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aderbal freire filho
Marieta resumiu a sensação em espanto. “Choque! É uma imagem chocante, eu acho que define muito o movimento que a gente está vivendo, mas não precisava ter sido colocado pra gente de uma forma tão clara como foi”, comentou a atriz. Já Aderbal usou como referência o livro “Utopia”, do autor britânico Thomas More, um clássico da literatura publicado em 1516. “Isso me lembrou os 500 anos de ‘Utopia’, que passou a designar o desejo de uma sociedade ideal, a verdade é que ao mesmo tempo que isso é perigoso, que nas sociedades gerou um pensamento de distopia, que é o oposto, a arte é um lugar de utopias. Por construir mundos novos, por refazer mundos e mostrar caminhos como essa peça, que começa com um nó que se desata, a relação entre arte e utopia é muito forte”, analisa o diretor. Além deste sábado (16), às 20h, “Incêndios” tem uma segunda apresentação no domingo (17), às 19h, também no Teatro Castro Alves (saiba mais).
Contrário à saída da presidente do cargo, o secretário de Cultura garante que estará presente na manifestação contra o impeachment, que acontecerá no Farol da Barra, neste domingo (17). "Eu estou aqui com uma gota [no pé], sofrendo dores horríveis, mas estou me concentrando pra estar lá sem dúvidas", ressaltou. Diante do quadro incerto na luta por votos, tanto em defesa quanto contra o processo na Câmara dos Deputados, Portugal é confiante: "A minha expectativa é a de que não vai ter golpe".
Responsável pela direção do espetáculo, Freire Filho faz coro à queixa de Marieta e defende a reformulação da lei de fomento. “Se você vai num teatro na França, ele é lotado sempre e o que é financiado é o teatro de arte. O musical não precisa ser financiado porque ele é uma empresa lucrativa, então não tem sentido financiar – isso é uma opinião minha, particular – o que dá lucro. Então, curiosamente, no Brasil, as pessoas que defendem, por exemplo, quando os artistas defendem o momento político, como hoje, são ditas nas suas redes sociais como ‘petralhas’ que defendem a Lei Rouanet”, lamenta o diretor. Categórica, Marieta ressalta a gravidade dessa acusação. “Isso é muito grave e isso é uma tristeza e uma injustiça profunda. A gente tenta explicar, desesperadamente, mas as pessoas não querem ouvir, elas fazem questão de não entender porque a situação é muito clara”, enfatiza. A fim de esclarecer a relação dos produtores com o financiamento, Freire-Filho explica o funcionamento básico da lei de incentivo. “A Rouanet não dá dinheiro pra o governo, a Rouanet dá o direito de captar, então quando você encontra aquela empresa com sensibilidade artística e que quer patrocinar espetáculos com qualidade artística, é ótimo, mas essas empresas são minoria. A maioria das empresas quer patrocinar o marketing. Ao invés de ela pagar com o dinheiro dela o marketing, ela quer contratar as estrelas, o musical pra fazer marketing”, defende.
Como forma de evitar uma distribuição de recursos desigual entre os segmentos artísticos, o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal, ressaltou as duas linhas de fomento vigentes no Estado. “Aqui na Bahia, na verdade, a gente resolve com o Faz Cultura, que é uma linha mais para o mercado, semelhante à Rouanet e você tem o Fundo de Cultura, que é muito mais republicano e democrático e chega aonde a Rouanet não vai chegar nunca”, afirma Portugal, que aponta a Bahia como um exemplo em termos de fomento cultural para o Brasil.
O secretário de Cultura, Jorge Portugal, com o diretor Aderbal-Freire Filho e a atriz Marieta Severo | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Otto Alencar
"Não vou pautar na CCJ uma anistia ampla, geral e irrestrita. Anistiar agentes de Estado seria inconstitucional. Quem atentou contra a democracia deve ser punido".
Disse o senador Otto Alencar (PSD-BA), em entrevista ao jornal O Globo, ao comentar sobre o processo de anistia, na CCJ do Senado, presidida pelo parlamentar baiano, seria a porta de entrada no Senado de um eventual projeto de anistia aos presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro.