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Afogamentos aumentam em Salvador entre 2024 e 2025; maioria ocorre na primavera e no verão

Por Victor Hernandes

Afogamentos aumentam em Salvador entre 2024 e 2025; maioria ocorre na primavera e no verão
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

A quantidade de afogamentos em Salvador registrou um aumento no último ano em praias e locais de água. Os números contabilizados entre janeiro e setembro de ambos períodos mostraram que 111 pessoas se afogaram e foram resgatadas em 2025. 

 

O número foi superior ao registrado em 2024, quando 106 pessoas foram afogadas e resgatadas na mesma época. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMB), 13.894 ações preventivas foram efetuadas pela corporação nos 7 primeiros meses de 2024 e  4063 em 2025. 

 

As notificações foram registradas nas localidades em que o 13° Batalhão de Bombeiros Militar (13° BBM/Bmar) faz cobertura. De janeiro a setembro de 2025, o batalhão realizou 111 resgates de afogamentos no meio líquido, todas as vítimas estavam com vida quando foram retiradas da água, durante o mesmo período Bmar também realizou 4063 ações preventivas.  

 

No mesmo período de 2024 o quantitativo de resgate e afogamentos no meio líquido foi de 106 e todas as vítimas estavam com vida quando foram retiradas da água, durante o mesmo período Bmar também realizou 13.894 ações preventivas. 

 

O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, apontou que as maiores ocorrências do tipo ocorrem neste período de setembro, entre as estações da Primavera e Verão. 

 

“Nesse período de setembro a gente entende de aumentar essa escalada no afogamento, porque é o início, é o final de inverno e início da primavera. A partir de setembro até o final de março do ano que vem, a gente já sabe que é um momento de crescente. Então, o período sazonal do afogamento aqui em Salvador, é primavera-verão. Só neste final de semana, entre sexta, sábado e domingo, foram mais de 20 ocorrências de afogamento entre Jardim de Alah e Ipitanga, só nesses três dias”, informou. 

 

O representante da Salvamar listou ainda as praias da capital baiana com mais índice de episódios do tipo. “As praias com maior quantidade de ocorrências foram Piatã em primeiro lugar, seguido por Stella Maris, Jaguaribe e Itapuã. Recebemos um fluxo muito grande nessa região de Piatã e Jaguaribe. A região de Piatã acaba sendo um ponto em que, além do consumo interno das pessoas daqui, da própria cidade. Piatã acaba sendo um foco de turismo, ônibus que vem de Feiras Santana, de outras cidades metropolitanas, e acaba realmente entrando em um fator de risco”, observou. 

 

De acordo com ele, a grande circulação de pessoas nesses locais e a falta de conhecimento de algumas localidades influenciam em situações de afogamentos. 

 

“Pessoas que são de outra cidade, que não conhecem tão bem a dinâmica da praia, que não têm tanto conhecimento com relação à natação, a banho de mar, isso acaba potencializando a questão dos afogamentos”, explicou. 

 

NÚMEROS NA BAHIA
Uma apuração do BN mostrou que em 2023, o Brasil registrou 5.864 mortes por afogamento fora de desastres naturais. Desse total, 1.896 foram no Nordeste e 513 na Bahia. Conforme publicação, a maioria dos óbitos (76%) aconteceu em rios, lagos e represas, ambientes onde a presença de profissionais de salvamento é mais rara.

 

Desses números, pardos e pretos representam 67% das mortes por afogamento no país. Além disso, os homens morrem seis vezes mais que as mulheres nesses casos.