gente quer extrapolar o prédio. Não só acontecer ali dentro do prédio, [mas] extrapolar o prédio e acontecer para a comunidade, na rua, na praça, no passeio público e em outros espaços.”
OCUPAÇÃO DO PALÁCIO DA ACLAMAÇÃO
A instalação da quinta unidade do CCBB é fruto de um acordo firmado com o Governo da Bahia. O investimento feito pelo Banco do Brasil, que havia sido antecipado pelo Bahia Notícias em 2023, contempla a restauração dos mais de 10 mil metros quadrados do imóvel de estilo neoclássico, que foi residência oficial dos governadores baianos.
“O Palácio da Aclamação é um prédio histórico na cidade, foi residência dos governadores por mais de 50 anos, um prédio lindo. E a instalação no Palácio da Aclamação é fruto de uma parceria com o governo do Estado, porque o Palácio está em um processo de concessão pública para o banco. O banco assume a posse do prédio, restaura e instala ali o centro cultural, que será o quinto. O primeiro foi no Rio de Janeiro, em 89, há quase 40 anos, e agora a gente chega em Salvador”, afirma Júlio.
Foto: Fernando Vivas/ GOV BA
A presença do CCBB no centro da capital baiana reforça o propósito do banco, que é a democratização do acesso à arte, além de contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura.
Ao Bahia Notícias, Júlio ainda celebrou a aceitação do público às atividades que vêm sendo realizadas na capital baiana e a adesão. O gerente-geral ainda pontuou a principal dificuldade com o CCBB atualmente: conseguir abraçar a cultura local e a nacional, oferecendo ao público um conteúdo diverso.
"A gente está muito feliz. A receptividade, o feedback que a gente tem recebido da população, das pessoas, dos artistas, é maravilhoso. A gente está bem feliz. E tem sido um desafio montar essa programação, né? Porque tem que ser uma programação que valorize o que é local, mas que também dialogue com o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Então tem sido um desafio muito grande. E esse feedback que a gente tem percebido tem sido muito positivo. Estamos bem felizes."
BOAS NOVAS DO CCBB
Uma apuração feita pelo Bahia Notícias descobriu que o barulho feito nas redes sociais, após os ingressos esgotarem em 18 minutos para a estreia mundial do espetáculo ‘UM JULGAMENTO - depois do Inimigo do Povo’, com Wagner Moura, no Trapiche Barnabé, fez efeito.
É esperado que datas extras do espetáculo sejam anunciadas pelo CCBB ainda nesta semana. A temporada do espetáculo contará com nove apresentações em Salvador, do dia 3 ao dia 12 de outubro, sendo segunda, quarta, quinta e sexta às 20h, no sábado às 21h, e no domingo às 19h.
Foto: Caio Lírio
Ao site, Júlio comemorou a movimentação que a programação promovida pelo CCBB na capital tem causado, mas não falou sobre as novas datas.
"Ontem foi a venda de ingressos da peça de Wagner, né? Que foi uma loucura. Mas que bom, né? Mostra que as pessoas estão acompanhando o que a gente está fazendo, estão interessadas, [e que] as escolhas que a gente tem feito de conteúdo, de programação [são boas]. Porque o mais importante é o conteúdo. Então, significa que as pessoas estão se interessando por esse conteúdo."
SOBRE O ESPETÁCULO
Baseado na obra clássica do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, o espetáculo ‘Um Julgamento – depois do Inimigo do Povo’ tem direção de Christiane Jatahy e conta a história do médico e cientista Thomas Stockmann, interpretado por Wagner Moura, que descobre que as águas do Balneário Termal de sua cidade estão contaminadas.
Ao tentar alertar as autoridades para proteger a população e os turistas, ele vê suas intenções fracassarem e acaba condenado como um Inimigo do Povo, acusado de querer prejudicar economicamente a cidade e de ignorar a vontade da maioria.
A partir do dia 26 de setembro, o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, espaço referência na valorização de aspectos da cultura de matriz africana e a influência dela sobre a cultura brasileira, se tornará palco de uma grande exposição em celebração a ancestralidade da arte nas Américas.
A exposição “Ancestral: Afro-Américas”, a quarta promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil na capital baiana, reúne mais de 130 obras de artistas negros do Brasil e dos Estados Unidos que traduzem a ancestralidade e as expressões contemporâneas da arte nos dois países.
Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias
Entre os nomes, estão: Abdias Nascimento, Simone Leigh, Emanuel Araújo, Sonia Gomes, Leonard Drew, Mestre Didi, Melvin Edwards, Lorna Simpson, Kara Walker, Bispo do Rosário, Carrie Mae Weems, Mônica Ventura e Julie Mehretu.
A mostra tem direção artística de Marcello Dantas e curadoria de Ana Beatriz Almeida. O público pode observar três núcleos temáticos: Corpo, Sonho e Espaço. Neles, estão provocações sobre a afirmação do corpo, a dimensão reflexiva dos sonhos e a reivindicação de espaço. Há ainda uma seção dedicada à arte africana tradicional, montada com a curadoria de Renato Araújo da Silva.
Nesta quinta-feira (25), em evento realizado para a imprensa, Ana Beatriz Almeida, que é Mestre em História e Estética da Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP), e se encontrou na Bahia através das pesquisas feitas no Recôncavo Baiano e a forte ligação com a Irmandade da Boa Morte, falou sobre a exposição e o que o público poderá encontrar no espaço.
Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias
“Eu acho que uma coisa que a gente pode esperar, é não esperar nada. Porque uma coisa que a exposição tenta fazer é dar à gente liberdade poética. E aí, uma das principais coisas é, por exemplo, a gente tem o cânone da fotografia, a gente tem o cânone da escultura, e a gente tem o cânone da pintura. É uma exposição que não quer ser folclórica. Então, uma das propostas da exposição é a gente sair desse lugar de técnica, porque esse é um lugar também de aprisionamento nosso. O lugar da exposição é muito lugar mesmo das lógicas indígenas africanas, que não é o ponto de partida, mas o trajeto que justifica o porquê você está caminhando naquele caminho, não necessariamente onde você vai chegar.”
De acordo com a curadora, a exposição reafirma a ideia de reconstrução da ancestralidade tão castigada durante os processos de colonização. “No processo de criação da humanidade em meio à brutalidade racional que forjou a modernidade, artistas afrodiaspóricos redefiniram a ética e a estética, frequentemente convergindo – apesar de estarem em territórios diferentes. Isso nos leva de volta ao conceito de ‘pessoa’ encontrado na África Ocidental: o sujeito enquanto resultado de sua genealogia ancestral”, pontua.
A exposição ficará na capital baiana do dia 26 de setembro de 2025 até o dia 1º de fevereiro de 2026, sempre das terças aos domingos, de 10h às 17h.
A venda de ingressos acontece na bilheteria do local e no site do Museu (museuafrobrasileiro.com.br) e custam R$20 inteira e R$10 meia (clientes do Banco do Brasil pagam meia entrada). A entrada é gratuita para todos os visitantes nas quartas-feiras e domingos.
Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias
Essa é a quarta exposição promovida pelo CCBB em Salvador. “O CCBB tem como missão ampliar o acesso e a conexão dos brasileiros à arte, à cultura, e trazer ‘Ancestral Afro-Américas para Salvador, em parceria com o MUNCAB, depois de ter passado por Belo Horizonte e Rio Janeiro é mais uma oportunidade de favorecer que um público cada vez maior tenha contato com esse acervo”, destaca Júlio Paranaguá, gerente-geral do CCBB Salvador.
A mostra tem a produção da Magnetoscópi com patrocínio do BB Asset e Google, por meio da Lei de Incentivo a Cultura, com apoio do Bank of América e realização do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e do MUNCAB.
SOBRE O CCBB SALVADOR
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais gerida e mantida pelo Banco do Brasil, com o objetivo de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e valorizar a produção cultural nacional. Presente no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, está avançando no processo de instalação de sua nova unidade em Salvador.
Na capital baiana, passa a ocupar o Palácio da Aclamação, histórico edifício do início do século passado e que, durante mais de cinquenta anos, foi residência oficial dos governadores da Bahia. Mesmo antes de iniciar suas atividades no Palácio da Aclamação, o CCBB já está presente em Salvador dialogando e estabelecendo parcerias com equipamentos culturais da cidade.
Prestes a retornar aos palcos com o espetáculo “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”, o ator baiano Wagner Moura falou um pouco sobre a conexão do teatro com a política. A montagem, dirigida por Christiane Jatahy, acompanha um julgamento de um homem acusado de ser “inimigo do povo”.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (22), no Trapiche Barnabé, onde estreia em outubro na peça “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”, o ator baiano explicou que sempre se sente mais inteligente ao retornar ao teatro.
A peça, que acompanha o julgamento de um doutor considerado pela população de uma cidade como “inimigo do povo”, após alertá-los sobre um problema, o ator explicou que a montagem possui a participação do público como júri e que gosta de dialogar seu personagem - Danilo, o doutor - com a direita.
“A direita, ela faz perguntas. A direita que eu não vejo muito no Brasil, ela faz a pergunta certa, essa direita faz pergunta certa. A gente fica assim: ‘Ah, a gente quer bem-estar social, a gente quer cultura, a gente quer que as pessoas tenham um monte de coisa, que o estado entre e faça um monte de coisa’. A direita com a qual eu queria dialogar, pergunta assim: ‘Ok, quem vai pagar por isso tudo que você tá querendo?’”, explicou o artista.
De presença política ativa, o ator participou, no domingo (21), do ato musical contra a PEC da Blindagem, no Morro do Cristo, na Barra, em Salvador. Wagner esclareceu ainda que, a deseja para a peça, uma discussão “muito equilibrada”.
??Elenco de “Um Julgamento”, com Wagner Moura, explica ligação da peça com a política: “Convidar as pessoas a pensar
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 22, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/VlvLQNHYFH
O ator Danilo Grangheia, que também faz parte do elenco do espetáculo, concordou com o soteropolitano. “Para a gente, eu acho que pouco importa nesse momento perder ou ganhar aqui. Mas eu acho que é convidar também as pessoas a pensar com a gente. Qual o papel da esquerda, da direita? Como eu articulo esse pensamento?”, acrescentou.
A atriz Júlia Bernart adicionou ainda que os trabalhos de Christiane Jahaty sempre buscam “presentificar essa essência do teatro”. “Sempre tenta trazer isso de uma forma muito concreta e acho que o Wagner é um ator que tem isso. Tem essa escuta, essa presença muito forte nele”, elogia.
Como diz o ditado popular, o bom filho a casa retorna. O ator baiano Wagner Moura retorna aos palcos do teatro após 16 anos no próximo dia 3 de outubro, em Salvador, com a peça “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”. Para o artista, a estreia da peça não poderia ser em um lugar diferente de onde está o seu axé.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (22), no Trapiche Barnabé, onde a montagem será realizada como parte da programação itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil em Salvador, Wagner explicou ao Bahia Notícias que o período pré-produção foi demorado, mas que sempre quis estrear na capital baiana.
“Salvador para mim tem essa coisa assim… eu sou feliz aqui, eu sou uma pessoa feliz, [mas] eu sou feliz em Salvador de um jeito diferente. Sabe quando você vai ver o avião pousando aqui, você sente uma coisa que você tá chegando em casa? Eu só sinto aqui. Abre a porta, uma arrumação assim. É só em Salvador. O meu axé é aqui”, confessou.
??Wagner Moura explica motivo para retornar ao teatro em Salvador: “O meu axé é aqui”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 22, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/H42Wr53RIM
Wagner acrescentou ainda acreditar que se é especial em trabalhos internacionais, é porque ele é de Salvador. “Ninguém que tá lá viveu o que eu vivi aqui. Tem as relações, a cultura que eu tenho daqui. Isso é o que me faz interessante”, completou ao site.
O espetáculo possui texto original de Henrink Ibsen e direção de Christiane Jatahy. Também presente na coletiva, a diretora da montagem explicou que houve muitos “malabarismos” para encaixar a estreia da peça em Salvador.
Foto: Ana Clara Pires / Bahia Notícias
“Eu acho que essa peça, ela cria relações com cada lugar onde ela vai se apresentar na relação com o público. São 11 pessoas do público, cada dia vão estar na cena como o juri. Ouvindo essas provas, esses testemunhos para tomar decisão se ele é ou não inimigo do povo”, explicou Christiane.
Aqueles que pretendem acompanhar o retorno do ator baiano Wagner Moura aos teatros com o espetáculo “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”, em Salvador, já podem se preparar para comprar os ingressos. A abertura das vendas começa na próxima quarta-feira (24), ao meio-dia.
O espetáculo, com texto original de Henrink Ibsen e direção de Christiane Jatahy, e faz parte da série de iniciativa do Centro Cultural Bando do Brasil em Salvador terá bilhetes a preços populares, entre R$ 15 e R$ 30, e estarão disponíveis na plataforma Sympla.
A temporada da montagem se inicia no dia 3 de outubro e segue até o dia 12 (com exceção do dia 07), sendo às 20h durante a semana; às 21h aos sábados e às 19h aos domingos.
SOBRE O ESPETÁCULO
Na peça, o público acompanha a história do médico e cientista Thomas Stockmann, que descobre que as águas do Balneário Termal de sua cidade estão contaminadas. Ao tentar alertar as autoridades, ele acaba condenado como Um Inimigo do Povo, acusado de querer prejudicar a cidade.
Jerônimo Rodrigues esteve presente na solenidade que marcou a assinatura do Governo do Estado com o Banco do Brasil para a criação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Palácio da Aclamação, em Salvador. O evento aconteceu nesta sexta (22). O governador citou que realizou diversas visitas em pontos diferentes da capital e que ficou encantado com o Palácio da Aclamação, principalmente por sua contribuição na história da Bahia.
“Nós visitamos locais onde poderia ser esse Centro Cultural. Nós fomos na estação ali na calçada, na CDPM, ali ficamos apaixonados. Desenhando o que seria ali. Depois fomos ao Instituto do Cacau. Depois nós viemos aqui. E aqui nós encontramos, essa possibilidade de fazer esta casa, que já foi residência de governadores. Desde 1912, primeiro morando aqui, em 1916, e aqui passaram pessoas como a Rainha Elizabeth. Aqui tem placas de pessoas famosas, de muito que passaram aqui. E hoje aqui nós daremos um ponta pé inicial, muito felizes, muito alegres, fortalecendo a nossa ação cultural, resgatando e fortalecendo a cultura baiana. Mas vindo da cultura com uma dinâmica econômica muito forte. Geração de emprego, geração de renda. E agora, com a volta do presidente Lula, nós temos, Margareth, a possibilidade de uma forte parceria com o ministério que a senhora dirige. E graças a Deus, é a senhora que está lá. Graças aos orixás”, disse o governador.
Durante o evento de assinatura do acordo entre o Governo do Estado e o Banco do Brasil para a criação do Centro Cultural Banco do Brasil, o secretário de cultura da Bahia, Bruno Monteiro, falou sobre a importância deste momento para a cultura baiana.
“É um dia histórico para a cultura da Bahia, com a chegada desse novo e potente equipamento cultural, que é o Centro Cultural Banco do Brasil. É o quinto no país. Há 10 anos que não há um novo CCBB, o último foi Belo Horizonte. Isso é resultado de muita negociação, de um ano de trabalho conjunto nessa construção com o Banco do Brasil”, apontou o líder da pasta.
Em seguida, ele explica que o centro, apelidado de CCBB, é um dos principais equipamentos culturais que existem no Brasil. “Ele tem um programa muito voltado à educação, com integração de estudantes, e é um lugar marcado pela qualidade nas apresentações, pelo ineditismo na pauta e pela valorização da diversidade cultural. Tudo o que nós queremos. Então, será um espaço para a plena realização da cultura baiana, e também para o contato com as outras possibilidades culturais que acontecem a partir daqui”.
O secretário não divulgou o valor do investimento feito, porém explicou como vai começar os trabalhos no equipamento. “Nos próximos dias o Banco do Brasil vai apresentar um plano de trabalho de como será, efetivamente, esse início do funcionamento do CCBB. O que nós já temos assegurado é que será um início gradual”.
“Então, aqui a área do Palácio já poderá ser utilizada para exposições, para alguns tipos de manifestações culturais, enquanto o prédio anexo será construído. Isso deve durar uns dois anos. Mas não se esperará que o prédio fique pronto para o início efetivo. Então, eles vão apresentar esse plano de trabalho, que nós temos bastante expectativa com isso, mas é um trabalho que iniciará de forma gradual”, apontou.
O Palácio da Aclamação, tradicional espaço no Centro de Salvador, pode ganhar um novo papel em breve. Com a perspectiva da formação de um equipamento cultural, o local pode virar o primeiro espaço gerido pelo Banco do Brasil no Nordeste para o formato CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Interlocutores da gestão estadual e do instituição bancária confirmaram ao Bahia Notícias que as negociações estariam avançadas, podendo ter um desfecho em breve. Com nome dado em homenagem à República, o Palácio da Aclamação foi ocupado como residência oficial dos governadores da Bahia desde 1917 até 1967. Se confirmado o acordo, o local deve virar um espaço administrado pelo próprio banco.
Ao BN, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia confirmou que existe um diálogo com o governo federal para a criação de um equipamento cultural no local, apesar de não confirmar a possibilidade de parceria com o Banco do Brasil. "O que confirmamos é que o Governo do Estado está em diálogo com o Governo Federal para efetivação de parceria para criação de um equipamento cultural no local. E que o resultado disso será divulgado em breve", indicou em nota.
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Informações complementares indicadas ao BN deram conta que o diálogo teve início em 2023, com algumas reuniões entre as instâncias federal e estadual, tanto na Bahia, quanto em Brasília. Além disso, durante o Carnaval de 2023, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Menezes, teria visitado o palácio para uma análise do destino do equipamento. A interlocução pelo estado teria sido feita pelo responsável da pasta, Bruno Monteiro.
Foto: Voluntárias Sociais
O edifício, que é separado do Passeio Público por um muro enfeitado com bustos de mulheres, possui um acervo de bens móveis composto de mobiliário, porcelana, quadros, tapetes persas e franceses, pinturas de paredes e forros do baiano Presciliano Silva. Atualmente o espaço também é utilizado para eventos privados.
CCBB na BAHIA
A iniciativa do Banco do Brasil, que investe há mais de 30 anos no setor por meio dos Centros Culturais Banco do Brasil deve chegar à Bahia. O público tem acesso a manifestações artístico-culturais nacionais e internacionais que, segundo o BB, "buscam refletir e instigar novos olhares sobre o mundo por meio de eventos nas diversas áreas e linguagens".
O banco aponta que a criação dos locais teve como objetivo a democratização do acesso a arte, além de contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura. "Exibimos em nossos espaços físicos e digitais exposições, peças de teatro, mostras de cinema, shows e atividades culturais, com programações completas, plurais e acessíveis à sociedade", aponta a o BB.
Foto: Agecom/Bahia
Presentes em quatro grandes capitais brasileiras - Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte - já recebendo mais de 100 milhões de visitantes, com a realização de mais de 4.500 projetos nas áreas de cênicas, música, exposições, cinema, ideias e programa educativo, nos consolidando como um dos principais centros culturais no cenário brasileiro e internacional.
HISTÓRIA DA ACLAMAÇÃO
A arquitetura do Palácio da Aclamação, que apresenta uma herança portuguesa, caracterizada por reformas urbanas como já visto em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife, busca apresentar um desenho para definir um novo olhar à modernidade. Em 1913 foi realizado um projeto para ampliação do imóvel.
Com foco na "política", o espaço parou de servir, em 1967, através do governador Antônio Lomanto Junior, como residência oficial do governador. Levado para o Palácio de Ondina, o novo "endereço" era a antiga residência do administrador do Campo de Experiências Botânicas, ao lado do Jardim Zoológico. Mesmo assim, o Palácio da Aclamação continuou a ser utilizado esporadicamente pelo Governo do Estado em algumas solenidades.
Em 2010 o Palácio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artísitico e Cultural da Bahia (IPAC). No entanto, a proteção não se estendeu ao Passeio Público nem à Praça da Aclamação, mesmo que sejam espaços contíguos ao edifício tombado.
Diante da pandemia, o CCBB adapta sua grade e leva ao campo virtual a segunda edição da Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo, com exibições de 29 de julho a 23 de agosto, no site www.cinemaegipcio.com, onde é possível ver toda programação. Os ingressos são gratuitos.
A mostra contará com uma seleção de 24 títulos feita pelo produtor e curador Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro. O público poderá conferir obras realizadas entre 2011 e 2019 que revelam a nova gerac?a?o de cineastas egípcios em documentários e ficções de diversos gêneros, indo da comédia ao terror.
Além dos filmes, o evento virtual também terá workshop, palestra e debate com diretores. Na sessão especial de abertura será exibido o documentário “Para onde foi Ramsés?”, seguido de debate com o curador e o diretor Amr Bayoumi. Haverá ainda um show da banda Mazaher, que fez a música do filme, tudo transmitido diretamente do Cairo.
“Mergulhada no contexto pós 2011, a 2ª edic?a?o da Mostra apresenta a transformac?a?o da indústria cinematográfica egípcia. Evidencia a quebra de paradigmas e, principalmente, um novo olhar, que coaduna com a luta contínua pelas questões sociais, e avança para o entendimento e a percepc?ão dos egípcios sobre sua própria identidade e estilo de vida. Com isso, soma ao debate dos direitos sociais a conscientizac?a?o sobre o significado da vida”, comenta Amro Saad.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Tivemos que descer, com medo que pegasse fogo".
Disse o presidente Lula ao relatar que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em que ele estava, apresentou um problema durante viagem ao Pará. Durante entrevista a TV Liberal nesta sexta-feira (3), o presidente revelou que passou pelo problema e pelo imprevisto antes da viagem para o Pará. Ele está no estado desde quinta para entregar obras relacionadas à COP 30.