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Aliado de primeira hora do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), Elmar Nascimento (União) defende a formação do "superbloco" composto por 175 parlamentares e capitaneado pelo atual comandante da Casa. Na avaliação do deputado baiano, a legislação eleitoral tem forçado uma "aglutinação" entre os partidos nos últimos anos e a movimentação permite que os processos legislativos caminhem de forma mais rápida. A declaração foi feita durante entrevista ao Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (17).
"A nossa legislação eleitoral de um tempo para cá impõe que os partidos comecem a se aglutinar. Primeiro veio a cláusula de barreira que é difícil de ultrapassar. Você vê partidos históricos, que tem algum tipo de identidade ideológica, como o PCdoB, ele teve que federar com o PT. Essa realidade obriga que os partidos comecem a conversar para que cada vez mais a gente comece a diminuir esse espectro. A gente tinha na Câmara em funcionamento durante a legislatura passada 28 partidos, então imagine uma mesa com 28 líderes, tudo se dificulta", disse.
"Essa realidade está mudando, nós estamos hoje em uma composição em que quase a Câmara inteira está em quatro polos: a federação do PT de um lado, o PL que ja é por si só um partido muito grande de outro, e dois grandes blocos, que é o nosso com 175 deputados e um outro que foi construído com 142. Aí você consegue aglutinar e fazer com que as coisas caminhem numa velocidade maior e termina sendo melhor para a democracia", acrescentou Elmar.
Na última quarta-feira (12), Arthur Lira fechou acordo para formar o "superbloco" com nove partidos e mais de 170 deputados. O novo grupo é formado por PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e a federação Cidadania-PSDB. O bloco é o maior da Casa.
Após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), formalizar a criação do “superbloco” na Casa Legislativa, lideranças do PDT e PSB se reuniram com Lira nesta quinta-feira (13) para debater a participação das legendas na bancada. Entre os líderes partidários que participaram do encontro estava o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
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No total, três parlamentares participaram do encontro com Alckmin, em Brasília, incluindo o baiano Félix Mendonça, ex-líder do PDT. O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) foi apresentado como líder do superbloco, composto por oito partidos e 173 parlamentares. O comandante da bancada do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), também esteve presente.
"Ressaltamos que, apesar das diferenças ideológicas entre os membros do superbloco, temos em comum o fato de votar a favor do governo sempre que isso for importante para o país. Isso é o que nos une. Não temos dúvidas de que a base de sustentação do governo do presidente Lula (PT) se fortalece", disse Félix Mendonça.
"É um caminho que necessariamente precisará, até mesmo nas divergências, encontrar consonância para efetivar e dar vazão às pautas de grande importância para o povo brasileiro", complementou André Figueiredo.
Integram o superbloco o PDT, PSB, União Brasil, PP, Avante, Patriota e a federação do PSDB/Cidadania.
O cantor baiano Caetano Veloso utilizou sua página do Facebook, nesta terça-feira (24), para declarar seu apoio a Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República, e expor sua opinião sobre o "blocão", liderado por DEM e PP, ter desistido de apoiar Ciro para ficar ao lado do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) (lembre aqui). Veloso fez comparações entre Ciro e o presidente Michel Temer (PMDB): "Ciro é explosivo, Temer é dissimulado. Ciro busca união, Temer busca conchavos. Ciro pensa no país, Temer pensa em si. Ciro é nosso contemporâneo, Temer é assombração do passado. Ciro tem vitalidade, Temer é um morto-vivo. Ciro fala com coragem, Temer cala com astúcia". O artista continuou a postagem fazendo observações sobre os acordos feitos durante o processo eleitoral. "Por tudo isso o blocão não encarou acertos com Ciro: o blocão, com Rodrigo [Maia] ouvindo os conselhos do pai César (de quem gosto), não topou imaginar viver tão longe do ambiente a que o centrão está acostumado: o mundo de Temer. O blocão identifica-se com o centrão e rejeita mudança no mundo político. O que queremos? Um Brasil comandado por Alckmin amparado no centrão temerista? Ou curtir a cafajestada de Bolsonaro sob a economia igualmente temerista?", escreveu Caetano. O cantor finalizou sua publicação convidando seus fãs para assistirem a entrevista que realizou com o candidato Ciro Gomes.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.