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Nos Estados Unidos, a plataforma de mídia social Bluesky tem crescido bastante nos últimos meses, mas os números não tem conquistado a comoção da representação da National Football League (NFL), porque a principal entidade do futebol americano nos EUA tomou uma decisão que confirma esse distanciamento: solicitou o rompimento das atividades do New England Patriots na rede social.
Os Patriots é um time da NFL, que inicialmente tinha um perfil oficial no aplicativo concorrente ao “X” (antigo Twitter), mas receberam a instrução do escritório da liga nacional de futebol americano para remover do ar a conta dedicada à equipe.
Fred Kirsch, vice-presidente da Kraft Sports + Entertainment/New England Patriots, explicou recentemente o contexto do pedido da NFL e o acato dos Patriots, que foi inicialmente veiculado pelo jornalista Sean Keeley, do Awful Announcing.
Depois de se deparar com uma mensagem perguntando o motivo da equipe não ter um perfil oficial no Bluesky e pedindo para que os Patriots considerassem a ideia de adentrar a plataforma, Kirsch esclareceu a dúvida de forma básica.
“Bem, agora não temos permissão para isso. Tivemos uma conta brevemente no Bluesky, mas a liga nos pediu para tirá-la do ar porque ainda não é uma plataforma de mídia social aprovada para a NFL”, disse Fred.
O gestor da Kraft Sports + Entertainment visualiza que eventualmente, a entidade vai aderir a plataforma e adicionar uma lista de times aprovados pela liga.
“Então, estamos prontos para ir. Quando a liga nos der sinal verde, voltaremos para Bluesky”, analisou.
A última declaração da NFL sobre este assunto foi feita em novembro, logo após a eleição presidencial norte-americana (outro fato identificado como motivação do aumento de usuários que deixaram o “X” de lado), demonstrando ter consciência do crescimento do Bluesky, mas permanecendo relutantes sobre a ideia de aproximação do app.
A NFL disse que estava “ciente da Bluesky, mas atualmente não tem presença oficial na plataforma”, de acordo com uma afirmativa do Front Office Sports.
O que pode explicar o posicionamento é a longevidade do relacionamento da liga nacional do futebol americano estadunidense com outras plataformas de mídia social. A conta oficial no X da NFL está ativa desde janeiro de 2009, enquanto no Facebook, eles atuam desde abril daquele mesmo ano.
O Bluesky cresceu nos últimos meses em meio à compra do X efetuada pelo bilionário Elon Musk, cuja nova governança da plataforma foi criticada, o que gerou, consequentemente, a alta evasão da rede social. Hoje, o Bluesky possui o número de 28 milhões de usuários, sendo boa parte deles conquistados recentemente.
Uma semana após a bombástica decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o funcionamento do X (antigo Twitter), as plataformas BlueSky e Threads seguem ganhando milhares de novas adesões diárias de internautas, e se estabeleceram como as principais alternativas à rede comandada pelo bilionário Elon Musk. Segundo levantamento da consultoria empresarial Bites, à pedido do jornal O Globo, a Bluesky, criada por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, vem ganhando do Threads, que pertence à Meta, de Mark Zuckerberg.
De acordo com o levantamento, a rede Bluesky registrou mais de quatro milhões de novos usuários no Brasil desde que foi anunciada a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Já o Threads recebeu cerca de 3,3 milhões de novas contas ativas em sua plataforma no mesmo período.
A forte migração de usuários para essas duas plataformas gerou um dado curioso entre as redes das principais personalidades da política brasileira: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela primeira vez em uma rede social, vence o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em número de seguidores.
Na rede BlueSky, Lula vence Bolsonaro de goleada. Em dados desta quinta-feira (5), o petista tem cerca de 197 mil seguidores inscritos no seu canal, enquanto Jair Bolsonaro 2,6 mil seguidores. A grande diferença, entretanto, também pode ser medida pelo tempo de cada um nessa rede: Lula entrou no BlueSky no mês de abril, enquanto o ex-presidente ingressou na rede há apenas quatro dias.
Já na outra rede que verificou forte crescimento em sua base de seguidores no Brasil, a Threads, Lula e Bolsonaro já fazem postagens há algum tempo. O ex-presidente está na frente de Lula na quantidade de seguidores: enquanto Bolsonaro tem 4 milhões de inscritos, Lula alcançou recentemente a marca de 2,5 milhões de pessoas registradas na sua conta oficial.
E assim como no Threads, em todas as outras redes sociais o presidente Lula perde para o seu principal opositor político. Na rede X, por exemplo, Lula tinha um pouco mais de 9 milhões de seguidores antes da plataforma sair do ar no Brasil, enquanto Bolsonaro possui 12,8 milhões de pessoas inscritas no seu perfil. O ex-presidente inclusive fez algumas postagens mesmo após a proibição de uso da rede pelo STF.
Já no Instagram, Lula perde por ampla margem para o ex-presidente. Enquanto o petista tem 13,1 milhões de seguidores, Bolsonaro conseguiu chegar a 25,7 milhões. Os dois fazem postagens com frequência, inclusive com realização de lives.
Em outras redes, Jair Bolsonaro possui cerca de 14 milhões de seguidores no Facebook; 6,6 milhões no YouTube e 5,7 milhões no TikTok. Jutando todas as redes listadas aqui, o ex-presidente atinge a marca de 68,8 milhões de seguidores, incluindo o X.
Já o presidente Lula, além das redes X, BlueSky, Threads e Instagram, ainda tem: 5,6 milhões de seguidores no Facebook; 1,41 milhão no YouTube; mais de 4,7 milhão no TikTok. Ao total, Lula possui 36,6 milhões de seguidores em suas redes sociais.
Há dois anos, em setembro de 2022, quando Lula e Bolsonaro faziam campanha para a disputa do primeiro turno da eleição presidencial, um levantamento da CNN apurou que o então presidente possuía um total de 58,9 milhões de seguidores nas mesmas redes listadas acima. Já Lula, postulante à presidência, tinha 24,1 milhões de seguidores registrados.
Em dois anos, portanto, Bolsonaro conquistou 10 milhões de novos seguidores em suas redes sociais, enquanto Lula agregou 12,5 milhões de inscritos em suas contas oficiais nas plataformas da internet.
Em meio ao embate entre o bilionário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em torno da permanência do X, ex-Twitter, no Brasil, os políticos baianos se dividiram entre apoiar o dono da Starlink ou retificar a decisão da Suprema Corte. No entanto, mesmo entre os que apoiam ou não a decisão do STF, 26 dos 39 deputados, o equivalente a 66%, já possuem uma conta em aplicativos similares, neste caso o Threads - vinculado ao Instagram - ou o Bluesky. Todos os deputados possuem contas no Facebook e Instagram.
Os 14 legisladores que não possuem redes similares ao X são, em ordem alfabética, Adolfo Viana (PSDB), Alex Santana (Republicanos), Antonio Brito (PSD), Arthur Maia (União), Elisangela Araújo (PT), Félix Mendonça Jr. (PDT), João Carlos Bacelar (PL), José Rocha (União), Leur Lomanto Jr. (União), Márcio Marinho (Republicanos), Otto Alencar Filho (PSD), Pastor Isidório (Avante), Paulo Magalhães (PSD), Roberta Roma (PL). No caso de Roberta Roma, ela divulgou no perfil uma conta no Koo, plataforma similar ao X, mas a plataforma foi descontinuada.
BLUESKY OU THREADS?
Ainda nesta segunda-feira (2), o Bluesky, rede criada em 2021, registrou o ganho de 2 milhões de novas contas desde a última sexta-feira (30), quando foi confirmada a suspensão do aplicativo concorrente. Esses números, no entanto, não parecem se refletir na bancada baiana na Câmara.
Em comparação ao Threads, a adesão do Bluesky entre os políticos baianos foi modesta: entre os 26 parlamentares que possuem contas em aplicativos similares ao X, apenas dois possuem conta no Bluesky, sendo eles os petistas Jorge Solla e Josias Gomes. Ainda assim, a conta dos políticos foi criada antes das inconsistências recentes do aplicativo do Elon Musk e ambas estão desatualizadas há cerca de dois meses. Josias Gomes também possui uma conta no Threads.
Entre os 23 usuários do Threads, quatro não atualizam o perfil há mais de oito meses, ou seja, não utilizaram a plataforma em 2024. Os outros 19 utilizaram a conta a partir de janeiro deste ano, sendo que a maioria, realizou publicações nos últimos dois meses.
Confira os detalhes:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.