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cadaver indigente
Um plano de um falso médico para simular a própria morte e escapar da Justiça por crimes de homicídio e exercício ilegal da profissão envolveu a negociação de um cadáver e o pagamento de propina a agentes públicos. Fernando Henrique Guerrero, também identificado como Fernando Henrique Dardis, é o centro de uma investigação que expõe um esquema de corrupção no Serviço Funerário Municipal de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Segundo apurações da Polícia Civil e do Ministério Público de Sorocaba (MP-SP), Guerrero teria desembolsado pelo menos R$ 5,000 para que o corpo de um indigente fosse liberado irregularmente e utilizado em seu falso sepultamento. Documentos obtidos pelo Metrópoles no processo indicam que o esquema de suborno movimentou valores entre R$3 mil e R$ 8 mil, sendo R$ 5 mil o montante registrado em relatório parcial da Polícia Civil como o pagamento efetuado pelo desvio do corpo.
O MP-SP detalha que funcionários do Serviço Funerário e da Secretaria da Saúde de Guarulhos teriam sido acionados para a "liberação de corpo não reclamado".
Além de subornar agentes públicos e utilizar o cadáver, o falso médico falsificou uma série de documentos, incluindo a certidão de óbito, o atestado médico e o selo digital, para dar credibilidade à sua morte.
A fraude foi desvendada, resultando na reversão da decisão judicial que inicialmente havia reconhecido o óbito de Guerrero. O juiz Emerson Tadeu Pires de Camargo, de Sorocaba, determinou a reabertura do processo, revogou o reconhecimento da morte e expediu um novo mandado de prisão preventiva em 2025.
Em unho do amo anterior Fernando Henrique Guerrero se entregou à polícia no 1 ° Distrito Policial de Guarulhos, acompanhado de seu advogado, e desde então permanece à disposição da Justiça.
Em nota, a Prefeitura de Guarulhos limitou-se a informar que uma sindicância interna está em curso na Corregedoria do município, garantindo que "colabora com as autoridades" desde o início das investigações. Contudo, o governo municipal não divulgou quais medidas foram adotadas para proteger o sistema de registros ou para penalizar os funcionários supostamente envolvidos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).