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anticoncepcional
A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) reconheceu uma conduta discriminatória do Banco Bradesco em relação às mulheres de uma agência em Salvador, e condenou a empresa a indenizar em R$ 30 mil uma bancária. Ela foi apelidada de “Smurfette” e ouvia em reuniões comentários misóginos de seu gerente sobre o uso de anticoncepcionais.
A decisão do relator, desembargador Edilton Meireles, foi seguida à unanimidade pelos desembargadores Marcos Gurgel e Luíza Lomba e ainda cabe recurso.
A bancária, que atuava como gerente de relacionamentos em uma agência da capital baiana, foi demitida enquanto estava grávida. Ela também relatou que ouvia comentários sobre seu marido supostamente estar em um relacionamento extraconjugal. Por isso, entrou com um processo na Justiça do Trabalho, pedindo o reconhecimento do período onde teria estabilidade pela gravidez e uma indenização por dano moral pelas ofensas sofridas.
O caso foi julgado pela 20ª Vara do Trabalho de Salvador. A juíza Alice Pires garantiu o direito à estabilidade, afirmando que a bancária "já estava grávida antes do fim do contrato, considerando a integração do aviso prévio indenizado de 60 dias", gerando efeitos financeiros. Sobre o dano moral, a juíza destacou os relatos de cobranças excessivas, constrangimentos e humilhações.
Uma testemunha confirmou que o gerente-geral da agência deu o apelido de “Smurfette” à bancária e, em reuniões, fazia “brincadeiras” dizendo que aplicaria injeções de anticoncepcional nas mulheres da agência.
Ao analisar o recurso do Bradesco, o desembargador Edilton Meireles afirmou que a bancária comprovou, por exames, que estava grávida de seis semanas. O desembargador destacou também que os comentários do gerente-geral "demonstram uma conduta discriminatória ao dizer que gostaria de aplicar injeções de anticoncepcional nas mulheres da agência".
O primeiro gel anticoncepcional masculino do mundo apresentou 99% de eficácia em testes clínicos iniciais, de acordo com os pesquisadores responsáveis por seu desenvolvimento. O produto poderia estar disponível para venda até 2027. Batizado de ADAM, o hidrogel não hormonal foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia Contraline, dos Estados Unidos, para bloquear a saída de espermatozóides do corpo do homem nas ejaculações.
O pesquisador Kevin Eisenfrats, líder da Contraline, descreve o gel como um “DIU para homens” porque espera que o contraceptivo seja duradouro, mas reversível. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
“Prevemos que nosso primeiro produto seja algo que os homens possam obter a cada um ou dois anos. Obviamente, faremos ensaios clínicos para provar que é eficaz durante esse período de tempo”, afirmou Eisenfrats em entrevista à STAT News na última quinta (4).
Ainda de acordo com a reportagem, o estudo clínico com o hidrogel ADAM foi realizado com 23 homens da Austrália. Mais de 1,5 mil voluntários de diferentes idades se candidataram. O contraceptivo foi injetado no canal deferente deles – o tubo que transporta os espermatozóides dos testículos para fora do corpo – em uma consulta médica, após receberem uma anestesia local.
O procedimento, semelhante a uma vasectomia, durou aproximadamente 15 minutos. Os médicos fizeram uma pequena incisão abaixo do escroto dos participantes para ter acesso ao ducto deferente. Depois que o gel foi injetado, o tubo foi reinserido no corpo e o corte, fechado.
Todos os participantes continuaram a ter ejaculações, mas a contagem de espermatozoides caiu de 99 a 100% apenas um mês após o procedimento, mostrando que o método de contracepção foi eficaz na prevenção da saída dos espermatozoides do corpo. Nenhum evento adverso foi relatado nas semanas seguintes ao procedimento.
O primeiro ensaio clínico não testou a eficácia do gel na prevenção da gravidez ou se ele é reversível. Alguns cientistas que não fizeram parte do experimento temem que os espermatozoides possam encontrar uma maneira de contornar o bloqueio, resultando em uma gravidez não planejada.
Novos ensaios clínicos vão avaliar se o método contraceptivo não hormonal pode ser revertido para que os homens tenham filhos no futuro. “A reversibilidade é uma proposta de valor realmente fundamental. Os homens querem saber se podem removê-lo a qualquer momento, se a sua fertilidade voltará aos níveis normais e se o procedimento de reversão é fácil”, conta Eisenfrats.
A Contraline espera que o gel ADAM receba aprovação da Food and Drug Administration, agência equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, como um novo medicamento experimental (IND, na sigla em inglês) ainda este ano para o início dos testes clínicos, e chegue para o público até 2027.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
João Roma
"Essa é uma suprema injustiça. Já estava sendo ventilada a todos e ninguém esperava diferente de personagens que ao invés de cumprir o seu papel de julgadores, têm sido personagens da política, justamente descumprindo o seu maior compromisso que é defender a Constituição".
Disse o ex-deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma, atualmente presidente estadual do PL ao comentar o impacto da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral e os planos da legenda para 2026 na Bahia.