Artigos
Direito e Sustentabilidade III
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Diego Brito indica preocupação com frota e aponta “última milha” como desafio no trânsito de Salvador
arquivo publico do estado da bahia
Um projeto em andamento do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) propõe humanizar os registros de pessoas escravizadas na Bahia Colonial e Imperiais. O Projeto Fragmentos de Memória, integrado ao programa Resgate Ancestral, transforma as descrições burocráticas, disponíveis nos documentos que compõe o acervo do APEB, em retratos póstumos. (veja o site.)
A ação é acompanhada pelo Diretor do APEB, Jorge X e gerenciada por Adalton Silva, responsável pela Coordenação de Preservação. O trabalho, que deve ser entregue em novembro para a campanha do Novembro Negro, ocorre em três etapas principais. Na primeira, os pesquisadores realizam a digitalização de passaportes de pessoas escravizadas e libertas, cartas de alforria, livros de notas que registram a compra e venda de escravizados e inventários.
Em seguida, é feita a transcrição paleográfica, ou seja, a reescrita dessas informações em formato legível, para legitimar às descrições que serão levantadas e interpretadas. Nesta mesma etapa, os pesquisadores realizam uma pesquisa de indicadores visuais relacionados as descrições encontradas, como os dados interpretados, pesquisas acadêmicas e trabalhos visuais como o do Jean Baptiste Debret (1816–1831) e as fotografias de Marc?Ferrez (1882–1885), (além de gravuras, álbuns de viajantes e acervos privados).
A ideia é catalogar trajes, cenários, adereços e marcadores visíveis, que possam ser utilizados para dar referências a Inteligência Artificial. Assim, a terceira etapa consiste na criação de comandos (prompts) que integram dados documentais e visuais, alimentando modelos generativos que serão utilizados para a elaboração final dos retratos.
A fim de garantir a qualidade de cada etapa, o arquivo firma parcerias estratégicas com o ateliê Memória?&?Arte, coordenado pela Dra. Vanilda Salignac de Sousa Mazzoni, que lidera a transcrição paleográfica dos documentos históricos.
O projeto encontra-se atualmente na fase de coleta e organização de recursos e dados para serem interpretados: fotografias, gravuras e litografias estão sendo restauradas e utilizadas como referência visual inicial para compor o “combustível” que alimentará a inteligência artificial. As imagens geradas passarão por restauração digital. O projeto prevê parcerias colaborativas com o Arquivo Nacional e com o Arquivo Público do estado de São Paulo.
Entre julho e setembro de 2025, o arquivo está ampliando o banco de referência visual e realizando as primeiras rodadas de geração em maior escala. Em outubro, ocorrerão sessões de curadoria colaborativa e ajustes finos nos prompts, antes do lançamento para o Novembro Negro deste ano.
Atualmente, o Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), equipamento da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA), é a segunda instituição arquivística mais importante do país, ficando atrás apenas do Arquivo Nacional.
Com o objetivo de ampliar o acesso a documentos em ambiente virtual, o Arquivo Público do Estado da Bahia (Apeb) recebeu a doação de quatro computadores do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), por meio do Arquivo Nacional.
Foto: Arquivo Nacional
O envio dos equipamentos, através do Programa de Reestruturação e Modernização dos Arquivos Públicos, deve auxiliar o aprimoramento das infraestruturas e apoio ao processamento técnico, a preservação e a difusão dos documentos de projetos arquivísticos de órgãos integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar).
Segundo a diretora do Apeb, Teresa Matos, a chegada dos computadores à unidade gerida pela Fundação Pedro Calmon “continuará fomentando projetos que visam ampliar a descrição e a digitalização do acervo documental custodiado, com objetivo de qualificar o acesso via web à população e possibilitar um maior quantitativo de conteúdos digitais na coleção temática no Diretório Brasil de Arquivos em comemoração ao Bicentenário”.
Com a terceira etapa das obras iniciada em janeiro de 2019 (relembre aqui e aqui) e alguns atrasos pelo caminho, a reforma do Arquivo Público da Bahia (Apeb), localizado na Baixa de Quintas, em Salvador, finalmente chegou ao fim.
A primeira etapa aconteceu em 2012 para requalificação do sistema elétrico, lógico e telefônico, com um investimento de aproximadamente R$ 650 mil. Em 2014, o Apeb recebeu mais de R$ 2 milhões para restauro do telhado e do forro, e no ano passado, a Fundação Pedro Calmon (FPC), responsável por administrar o equipamento, obteve investimentos de R$ 3 milhões para serviços no Solar da Quinta do Tanque. A execução da obra foi de responsabilidade da FPC, com a interveniência do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como financiador.
Ainda que não da forma festiva como no planejamento original, a reabertura acontece nesta quinta-feira (5), no Dia Nacional da Cultura. “É simbólico isso, porque para a gente é muito mais que uma obra. Nós na verdade estamos reabrindo um patrimônio nacional da cultura”, classifica Zulu Araújo, diretor da FPC.
“Estava prevista para ser entregue no final do ano [de 2019], mas houve um achado que interrompeu a velocidade das obras, tendo em vista que nós encontramos quase 2 mil artefatos arqueológicos (clique aqui e saiba mais), sendo que alguns deles datados de 300 anos, 250 anos, como azulejos, cerâmicas, artefatos de escravidão... E aí, quando você acha esse tipo de artefato, tem que entrar em contato com o Iphan e ele é quem determina qual o rumo que será dado. Então, por conta disso, atrasou entre 60 e 90 dias a obra. E aí caímos na pandemia”, conta Zulu, explicando que a fundação contratou uma empresa de arqueologia para realizar a listagem, classificação e higienização das peças.
Achados arqueológicos farão parte de exposição | Foto: Italo Pacheco
Alguns materiais encontrados, como cachimbos, moedas, canecas, talheres, peças de jogos e castiçais, inclusive estarão disponíveis para visitação com a reabertura do espaço. “Nós vamos ter uma sala de exposições, a chamada Sala dos Azulejos, onde vamos expor um quantitativo, se não me engano, de 150 destes artefatos para que o público não só tenha conhecimento, como perceba a importância que esses artefatos arqueológicos possuem para a história da Bahia e para a história daquele sítio, que na verdade é de 1551. Ou seja, dois anos após a fundação da cidade de Salvador aquele sítio estava sendo erguido”, conta o diretor.
Comemorando a reabertura, Zulu destaca a importância cultural do Apeb. “A gente está devolvendo ao público um patrimônio material e, junto com ele, os serviços que estão lá alocados. Ou seja, estamos disponibilizando o acesso para a produção de conhecimento importantíssimo sobre a história do Brasil, da Bahia, do nosso povo. Porque ali no Arquivo Público nós temos o segundo arquivo mais importante sobre o período colonial na América Latina”, avalia, listando parte do acervo que ele abriga. “Nós temos Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO de quatro conjuntos de documentos, temos passaportes de escravos do século XVI, temos o conjunto de obras sobre as empresas de artefatos na Bahia, temos obras raras que inclusive compartilhamos agora com a biblioteca de Londres... Ali no Arquivo Público está arquivada uma parte importantíssima da história da Bahia. Está, por exemplo, a primeira ata do Tribunal de Relação da Bahia, que é aquele que dá origem ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Foi o Tribunal de Relação que julgou, por exemplo, os condenados da Revolta dos Búzios”, pontua.
Mas, para voltar a abrir as portas ao público, alguns protocolos serão implementados, como o distanciamento de mesas e cadeiras, higienização dos equipamentos e também de livros, além do uso de luvas e máscaras. “Não haverá possibilidade nenhuma de aglomeração, inclusive vamos agendar previamente a visitação para pesquisa, ou via e-mail ou via digital. Não será mais chegou e entrou. Enquanto não houver a vacinação, que é o mecanismo mais seguro de proteção, nós vamos seguir os protocolos”, garante Zulu.
Além do ponto de vista sanitário que deve ser observado com rigor, ele afirma que a reforma garante uma maior segurança em outros níveis, podendo evitar incêndios como o ocorrido na Biblioteca Nacional, ocorrido em 2018 (relembre aqui), destruindo grande parte de um acervo histórico precioso para o Brasil e para o mundo. “Primeiro, a gente teve que fazer toda essa obra de restauro e agora entra a segunda etapa. Já temos lá um serviço de proteção a incêndios eficiente, com a disposição de hidrantes, extintores, ou seja, tem todo um protocolo devidamente instalado, mas agora nós estamos indo para o projeto de modernização de proteção a incêndio, que já está praticamente pronto. Pra ele ficar pronto definitivamente teria que fazer o restauro primeiro, porque ele implicava também na modernização do sistema elétrico e do telhado, por conta das das tesouras, que também já foram feitos. Então, uma coisa é sequenciada com a outra”, explica.
Com a participação do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), a 4ª Semana Nacional de Arquivos tem início nesta segunda-feira (8), com uma programação totalmente virtual, de acordo com as orientações sanitárias para conter o novo coronavírus.
Organizado pelo Arquivo Nacional e a Fundação Casa de Rui Barbosa, com o tema “Empoderando a sociedade do conhecimento”, o evento acontece até 14 de junho em diversas instituições do país.
Abrindo a programação na segunda-feira (8), às 10h30, o público poderá acompanhar a aula "O Futuro Tecnológico dos Arquivos: da formação, aos acervos e à transparência ativa para a prestação de contas à sociedade". A atividade será ministrada pelo professor Daniel Flores, da Universidade Federal Fluminense, e transmitida pela plataforma Zoom.
Outro destaque do evento é o lançamento do sistema AtoM da descrição de novos fundos documentais custodiados pelo APEB, que acontece na quinta-feira (11). O sistema AtoM, do APEB, tem o objetivo de promover a difusão dos documentos custodiados e fornecer elementos de descrição em vários níveis, de acordo com as Normas de Descrição Arquivísticas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Arquivos. A programação completa acesse está disponível no site do evento (clique aqui).
Peças históricas datadas dos séculos XVII ao XIX foram encontradas por operários, durante a preparação do terreno que irá abrigar o novo refeitório do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), em Salvador.
As cerca de 130 peças, entre elas estruturas metálicas, cadeados, cachimbos, moedas e cerâmicas, foram encontradas entre os dias 19 e 20 de fevereiro. As obras de restauração e requalificação do Solar da Quinta do Tanque, onde está localizada a sede do Arquivo Público, começaram em 6 de janeiro (clique aqui e saiba mais).
“Ao encontrar estes artefatos, temos a certeza de que os achados fazem parte da nossa história e que precisam ser levadas ao órgão responsável, que neste caso é o Iphan”, afirmou Zulu Araújo, diretor geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), responsável pela administração do espaço.
O Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) teve o atendimento ao público suspenso, desde esta quinta-feira (17), para a execução das obras de restauração e requalificação do Solar da Quinta do Tanque, onde está localizada sua sede, na Baixa de Quintas, em Salvador. A ordem de serviço para as obras foi assinada no dia 13 de dezembro de 2018 (clique aqui). O contrato firmado pela Fundação Pedro Calmon (FPC) e a Marsou Engenharia Eireli, no valor de R$ 2.301.585,96, prevê a construção de refeitório, depósitos e sanitários, além de reforma nas instalações elétricas e hidrossanitárias, instalação de circuito fechado de TV, pintura, recuperação de janelas, portas e esquadrias, iluminação externa, restauração dos elementos arquitetônicos e bens artísticos, recuperação da estrutura e cobertura e instalações mecânicas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.