Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
afogamentos
Seis pessoas desapareceram após serem vítimas de afogamentos neste domingo (23), com pelo menos cinco fatalidades registradas nos municípios de Angical e Barra, ambos banhados pelo Rio Grande e Rio São Francisco, no Oeste da Bahia. O Corpo de Bombeiros segue nas buscas pelas vítimas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, equipes do 17º Batalhão de Bombeiros Militar (17º BBM) foram acionadas na tarde deste domingo (23), por volta das 13h, para atender a uma ocorrência de afogamento. A profundidade do rio, que chega a três metros, e a baixa visibilidade tornaram a operação desafiadora.
Segundo relatos de testemunhas, dois adolescentes, de 15 e 16 anos, desapareceram nas águas do Rio Grande após entrarem para nadar. Uma moradora viu os jovens submergindo e tentou resgatá-los, mas sem sucesso. Os bombeiros deslocaram-se imediatamente para o local e iniciaram as buscas por terra e na água.
A equipe dos bombeiros, com o apoio de um pescador, encontrou um dos adolescentes a aproximadamente 20 metros do ponto inicial do afogamento. A retirada do corpo foi realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) para os procedimentos necessários.
Os bombeiros suspenderam as às buscas por volta das 18h30 devido à visibilidade reduzida e aos riscos operacionais. As equipes retomam as buscas nas primeiras horas da manhã de segunda-feira. Já no município de Barra, quatro adolescentes da mesma família desapareceram em um trecho do Rio São Francisco, no distrito de Igarité.
Segundo relatos de familiares, as vítimas seriam dois meninos e duas meninas. As informações preliminares, os adolescentes brincavam às margens do rio quando uma bola caiu na água. A princípio, ao tentarem recuperá-la, foram surpreendidos por um redemoinho. Um deles tentou salvar o outro, mas todos acabaram se afogando.
Em nota, a Prefeitura de Barra lamentou as mortes das vítimas: Ayxa Adrielle de Souza Silva, de 12 anos; Jardielle Alves da Silva, que faria 18 anos no próximo dia 29; Davi Francisco dos Santos Silva, de 13 e Kauã dos Santos da Silva, de 17 anos.
Praias, rios e piscinas são lugares de diversão, mas todo cuidado é pouco. Os afogamentos são a causa de 5,7 mil mortes por ano no país, segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), em balneários, rios e piscinas. As informações são da Agência Brasil.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Amazonas, que atende, em média, de 35 a 40 ocorrências de afogamentos por ano, a maior parte dos casos decorre de imprudência dos banhistas. Bombeiro salva-vidas de Manaus, cidade famosa pelas praias fluviais, Cabo Guaracy dá algumas dicas ajudam a prevenir o risco de acidentes.
“Tudo começa antes do afogamento, quando a pessoa se afasta da área de segurança, mistura bebida alcoólica com água, desobedece às placas de sinalização. Então, esses são os principais erros que levam uma pessoa a se afogar”, diz o salva-vidas. Para ele, a prevenção é o melhor caminho para evitar ocorrências.
Frequentadora de uma praia às margens do Rio Negro, a vendedora Cilene da Silva diz tomar todas as precauções para evitar acidentes. “Não vou para o fundo, fico sempre na parte da frente e procuro ter meus cuidados”, relata.
A professora Cristina Leite acha essencial o respeito às instruções de segurança. “Acho necessário ter placa de advertência, porque, de uma forma ou de outra, quando olhamos aquela frase e aquela cor que chamam a atenção, isso vai nos fazer refletir a estar de olho sobre aquela pessoa, aquela criança e na situação toda”, comenta.
Procedimentos
Nem todos os lugares terão salva-vidas profissionais. Os banhistas devem, portanto, seguir algumas dicas caso o pior aconteça e ocorra um afogamento.
“A primeira coisa é procurar um meio de flutuação, seja uma garrafa pet, uma boia, aqueles macarrões [de piscina]. Eles sempre vão ajudar a pessoa. Até um cabo de vassoura, desde que você não se ponha em risco [ao tentar salvar a vítima]. Esses são chamados os meios de fortuna para que a pessoa possa ajudar aquela que está se afogando”, explica Cabo Guaracy.
Com esses conhecimentos, os banhistas podem tomar um sol e se refrescar do calor, mas sempre com muito cuidado. “É necessário se divertir, criar esses momentos em família. Isso é bom principalmente na infância, mas também ter o olhar redobrado”, diz Cristina Leite.
Prestes a completar 44 anos de fundação, a Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) tem mais uma marca a celebrar. Desde janeiro deste ano, a corporação não registra óbitos por afogamentos em sua área de atuação, que compreende toda a extensão de orla atlântica entre as praias do Jardim de Alah e Ipitanga (Lauro de Freitas).
Entre janeiro e junho deste ano, a Salvamar contabilizou 473 ocorrências de salvamento a banhistas por afogamentos não fatais, cerca de uma centena de casos a menos que o número registrado em mesmo período do ano anterior. Além disso, foram registradas no período 39.461 ações de prevenção; devolução de 77 crianças perdidas aos pais; 64 auxílios em via pública e na faixa de areia; 10 intervenções por causa de aparições de animais marinhos; 83 palestras; nove queimaduras por caravelas; um resgate de cadáver por ocorrência diversa e 2.059 pulseiras de identificação distribuídas.
O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, celebra o dado histórico e reforça a necessidade de manter a qualidade e o ritmo intenso na atuação da unidade. “Estamos há 5 meses sem óbito por afogamento no trecho que a Salvamar atende. Isso é fruto de um esforço muito grande de todos os agentes de salvamento marítimo. São profissionais qualificados e treinados tanto psicologicamente como fisicamente para atender a população da forma mais positiva possível, inibindo a ocorrência de óbitos e diminuindo a quantidade de afogamentos”, afirmou.
De acordo com Dantas, o trabalho preventivo é essencial para o processo de salvamento aquático. “O Salvamar vem trabalhando de forma preventiva, evitando que o afogamento aconteça de forma a sinalizar as praias de forma a trabalhar na beira da praia, sempre chamando a atenção das pessoas, explicando e ensinando onde se deve ou não tomar banho. Então, é um marco é realmente histórico para toda a Salvamar, para a Prefeitura , e para a Secretaria de Ordem Pública. É realmente um marco esse dado positivo de um grupamento coeso e trabalhador”, diz.
Fora registrados 13 afogamentos em trechos de orla marítima no segundo dia de Carnaval em Salvador, conforme informou a Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) . Além disso, os agentes contabilizaram 27 medidas de prevenção proativas (ocorrem por meio de orientação verbal ou utilização de apitos, por exemplo) e 83 reativas (como o nome sugere, atua de forma imediata para a retirada de banhistas em locais que oferecem riscos).
Os salva-vidas também prestaram socorro a alguns foliões atacados por um enxame de abelhas próximo ao posto-base da Barra, orientando e encaminhando ao posto de saúde. Até o final do Carnaval, o órgão atuará com um efetivo de 227 agentes, distribuídos no circuito Dodô (Barra-Ondina), das 8h às 20h, e no trecho entre Jardim de Alah a Ipitanga, além das ilhas de Maré e dos Frades.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.