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bronquiolite
O imunizante da Pfizer contra o vírus sincicial respiratório (VSR) chegou ao Brasil e já está disponível nas clínicas e centros privados de imunização. O imunizante Abrysvo, começou a ser distribuído à rede privada na semana passada, de acordo com a farmacêutica, via O GLOBO.
A organização comunicou que já entrou com o pedido de incorporação do imunizante ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e que a solicitação está sendo analisada pelo o Ministério da Saúde. O produto é o único aprovado no país para proteger bebês e idosos contra o vírus, que é o principal responsável por infecções respiratórias graves em crianças pequenas, a exemplo da bronquiolite.
A arexvy, outro imunizante contra o VSR no Brasil, também foi aprovado, no entanto possui uma indicação restritia à população com mais de 60 anos.
No caso de bebês, a imunização é realizada através da gestação, entre a 24ª e 36ª semana, em dose única, como forma de oferecer resposta imune contra infecções respiratórias causadas por VSR. Para os idosos a partir de 60 anos, a indicação também é de uma única dose.
De acordo com publicação do O GLOBO, em clínicas privadas de São Paulo, a dose pode ser encontrada por cerca de R$ 1740. Já em outra empresa, a dose do imunizante custa R$ 1.720 e em uma terceira o valor é de R$ 1760, com a aplicação também em domicílio.
O número de casos de bronquiolite e complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) cresceu significativamente em 2024 no Brasil. Dados da plataforma Infogripe, da Fiocruz, indicam que, até 20 de julho, foram registrados mais de 22 mil casos de bronquiolite em crianças com até 2 anos de idade. Entre esses casos, quase 200 resultaram em mortes. No mesmo período de 2023, foram registrados cerca de 1.500 casos a menos.
Tatiana Portella, pesquisadora do Infogripe, observa que o aumento dos casos de bronquiolite e VSR este ano pode estar relacionado à ampliação da testagem viral iniciada durante a pandemia de Covid-19. Segundo ela, a maior detecção de VSR pode ser resultado de um aumento na capacidade de diagnóstico após a pandemia, que anteriormente não refletia a verdadeira incidência da doença.
Atualmente, não há vacina específica para crianças contra o VSR no Brasil. No entanto, a Anvisa autorizou o uso de uma vacina destinada a gestantes, com a finalidade de proteger os bebês através da transferência de anticorpos. A Pfizer solicitou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS a avaliação da inclusão dessa vacina no Programa Nacional de Imunizações. A vacina deve chegar às clínicas particulares ainda neste semestre.
Em entrevista à CNN Brasil, Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer no Brasil, afirmou que a vacina tem mostrado 82% de eficácia na prevenção de formas graves de bronquiolite em bebês de até 3 meses e continua a oferecer proteção de 69% até os seis meses de idade.
“A vacina continua protegendo até os seis meses de idade em 69%. Ela tem uma sustentabilidade ao longo do tempo. Foram mais de 7 mil gestantes de 18 centros de pesquisa ao redor do mundo e quatro deles foram aqui no Brasil. Não teve efeitos adversos colaterais inesperados e os eventos adversos mais comuns, de super fácil manejo, foram dor no local da infeção, dor de cabeça e dor muscular”, declarou.
Para os idosos, que também têm enfrentado um aumento de infecções por VSR, uma vacina está disponível no sistema de saúde particular. Dados do Infogripe mostram quase 800 casos de síndrome respiratória aguda grave causada por VSR entre pessoas acima de 65 anos até julho de 2024, superando o total de casos do ano passado. Até a mesma data, 20 idosos faleceram devido a complicações associadas ao VSR.
Lessandra Michelin, líder-médica da farmacêutica GSK, explica que a infecção por VSR pode descompensar comorbidades existentes em idosos, como diabetes e insuficiência cardíaca, afetando outros órgãos.
““78% da população acima de 60 anos têm uma comorbidade. Então, geralmente, quando pegamos infecção por VSR, descompensa essa comorbidade. Se a pessoa que é diabética, descompensa o diabetes. Quem tem insuficiência cardíaca, descompensa. Então, o virus não afeta somente o pulmão, hoje ele acaba descompensando o organismo como um todo e afeta outros órgãos por tabela”, explicou.
Mônica Levy, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que a inclusão de vacinas no Calendário do SUS é avaliada considerando o risco da doença, o custo-benefício do imunizante e o impacto na saúde pública. Ela acredita que a prevenção para bebês será discutida com prioridade, mas ressalta que outros grupos, como idosos com condições crônicas, também devem ser considerados.
O SUS oferece anticorpos monoclonais para prevenção em casos de alta vulnerabilidade, como prematuros extremos e bebês com doenças específicas. Esses anticorpos podem ser solicitados a planos de saúde ou adquiridos com prescrição médica especial.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"É uma indicação condicionada, inclusive judicial. Nós fizemos tudo o que a justiça pediu. Encaminhamos o projeto de lei para abrir a vaga no TCE e Dialogamos com o TCE. A combinação toda cumprida no campo da política. Então, eu espero que Josias esteja aí dialogando com a Assembleia. É a vez da Assembleia fazer o papel dela. Meu papel enquanto indicador da vaga foi feito".
Disse o governador Jerônimo Rodrigues ao comentar sobre a indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). O pronunciamento chega após o gestor enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a indicação do parlamentar à cadeira do TCE, na última sexta-feira (12).