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caso beatriz
A defesa de Marcelo da Silva, que confessou o assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, em Petrolina (PE), apresentou mais um recurso para tentar evitar que o caso seja levado a júri popular. As informações são da RedeGN, parceiro do Bahia Notícias.
O recurso, chamado de agravo regimental, será inicialmente analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), que emitirá um parecer. Em seguida, o relator do caso, ministro Carlos Cini Marchionatti, apresentará seu voto, e os demais integrantes da Quinta Turma do STJ decidirão. Não há prazo definido para o julgamento.
No fim do mês passado, o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, já havia negado um recurso da defesa de Marcelo da Silva, argumentando que os advogados não apresentaram fundamentação suficiente para contestar a decisão da Justiça de Pernambuco, que determinou a realização do júri popular.
Marcelo da Silva está preso preventivamente e é acusado de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, uso de meio cruel e dissimulação, o que dificultou a defesa da vítima)
A Justiça pernambucana rejeitou um recurso interposto pela defesa do acusado pela morte da garota Beatriz Angélica. A garota juazeirense foi morta em 2015 durante uma festa de formatura em uma escola particular de Petrolina, cidade vizinha a Juazeiro, no Sertão do São Francisco.
Segundo o Rede GN, parceiro do Bahia Notícias, a defesa de Marcelo da Silva, acusado pelo assassinato da criança, tentava a nulidade na decisão de 1ª instancia. Em dezembro do ano passado, a Justiça determinou o julgamento do caso por júri popular. A data ainda não foi definida. O acusado foi identificado em janeiro de 2022, após o cruzamento de DNA, a partir das amostras coletadas na faca usada no crime. A garota teria sofrido cerca de 40 facadas. Quando confessou o crime, o homem disse que matou a menina para que ela parasse de gritar, já que pretendia furtar alguém.
Após a rejeição do recurso nesta terça, a mãe da menina, Lucinha Mota, se pronunciou expressando gratidão a todos que tem apoiado a luta dela por justiça.
“Cada avanço no processo representa não apenas um passo em direção à verdade, mas também uma forma de honrar a memória de Beatriz e de todas as crianças que têm direito a um ambiente seguro e protegido. Quero expressar minha profunda gratidão a todos que têm nos apoiando incansavelmente ao longo desses anos. A luta por justiça para Beatriz é também uma luta por um futuro melhor para todas as nossas crianças, para que possam viver, estudar e crescer em paz”, diz trecho da nota.
A juíza Elane Brandão Ribeiro, responsável pelo processo do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, solicitou à Polícia Civil informações para apurar se um perito criminal teria recebido propina para falsificar um laudo favorecendo o colégio particular onde aconteceu o crime. Beatriz foi morta com 47 facadas na quadra de um colégio de Petrolina, em dezembro de 2015, onde acontecia solenidade de formatura das turmas do terceiro ano – sua irmã era uma das formandas.
A juíza levou em consideração, para o pedido, um relatório da Polícia Federal sobre a operação Metástase que, apesar não ter relação com o Caso Beatriz, obteve informações que foram repassadas ao Fórum de Petrolina.
O relatório da PF consta que de acordo com informações “Gilmário teria recebido a quantia de R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais) para falsificar uma das perícias do Caso Beatriz, que comprometia a instituição de ensino em que a mesma foi assassinada. Esse fato foi revelado pela delegada da Polícia Civil, Poliana Nery, lotada atualmente na Delegacia de Pesqueira".
A juíza solicitou, em despacho publicado nesta terça-feira (20), que a chefia da Polícia Civil apresente, em até 10 dias, apresente informações sobre a “existência de instauração de procedimento disciplinar ou inquisitorial em que se investiga possível recebimento de propina para falsificação de laudo pericial por parte do perito Gilmário dos Anjos".
Também foi solicitado que a delegada apresente informações sobre o que foi dito no relatório da Polícia Federal e que, caso haja procedimento contra o perito criminal, uma cópia seja enviada para o juízo.
A delegada da Polícia Civil afirmou, por telefone, à coluna de Segurança do site JC, que não tem conhecimento sobre essa investigação. Ela reforçou que deixou o inquérito do Caso Beatriz em março de 2020.
O perito criminal também foi procurado pelo site e negou as acusações. "Não respondo a nenhum procedimento disciplinar e não estou na condição de indiciado em inquéritos estaduais e federal. Com relação ao despacho expedido pela MM juíza, espero que, ao final do prazo estabelecido, as diligências sejam concluídas e que esse fato seja esclarecido", disse.
O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde aconteceu o crime, foi procurado, mas não se pronunciou sobre o caso.
O perito criminal Diego Leonel Costa foi demitido pelo governo de Pernambuco em dezembro de 2021, após uma investigação da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) comprovar que ele era sócio de uma empresa de segurança contratada pelo colégio onde Beatriz foi morta. A prestação de serviço privado é vedada aos agentes de segurança pública.
Ele foi um dos peritos responsáveis pelo laudo sobre o crime, o que "o que acarretou questionamentos acerca da lisura e imparcialidade das investigações", pontuou a SDS na época.
Agora a juíza aguarda novas informações solicitadas para definir os próximos passos do processo. A expetativa é de que o réu confesso, Marcelo da Silva, vá a júri popular pelo assassinato de Beatriz.
As audiências de instrução e julgamento do Caso Beatriz foram encerradas no dia 15 de dezembro do ano passado, ocasião em que o réu foi interrogado, mas preferiu ficar em silêncio. As alegações finais da acusação e da defesa já foram apresentadas à Justiça.
Em janeiro de 2022, Marcelo da Silva foi identificado através do cruzamento de DNA, a partir das amostras coletadas na faca usada no crime. Depois disso, a polícia foi até o presídio onde Marcelo estava, no Agreste do Estado, e ele confessou o homicídio.
Ele responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima). Durante um depoimento à polícia, em janeiro de 2022, Marcelo contou que entrou no colégio para conseguir dinheiro. Beatriz havia saído da quadra para beber água, quando percebeu a sua presença e começou a gritar. Ele teria levado a menina a uma área mais afastada, onde praticou o crime. De acordo com ele, o motivo foi para que ela parasse de gritar.
O assassino foi descoberto duas semanas após os pais de Beatriz caminharem por 23 dias de Petrolina até Recife, com o objetivo de cobrar justiça. A caminhada ganhou repercussão nacional e expôs a demora pela solução de crime.
Suspeito de envolvimento no desaparecimento da jovem Beatriz Pires da Silva, de 25 anos, em Barra da Estiva, o vereador Valdinei Caires (PP) foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Civil.
Conforme o Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, com a ajuda de cães farejadores, agentes fizeram buscas na casa do vereador e no seu gabinete na Câmara Municipal. Além disso, policiais também apreenderam uma CPU e o carro em que Beatriz foi vista antes de desaparecer.
A ação foi feita nesta quinta-feira (6), na cidade de Barra da Estiva, a 123 km de Brumado, mas a jovem não foi encontrada. A Polícia Civil informou que não poderia divulgar mais detalhes sobre a ação, para não atrapalhar as investigações.
Beatriz Pires sumiu quando estava grávida de seis meses, ela já tem um filho de 2 anos. A jovem foi vista pela última vez ao entrar no carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. Segundo a delegacia da cidade, o veículo costuma ser usado pelo vereador Valdinei Caires.
Após o desaparecimento da filha, a mãe de Beatriz, Célia Pires ficou responsável por cuidar do neto. A criança, de acordo com a mãe de Beatriz, apesar de muita nova, tem apresentado mudanças de comportamento depois que a jovem não foi mais vista. Antes de desaparecer, ela teria comentado com a mãe que faria uma viagem com o pai do filho dela. No entanto, a família não sabe quem é o homem, já que a identidade dele nunca foi revelada por Beatriz.
“Quando eu perguntava quem era [o pai do filho de 2 anos], ela dizia que não ia complicar ninguém, porque a pessoa tinha muita confiança nela e ela não ia complicar. É tanto que agora, que ela está grávida de seis meses, eu voltei a perguntar e ela disse que não ia complicar”, explicou ao G1.
“Aí eu falei: 'Já que você não quer me contar quem é, me diga ao menos se é o mesmo pai?' E ela disse que sim. Ela tinha comentado antes, que ele queria que ela fizesse um aborto desse segundo bebê, que era menino também”.
Valdinei renunciou do cargo de presidente da Câmara de Barra da Estiva em 8 de março deste ano. Mesmo afastado da presidência, o parlamentar mantém suas atividades como vereador.
Ao G1, a defesa do vereador disse que repudia as acusações contra o cliente e que, no estado democrático de direito, todas as pessoas estão sujeitas a serem investigadas, sobretudo quem se encontra na vida pública. Conforme a defesa, o parlamentar colaborou com as investigações e nada foi demonstrado sobre envolvimento de Valdinei Caires no desaparecimento de Beatriz.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.