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bebidas adulteradas
O Ministério da Saúde confirmou 53 casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas em diferentes estados brasileiros. Dez pessoas já morreram em decorrência dessas intoxicações. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (22) pelas autoridades sanitárias.
Outros 59 casos suspeitos e sete óbitos adicionais permanecem sob investigação, enquanto 578 notificações já foram descartadas após análises laboratoriais. As autoridades também excluíram 27 casos de morte inicialmente suspeitos.
São Paulo concentra o maior número de ocorrências, com 38 casos confirmados e 19 em investigação. Na sequência aparecem Paraná (5 casos), Pernambuco (3) e Rio Grande do Sul (1). Entre as vítimas fatais, seis eram de São Paulo, duas de Pernambuco (município de Lajedo) e uma de Foz do Iguaçu, no Paraná.
Os sete óbitos ainda em análise estão distribuídos entre São Paulo (1), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (1) e Paraná (1).
A contaminação está associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica para humanos. O composto químico pode causar cegueira, insuficiência renal, parada cardiorrespiratória e morte, mesmo quando ingerido em pequenas quantidades.
As autoridades sanitárias ainda investigam a origem exata das bebidas adulteradas e como elas chegaram aos diferentes estados. Também buscam determinar se existe conexão entre os casos registrados nas diversas regiões do país.
O Ministério da Saúde alertou a população para evitar o consumo de bebidas de procedência duvidosa e comunicar imediatamente às autoridades sanitárias locais qualquer suspeita de produtos adulterados.
Em ação paralela, fiscais apreenderam no Pará bebidas com indícios de contaminação por metanol e produtos com validade vencida, aumentando as preocupações sobre a circulação de bebidas adulteradas em diferentes regiões brasileiras.
Em sessão rápida da Câmara realizada nesta quinta-feira (2), presidida pelo deputado Hugo Motta, foi aprovado, de forma simbólica, um requerimento de urgência para o PL 2307/07, que classifica como crime hediondo a adição, em alimentos, de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde dos cidadãos.
Com a aprovação da urgência, o projeto do deputado licenciado Otavio Leite (RJ), que desde 2021 estava parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguirá direto para ser analisado no plenário. O presidente da Câmara pretende pautar a proposta para votação já na semana que vem.
A aprovação da urgência ocorreu por conta de episódios sobre falsificação de bebidas, que ganharam repercussão nos últimos dias. Casos registrados de intoxicação por metanol provocaram internações graves, perda de visão e até mortes nos estados de São Paulo e Pernambuco.
O projeto prevê o aumento das penas para o crime de falsificação de bebidas, que hoje variam de quatro a oito anos de reclusão. Pela redação aprovada, a punição passaria a ser de seis a 12 anos. Além disso, a prática seria enquadrada como crime hediondo, o que endurece o cumprimento da pena e restringe benefícios legais, como progressão mais rápida de regime ou indulto.
A mudança significa que condenados pela adulteração de bebidas alcoólicas ou não alcoólicas, com risco à saúde da população, terão de iniciar a pena em regime fechado e só poderão avançar para regimes mais brandos após cumprir parte maior da condenação.
A proposta, que ainda não tem relator indicado por Hugo Motta, ainda prevê que não haja possibilidade de anistia ou fiança, equiparando a falsificação a crimes graves, como latrocínio e estupro.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas confirmou que o estado acumula 22 casos, sete confirmados e 15 em apuração. Entre os 22 casos estão cinco mortes ligadas à suposta ingestão da substância, com um óbito confirmado na capital paulista e quatro mortes ainda sob investigação.
No Nordeste, Pernambuco registrou três suspeitas de intoxicação, resultando em dois óbitos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Flávio Bolsonaro
"Uma parte da imprensa, que já tem má vontade com a gente e adora defender traficante de drogas, inventa que eu estou defendendo que se taque bombas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Eu fico revoltado com essa defesa de traficantes, porque eu sei que é o dinheiro desses caras que é usado para comprar a pistola que vão apontar para a nossa cabeça no sinal de trânsito para ser assaltado no Rio de Janeiro".
Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao reagir às críticas recebidas após publicar, na véspera, uma mensagem no X (antigo Twitter) sugerindo que os Estados Unidos realizassem ataques a barcos de traficantes no Rio de Janeiro.