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A CBF firmou parceria com o Pacto Contra a Fome para levar aos estádios de futebol a campanha “Jogue Contra o Desperdício”, que busca conscientizar a população sobre a perda de alimentos no país. A iniciativa será exibida entre 25 e 30 de novembro, durante os jogos da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Antes do início das partidas e no intervalo, o público verá o “Desperdiçômetro” nas placas digitais ao redor dos campos. A ferramenta mostra, em tempo real, o volume de alimentos desperdiçados no período de realização de uma atividade comum, com o objetivo de tornar o problema mais visível. A ação também será divulgada nas redes sociais e no site da CBF.
Segundo os organizadores do projeto, a proposta é reforçar a relação entre desperdício, insegurança alimentar e fome. Para eles, a parceria com a entidade máxima do futebol brasileiro e estar nos estádios da primeira divisão é um holofote importante.
“Unir a campanha Jogue Contra o Desperdício ao futebol é uma forma poderosa de levar essa conversa para onde o Brasil já está: nas arquibancadas, diante da TV e nas redes sociais. Quando mostramos o impacto do desperdício dentro do campo, com o desperdiçômetro, fazemos com que milhões de pessoas percebam que cada escolha importa. Essa parceria com a CBF amplia nossa voz e reforça que combater o desperdício é um gesto simples, mas capaz de mudar o jogo contra a fome no Brasil”, afirma Juliana Plaster, codiretora executiva do Pacto Contra a Fome.
Dados levantados pelo Pacto Contra a Fome em parceria com a consultoria Integration indicam que o Brasil perde ou desperdiça 55 milhões de toneladas de alimentos por ano ao longo de toda a cadeia produtiva, enquanto mais de 50 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar.
O PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) estima que cada brasileiro desperdiça, em média, 77 quilos de comida anualmente. O impacto também é financeiro: para uma família de três pessoas, o custo médio do desperdício chega a R$1.603 ao ano, valor superior ao salário mínimo vigente.
"Tudo pode ser dito com uma colher de mel na boca". O que para a entrevista que resultou nesse texto marca um encerramento, o provérbio é para a Chef Lili Almeida o ponto que marca a aproximação. Famosa pelos dizeres ancestrais nas redes sociais, a baiana conta que a conexão, tanto com a culinária quanto com os provérbios, marca o reencontro dela com a família durante o tempo em que esteve fora, na capital paulista.
O destaque que as redes sociais deram recentemente para suas palavras remonta, na verdade, uma jornada de toda uma vida. "Você sabe que as nossas famílias falam muito com provérbios aqui na Bahia. Inclusive, a gente foi criado usando muito provérbio para se comunicar e, desde guria, minha avô falou muitos deles comigo", inicia Lili.
"Ontem mesmo minha mãe estava se acabando de rir porque minha filha me perguntou 'minha mãe, você me ama?' e eu respondi que amava todo mundo. Minha mãe riu porque minha avô falava isso. Aí ela repetiu: "minha mãe, você me ama?". Então eu respondi: "eu amo quem me ama". Minha mãe riu mais ainda. Então, isso foi passando para a gente", comenta a digital influencer.

Foto: Reprodução / Instagram
Segundo ela, quando começou a cozinhar, há 17 anos, foi percebendo que havia uma relação muito forte entre a oralidade dos ditados e os saberes sobre alimentos, plantio e renascimento. "Comecei aí a escrever esses ditados no meu caderno de cozinha. Fui juntando, juntando e sempre vinha na minha cabeça algum ditado, quando estava lá cozinhando e sentia saudade da minha família", relata.
De acalanto para a distância da família até um abrigo saudável em meio a uma pandemia, os provérbios lhe serviram e muito. Ela conta que tudo começou virtualmente no início do período de crise sanitária, quando já estava com seu restaurante pronto e não podia abrir.
"Fui para 'o fundo do buraco', fiquei arrasada. Minha cozinha fechou e um vizinho meu, que eu conhecia há 35 anos, e era dono de restaurante, morreu de Covid-19. Fui procurar uma ajuda e pensei em estudar. Encontrei um curso de marketing digital e comecei a estudar. No segundo módulo - de dez - o professor disse que quando há muita audiência, quando as pessoas resolvem procurar você, se você quer trocar com aquela pessoa você precisa dar bom dia e conversar com elas. Pensei logo em usar aqueles ditados", conta.
A partir dali, a coisa foi ganhando outro formato e hoje é uma maneira que encontrou de engajar o que tem para dizer, refletir sobre si e ser ela mesma. "Quero dar para as pessoas um milésimo da luz que elas me dão, e eu sei que estou fazendo isso".

Foto: Reprodução / Instagram
Para Lili Almeida, a percepção é de que "as pessoas estão precisando de palavras de amor". "Vários atores do primeiro escalão da Globo que estão me seguindo e mandam mensagem para mim assim, ó: 'meu Deus, eu preciso ouvir você todos os dias de manhã, só saio daqui quando ouço você'. Ao mesmo tempo, uma mulher lá de Pernambuco escreveu uma mensagem para mim chorando pedindo que eu mandasse uma cesta básica para ela. É todo mundo, não é sempre quem a gente achou que fosse o mais necessitado", afirma.
A conexão entre a comunicação - área onde deu os primeiros passos profissionais - e a culinária tem a levado longe. Tanto inspirando outras pessoas, quanto trazendo prósperas novidades para sua carreira, como uma participação no canal a cabo GNT, da Globosat. "Estreou na semana passada [a participação no canal]. Eu tenho agora uma coluna de até dois minutos no Saia Justa e tô abrindo o segundo bloco de todos os programas dessa temporada com uma mensagem, não necessariamente sobre comida, um ditado e uma reflexão". Oportunidades como esta, conta, fizeram com que perdesse o medo e fosse adiante.
"A palavra alimento é muito mais o que comida. É tudo isso. Mestre Pastinha falava que capoeira é tudo o que a boca come. E eu concordo com isso, porque ele era um homem-capoeira, a vida dele era a capoeira. Eu acho que o alimento é uma coisa que enche sua barriga, fortalece seu corpo, sua mente, lhe traz coragem, lhe traz axé, segurança", adiciona Lili.
Perguntada sobre como vê a participação feminina na sociedade baiana, especialmente a das mulheres negras, ela reconhece que o protagonismo político é de uma expressividade que perpassa, mas também vai para além, da culinária ancestral.
"Na cozinha a coisa é maior porque o que mantém a gente vivo é a comida. Quem trouxe a gente até aqui foi o alimento, e o que vai continuar deixando a gente vivo é ele. Nossa história, da formação do nosso povo, é de muita participação feminina, principalmente das mulheres negras. Foram elas que, após a escravidão, possibilitaram que os homens negros se alimentassem na rua porque vendiam comida a um preço menor", cita, mencionando os chamados "cantos ancestrais", em que homens negros executavam atividades de manuntenção e logística do espaço urbano de Salvador.
Como grande parte das estrelas mundiais, a cantora e compositora Ariana Grande, que neste fim de semana se apresenta no Brasil, tem uma lista de exigências particular para seus camarins. De acordo com o Midiorama, a artista pediu uma alimentação totalmente vegana e orgânica em sua passagem pelo Rio de Janeiro (29 de junho) e São Paulo (1º de julho). Ela detalhou de forma bem específica a maneira como cada alimento deve ser apresentado, informando não apenas as marcas de sua preferência, mas também se a comida deve ser servida, se cortada, ensacada, congelada ou sem casca. Dentre os itens pedidos por ela estão água mineral, água de coco, leite e suco de abacaxi. Outra exigência da cantora é que a mobília dos camarins seja branca e que portas e janelas sejam cobertas por cortinas. Em virtude dos atentados ocorridos no Reino Unido, a produção da artista proibiu a entrada de mochilas nos shows no Brasil (clique aqui e saiba mais).
O novo programa comandado por Paola Carosella na Band, com estreia prevista para 2018, terá como protagonista o ingrediente, desde sua produção, no campo, até chegar à mesa. De acordo com informações da coluna “Sem Intervalo”, assinada por Gabriel Perline e Adriana Del Ré, no Estadão, durante a atração, a chef argentina visitará produtores e abordará o entorno social, mostrando a realidade dos agricultores, o mercado e o impacto sociopolítico do produto. Segundo a publicação, Paola abordará ainda o valor nutricional dos alimentos e os benefícios do corpo. Ao final, ela assumirá a cozinha para preparar uma receita aos convidados do seu programa solo.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Recebi notícias de que Alcolumbre estava chateado comigo ou rompido comigo. Confesso que não sei o motivo. Sempre tentei colaborar com ele. Nesse episódio agora do Messias, houve uma chateação, mas foi uma escolha do presidente [Lula]. Eu nunca faltei com a verdade nem com o Rodrigo Pacheco, nem com Davi".
Disse o senador Jaques Wagner (PT) ao comentar sua relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Em entrevista à GloboNews, Wagner afirmou que soube que o senador estaria “chateado” com ele, mas disse desconhecer as razões.