Artigos
Meninos e Meninas
Multimídia
Félix Mendonça Jr. descarta chegada de bloco deputados estaduais do PP
Entrevistas
Tinoco critica criação de secretaria para ponte Salvador-Itaparica e aponta fragilidades no projeto: "É temerário"
carlos henrique passos
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, ressaltou a importância da criação de soluções integradas para transformar a Bahia em uma referência no comércio interno e externo. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (30), o gestor atualizou o andamento do ferroviário da Bahia, ainda em implantação.
“Ferrovia, de fato, é um ativo relacionado a atratividade para buscar investimentos, fundamental para que Bahia venha a ter [recursos], não só, trazer de outros estados para cá, mas levar daqui para lá. Pois a gente sabe que para distâncias longas a rodovia é a solução”, diz.
Ele contextualiza que o estado tem dois projetos não finalizados: A FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica). No caso da FIOL, o projeto ligaria o porto de Ilhéus, no sul baiano, ao estado do Tocantins, onde se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e Ferrovia Centro-Oeste. Dentro da Bahia, o sistema estaria divido em três fases: FIOL 1, entre Ilhéus e Caetité; FIOL 2, entre Caetité e Barreiras; e FIOL 3, entre Barreiras e Figueirópolis, no Tocantins.
LEIA MAIS:
“A FIOL é uma ferrovia que nasceu como obra pública e chegou um momento em que a Valec, que era a empresa responsável por ela, parou as obras. No governo anterior [Bolsonaro], o trecho, que hoje chama FIOL 1, foi transformada em uma PPP [Parceria Público Privada], sob a gestão da Bamin. A Bamin tem correlação com a Rússia e em função da guerra não deu continuidade ao investimento e essa obra hoje está parada”, explica do representante das indústrias baianas.
“Aí nós temos a FIOL 2, que continua como obra pública, continua em andamento e dizem que vai estar pronta em 2027. Mas se ficar pronta a FIOL 2 sem a FIOL 1, tem funcionalidade? Não tem. E temos a discussão da FIOL 3, que ligaria o trecho da FIOL 2 com a FICO, a ferrovia Centro-Oeste, que cria uma perspectiva de interligação de ponta a ponta, de Ilhéus ao Peru, mas no momento atual traz do oeste do Brasil, que é um grande produtor de grãos, a possibilidade de trazer essas cargas para a Bahia”, completa o Carlos Passos.
“Isso está em processo de audiência pública e vai objeto de licitação”, conta. “Eu sou testemunha dos esforços que lideranças politicas da Bahia tem feito em busca de soluções para o projeto FIOL 1 e porto, sempre nessa discussão e na busca do equacionamento de viabilização”, defende.
O presidente da FIEB explica ainda que os ganhos não objetivos. Para ele, a necessidade da consolidação da malha ferroviária também perpassa a segurança dos negócios.
“Os efeitos, além dos efeitos diretos, temos os efeitos indiretos que uma ferrovia bem operada pode trazer a todo o sistema de integração de modais. Porque não vai ter isso, não existe uma rodovia que saia da porta da fábrica e deixe na porta de outro lugar, sempre vai existir a necessidade das interligações dos modais rodoviários, portuários ou aéreos”, conclui.
Confira o trecho da entrevista:
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, afirmou que, embora exista diálogo com os entes federativos, ele ainda é insuficiente para evitar medidas tomadas que afetam o setor produtivo. A declaração foi dada durante entrevista, nesta segunda-feira (30), ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias.
“Infelizmente, do ponto de vista prático, principalmente nas últimas medidas tributárias, o diálogo não foi positivo ou real a ponto de impedir esse tipo de medida. No Legislativo, foi onde tivemos condições de rever alguns pontos”, apontou o presidente.
Segundo Passos, o diálogo com o governo baiano existe, mas enfrenta obstáculos. “É necessário compreender que nem sempre uma alíquota maior resulta em maior arrecadação tributária. Algumas narrativas precisam ser enfrentadas na sociedade”, declarou.
Entre os pontos sensíveis citados por ele está o debate sobre a carga tributária no país. “Carga tributária é quanto o Estado brasileiro arrecada da produção nacional em relação ao que se produz. É mais do que patente que o Brasil precisa reduzir essa carga”, concluiu.
Assista ao vivo:
Analisando os números da indústria em 2024, o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, indicou que o ano terminou de forma positiva na economia brasileira com crescimento acima do esperado por analistas. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (18), durante coletiva de imprensa para apresentação das perspectivas para a indústria baiana em 2025.
"O ano de 2024 terminou sendo um ano positivo na economia brasileira, um crescimento que surpreendeu vários analistas, mas estava dentro da projeção da CNI de chegar a 3,4% ao ano. Bem acima do número que o mercado trabalhava. É um crescimento ainda voltado muito para o consumo, mas tem trazido a formação de poupança, ou seja, através também de investimentos. E o que nos preocupa muito é o desafio de 2025 nesse cenário econômico, fiscal, financeiro que o Brasil passou a incorrer nessas últimas semanas, trazendo uma elevação muito grande do dólar, uma reação do mercado preocupante", disse.
No caso da Bahia, ele cita lançamentos que foram feitos ao longo do ano, a exemplo de uma biorrefinaria da Inpasa em Luís Eduardo Magalhães, importante cidade agrícola no estado.
"A gente pensa que o equilíbrio deve retornar e a gente tendo o país no trilho, o setor industrial pode dar sequência a esse crescimento de 2024, expandindo, consolidando investimentos que estão sendo feitos através de parcerias público-privadas na área de infraestrutura, através também de investimentos no próprio setor industrial, como aqui na Bahia nós tivemos alguns lançamentos importantes, por exemplo, a Inpasa, lá em Luis Eduardo Magalhães, para a produção em Etanol a base de milho, então são investimentos que tendem a consolidar a nossa economia no ano 2025, claro, torcendo para que o equilíbrio volte", finalizou.
A reforma tributária, promulgada em sessão especial no Congresso Nacional na quarta-feira (20), deverá trazer benefícios significativos para a indústria brasileira nos próximos anos, foi o que projetou o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, em coletiva de imprensa nesta quinta (21).
Passos explicou que a tributação pelo valor agregado, um dos principais itens da nova regra fiscal, vai evitar a cobrança de imposto sobre imposto, o que vai beneficiar as cadeias produtivas prolongadas.
“É um grande ganho que deve gerar, a médio prazo, uma melhoria de produtividade para a indústria. Além de evitar a tributação, o principal efeito é de não obrigar uma indústria a fazer do início de um processo até o final para não ter capitalização de impostos. Assim, poderemos ter ecossistemas onde as partes especializadas atuam em cada segmento e, com isso, conseguir gerar lá na ponta um produto mais barato”, avaliou o presidente.
Compartilhe esse conteúdo pelo WhatsApp!
Passos prevê que a simplificação de impostos almejado pela proposta, deve pôr fim a anomalias criadas por benefícios financeiros do setor público para a indústria.
“A reforma tributária traz um acolhimento de causas já bastante discutidas no setor industrial, e que, no modelo atual, não se conseguia fazer, daí vinha mil e um arranjos tributários, benefícios estaduais e federais para tentar mitigar esse problema de um arranjo tributário torto. Então, para resolver o problema, criava um bocado de coisas que muitas vezes atendia uma empresa, mas prejudicava outras. O esbouço do novo sistema tende a ser mais simples e, por ser mais simples, eu acredito que vai ser mais universal em relação a essas questões”, pontuou.
OTIMISMO MODERADO
Carlos Henrique Passos indicou que a perspectiva do setor no estado para 2024 deve ser similar ao que deve acontecer com a indústria nacional: um crescimento tímido. Em coletiva de imprensa, Passos e o superintendente da Fieb, Vladson Menezes, apresentaram as expectativas para o próximo ano, destacando especialmente a área de construção civil, que deve ter números maiores na comparação com o último ano.
Segundo Menezes, há uma preocupação com a influência de fatores internacionais e nacionais na produção industrial baiana, porém existem áreas que vão apresentar um crescimento ligeiramente maior. "Devemos ter um crescimento muito parecido com o crescimento da indústria no Brasil", frisou o superintendente. Com isso, Menezes ponderou uma perspectiva otimista para a geração de emprego e renda na Bahia, em um contexto de estabilidade econômica.
"Temos um ambiente favorável para 2024", garantiu Passos, citando a mesma estabilidade econômica sugerida por Menezes e acrescentando os impactos da perspectiva da redução da taxa de juros no aquecimento da economia. Oriundo da área da construção civil, o presidente da Fieb exemplificou as obras de infraestrutura e a retomada do Minha Casa, Minha Vida, com a chamada faixa 0, com recursos contratados pelo governo, e o uso de recursos do FGTS, que amplia as perspectivas para a classe média. "O ano da construção civil deve ser muito bom", reforçou.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes, acompanhado de oito deputados, inclusive, do presidente da Frente Parlamentar do Setor Produtivo, Eduardo Salles, visitou, nesta quarta-feira (20), o Senai Cimatec, unidade do sistema da indústria que reúne um centro acadêmico e de tecnologia voltado para o desenvolvimento industrial. Ele foi recebido pelo presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, além de diretores da instituição, e percorreu as instalações do centro tecnológico e os laboratórios da unidade.
Na visita, o chefe do Legislativo estadual conheceu a Fábrica Modelo – Indústria 4.0, o Centro de Supercomputação, o Instituto SENAI de Inovação em Saúde – que está desenvolvendo vacina contra a Covid-19, em parceria com o laboratório HDT Bio Corp (EUA), RedeVírus MCTI, e o Laboratório de Estruturas Aeronáuticas.
“Fico otimista quando vejo de perto um projeto de educação desta envergadura porque só vamos sair do nosso atraso econômico e social quando investirmos, de fato, em educação de qualidade, como é o caso do Senai-Cimatec. Veja o exemplo da Coreia do Sul, que se tornou um país rico com investimentos maciços no ensino básico. Como vivemos um novo processo de neoindustrialização, ou reindustrialização, no governo do presidente Lula, o Cimatec será essencial para que possamos destravar o desenvolvimento nacional”, aposta Adolfo Menezes.
O presidente em exercício da FIEB, Carlos Henrique Passos, falou da importância de se desenvolver a indústria, elencando uma série de iniciativas do centro tecnológico voltadas para as indústrias do sisal, das pedras ornamentais, dos biocombustíveis, de automóveis, além de ações para as pequenas e microempresas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.