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ansiedade
A Bahia foi o estado do Nordeste com o maior número de casos de afastamentos das atividades trabalhistas, por conta de ansiedade e depressão, durante 2024. A ansiedade ocasionou cerca de 4.517 afastamentos do mercado de trabalho, seguido pela depressão que causou cerca de 3.313 licenças.
Segundo o levantamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), via G1, os números do estado ocuparam a 8ª posição no cenário nacional. Na lista de todo o Brasil, foram registrados cerca de 472.328 licenças médicas por doenças mentais. Os dados são os maiores desde 2014, representando um aumento de 68%.
Na lista dos transtornos mentais que mais afetaram trabalhadores baianos está ansiedade (4.517), depressão (3.313), depressão recorrente (1.701), transtorno bipolar (1.494); esquizofrenia (998); reações ao "stress" grave e transtornos (575), vício em drogas (436), transtornos psicóticos(377); transtornos esquizoafetivos (333) e alcoolismo (321).
Já psicose, transtorno de personalidade e vício em cocaína, presentes em outros estados, não foram listados entre as doenças que tiraram os trabalhadores de suas funções na Bahia.
Os dados são baseados às licenças e não aos indivíduos. Em alguns desses casos, um trabalhador pode ser contabilizado mais de uma vez caso tenha sido afastado em diferentes ocasiões.
A ansiedade, reação natural ao estresse, afeta cerca de 9,3% da população brasileira, colocando o país entre os líderes no ranking global da doença, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Visando uma melhoria no tratamento, pesquisadores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), liderados pelo professor Jorge Fernando Silva, desenvolveram compostos químicos inovadores que podem oferecer uma alternativa mais eficaz e com menos efeitos colaterais do que os medicamentos atuais.
A pesquisa, iniciada pelo Grupo de Materiais Fotônicos (GMF), foca na criação de compostos químicos derivados de európio e térbio. Utilizando técnicas de espectroscopia de infravermelho e fotoluminescência, os cientistas analisaram a estrutura e as propriedades dessas substâncias, além de realizar estudos farmacológicos em duas etapas. O primeiro envolveu simulações computacionais (in silico) para prever os efeitos dos compostos, enquanto o segundo foi um experimento prático utilizando o peixe-zebra (Danio rerio), modelo comumente utilizado em testes biomédicos.
Segundo o professor Jorge Fernando Silva, a grande vantagem dos novos materiais está em seu potencial de oferecer tratamentos mais seguros e com menor risco de efeitos colaterais, como a dependência química, que pode ser gerada por ansiolíticos convencionais. “Embora os ansiolíticos possuam efeitos medicinais úteis, podem causar reações indesejáveis como a dependência química. A pesquisa visa um novo caminho no tratamento de doenças relacionadas à ansiedade e, pela característica intrínseca dos materiais produzidos, diversas possibilidades no estudo e compreensão da atividade ansiolítica que possam minimizar tal efeito”, afirmou o pesquisador.
Apesar dos avanços, o estudo ainda está em fase de testes, com a necessidade de mais validações antes que os compostos possam ser aplicados clinicamente. O próximo passo, de acordo com o líder da pesquisa, envolve a otimização dos processos de síntese dos compostos e a busca por parcerias com a indústria farmacêutica. “Os próximos passos são a otimização dos processos de síntese, a busca por parcerias com a indústria farmacêutica para dar continuidade ao desenvolvimento desses novos fármacos e a atração de investidores, como investidores-anjo, que possam subsidiar a continuidade dessa pesquisa pioneira, envolvendo esses sistemas químicos”, concluiu.
A equipe de pesquisadores conta com a colaboração de Hélcio Silva, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Aluísio Marques, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Emmanuel Silva, Maria Kueirislene, Amâncio Ferreira e Jane Eire Silva, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), e o mestrando Andrei Marcelino Sá, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
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Uma pesquisa realizada pela CAUSE, em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA e PiniOn aponta que a palavra do ano de 2024, segundo a maioria dos brasileiros, é “ansiedade”. O termo desbancou outras palavras como “resiliência” e “inteligência artificial”.
A escolha da palavra do ano passou por um processo de duas etapas. Primeiro, um grupo de especialistas em comunicação e ciências sociais definiu cinco palavras que capturam as dinâmicas e preocupações do ano.
Em seguida, as palavras foram submetidas a uma pesquisa quantitativa com amostra representativa da população, a partir de dados do Censo 2022 do IBGE, que consultou 1.538 brasileiros de todas as regiões do país.
O termo liderou o levantamento com 22% das menções, seguido por “resiliência” (21%), “inteligência artificial” (20%), “incerteza” (20%) e “extremismo (4%).
SAÚDE MENTAL
Para a CEO do Instituo de Pesquisa IDEIA, Cila Schulman, “a ansiedade no brasil em 2024 não é apenas uma questão individual”. Para ela, a condição “está ligada a um contexto social mais amplo”, representado pelas “pressões do cotidiano moderno, o impacto das redes sociais e o ritmo acelerado das mudanças”. Tudo isso, segundo ela, gera “um ambiente de sobrecarga emocional e mental.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo, com 9,3%. Sintomas de ansiedade são: Náusea, vômito, diarreia, falta de ar, engasgo, sudorese, palpitações e frequência cardíaca acelerada, tensão muscular e aperto no peito.
O número de pacientes que sofrem com transtornos de ansiedade atingiu a marca de mais de 58 milhões em todo o mundo, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). A enfermidade tem sido uma das principais relatadas e diagnosticadas, segundo explicaram especialistas ao Bahia Notícias.
Apesar de estar relacionada com o sentimento de antecipação ao futuro, que gera tensão, a ansiedade é avaliada por psicólogos e médicos psiquiatras como um transtorno caracterizado por prejudicar o desenvolvimento de qualquer das atividades diárias e o bem-estar do indivíduo.
Segundo a psicóloga e conselheira do XVII Plenário do Conselho Regional de Psicologia da Bahia, Ana Paula Carregosa, existem variados tipos de ansiedade que podem causar diferentes impactos na saúde mental e até física de pacientes.
“Quando a gente tem ansiedade, a gente tem uma dificuldade de se concentrar naquilo que era para estar fazendo, pois se eu estou pensando naquilo que pode acontecer ao invés de estar no presente, acaba focando nesse futuro. Pode também gerar esse medo, essa angústia, uma agitação motora e psíquica. Então esses pensamentos aceleram uma hiperatividade. É uma preocupação exagerada, podemos também nos isolar então. Por exemplo, já que eu estou com essa preocupação, esse receio, esse medo que é desproporcional e funcional de um julgamento de uma outra pessoa. Eu posso não querer trabalhar mais naquele local dentre outras coisas”, explica Carregosa.
O transtorno pode ainda ser uma consequência de outros transtornos mentais, como a depressão, por exemplo. O oposto também pode acontecer: a ansiedade desencadear uma depressão e ser uma das causas do suicídio. Além dos impactos mentais, efeitos na saúde física também podem acontecer.
“A ansiedade envolve respostas tanto cognitivas, afetivas e fisiológicas. [...] Ela pode acarretar em insônias fortes onde as pessoas não conseguem dormir, tensão muscular, exagero no apetite ou até falta dela, além de náuseas e diarreia e boca seca, respiração acelerada e falta de ar, calafrios, suor e tremores e taquicardia e dores no peito”, disse o psiquiatra, Antônio Pedreira.
SINTOMAS E TIPOS
Os especialistas explicaram ainda ao Bahia Notícias que alguns sinais psicológicos e físicos podem indicar o transtorno, como medos extremos, preocupações constantes e crises de choro.
“A gente pode estar falando de inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, dificuldade de se concentrar, perturbações do sono entre outros. O coração também, ataque cardíaco, ofegação, respiração ofegante suor entre outros”, apontou Ana Paula.
Além disso, o transtorno ainda pode ter diferentes tipos, conforme explicou a psicóloga.
“Dentro dessa quantidade de transtorno de ansiedade existem alguns tipos de transtornos de ansiedades, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia específica, transtorno de ansiedade social, pode ser, por exemplo, a pena de desempenho, transtorno de pânico, agorafobia e outros transtornos de ansiedade”, completou.
Mesmo sendo considerado como uma epidemia pelos especialistas, a doença não possui cura, mas existem tratamentos como formas de controlar as crises de ansiedade, como a terapia, a prática de atividades físicas e o uso de medicamentos em alguns casos específicos.
Dados do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia) divulgados nesta quinta-feira (29) indicam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade.
A maior parcela deste quantitativo, 31,6%, é jovem, com idade entre 18 e 24 anos. As prevalências são maiores no Centro-Oeste (32,2%) e entre as mulheres (34,2%).
O levantamento aponta ainda que 12,7% relatam já terem recebido diagnóstico médico para depressão. As maiores prevalências estão na região Sul (18,3% de pessoas com depressão), entre as mulheres (18,1% delas já tiveram diagnóstico), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%).
Conforme publicou a CNN Brasil, foram ouvidas 9.000 pessoas, de todas as regiões do Brasil. A coleta de dados foi feita entre os dias 2 de janeiro e 18 de abril por telefone.
Conhecido crítico do governo federal, o ator Pedro Cardoso - muito conhecido pelo papel de Agostinho Carrara em "A Grande Família" - fez um longo texto de desabafo no Instagram sobre a situação política do Brasil, no qual revelou também sofrer de ansiedade desde a posse de Jair Bolsonaro como presidente.
“Bom dia. Foto minha para ilustrar o tema: a ansiedade, as redes antissociais e a ilusão vividas por mim. Venho compartilhar pois percebo nos convívios aqui que muitos devem sentir o mesmo que eu. Desde que a desonestidade da medíocre classe média baixa em busca de ascensão econômica, organizada em igrejas e quartéis, clubes e shows ‘sertanejos’, agremiações politiqueiras etc, deu o ar de sua graça, personificando-se no messias militar, eu acordo todos os dias ansioso pelas notícias e pela oportunidade de dizer alguma coisa em oposição à incivilidade desse nazifascismo tropical”, declarou o artista, tecendo críticas, tanto à classe política, em especial ao presidente, mas também a alguns dos grandes apoiadores do governo, como militares, evangélicos, clubes de futebol e cantores sertanejos.
Em seu texto reflexivo, Pedro Cardoso destaca a importância dos “amigos de trincheira”, com quem compartilha os sentimentos e serve de consolo na “solidão”. O ator reforça ainda a necessidade do envolvimento político, sobretudo no atual contexto. “Nunca antes a política havia sido assunto diário para mim. Passou a ser quando compreendi, num lento ir compreendendo, que a política, espaço para o entendimento sobre o que nos é comum, desapareceria sob o autoritarismo do bolsonarianismo; como está acontecendo. Vivo, desde então, permanentemente ansioso”, revelou, classificando o ato de escrever como “um egoísmo saudável”, já que diz que lhe faz sentir bem exibir sua revolta.
No desabafo, Cardoso falou também, ainda que não muito explicitamente, sobre o papel social dos artistas. “Essa função narcísica das redes antissociais é, a meu ver, a razão de seu sucesso comercial. Mal não há mas haverá se a fala aqui não superar a histeria. Saudável, creio, é que das palavras passemos a ação devotada ao bem comum. Mas, também penso: falar é agir. Colegas aqui, falantes e ouvintes como eu, qual será a ação que nos projetará de nós para os outros? Cada um saberá a sua. A minha, creio, é fazer teatro. Mas tentar chegar numa equação econômica que me ponha a serviço da maior parcela possível da população brasileira. Nesse dia de ação, acho que já não estarei mais tão ansioso por falar todos os dias sobre política. Mas só haverá teatro se a política nos garantir a liberdade”, ponderou o artista, afirmando que até que a liberdade e a democracia estejam asseguradas, deve se manter ativo nas redes, exibindo suas angústias.
“O fascismo nos empurrou para uma original clandestinidade: As redes, onde mais nos expomos, são onde também nos escondemos. Já estamos todos presos; presos a céu aberto no mundo deles”, concluiu.
De forma empírica, sempre se fala que a arte diminui as tensões e ajuda a aliviar a dureza da vida. Para ter uma noção mais, o Itaú Cultural e o Datafolha realizaram um levantamento em conjunto sobre o papel do setor durante a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a pesquisa mostrou que para cerca de 60% dos brasileiros as atividades culturais online oferecidas durante o confinamento ajudaram a melhorar o relacionamento das pessoas em casa.
Ainda segundo o levantamento, 54% dos entrevistados disseram que os eventos culturais virtuais contribuíram para diminuir a sensação de solidão e 45% afirmaram que eles ajudaram a minimizar o estresse e a ansiedade. Para 44% dos entrevistados a programação cultural online melhorou a qualidade de vida no período da quarentena.
A pesquisa ouviu 1.521 pessoas, de 16 a 65 anos, de todas as regiões do país, entre 5 e 14 de setembro.
Autora do hit “Era Uma Vez”, conhecido pelo refrão do “joelho ralado” que dói menos que o coração partido, a cantora e compositora Kell Smith lançou, nesta terça-feira (7), o clipe da música “Seja Gentil”. A faixa integra o seu segundo disco da artista, "O velho e bom novo", que saiu em maio pela produtora Na Moral.
O videoclipe conta com imagens enviadas pelos fãs, e tem como proposta passar uma mensagem de autocuidado, gratidão e valorização à vida, sobretudo diante da pandemia do novo coronavírus. "Estamos enfrentando um momento muito delicado, que requer de nós autoconhecimento, solidariedade, empatia, união e esperança por dias melhores. Por isso, me juntei aos meus fãs, que são a razão da minha conexão com a arte, em um clipe colaborativo, com objetivo de criarmos uma corrente de gentileza e oferecer um acolhimento no meio do caos", explica a cantora. O registro audiovisual tem direção assinada por Mess Santos.
Kell Smith revelou ainda detalhes sobre o processo de criação da música. "Comecei a compor ‘Seja Gentil’ a partir do refrão, que surgiu como uma resposta a uma crise de ansiedade. Quem sofre de ansiedade sabe como é difícil passar por um momento assim, o quanto a crise nos paralisa física e mentalmente. Assim, a letra surgiu como um pedido íntimo por autoamor em forma de música. Logo em seguida liguei pro maestro Bruno Alves. A intenção era compormos uma espécie de mantra ao amor próprio, cheio de leveza e paz", conta a artista.
Confira o novo clipe de Kell Smith:
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (18), a esposa de Chris Cornell, Vicky Cornell, insinua que a ingestão de remédios contra ansiedade poderiam ter influído no suicídio do artista (clique aqui). “A morte de Chris é uma perda indescritível e criou um vazio no meu coração que jamais será preenchido. Assim como todos que o conheciam comentaram, Chris era um pai e marido devotado. Ele era meu melhor amigo”, escreveu a mulher, contando que o músico apresentou mudança de comportamento no dia 17, após uma apresentação. “Quando nós conversamos após o show, eu percebi que ele estava falando com dificuldade; ele estava diferente. Quando ele me disse que pode ter tomado um ou dois Ativan a mais, eu contatei a segurança e pedi para ficarem de olho nele”, disse ela, acrescentando: “O que aconteceu é inexplicável e eu espero que novos exames médicos deem mais detalhes. Eu sei que ele amava nossos filhos e ele não os machucaria ao acabar intencionalmente com a própria vida”. Vicky destacou ainda que “o mundo dele girava em torno da família em primeiro lugar e, é claro, a música em segundo” e lembrou que antes do ocorrido, eles chegaram a planejar uma viagem em família.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.