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O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Tiago Correia (PSDB), comentou sobre o novo levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (24). Em pronunciamento, o parlamentar falou sobre as estatísticas das cidades mais violentas do Brasil, em que os municípios baianos foram os que mais apareceram no top 20.
Para o deputado, os dados comprovam o fracasso da política de segurança implementada pelos governos petistas que comandam o estado há quase duas décadas. “O governo do PT perdeu a guerra contra o crime. Em quase 20 anos de poder, a Bahia se consolidou como o epicentro da violência no país, e os números não mentem: não existe mais sensação de segurança, nem na capital nem no interior”, afirmou.
O parlamentar ressalta que, apesar dos altos investimentos em propaganda, o governo estadual tem falhado em garantir o básico: policiamento eficiente, inteligência criminal e valorização das forças de segurança. “O que vemos é uma ausência completa de estratégia. A polícia está sobrecarregada, os equipamentos são precários e a população está refém do medo. É uma gestão que abandonou as famílias baianas”, declarou.
Tiago Correia também defendeu a instalação de uma comissão especial na AL-BA para acompanhar e fiscalizar os indicadores de violência no estado.
“A oposição vai intensificar o debate sobre segurança pública. É inadmissível que cidades turísticas, industriais e históricas da Bahia estejam entre as mais violentas do Brasil. Precisamos de uma reestruturação profunda e de um novo modelo de segurança que priorize a vida, a prevenção e a eficiência na repressão ao crime”, concluiu.
A Polícia Federal (PF) apreendeu 3.488,14 kg de cocaína na Bahia em 2024. Esse número representa um crescimento impressionante de 538,9% em comparação com o registrado em 2013, há mais de uma década, segundo dados do Anuário da Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira (24).
A Bahia foi o terceiro estado com o maior aumento na quantidade de cocaína apreendida. À frente, estão Piauí (+1.246,4%) e Santa Catarina (+1.100,4%). A média nacional entre 2013 e 2024 foi de um acréscimo de 78,5%, com o total de apreensões chegando a 74.501,02 kg no ano passado.
Em contraste com os dados da cocaína, a apreensão de maconha sofreu uma queda abrupta na Bahia, com uma redução de 94,1%. A diminuição foi ainda mais intensa entre 2023 e 2024, quando o número de retenções caiu de 6.245,53 kg para 99,17 kg, uma queda de 98,4%.
Nessa situação, as apreensões de maconha na Bahia vão na contramão do cenário nacional. No Brasil, a PF subtraiu 482.972,95 kg de maconha ao longo de 2024, significando um aumento de 117% em comparação com 2013.
Vale ressaltar que os dados da PF divergem significativamente dos divulgados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) ao estudo. Segundo a pasta estadual, as forças policiais vinculadas à gestão apreenderam 5.114,00 kg de maconha no ano passado, uma redução de 12,9% em relação a 2023.
OCORRÊNCIAS DE TRÁFICO
Em relação às ocorrências de tráfico de drogas a cada 100 mil habitantes, a Bahia ocupou o terceiro lugar entre as menores taxas do Brasil. O Anuário apontou que o território baiano registrou 45,4 casos de tráfico a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Alagoas (33,7) e Maranhão (23,3).
Em números absolutos, a Bahia foi o sétimo estado com mais ocorrências, reportando 6.737 casos de tráfico de drogas. O líder nacional foi São Paulo, com 37.753.
Salvador é a quarta cidade com maior taxa de roubos e furtos de celulares do Brasil em 2024. Conforme dados do Anuário da Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira (24), a capital baiana 1396,7 aparelhos subtraídos a cada 100 mil habitantes no ano passado.
Logo atrás de Salvador, fechando o “top 5”, Lauro de Freitas é outra cidade baiana com a maior quantidade proporcional de celulares roubados e furtados ao longo de 2024. No caso, o município da Região Metropolitana (RMS) registrou 1.392,0 telemóveis subtraídos.
Na frente das cidades baianas, figuraram apenas São Paulo (SP), Belém (PA) e São Luís (MA). Segundo o Anuário, foi uma característica marcante das grandes cidades a ocorrência de crimes de furto de celulares.

“Essas 20 cidades concentraram 40% de todos os celulares roubados e furtados no país, indicando como esta modalidade criminal é concentrada e característica de cidades de grande porte”, diz o Anuário.
A Bahia, em termos absolutos, ocupou a segunda posição entre os estados com a maior quantidade de furtos e roubos de celulares. Ao todo, o território baiano registrou 72.133 deduções dos aparelhos em 2024, perdendo apenas para São Paulo (287.849). Apesar da estatística, o número de roubos de celulares diminuiu 17,86% no comparativo com 2023.
Um a cada quatro homicídios na Bahia foram cometidos por policiais em 2024, é o que aponta o Anuário da Segurança Pública de 2024, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira (24). Em números absolutos, a polícia baiana foi a que mais matou entre os estados brasileiros no ano passado, registrando 1.556 homicídios, liderando a estatística pelo terceiro ano consecutivo.
O dado representa uma queda 8,6% em relação ao ano passado, quando foi reportado 1.700 casos. Em média, a polícia baiana foi considerada a segunda mais letal do Brasil, com 10,5 homicídios cometidos por policiais a cada 100 mil habitantes.
O Amapá ocupa a liderança de letalidade proporcional, com 17,1 homicídios a cada 100 mil habitantes ao longo de 2024. No recorte, a polícia amapaense foi responsável por um a cada três homicídios no estado.
No Brasil, foram registradas 6.243 pessoas mortas em decorrência de intervenções de policiais militares e civis da ativa, tanto em serviço quanto fora dele. O número representa uma redução de 3,1% na comparação com 2023.
Um detalhe é que pessoas negras, que compreendem a soma de pessoas pretas e pardas, corresponderam a 82% das vítimas de letalidade policial em 2024 no Brasil. Conforme o levantamento, o risco de uma pessoa negra ser morta pelas forças de segurança é 3,5 vezes maior do que o de uma pessoa branca.
Segundo o Anuário, as Mortes Decorrentes de Intervenções Policiais (MDIP) corresponde à soma de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais, em serviço e fora de serviço. Em alguns casos, as mortes decorrentes de intervenções policiais são contabilizadas dentro dos homicídios dolosos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.