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Um júri popular condenou três policiais militares na noite desta quinta-feira (25) em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia. Os três são acusados pela morte do comerciante Gilberto Arueira de Azevedo. O crime ocorreu no dia 24 de setembro de 2010. Um julgamento havia sido realizado em 2019, condenando apenas um dos policiais, mas foi anulado pela Justiça.

Comerciante morto por engano / Foto: Reprodução / TV Santa Cruz
Segundo o Teixeira News, o julgamento durou mais de 11 horas e já por volta das 21h20 saiu a sentença que reconheceu que os policiais confundiram a vítima, Gilberto Arueira de Azevedo, de 40 anos na época, com Raimundo de Abreu Alves, conhecido como “Thor”, acusado de assaltar uma loja de celulares minutos antes e de ter feito um dos militares refém.
O juiz Gustavo Vargas Quinamo, substituto da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Teixeira de Freitas, leu o veredito. No entendimento do conselho de sentença, formado por quatro mulheres e três homens, o policial Wanderson Ferreira da Silva induziu os colegas ao erro ao apontar Gilberto como alvo.
Por isso, foi condenado por homicídio doloso a 12 anos de prisão, além da perda do cargo público. Apesar da pena, ele poderá recorrer em liberdade, por ser réu primário, ter bons antecedentes e apresentar bom comportamento processual.
Já os policiais Santo Aparecido Andrade Moreira e Aurélio Sampaio da Costa foram condenados por homicídio culposo. Os jurados consideraram que eles agiram sem intenção de matar ao confiar na indicação equivocada. Eles receberam penas de 1 ano e 8 meses de prisão, em regime aberto, sem perda das funções.
O julgamento contou com a participação dos promotores Gilberto Ribeiro de Campos, Jorge Augusto Nabuco Peltier Cajueiro e do advogado de acusação Gean Prates, que sustentaram a tese de condenação. Na defesa, atuaram os advogados Bruno Teixeira Bahia e Alex Santiago, que pediram a absolvição dos réus, alegando que o crime ocorreu em circunstâncias excepcionais.
O promotor Gilberto Campos afirmou, após a sentença, que o Ministério Público esperava punições mais severas. Já o advogado de defesa Bruno Teixeira Bahia disse que vai analisar os fundamentos da decisão antes de definir os recursos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).