Artigos
Adeus ao passarinheiro do Rio Almada
Multimídia
André Fraga destaca importância da COP30 e explica papel do Brasil no debate climático global
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
caso maradona
O julgamento da morte de Diego Maradona teve um novo desdobramento na última terça-feira (25), com a prisão de Julio César Coria, ex-segurança do astro argentino. A detenção ocorreu durante uma audiência no Terceiro Juizado Penal de San Isidro, na Área Metropolitana de Buenos Aires, após um pedido do promotor de acusação Patricio Ferrari.
Coria foi acusado de prestar falso testemunho e apresentar declarações contraditórias em diversas ocasiões. Segundo os juízes responsáveis pelo caso, o Ministério Público apresentou evidências claras de que o ex-segurança teria mentido em depoimento.
De acordo com a agência AFP, Coria deixou o tribunal algemado e permanecerá preso por um dia, além de responder judicialmente pelo crime de falso testemunho. Caso seja considerado culpado, ele poderá cumprir até cinco anos de prisão.
Durante a audiência, o ex-segurança afirmou nunca ter conversado com Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona e um dos principais acusados no caso. No entanto, advogados da família do ex-jogador apresentaram mensagens trocadas entre os dois, incluindo uma conversa em que Luque e Coria combinavam um churrasco logo após a morte do ídolo argentino. Questionado sobre as evidências, Coria alegou que não se lembrava das mensagens.
ENTENDA O CASO
O julgamento envolve sete profissionais da área da saúde, acusados de negligência no atendimento prestado a Diego Maradona. Eles respondem pelo crime de homicídio simples com dolo eventual, que se configura quando há conhecimento do risco de morte, mesmo sem intenção direta de causar o óbito. As penas podem chegar a 25 anos de prisão.
Maradona faleceu em novembro de 2020, aos 60 anos, após uma parada cardiorrespiratória, enquanto se recuperava de uma cirurgia para remover um hematoma subdural. As investigações apontam que a morte poderia ter sido evitada caso a equipe médica tivesse tomado medidas adequadas.
Segundo o Ministério Público, a equipe responsável pelo ex-jogador ofereceu atendimento precário e inadequado, sem suporte médico necessário para seu estado de saúde. A acusação sustenta que os profissionais isolaram Maradona da família, omitiram informações importantes e deixaram sua recuperação "relegada à sorte".
Entre os réus do processo estão:
- Leopoldo Luque (neurocirurgião e médico pessoal de Maradona);
- Agustina Cosachov (psiquiatra);
- Ricardo Almirón (enfermeiro);
- Nancy Forlino (médica da Swiss Medical);
- Mariano Perroni (chefe de enfermagem);
- Carlos Díaz (psicólogo);
- Pedro Di Spagna (médico clínico);
- Uma oitava acusada, que será julgada separadamente por um júri popular.
O julgamento, que deve se estender até julho, contará com três audiências semanais e o depoimento de mais de 190 testemunhas. As provas incluem exames médicos, mensagens de celular e gravações de áudio, que serão analisadas ao longo do processo.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).