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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) enviou um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para criar uma política estadual de alternativas à prisão. A proposta, publicada no Diário Oficial do Legislativo nesta quarta-feira (20) com pedido de urgência, prevê um impacto financeiro de R$ 922,4 mil em 2025 e de R$ 1,38 milhão em 2026 e 2027 para custear novos cargos na Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Na justificativa, o governador afirma que o objetivo é ampliar o uso de medidas alternativas à prisão e, com isso, reduzir a superlotação carcerária. A iniciativa está alinhada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 347, que reconheceu a violação de direitos fundamentais no sistema prisional brasileiro.
A proposta institui oficialmente a política estadual e estabelece que ela será executada em cooperação com o Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e órgãos da execução penal. Entre os mecanismos considerados como alternativas penais, destacam-se:
- Medidas cautelares diversas da prisão;
- Transação penal;
- Suspensão condicional do processo ou da pena;
- Penas restritivas de direitos;
- Acordo de não persecução penal;
- Medidas protetivas de urgência em casos de violência doméstica;
- Práticas de justiça restaurativa.
Para a gestão dessas ações, o projeto cria a Superintendência de Alternativas Penais, que será vinculada à Seap. O novo órgão terá a finalidade de planejar, dirigir e monitorar a implementação e gestão dessas alternativas, promovendo a responsabilização penal com foco em métodos restaurativos e reparadores para diminuir a reincidência criminal.
Dentro da Superintendência, irá funcionar a Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP), composta por equipes multidisciplinares de serviço social, psicologia e direito. Essas equipes serão responsáveis por acompanhar os beneficiados antes e depois das audiências de custódia.
Em sua justificativa, Jerônimo Rodrigues reforçou que a medida é estratégica para “dar concretude a uma das frentes de ação para superar a crise prisional, com equilíbrio fiscal e valorização da liberdade”. Ele ressaltou ainda que a política visa a substituição da privação de liberdade, com um enfoque restaurativo.
SUPERLOTAÇÃO
A Bahia possui 16.128 pessoas encarceradas e se configura como a 16ª maior população carcerária do país, segundo dados Anuário da Segurança Pública de 2025, no mês de julho.
Considerado um dos estados mais violentos do país em termos de crimes violentos (Taxa de Mortes Violentas Intencionais), a Bahia possui 13.501 vagas no sistema penitenciário, que estão divididas entre 27 unidades prisionais por todo o estado. O cruzamento dos dados entre vagas e pessoas presas (16.128) indica uma superlotação de 2.627 pessoas, o equivalente a 19,6% da capacidade total. Assim, existe 1 vaga para cada 1,2 presos no sistema prisional baiano.
Do total de pessoas privadas de liberdade na Bahia, cerca de 96%, um total de 16.072 são homens e apenas 648 são mulheres. O padrão segue o índice nacional, em que 94% dos presos são declarados como do sexo masculino. Não há informações detalhadas sobre pessoas transgênero ou intersexo nos registros.
Criado por um grupo de entidades nacionais e personalidades contra o que consideram arbitrariedades no Judiciário e violações da Constituição, o Comitê Internacional Lula Livre vai lançar uma marchinha de Carnaval. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Exaltando a liberdade e inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a música traz duras críticas a Sérgio Moro, ex-juiz que condenou o petista e que hoje é ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
“Lula é inocente, eu não / Quero meu ex livre outra vez/ porque o Lula é inocente”, diz trecho da marchinha. “Prenderam o Lula, esculhambaram o país / Soltaram o Lula, mas o povo ainda diz / Lula tá solto, mas pra gente ser feliz / É Lula Livre, o bandido era o juiz”, diz outra parte.
Confira a marchinha:
Os presentes, mensagens e cartas recebidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril, irão integrar uma exposição em janeiro de 2019. De acordo com informações da coluna de Anselmo Gois, no jornal O Globo, a mostra com o material enviado por milhares de fãs do petista é organizada pelo Instituto Lula.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.