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acervo da laje
Na última terça-feira (11), a atriz Mariana Ximenes publicou um registro especial de sua visita ao Acervo da Laje, em Salvador. Localizado no bairro São João do Cabrito, o espaço cultural tem se destacado como um importante ponto de preservação da memória artística e estética do Subúrbio Ferroviário.
A atriz não poupou elogios ao visitar o local, compartilhando sua experiência com os seguidores. “É uma experiência especial. Eu recomendo para quem estiver em Salvador”, convidando todos a conhecerem o centro cultural.
Fundado em 2011, o Acervo da Laje tem como objetivo promover a cultura da periferia e fortalecer a identidade afro-brasileira por meio de exposições, projetos educativos e oficinas. Seu acervo é composto por bibliotecas, hemerotecas, quadros, esculturas, manuscritos e artefatos históricos, adquiridos por diversos meios, como compras, doações e resgates de itens descartados.
Atualmente, o Acervo da Laje está com a exposição “Memórias para Dona Antônia”, disponível para aqueles que desejam explorar mais sobre a história local e a rica cultura do Subúrbio Ferroviário. Mais informações sobre o espaço e suas programações podem ser acessadas no site oficial do projeto.
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Duas casas no São João do Cabrito abrigam o único museu do território do Subúrbio Ferroviário, o Acervo da Laje. Apesar de ser o único equipamento museal, esse não é o único espaço de memória, e isso José (Zé) Eduardo Ferreira Santos tem muito a falar. A partir de uma provocação na banca de doutorado e com o apoio da sua companheira, a professora Vilma Santos, ele montou, em 2009, o que seria o início do que define ser um "museu-casa-escola".
Nele, placas, conchas, esculturas, carrancas, bibliotecas (Geral, Coleções, Livros Raros, Futebol, Bahiana, Poesia, Autografados, Arte) e outros objetos que materializem a memória sobre o lugar estão à disposição do público, seja ele local ou de extra-local.
A valorização do território e a proposição de um imaginário sobre o Subúrbio são algumas das pautas da iniciativa do casal. De um almoço com vista para a Baía de Todos-os-Santos ou o contato direto com as obras expostas, tudo pode para quem chega ao Acervo da Laje. Ou pelo menos podia antes da pandemia, que afastou as pessoas por conta das medidas de isolamento necessárias neste momento, mas levou o espaço para um outro ambiente de aproximação: o digital.
Foto: Moisés A. Neuma/Agência Mural
Durante a entrevista com o Bahia Notícias, Zé Eduardo fala sobre a rede de projetos semelhantes que se formam no território, comenta sobre o surgimento do Acervo, mas também questiona. "Por que não tem museu no Subúrbio? Por que as grandes exposições de arte estão sempre do Corredor da Vitória para a Barra ou no Palourinho? Por que as intervenções artísticas estão no Comércio?". Clique aqui e confira a entrevista completa na coluna Cultura.
O Acervo da Laje lançou uma plataforma online onde o público poderá acessar e ver as obras disponibilizadas pela instituição. Fundado no Subúrbio Ferroviário em 2011, o local é um importante espaço de memória artística, cultural e de pesquisa sobre esta porção da capital baiana.
Entre as 300 peças disponíveis no acervo virtual estão objetos de diversas categorias e artefatos naturais coletados do Subúrbio. São artefatos como os tijolos de olarias localizadas em bairros suburbanos e esculturas e obras de artistas como César Francisco do Santos e Ray Bahia.
A nova ferramenta de acesso foi viabilizada através do financiamento do Fundo Internacional de Ajuda a Instituições Culturais (Hilfsfonds), do Ministério das Relações Exteriores e do Goethe Institut.
O projetos baianos “Obirín Olodum”, da Escola Olodum, e “Acervo Digital”, do Acervo da Laje, foram contemplados pelo Fundo Internacional de Ajuda. Até dezembro está previsto o investimento de mais de 3 milhões de euros aos selecionados 140 selecionados, após inscrições de 440 organizações de 75 países.
Criada este ano pelo Goethe-Institut e o Ministério Alemão das Relações Exteriores, a iniciativa tem como objetivo apoiar organizações culturais e educativas fora da Alemanha, durante a pandemia do novo coronavírus.
“As mulheres vêm suportando desproporcionalmente os impactos da Covid-19. A necessidade do isolamento social para conter a disseminação do vírus contribuiu para o distanciamento das mulheres de suas redes de apoio, em especial das mulheres pobres e negras. A invisibilidade, que já existia, hoje mostra seu lado mais nefasto por boa parte dos gestores públicos no país”, contextualiza Cristina Calacio, gerente de projetos do Olodum. “A necessidade de elaboração de políticas públicas e programas voltados para fortalecer pequenas empreendedoras e trabalhadoras informais diante das novas realidades é urgente. Assim, o patrocínio vem viabilizando uma capacitação no campo de tecnologia para que mulheres consigam se adaptar às exigências do novo mercado de consumo”, descreve o projeto que oferece três cursos gratuitos: “Novas tecnologias e empreendedorismo”, “Gestão de mídias sociais para marketing digital” e “Fotografia com celular para redes sociais”.
Único museu do subúrbio ferroviário de Salvador, com 10 anos de história, o Acervo da Laje tem duas casas em São João do Cabrito e é uma referência para a memória artística, cultural e de pesquisa sobre a região e a arte nas periferias da cidade. Com o dinheiro do fundo, está sendo realizada uma reforma e a catalogação do acervo do museu, disponível também pela internet. “O ‘Acervo Digital’ é um projeto que busca colocar nas redes sociais, através de um site, algumas das nossas obras. A ideia é que as pessoas tenham acesso a elas, conheçam o que existe aqui”, afirma José Eduardo, idealizador e gestor do espaço.
Nascido e criado em Novos Alagados, na Cidade Baixa, o pesquisador sempre conviveu com o estigma da periferia enquanto centro de violência e a partir de uma pesquisa sobre violência, Ferreira Santos constatou que crianças e adolescentes ligados à marginalidade não tinham acesso à arte. "A ideia é trabalhar com símbolos novos porque quando você pensa em periferia, você não associa à cultura, a beleza, a elaboração estética. Então, a ideia é começar a dizer o contrario e o impacto que isso tem é que aquela criança que nasce já com um sentimento de negação encontra um espaço que possibilita outra narrativa de território e começa a ter uma percepção diferente de si".
Além de curador do projeto, Ferreira Santos mediará as palestras | Foto: Daniele Rodrigues
No sábado, o #OcupaLajes estreia com uma visita guiada pelo acervo e em seguida, os visitantes assistem para uma palestra sobre Introdução à História da Arte, mediada pelo próprio pesquisador. A palestra será ministrada na nova casa do acervo, também localizada no São João do Cabrito. Já no domingo (14), a programação segue com as oficinas de Grafite, ministrada por Gutemberg Solis, e de Máscaras, pelo cenógrafo Zaca Oliveira. "Não é a busca de estética e perfeição que a gente vai buscar nesse processo de construção, mas na integração dos meninos, de estar com eles fazendo uma coisa manual, não só despertando essa capacidade artística deles, mas também de socialização”, comenta Oliveira.
Para o cenógrafo, o mote do projeto não está na conclusão das peças, mas sim, no processo e convívio. "As oficinas são 100% práticas, mas a gente conversa, fala de escola, de futuro, de perspectivas, então eles saem muito melhores nesse processo e, sem dúvida, a arte educa. Às vezes aparecem talentos que a gente não está esperando, comentários que surpreendem", acrescentou. Oliveira também vai ministrar a oficina de mosaico, realizada em março.Até maio serão realizadas oito oficinas intercaladas com intervenções artísticas. Com o fim dessa fase do projeto, três lajes serão selecionadas para receber uma exposição itinerante. "A gente vai abrir um concurso aonde as pessoas vão dizer por que as lajes delas devem receber uma exposição artística e aí vai começar um processo de curadoria com essas famílias", explica Ferreira Santos. As lajes não necessariamente precisarão ser em bairros da periferia, mas aliar a beleza da cidade à riqueza de conteúdos artísticos. “Das lajes de Salvador, você tem as vistas mais bonitas”, exalta o curador.
Confira a agenda do projeto:
13 de fevereiro - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte, mediada por José Eduardo Ferreira
14, 20, 21 e 27 de fevereiro - Oficinas de Grafite (Gutemberg Solis) e Máscaras (Zaca Oliveira)
28 de fevereiro - 1ª Intervenção Visual (Local: Acervo da Laje)
5 de março - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte, mediada por José Eduardo Ferreira
12, 13, 19, 20 e 26 de março - Oficina de Mosaico (Zaca Oliveira) e Pintura em Tela (Natureza França)
27 de março - 2ª Intervenção Visual (Local: laje a definir)
2 de abril - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte,
mediada por José Eduardo Ferreira
9, 10, 16, 17 e 23 de abril - Oficinas de Arte em Metais (Ray Bahia) e Arte em Madeira (Índio)
24 de abril - 3ª Intervenção Visual (Local: laje a definir)
7 de maio - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte,
mediada por José Eduardo Ferreira
14 e 15 de maio - Oficina de Potinhoterapia (Ivana Magalhães)
21, 22 e 28 de maio - Oficina de Pinhole (Camila Souza)
29 de maio - 4ª Intervenção Visual (Local: laje a definir)
4 a 21 de junho - Exposição Itinerante (Locais: três lajes a serem definidas)
Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
João Roma
"Essa é uma suprema injustiça. Já estava sendo ventilada a todos e ninguém esperava diferente de personagens que ao invés de cumprir o seu papel de julgadores, têm sido personagens da política, justamente descumprindo o seu maior compromisso que é defender a Constituição".
Disse o ex-deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma, atualmente presidente estadual do PL ao comentar o impacto da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral e os planos da legenda para 2026 na Bahia.