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carta de demissao
O agora ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), afirmou nesta sexta-feira (2), em sua carta de demissão endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não teve qualquer envolvimento nas investigações que apuram fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso”, escreveu.
A carta, entregue após reunião de última hora com o presidente Lula, destaca que todas as apurações foram apoiadas pelo ministério e pelos órgãos de controle. “Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, declarou Lupi, reforçando seu apoio à responsabilização dos envolvidos.
O pedido de demissão ocorre no contexto de um escândalo envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, com prejuízo estimado em até R$ 6,3 bilhões, conforme já divulgado. Os desvios teriam ocorrido entre 2019 e 2024. Lupi foi o responsável pela indicação do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, demitido no último dia 23 e também citado nas apurações.
Mesmo deixando o cargo, Lupi afirmou que continuará acompanhando os desdobramentos do caso e colaborando para a recuperação de eventuais recursos desviados. “Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente".
Na mensagem, Lupi também agradeceu aos servidores da pasta, destacando a atuação dos profissionais que compõem o INSS e o Ministério da Previdência. “Homens e mulheres que sustentam, com dedicação, o maior programa social das Américas”, disse.
A vaga deixada por Lupi será ocupada por Wolney Queiroz, atual secretário-executivo do ministério. Segundo o governo, a mudança será oficializada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mário Negromonte Jr
"A PEC da prerrogativa para restabelecer o que foi perdido desde a constituição de 1988 virou a PEC da blindagem e depois a PEC da bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na justiça e na constituição federal".
Disse o deputado federal Mário Negromonte Jr (PP-BA) ao declarar que está arrependido por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados.