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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
O presidente do diretório estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, afirmou quea sigla irá realizar uma reavaliação dos deputados eleitos pelos verdes para verificar se estão seguindo com os “requisitos básicos” da legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (4), o dirigente admitiu que o PV serviu de “barriga de aluguel” para políticos que buscavam a reeleição, mas que não necessariamente se adequavam às ideologias do partido.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

acervo

Casa de Jorge Amado em Ilhéus é interditada e passa por restauração; acervo vai para o teatro
Foto: Reprodução / Prefeitura de Ilhéus

A Casa de Cultura Jorge Amado, em Ilhéus, foi interditada nesta quarta-feira (8) devido a problemas estruturais como infiltrações, afundamento do solo e infestação de animais. Para garantir a preservação do rico acervo do escritor, todos os objetos pessoais, livros, móveis e documentos foram transferidos para o Teatro Municipal de Ilhéus, onde estarão expostos ao público a partir desta quinta-feira (09).

 

O prefeito de Ilhéus, Valderico Júnior, destacou a importância de preservar a história e a cultura da cidade: "Preservar o acervo de Jorge Amado é preservar a história de Ilhéus e a identidade do nosso povo. Vamos resgatar uma de nossas maiores riquezas: a cultura".

 

Entre os itens do acervo que poderão ser apreciados no teatro estão uma máquina de escrever, uma máquina de costura, quadros, livros, um piano e outros objetos pessoais do escritor.

 

“A casa está interditada por graves problemas de infiltração, de afundamento de solo e de infestação de animais, mas temos também a esperança de que nosso acervo esteja salvo-guardado, já que vai ser aberto amanhã para exposição no Teatro Municipal. Enquanto isso, nós estaremos imbuídos de criar um lastro para essa restauração, para Ilhéus, para a região”, contou a secretária em entrevista concedida à Rede Bahia.

UNEB inaugura Memorial em homenagem a Edivaldo Boaventura em Conceição do Coité
Foto: Reprodução / Google Street View

A Universidade Estadual da Bahia (UNEB) vai inaugurar nesta quinta-feira (05) um Memorial Professor Edivaldo Machado Boaventura, no Campus XIV, em Conceição do Coité. A cerimônia homenageou o escritor, advogado, sociólogo e educador que foi fundamental para a criação da UNEB e seu primeiro reitor, de 1983 a 1984.

 

 

O local foi idealizado pela família Boaventura e por professores da UNEB, reúne um rico acervo com livros, documentos, obras de arte e objetos pessoais do homenageado. O espaço busca preservar a memória de Boaventura e oferecer à comunidade acadêmica e ao público a oportunidade de conhecer a trajetória de um dos mais importantes intelectuais baianos.

 


Edivaldo Boaventura promoveu educação e cultura ao longo da vida, ocupando diversos cargos importantes, como secretário de Educação e Cultura da Bahia e presidente da Academia de Letras da Bahia. Sua visão inovadora e seu compromisso com a formação de cidadãos contribuíram significativamente para o desenvolvimento da educação superior no estado.


Com curadoria dos professores Maurilio Antonio Dias de Sousa e Adriano Eysen, o memorial reunirá títulos da biblioteca particular de Edivaldo Boaventura, assim como obras de arte, condecorações, homenagens, correspondências e livros escritos ou organizados pelo intelectual baiano. 

 

“O Memorial trata-se de uma homenagem a um ser humano que dedicou a sua vida a pensar, sobretudo, a educação e a cultura brasileiras com um olhar crítico e transdisciplinar. Certamente, Boaventura, imbrincado com sua época, transitou pelo aquém e além-mar para imortalizar sonhos, ideais e obras. Portanto, estamos a celebrar a trajetória de um educador prestante que ainda tem muito a nos enriquecer com seus saberes e experiências forjados dentro e fora do universo das academias”, destaca Adriano Eysen. 


O acervo do memorial abrange diversas áreas do conhecimento, como Direito, Educação, História e Literatura, refletindo a vasta formação e os múltiplos interesses de Boaventura. Além de livros e documentos, o espaço conta com obras de arte que retratam a trajetória do educador e sua paixão pela cultura baiana.

FPC vai 'lutar' para manter Arquivo Público e teme destruição do acervo com remoção
Foto: Carol Garcia / GOVBA

O início da semana foi de perplexidade para a sociedade baiana, que viu ser posto a leilão o prédio que abriga o Arquivo Público da Bahia (Apeb) (veja aqui). Situado no bairro da Baixa de Quintas, em Salvador, o imóvel foi construído em 1551, dois anos após a fundação da capital baiana, e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1949.

 

Após manifestação do Ministério Público, a Justiça concedeu uma liminar na noite da segunda-feira (8), suspendendo o pregão marcado para esta terça (9) (entenda aqui). A decisão se deu visando preservar o patrimônio histórico e cultural, visto que uma remoção intempestiva, sem um plano, poderia comprometer o material ali resguardado.

 

Neste sentido, o juiz George Alves de Assis, da 3ª Vara Cível de Salvador, determinou que a Fundação Pedro Calmon (FPC), responsável pela administração do Arquivo Público, elabore um planejamento de salvaguarda e remoção do acervo em um prazo de 60 dias.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente da FPC, Zulu Araújo, que revelou ter sido informado do leilão “do mesmo modo que a sociedade em geral tomou conhecimento, por meio de publicação no Diário Oficial do Estado”, garantiu que sua gestão irá cumprir a determinação judicial, mas apontou uma série de questões técnicas que desaconselham a remoção do material no período estipulado na liminar. Além disso, ele garante que a FPC, assim como a Secretaria de Cultura da Bahia e o governo estadual não medirão esforços para que o prédio tombado siga sob sua tutela.

 

Segundo Zulu, a fundação foi surpreendida pela notícia porque a FPC tem um contrato de comodato para utilizar o imóvel, que está sob responsabilidade da Superintendência de Patrimônio, órgão incumbido de cuidar de todos os equipamentos de propriedade do estado. "Esta ação com relação ao imóvel vem de 1990, ou seja, quando ele estava sob a responsabilidade da Bahiatursa, e não tinha passado ainda para o comodato do governo do estado. Então, não cabia à Fundação Pedro Calmon fazer qualquer acompanhamento. Tanto isso é verdade, que quem está se pronunciando sobre a questão de ordem jurídica é a Procuradoria Geral do Estado, porque ela é que faz os acompanhamentos de todos os litígios judiciais que o governo tem tramitando, e não o órgão responsável pelo imóvel”, explicou o gestor, garantindo que caso o prédio estivesse sob guarda da FPC ele acompanharia, porque seria notificado pela Justiça, o que não foi o caso.

 

Citando a “explicação muito detalhada” da PGE divulgada pela Secretaria de Comunicação nesta segunda-feira (8) (saiba mais), Zulu questiona a inclusão do prédio do Arquivo Público como pagamento de uma ação indenizatória da Bahiatursa. “Desde 2016 a Procuradoria tem tentado retirar o imóvel da ação, tendo em vista que seria inapropriado ele estar na ação porque ele é um bem tombado. E ele sendo um bem tombado, tem uma legislação própria que deixa muito claro que ele não pode ser alienado. Mas quem o alienou, o fez lá atrás, não indicando que ele era um bem patrimoniado, embora ele fosse patrimoniado desde 1949. Ou seja, eu não vou fazer nenhum juízo de valor, mas você há de convir que, no mínimo, é estranho que um imóvel tombado em 1949, em 2005 seja apresentado como bem de penhora e não se tenha atentado pra isso”, questionou Zulu Araújo, reafirmando que não há responsabilidade da FPC e da Secult com relação ao imbróglio no qual o prédio se encontra e reivindicando que haja uma correção nos trâmites jurídicos.

 

Citando “informações técnicas e políticas”, o gestor classifica a liminar que interrompeu o leilão como positiva por atender uma demanda do MP e “o reclamo da sociedade”, representada por manifestos de apoio de mais de 40 entidades de todo Brasil. No entanto, ele aponta que tal dispositivo não resolve todo o problema e tampouco é o pleito do governo, que é a retirada deste imóvel da ação. “Do ponto de vista técnico, nós temos ali 41,2 milhões de documentos, são 7 mil quilômetros de documentos. Movimentar uma documentação desta, sendo que boa parte dela está em torno de 300, 400 anos de existência, requer um cuidado, uma atenção extremamente grande. Pra você movimentar um acervo como esse, você tem que ter catalogação devida, armazenamento devido, acondicionamento devido, restauração devida e higienização devida. Porque tem documentos ali que se você não restaurar e não higienizar antes de movimentar ele simplesmente esfarela”, informou, salientando que uma operação desta natureza iria requerer “um tempo gigantesco”.

 

“O que posso calcular é o tempo que nós levamos para movimentar áreas desse acervo quando do restauro de dois anos que nós fizemos. Nós levamos de três a quatro meses pra movimentar uma área restrita do acervo dentro do próprio imóvel”, revelou o presidente da FPC, garantindo que as condições técnicas para retirar o acervo completo do prédio onde está localizado o Arquivo Público da Bahia e levá-lo a outro local com segurança exigiria muito mais tempo que o estipulado na liminar. 

 

Diante da complexidade da situação, Zulu reitera que cumprirá a decisão judicial, mas garante que o governo da Bahia não desistirá de manter sob sua guarda o prédio. “A Fundação Pedro Calmon, a Secretaria de Cultura, a Procuradoria Geral do Estado, ou seja, o governo do estado da Bahia, tem a posição firme de que o acervo e o patrimônio arquitetônico devem continuar onde eles estão. E, neste sentido, nós vamos adotar todas as medidas que forem necessárias no campo político, administrativo, jurídico, para que isso seja assegurado. Porque, com isso, nós estamos assegurando a proteção do acervo documental, a proteção do edifício arquitetônico, e, consequentemente, a proteção do patrimônio cultural da Bahia”, declarou o gestor, afirmando que a decisão do governo é “lutar, brigar, em todas as instâncias” para que o acervo e o patrimônio sigam sob gestão estadual. “Nós não cogitamos abrir mão daquele edifício, como não cogitamos a remoção desse acervo, por conta dessas razões que acabei de te dizer do ponto de vista técnico”, justificou.

 

Ao agradecer publicamente o apoio da sociedade, que em sua visão reconhece a cultura como elemento importante para a memória do país e da Bahia, ele lembra que o Apeb guarda não apenas a memória do estado, mas a de todo Brasil. “Durante 214 anos, a cidade de Salvador era a capital do país. Parece que apagaram isso da história e que a capital só foi o Rio de Janeiro. Tudo que ocorre no Rio é nacional, então o Arquivo Público do Rio de Janeiro é nacional, e o nosso é arquivo da Bahia, embora o nosso seja mais antigo que o deles, que curioso, não é? Essas são as nuances desse desequilíbrio regional do Brasil. Nós somos a primeira capital do país, como é que esse acervo é baiano? Esse acervo é nacional, e diria mais, ele faz parte do arquivo colonial do Atlântico Sul”, pontou Zulu, citando a existência em seu acervo de documentos como os do Tribunal de Relação da Bahia, criado em 1609, que hoje é o Tribunal de Justiça da Bahia; dossiê da Revolta dos Búzios, de 1798; e passaportes de escravos do século XVI, para mensurar a importância do Apeb na salvaguarda da memória regional e do país. 

 

Além do acervo histórico ali guardado, Zulu Araújo, que é arquiteto por formação, reforça o valor simbólico do prédio tombado pelo Iphan em 1949. “Como é que um bem que tem dois anos a menos da criação da cidade de Salvador pode sair da gestão do estado? Não há possibilidade neste aspecto, por isso mesmo nós estamos empenhados, vamos adotar todas as medidas necessárias pra que a gente mantenha”, argumentou. Ele relevou ainda que o Arquivo Público da Bahia, que no fim de 2020 passou por uma grande reforma (saiba mais), acaba de ser pré-selecionado por edital do BNDES e terá um orçamento de cerca de R$ 14 milhões para diversas intervenções, dentre elas serviço de segurança, proteção a incêndio, além de digitalização, restauração, catalogação e higienização de parte do acervo. “A gente foi selecionado devido à qualidade do projeto que a gente apresentou”, afirmou Zulu.

Filha do baiano Glauber Rocha vai visitar Cinemateca para vistoriar acervo do pai
Foto: Corpo de Bombeiros / PMESP

Filha do célebre cineasta baiano Glauber Rocha, a também cineasta Paloma Rocha visitará a sede da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, para vistoriar o acervo do pai depositado no local. 

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela, que se reuniu no fim de agosto com o secretário Especial da Cultura, Mario Frias, fará a vistoria ainda neste mês.

 

Ainda segundo a publicação, em conversa com Frias, Paloma conversou também sobre o acervo Tempo Glauber, que está sendo montado no Museu de Arte Moderna da Bahia (saiba mais) e reuniria também materiais que estavam armazenados no depósito da Cinemateca onde houve incêndio em julho deste ano (relembre). 

 

À publicação, Paloma Rocha informou que o depósito continha cerca de 100 caixas com documentos relacionados a Glauber e que 20% do material foi danificado pelo fogo, enquanto 80% ainda está sob escombros. Ela afirmou ainda que aguarda um levantamento mais preciso para avaliar as perdas.

Funarte vai interditar prédio com acervo no Rio por problemas físicos e estruturais
Foto: Divulgação / Funarte

Após o incêndio ocorrido em um depósito da Cinemateca Brasileira, em São Paulo (relembre), a Fundação Nacional das Artes (Funarte) decidiu interditar por tempo indeterminado um prédio que guarda acervo biográfico e documental, no Rio de Janeiro.

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o imóvel em questão, que abriga o Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc), tem problemas físicos e estruturais. 

 

Segundo a publicação, a Funarte avalia que as condições atuais do prédio colocam em risco a integridade, tanto do acervo, quanto das pessoas que trabalham no local ou utilizam os serviços da instituição.

Secult vai realocar acervo da Cinemateca não atingido por incêndio
Foto: Corpo de Bombeiros / PMESP

A Secretaria Especial da Cultura (Secult), pasta comandada por Mario Frias no governo federal, vai transportar para a sede da Cinemateca Brasileira, parte do acervo que não foi consumido pelo fogo no incêndio ocorrido no depósito da instituição, em São Paulo, no fim de julho (relembre). 

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o traslado para o imóvel localizado no bairro da Vila Mariana deve ocorrer a partir desta quinta-feira (5).

 

Ainda segundo a publicação, na primeira etapa serão levados rolos de filmes e documentos que não foram destruídos pelo fogo, mas que podem ter sido danificados pela água usada pelos bombeiros para conter o incêndio. 

 

A equipe da Secult pretende avaliar o material e tentar recuperar, caso seja necessário. A tarefa ficará a cargo de servidores do Centro Técnico Audiovisual (CTAV), vinculado à Secretaria do Audiovisual. 

Deputadas pedem diligência na Palmares para avaliar preservação de acervo histórico
Comissão critica atuação de Camargo na Palmares | Foto: Reprodução / Twitter

As deputadas petistas Benedita da Silva e Erika Kokay apresentaram à Comissão de Cultura da Câmara, nesta terça-feira (8), um pedido de diligência “a fim de averiguar as condições estruturais da nova sede, bem como as de preservação e conservação integral de todo acervo histórico" da Fundação Palmares. 

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, em O Globo, a preocupação se dá com a mudança da instituição para o antigo prédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília. O local, segundo as parlamentares, tem "infiltrações e avarias as mais diversas".

 

As deputadas apontam ainda que "todo o acervo documental museológico, documental e arquivístico está encaixotado - correndo grave risco de deterioração pela forma criminosa com que é tratado pela direção do órgão".

 

Após o presidente da Palmares, Sérgio Camargo, se recusar a participar de audiência pública sobre a crise institucional da fundação, na segunda-feira (7), Benedita, que é presidente da Comissão, fez duras críticas à atuação dele à frente da Palmares. 

 

"Não me sento à mesa para dialogar com pretos racistas. Benedita da Silva me chama de capitão do mato a mando do Bolsonaro. Vá procurar sua turma. Não existe crise institucional na Palmares", postou Camargo, sobre a ausência.

 

Segundo a Folha de S. Paulo, Benedita, por sua vez, afirmou que "estamos vivendo uma trágica alteração do papel das instituições públicas e também do papel dos gestores". "Estamos pedindo que o senhor Sérgio Camargo não destrua aquilo que ele nunca deu uma contribuição para que existisse", pontuou a deputada, citando os “inúmeros agravos e denúncias em relação à Fundação Cultural Palmares —da saída de diretores, perda de estrutura e da paralisia em políticas públicas da valorização, da promoção e fomento da cultura afro-brasileira”.

 

Na ocasião, Benedita iformou ao O Globo que apresentaria um requerimento para convocar o ministro do Turismo, Gilson Machado, para dar explicações sobre a condução do trabalho de Camargo. Isto porque a fundação é subordinada ao ministério, e o gestor não pode ser convocado.

 

Na mais recente polêmica de Camargo, que já classificou o movimento negro como “escória maldita”, ele prometeu excluir obras sobre o escritor e guerrilheiro comunista baiano Carlos Marighella (1911-1969) e do revolucionário marxista Che Guevara do acervo da instituição (saiba mais).

Fundação Palmares excluirá obras sobre Marighella e Che Guevara de seu acervo
Fotos: Divulgação

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, anunciou que todas as obras sobre o político, escritor e guerrilheiro comunista baiano Carlos Marighella (1911-1969) serão excluídos do acervo da instituição.

 

“Além do imprestável Marighella, livros que promovem pedofilia, sexo grupal, pornografia juvenil, sodomia e necrofilia também estão com os dias contados na Palmares. Serão EXCLUÍDOS do acervo!”, anunciou Camargo, insinuando que o órgão tenha abrigado materiais desta natureza em outras gestões. 

 

Segundo Camargo, serão excluídos ainda materiais a respeito do revolucionário marxista Che Guevara, classificado por ele como “racista”, além de “inúmeros livros comunistas que contrariam a missão institucional da Fundação Palmares”.

 

O presidente da instituição disse que a revisão do acervo tem sido realizada por Marco Frenette, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra da Palmares, (CNIRC), e informou que o resultado da análise de mais de 200 caixas de livros e documentos será exposto em um relatório público.

Site reunirá acervo com 11 mil documentos de Vinicius de Moraes 
Foto: Divulgação

Um site, com previsão de lançamento para o dia 27 de maio, reunirá um acervo pessoal de Vinicius de Moraes com 11 mil documentos originais digitalizados.

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, dentre os materiais que poderão ser acessados pelo público estão 260 letras de músicas, sendo algumas com mais de uma versão.

 

Dentre os rascunhos estão canções como “Chega de Saudade”, com duas versões; “Insensatez”, com o mesmo número; “Canto de Ossanha”, com quatro; “Canção do Amanhecer”, com nove; “Por Toda a Minha Vida”; “Tarde em Itapoã”; “Samba da Bênção” e “A Minha Namorada”.

 

Segundo a publicação, o material foi doado pela família do músico para Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, e em 1992 os documentos ficaram disponíveis para consulta pública na instituição.

'ZUMVI Arquivo Afro Fotográfico' lança mostra com registros do movimento negro
Foto: Lázaro Roberto

O "ZUMVI – Arquivo Afro Fotográfico" lança, na próxima quinta-feira (13), um acervo fotográfico online e um site. O projeto vai reunir imagens raras e do cotidiano do povo negro registradas pelas lentes dos fotógrafos Lázaro Roberto, Ademar Marques e Raimundo Monteiro durante mais de 30 anos. 

 

A exposição virtual "Memórias de Resistências Negras" reúne 55 imagens que trazem 08 temas de importantes momentos da história e trajetórias do movimento negro: Militantes Falecidos do MNU, Nelson Mandela na Bahia, Política de Ações Afirmativas, Grupo de Mulheres MNU, Manifestação Contra Intolerância, Quilombo Rio das Rãs, Marcha Contra o Genocídio do Povo Negro e Três Grandes Pautas. O lançamento acontecerá nas redes sociais do projeto.

 

Além de abrigar a exposição, o site trará o Catálogo Virtual. O intuito é democratizar o acesso ao acervo para pesquisadores e população em geral interessados em fotografia e o percurso de fotógrafos negros. Para os interessados em adquirir fotografias do acervo, o site disponibilizará um canal de comunicação. O acervo, composto por cerca de 30.000 negativos sobre a cultura afro-baiana, só estará disponível no site a medida que for digitalizado. 

 

Segundo Lázaro Roberto, fotógrafo e idealizador do ZumvÍ, “no segundo semestre pretendemos começar a executar o projeto de digitalização + plataforma digital, e quando a plataforma estiver pronta o internauta poderá acessar todas as imagens.”

 

A Exposição propõe revisar a exposição “Memórias de resistências negras”, realizada com sucesso na cidade de Salvador, em 2018. A curadoria é de Tina Melo, que selecionou imagens que substituem muitas palavras, transportando o público para momentos históricos decisivos e narrativas que não constam nos livros e nas cartilhas escolares, em uma tentativa de subalternizar e deslocar o protagonismo do povo negro.

Projeto reúne acervo sobre história das filarmônicas baianas
Foto: Maíra do Amaral

Os produtores culturais Laerte Santos e Simone Carrera lançaram na última segunda-feira (12), o site Filarmônica e Ferrovia, onde estão disponibilizados todos os produtos resultantes do projeto “Arquivo Deraldo Portela: Filarmônica e Ferrovia”, que tem curadoria do maestro Fred Dantas e é formado por partituras de 282 músicas de filarmônicas da Bahia, que foram catalogadas e digitalizadas, e que agora podem ser acessadas de forma gratuita por músicos, estudantes e professores de música, pesquisadores, além de maestros de todo mundo.

 

No site também estão disponíveis 15 composições editadas - impressas e disponibilizadas em PDF – acompanhadas das biografias dos seus compositores e com imagens ligadas ao contexto onde essas músicas foram produzidas. Estas 15 composições tiveram suas partituras revisadas, completadas no caso da falta de algum instrumento, e suas versões “tocadas” em programas de edição musical de computador podem ser acessadas, gerando um áudio guia.

 

Há ainda textos sobre a história que liga as filarmônicas à ferrovia na Bahia, sobre os compositores e suas obras e uma entrevista com o médico Deraldo Portela,  que foi quem pacientemente, ao longo dos anos, recolheu inúmeros manuscritos musicais em velhos arquivos de filarmônicas desativadas, a maioria ligada à Viação Leste Brasileiro, e doou o acervo ao maestro Fred Dantas.

Filha de Rubem Fonseca encontra poesias inéditas do escritor
Foto: Divulgação

Filha de Rubem Fonseca, a pesquisadora e escritora Bia Corrêa do Lago encontrou obras inéditas deixadas pelo escritor, morto em abril de 2020, aos 94 anos (relembre).

 

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, na Época, ela encontrou sacos e caixas com centenas de documentos distribuídos em armários dos três quartos do apartamento onde o pai vivia, no Rio de Janeiro. 

 

No acervo, além de cartas e bilhetes trocados com nomes como Chico Buarque, João Ubaldo Ribeiro, Caio Fernando Abreu, Jaguar, Ziraldo e Millôr Fernandes, Bia localizou trechos de contos que ela ainda não sabe se são inéditos e outros textos que nunca foram publicados.

 

Ainda segundo a coluna, amigos do autor sempre ficaram curiosos para conhecer as poesias que ele dizia escrever, mas nunca teve coragem de publicar.

Acervo de Walter da Silveira, fundador do cineclubismo na Bahia, estará na internet
Foto: Acervo Walter da Silveira / ABI

Entusiasta da sétima arte, Walter da Silveira foi muitas coisas: crítico, advogado, professor, cineclubista e agitador cultural. Durante sua vida, o baiano criou um rico acervo pessoal, com imagens, registros audiovisuais e trocou muitas cartas com amigos de sua época. Uma parte desse apanhado de materiais, alguns deles raros, agora vai estar disponível virtualmente em um memorial elaborado por um grupo de profissionais em parceria com a Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

 

Foram catalogadas, digitalizadas e restauradas 355 imagens, entre fotos de filmes e do arquivo pessoal, além de 98 correspondências, que serão expostas em um site desenvolvido pela equipe. O trabalho é só um recorte prévio de um extenso repertório de materiais que Walter guardou e que estão, desde 2015, sob a guarda da ABI após doação de sua família. 

 

"A proposta da Associação Bahiana de Imprensa é que o resto do acervo seja incluído gradativamente. O que agora se lança são as bases fundamentais para o acesso a todo o acervo", comenta Adilson Mendes, pesquisador responsável pela iniciativa. Os documentos disponibilizados têm forte significado para a história do cinema baiano e nacional, dada a relevância destas obras para os modos de fazer e fruir o audiovisual no país. 

 

"Walter viveu o auge mundial da cinefilia. E ele soube transpor para o contexto baiano um fenômeno moderno da cultura que ainda era mal visto pelas elites. A fundação do Clube de Cinema da Bahia tem peso semelhante à fundação da Cinemateca Brasileira ou a criação da Cinemateca do MAM, no Rio. Juntas, essas três instituições revolucionaram a cultura cinematográfica do país e construíram as bases para o moderno cinema brasileiro", destaca Adilson, que é historiador e doutor em Cinema.

 


Chegada da delegação baiana ao Festival de Brasília de 1965 | Foto: Acervo Walter da Silveira / ABI

 

Dentre as correspondências que constam no acervo estão as trocadas com Glauber Rocha, Alex Viany e Paulo Emílio Sales Gomes, entre 1950 e 1966. Elas ajudam a compreender a formação do cinema moderno brasileiro e servem de parâmetro para observar o legado deixado, que influencia, segundo Mendes, "a Jornada da Bahia, no projeto da filmografia baiana, nas escolas de cinema espalhadas pelo estado, no resistente movimento cineclubista baiano". 

 

A ideia de reunir a obra de Walter partiu da professora de Cinema Cyntia Nogueira, atora do livro "Walter da Silveira e o Cinema Brasileiro". Além dela e de Adilson Mendes, assinam a iniciativa a museóloga Renata Ramos, que atua na área de conservação e restauração documental e é responsável pelo Museu de Imprensa da ABI, e a arquivista Gabriela Queiroz, que atuou como chefe de Documentação e Pesquisa da Cinemateca Brasileira. 

 

Segundo Renata, apesar de contarmos com acervos que salvaguardam obras de Glauber Rocha, uma cinemateca ou outros espaços de memória voltados à produção cinematográfica e audovisual, como o Museu Roque Araújo, um museu ou memorial que pudesse reunir todos os acervos é essencial. "Imagine você, reunir Walter, Glauber e outros cineastas baiano em um museu. Seria perfeito para a história do cinema baiano e brasileiro", considera.

 

Para ela, a acessibilidade do acervo de Walter da Silveira, por exemplo, vai possibilitar que pesquisadores e estudantes, tanto da área de cinema quanto de história, entendam o percurso da sétima arte até os dias atuais.

 


Walter com o diretor de "O Pagador de Promessas", Anselmo Duarte, no Festival Internacional de Cannes, em 1962 | Foto: Acervo Walter da Silveira / ABI

 

Cyntia Nogueira destaca que Walter da Silveira foi o responsável pela formação de gerações de críticos cinematográficos e realizadores baianos entre os anos de 1950 e 1970. Com a disponibilização, o grupo espera "estimular novas pesquisas sobre sua ação e pensamento, de forma a reconhecer o seu legado intelectual para a formação de um campo artístico para o cinema" em terras baianas e brasileiras.  

 

"Acreditamos que o acesso irrestrito ao Acervo Walter da Silveira vai contribuir para o reconhecimento definitivo do crítico como um dos principais articuladores de um pensamento cinematográfico entre nós", finaliza Nogueira.

 

Realizado através de financiamento pela Lei Aldir Blanc, o site será lançado no próximo dia 10 de abril, no canal da ABI no YouTube.

Zumvi lança videomapping que resgata memórias afrodiaspóricas da Bahia
Foto: Reprodução / Zumvi

O Zumvi Arquivo Fotográfico lança, na próxima sexta-feira (26), o videomapping "Memórias negras projetadas: viva Mandela!". A produção audiovisual estará disponível gratuitamente para o público nas redes sociais do projeto e tem a narração da cantora e compositora Luedji Luna, que faz leitura de trechos da “Carta aberta a Nelson Mandela”, a qual o Movimento Negro Unificado (MNU) redigiu para ex-presidente sul-africano.

 

A escolha do tema foi definida em conjunto por Lázaro Roberto, fotógrafo e cofundador do Zumvi Arquivo Fotográfico que assina a curadoria e José Calos Ferreira, historiador e membro do Zumvi Arquivo Fotográfico. O projeto consiste na intervenção urbana através da projeção de fotos e vídeos na cidade. As fotografias projetadas resgatam memórias afrodiaspóricas baianas e a passagem de Nelson e Winnie Mandela por Salvador em 3 de julho de1991. No ano de 2021 farão 30 anos que Nelson e Winnie Mandela vieram ao Brasil.

 

A seleção das localidades para a realização do projeto foi simbólica, visto que a Liberdade é um dos bairros onde se encontra um dos maiores contingentes de negros e negras de Salvador. Historicamente é um território marcado pela efervescência política, social e cultural da cidade. O processo criativo se deu de maneira coletiva e fluida, contudo a produção do vídeo foi bem desafiadora decorrente da pandemia Covid-19 e às medidas restritivas de circulação de pessoas recomendadas pela OMS e executadas pelo Governo Estadual. 

 

Para um dos idealizadores do projeto Lázaro Roberto, a realização do videomapping foi um momento de grande satisfação por conseguir relembrar um momento histórico para o povo preto da Bahia e compartilhar suas memórias e de milhares de pessoas que foram reverenciar Winnie e Nelson Mandela. É um trabalho que carrega muita potência e deve ser compartilhado com todos e todas, em fala concedida Lázaro deixa sua visão sobre o trabalho: “Eu sou suspeito de falar, porque sou um dos criadores de parte dessa história. Fico muito satisfeito de ver a gente usar essas fotos do Nelson e Winnie Mandela e ser contemplado nesse edital em plena pandemia. Usei poucas vezes esse material, portanto, trabalhar com memória, que é o objetivo do Zumvi e produzir o vídeo foi muito importante! As pessoas precisam ter conhecimento que a gente tá a 30 anos guardando esse material”. 

 

O Zumvi Arquivo Fotográfico é uma instituição que foi fundada por Lázaro Roberto, Ademar Marques e Raimundo Monteiro, um coletivo de fotógrafos afrodescendentes e possui mais de 3 décadas de existência. O acervo contém cerca de 30.000 fotos e fotogramas que abordam imagem do negro no Brasil, a partir da estética, as festas populares, passeatas, os quilombos, o labor, as relações familiares bem como a atuação dos movimentos negros na Bahia. Atualmente o fotógrafo Lázaro Roberto e o historiador José Carlos Ferreira Filho estão à frente da instituição. 

 

O projeto foi aprovado/contemplado em edital público e tem apoio do programa Aldir Blanc Bahia, Centro de Culturas populares e identitárias (CCPI), Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT-BA), Secretaria especial da Cultura e Governo Federal. 

Projeto reúne em galeria virtual vivências e memórias plurais da população negra
Foto: Reprodução / Instagram

A coletiva de produção cultural Denda lançou o projeto Acervo Imediato, que busca reunir memórias e vivências de pessoas negras em uma galeria virtual colaborativa a partir de postagens no Instagram. 

 

Usuários da rede podem interagir e contribuir com a iniciativa, compartilhando suas histórias e experiências através de fotos, vídeos ou stories do próprio perfil utilizando a hashtag #acervoimediato e marcando o perfil da coletiva.

 

As publicações poderão servir de inspiração na composição de narrativas visuais que serão elaboradas pelas artistas baianas Jamile Cazumbá, Safira Moreira e Shai Andrade, convidadas pela Denda a apresentarem uma mostra virtual em meados de abril. Cada uma delas desenvolverá um trabalho artístico em linguagem visual, que pode ser relacionado à fotografia, videoperformance, ilustração, entre outros. 

 

A ideia é que as obras dialoguem com a proposta de construir registros da pluralidade da identidade negra. “O que a gente quer é que as pessoas negras compartilhem o que elas fazem no cotidiano, trazendo memórias positivas e mostrando outras possibilidades dentro do mundo que vivemos. O que mais se tem dessa população muitas vezes são imagens negativas, produzidas por outras pessoas, que trazem uma visão carregada de estereótipos”, destaca Nathália Procópio, uma das cinco integrantes da Denda.

 

“As pessoas podem fotografar momentos como uma plantação em um jardim, aniversário com o filho, um livro, um filme que inspira, uma conquista, um encontro, ou seja, tudo que acontece no presente e que traz carga afetiva para guardar e compor essas memórias do agora”, explica.

 

O Acervo Imediato foi uma das 75 propostas contempladas pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, no final de 2020, que selecionou projetos e atividades artísticas e culturais voltadas às linguagens de teatro, dança, circo, música, artes visuais, literatura, artes integradas, jogos digitais e arte de rua. Foram escolhidas 50 propostas com prêmios de R$50 mil e 25 propostas com prêmios de R$100 mil. 

Acervo da Laje disponibiliza objetos da sua coleção em exposição online
Foto: Reprodução / Saravá Cidade

O Acervo da Laje lançou uma plataforma online onde o público poderá acessar e ver as obras disponibilizadas pela instituição. Fundado no Subúrbio Ferroviário em 2011, o local é um importante espaço de memória artística, cultural e de pesquisa sobre esta porção da capital baiana.

 

Entre as 300 peças disponíveis no acervo virtual estão objetos de diversas categorias e artefatos naturais coletados do Subúrbio. São artefatos como os tijolos de olarias localizadas em bairros suburbanos e esculturas e obras de artistas como César Francisco do Santos e Ray Bahia.

 

A nova ferramenta de acesso foi viabilizada através do financiamento do Fundo Internacional de Ajuda a Instituições Culturais (Hilfsfonds), do Ministério das Relações Exteriores e do Goethe Institut.

Museu de Arte da Bahia lança acervo digital na plataforma Google Arts & Culture
Foto: Reprodução / SecultBA

O Museu de Arte da Bahia (MAB) está a partir de agora no Google Arts & Culture, plataforma que ajuda a divulgar o trabalho de importantes museus e manifestações culturais do mundo. O museu baiano é o primeiro espaço no estado a ter seu acervo virtual na plataforma (confira aqui).

 

Segundo a museóloga Ana Liberato, uma das reponsáveis pelo trabalho de digitalização, a partir de agora, público de todo mundo poderá acessar o MAB de forma virtual e conhecer algumas das 14 mil obras que fazem parte do seu acervo.

 

Serão apresentadas inicialmente três exposições: "Coleção Lopes Rodrigues", com destaque para as obras destes renomados pintores do século XIX, o pai, João Francisco Lopes Rodrigues e seu filho, Manoel Lopes Rodrigues, que tanto contribuíram para o enriquecimento das artes na Bahia. 

 

Fazem parte da mostra, obras de grande importância, como "A República", "Dois Véus", "Orquestra Ambulante", além de naturezas mortas e paisagens. A outra exposição, "O Negro e as Artes Plásticas no MAB" uma reverência ao Novembro Negro, apresenta ao público, obras de Carybé, Emanoel Araújo, entre outros.

 

"Vistas e Igrejas de Salvador", a terceira mostra da plataforma, contempla as obras de Presciliano Silva, Alberto Valença, João Alves, Mendonça Filho, entre outros, retratando paisagens, igrejas e marinhas, todas elas representando marcas do passado, guardadas hoje neste museu e que evocam a lembrança de alguns aspectos da antiga Cidade do Salvador.

Secult suspende licitação para digitalizar acervo histórico de Salvador
Arquivos devem ir para novo Arquivo Público | Foto: Divulgação

A prefeitura de Salvador, através da Secretara Municipal de Cultura e Turismo (Secult), suspendeu o recebimento de propostas para a licitação cujo objetivo seria a contratação de uma empresa responsável pelo restauro e digitalização do acervo histórico do município. A data inicial era de que a entrega acontecesse nesta segunda-feira (16).

 

De acordo com o anúncio de suspensão, publicado no Diário Oficial do Município (DOM), uma nova data será anunciada pela adiminstração municipal para a entrega das propostas pelos interessados em concorrer ao certame. O motivo foi o pedido de esclarecimento de empresas iteressadas.

 

Segundo o edital, a empresa escolhida fará a "organização, higienização, restauração, digitalização, acondicionamento e transporte" dos documentos. O prazo de execução dos serviços é de até 16 dezesseis meses, contados da emissão da ordem de serviço.

 

Com a realização dos serviços, o acervo vai ser transferido para um novo local, a Casa da História de Salvador e Arquivo Público Municipal, que está em construção no bairro do Comércio (veja aqui).

Comitê regional da Unesco divulga nota em defesa da Cinemateca Brasileira
Foto: Reprodução / Fundação Roquette Pinto

O comitê regional para a América Latina e Caribe no Programa Memória do Mundo, da Unesco, publicou uma nota em defesa da Cinemateca Brasileira, que enfrenta uma crise financeira e administrativa (veja aqui).

 

Segundo a coluna de Monica Bergamo na Folha, o órgão, que estimula e apoia a salvaguarda de documentos, expressa no texto uma preocupação com os danos que podem ser causados ao "extraordinário acervo de caráter único e histórico" preservado pela instituição.

 

"Esperamos que essa situação possa ser revertida rapidamente, e que a Cinemateca volte a estar nas condições que a instituição, seu magnífico patrimônio e as culturas brasileira, latino-americana e caribenha merecem", diz o teor da nota.

Com acervo sobre vida e obra de Jorge e Zélia, Casa do Rio Vermelho reabre as portas 
Foto: Divulgação

A retomada das atividades culturais de Salvador permitiu que, nesta terça-feira (29), o Memorial a Casa do Rio Vermelho (@casadoriovermelho) reabrisse as portas. O local guarda um acervo que conta a vida e a obra do casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, que moraram na residência durante aproximadamente 40 anos.

 

Com limitação do número de visitantes no espaço e seguindo um rígido protocolo de higiene e segurança, o espaço foi reaberto após mais de seis meses sem atividades.

 

Além das peças, livros e objetos expostos, a Casa do Rio Vermelho tem uma loja de souvenires, a Boutique de Gabriela (@boutiquedegabriela). O local funciona de terça a domingo e entrada custa entre R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Às quartas-feiras o acesso é gratuito.

Teatro Oficina perde casa onde guardava acervo com peças históricas
Zé Celso busca apoio para encontrar outro local | Foto: Divulgação

Diante das dificuldades financeiras, o Teatro Oficina foi obrigado a desocupar às pressas, na semana passada, um imóvel no bairro do Bixiga, em São Paulo, onde mantinha seu acervo há 15 anos. 


De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a companhia teve que deixar a casa, após o local ser vendido. Ainda segundo a publicação, o conjunto arquitetônico será demolido para a construção de um novo empreendimento. 


Diante da situação, o Teatro Oficina busca doações e um novo local para guardar o acervo, que inclui materiais audiovisuais de espetáculos, documentos, cartazes históricos, cadernos de artistas e do diretor da companhia,  Zé Celso Martinez, além de obras de Surubim Feliciano da Paixão, peças de roupa de Lina Bo Bardi e um raio-x de Luiz Antônio Martinez Correa, irmão de Zé, assassinado em 1987.


“A vida é mais importante que o capitalismo. Já atravessei muita coisa e tenho certeza que vamos encontrar soluções mais bonitas e excitantes”, disse Zé Celso, que aos 83 anos mantém isolamento há mais de 100 dias em seu apartamento e tem aproveitado o período longe do teatro para fazer lives e escrever o livro “A Origem da Tragicomédiaorgya”.

Prédio do Museu de História Natural da UFMG pega fogo e chamas atingem material fóssil
Foto: Montagem / Reprodução / G1

Um dos prédios que compõe o Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, foi atingido por um incêndio por volta das 6h25 desta segunda-feira (15). Segundo informações do G1, obtidas pelos bombeiros, parte do acervo de fósseis foi atingida. 

 

O fogo teria iniciado pelo telhado, que foi completamente destruído. Ainda não se sabe, porém, quais os itens específicos que foram comprometidos pelas chamas. Ao todo, o Museu de História Natural possui catalogado mais de 260 mil peças, entre elas, coleções científicas de plantas e reserva vegetal. 

Marisa Monte lança 'Cinephonia', projeto que reúne músicas, vídeos e bastidores inéditos
Foto: Divulgação

Marisa Monte lançou, nesta quinta-feira (11), o projeto “Cinephonia”, com materiais inéditos de sua carreira. “Durante mais de 30 anos de atividade produzi e acumulei uma quantidade colossal de arquivos e informações nos diversos tipos de formatos e suportes existentes. Arquivos de áudio (de K7 a 2 polegadas), de audiovisual (de VHS a película), fotografias (papel, contatos e slides), partituras, clipping de imprensa, documentos, projetos gráficos, registros de ensaios, áudios de canções sendo compostas, manuscritos, projetos gráficos etc”, conta a artista, que decidiu reunir todo esse acervo em uma espécie de arquivo virtual, disponível ao público (clique aqui).

 

Em um trabalho conjunto realizado nos últimos quatro anos, junto a profissionais como arquivistas, biblioteconomistas, pesquisadores, restauradores de áudio e vídeo, além de técnicos em informática, Marisa digitalizou, catalogou, restaurou e organizou seu acervo, disposto agora no “Cinephonia”. O nome do projeto a união de Cine (movimento/imagem) e Phonia (som), para chegar ao que chama de “Os sons das imagens”.

 

Marisa lança projeto "Cinephonia":

Estação Campo da Pólvora recebe mostra sobre história da Fundação Casa de Jorge Amado
Foto: Divulgação

A estação de metrô do Campo da Pólvora será, a partir desta quarta-feira (19), palco da Mostra Fundação Casa de Jorge Amado, que conta a história da instituição, que guarda o acervo do escritor baiano desde 1932 até os dias atuais. A mostra segue até o dia 20 de março, com visitação gratuita.

 

O acervo reúne documentos como revistas, periódicos, manuscritos bibliográficos, correspondências, fotografias, vídeos e cartazes, além de prêmios e objetos que se relacionam com o romancista.

 

A Fundação Casa de Jorge Amado foi criada a 2 de julho de 1986 com o propósito de tornar-se um centro de documentação encarregado de gerir, preservar e divulgar o acervo de documentos relativos à vida e à obra do escritor.

Novo Arquivo Público receberá mais de 4 milhões de documentos históricos
Foto: Divulgação

O novo Arquivo Público de Salvador, cujas obras foram iniciadas nesta quinta-feira (24), vai receber um acervo histórico de mais de 4 milhões de documentos. Lotado na Praça Cairu, no bairro do Comércio, o equipamento tem previsão de ser construído em 15 meses.

 

Ao todo, serão 11 andares e toda uma estrutura para abrigar os arquivos que contam a história dos 470 anos da capital baiana. A Casa da História também vai funcionar no local, no Casarão Branco, com quatro pavimentos, e contará os momentos históricos da cidade.

 

"É mais uma ação que reforça o trabalho de resgate e valorização cultural da nossa cidade. Batalhamos muito em busca de recursos para restauro e ampliação desse imóvel localizado aqui no coração da cidade. Nossa ideia é fazer algo que impacte e gere uma repercussão econômica definitiva para Salvador", afirmou o prefeito ACM Neto (DEM), ao assinar a ordem de serviço para a obra.

 

O gestor ressalta que o equipamento será fundamental para pesquisadores e estudantes da rede pública e privada, além de possibilitar grande movimentação turística.

 

As obras de construção e restauração tanto da Casa da História quanto do Arquivo Público contam com investimento total de mais de R$ 27,4 milhões. Elas serão executadas pelo Consórcio Prodetur - Salvador, que é composto pelas empresas Metro Engenharia e Consultoria e Construtora BSM.

FGM contrata museóloga para organizar acervo permanente de nova sede
Contrato foi assinado por Fernando Guerreiro, presidente da FGM|Foto: BN

A Fundação Gregório de Mattos (FGM) contratou a museóloga Rita de Cássia Oliveira Valle para organizar o acervo permanente de sua nova sede (clique aqui e saiba mais), situada na Barroquinha, em Salvador. 


O resumo do contrato, no valor de R$ 17.500, foi publicado nesta quinta-feira (1º), no Diário Oficial do Município, e prevê “Executar os serviços de seleção, classificação do acervo, produzir projeto expográfico, montagem da exposição permanente do acervo de pinacoteca e fragmentos da nova sede da Fundação Gregório de Mattos, na Barroquinha”.

 

O novo espaço tem abertura prevista ainda para este ano.

Família de Bibi Ferreira põe à venda 18 mil objetos do acervo da atriz
Foto: Divulgação

Após a morte de Bibi Ferreira, no dia 13 de fevereiro (clique aqui), a família da atriz pôs à venda um acervo de mais de 18 mil objetos deixados por ela.


De acordo com informações do jornal O Globo, o material foi organizado pela filha de Bibi, a também atriz e diretora Thereza Christina Ferreira, com apoio de sete pessoas. O trabalho de reunir e catalogar os itens levou quatro meses, e foi realizado a pedido de um empresário português que demonstrou interesse em comprá-lo.


O homem acabou desistindo do negócio, então o material ficou em caixas de papelão no apartamento onde Bibi morava e agora a família da artista tem oferecido a instituições brasileiras interessadas.


Dentre os itens estão réplicas de brincos de Amália Rodrigues, usados pela artista brasileira para interpretar a cantora portuguesa, em 2001. O material inclui ainda oito mil fotos, cerca de 300 troféus, comendas e diplomas, mais de cem fitas cassete e VHS e instrumentos, como um violino e um violão com o qual Bibi Ferreira, adolescente, dava aulas.

Museu Nacional recebe doação de quase 190 mil euros do governo alemão
Foto: Reprodução / TV Globo

O Museu Nacional no Rio de Janeiro, que foi destruído por um incêndio no dia 2 de novembro, recebeu nesta segunda-feira (10) uma doação no valor de 180.800 euros do governo alemão.

 

De acordo com informações da Agência Brasil, o valor que equivale cerca de 808 mil reais, será utilizado na recuperação do acervo resgatado do Museu. 

 

O cônsul-geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Klaus Zillikens, informou que a doação representa apenas uma etapa inicial, já que o Museu Nacional continuará sendo ajudado. O governo alemão tem o intuito de disponibilizar um aporte de até 1 milhão de euros, que devem ser repassados de acordo com as demandas do museu.

 

O Museu Nacional afirma que a doação será usada na compra de materiais específicos de recuperação, listados pelas equipes de busca. Artigos como computadores e lupas especiais serão adquiridos - uma delas, inclusive, vai ser usada em particular na reintegração de Luzia, o fóssil humano mais antigo do Brasil.

 

“É um valor que entra para aquilo que a gente precisa. Nós estamos extremamente gratos pela sensibilidade do governo alemão”, reforçou o diretor do museu, Alexander Kellner. 

Exposição em Brasília reúne coleção indígena que escapou do incêndio do Museu Nacional
Foto: Reprodução/ Memorial dos Povos Indígenas

A exposição “Índios: Os primeiros brasileiros", que está em Brasília desde o dia 28 de agosto, reúne uma coleção de 262 peças que escaparam do incêndio do Museu Nacional que ocorreu na noite do último domingo (2) (relembre aqui).

 

Os objetos, que estão expostos no Memorial dos Povos Indígenas na capital federal, fazem parte do acervo de 40 mil peças indígenas que foram perdidas pelo fogo, que destruiu toda a parte interna da construção do museu no Rio de Janeiro. 

 

Segundo o G1, o curador da exposição, Fernando Pacheco, contou em entrevista ao portal que os objetos foram reunidos por ele, como parte de um projeto de pesquisa que ele realiza há alguns anos. Ele ainda contou que o que restou faz parte de uma “pequena amostra” do acervo que tratava também da parte antropológica. 

 

A exposição já passou por outras seis cidades antes de Brasília e pretende ficar por lá até o dia 16 de dezembro. O local ficará aberto de terça a domingo, nos períodos da manhã e tarde. 

National Geographic oferece ajuda financeira e parte de seu acervo ao Museu Nacional
Foto: Reprodução / TV Globo

Após o incêndio no Museu Nacional (clique aqui), o diretor-executivo da National Geographic Society (NatGeo), Gary Knell, ofereceu ajuda para que o Brasil reconstitua o equipamento histórico e cultural. De acordo com informações do jornal O Globo, Knell esteve reunido com o embaixador Sergio Amaral nesta terça-feira (4), e disse que pretende oferecer ajuda financeira e também parte de seu acervo, já que a NatGeo realiza pesquisas, possui museus e publicações focadas em história natural e antropologia. “Eles estão preparando uma oferta ao governo brasileiro para reunir parte de seu acervo, que é muito grande em História Natural, e se colocaram à disposição até para fazer a aproximação com outros museus do mundo”, revelou o embaixador, contando ainda que Gary Knell ofereceu itens originais e cópias. Segundo a publicação, a NatGeo informou também que está mobilizando sua rede de pesquisadores e colaboradores no Brasil para auxiliarem na reconstrução do acervo do Museu nacional.

 

 

A vice-diretora do Museu Nacional / UFRJ, Cristiana Serejo, revelou na última terça, que outras instituições internacionais também têm oferecido ajuda para a recuperação do museu brasileiro (clique aqui e saiba mais).

Após doação da família, acervo raro com 6 mil peças de Joaquim Nabuco se tornará público
Foto: Divulgação

Um acervo raro com 6 mil peças pessoais de Joaquim Nabuco (1849-1910) se tornará público, após a família do abolicionista doar, nesta quarta-feira (25), o material à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Recife (PE). De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o acervo, cuja maioria das obras é inédita, reúne fotos, cartas, inventários, cartões postais e diários. Ainda segundo a publicação, os registros começaram a ser guardados em 1834 pelo pai de Joaquim Nabuco, o político Tomás Nabuco (1813-1878), e mantidos por mais três gerações. À Folha, o documentarista Pedro Nabuco, bisneto de Joaqui, explicou que, por se tratarem de "arquivos mais pessoais", os familiares "acharam por bem mantê-los guardados" até hoje.


Após a doação, a Fundaj, que já possui uma coleção com 15 mil documentos pertencentes ao abolicionista, terá a maior parte do acervo privado de Nabuco. O Itamaraty, no Rio de Janeiro, detém outros materiais. "[O material] É de interesse público e precisa ter abrigo técnico, confiável e com acesso aberto a pesquisadores. Natural que seja [guardado] no Recife, onde ele nasceu, foi criado e enterrado", diz Pedro. A historiadora Rita de Cássia Araújo, do Cehibra (Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira) da Fundaj destacou ainda que o acervo "é um material inédito para o grande público, inclusive o acadêmico".

Acervo de Krajcberg é roubado no apartamento de biógrafa em Salvador
Foto: Divulgação

Parte do acervo de Frans Krajcberg foi roubada do apartamento da biógrafa do artista, Renata Rocha, situado no bairro do Dois de Julho, em Salvador. De acordo com informações da Tribuna da Bahia, o incidente ocorreu no dia 19 de janeiro, mas somente agora foi divulgado, para não atrapalhar as investigações. Ainda segundo a publicação, mesmo sem sinais de arrombamento, dois imóveis foram roubados no prédio, ambos com materiais como vídeos, pesquisas e documentos guardados por Renata para preservar a memória do artista polonês radicado na Bahia, que morreu em novembro de 2017 (clique aqui e saiba mais).

Museu Histórico de Jequié ganha inventário e catálogo de acervo
Foto: Divulgação

O Museu Histórico de Jequié João Carlos Borges recebeu, durante solenidade realizada na noite desta quarta-feira (20), o inventário e o catálogo de seu acervo. O evento homenageou ainda o coordenador do projeto, Antonio Varjão Matos; a museóloga Railda Lemos Sampaio; e a proponente e pesquisadora Renilda Santos do Vale, responsáveis pelo trabalho de elaboração dos documentos. O projeto foi financiado pelo Fundo de Cultura do Estado da Bahia através do Edital 20/2016 - Setorial de Museus 2016.

Obras inéditas de Ariano Suassuna vão ser lançadas em 2018
Foto: Divulgação

O autor de romance Ariano Suassuna completaria 90 anos nesta sexta-feira (16), e, embora ausente neste mundo, ele deixa um acervo inédito, cheio de escritos. "O Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores", da editora Nova Fronteira, será divulgado no dia 9 de outubro deste ano. Ainda há mais peças de Suassuna a serem publicadas em 2018, "O Desertor de Princesa" (1958), uma espécie de reescrita de "Cantam as Harpas de Sião", além da comédia, intitulada "A Pedra do Reino" e outras obras:  "Auto de João da Cruz", "O Arco Desolado", "As Conchabranças de Quaderna", "O Desertor de Princesa" e "A História de Amor de Romeu e Julieta".  As obras ganharão também uma exposição itinerante, chamada de "Ilumiara Ariano Suassuna".

Encapuzados assaltam casa de Luiz Melodia e roubam todo acervo do artista
Foto: Divulgação

Quatro pessoas encapuzadas invadiram a casa de Luiz Melodia, na madrugada da última sexta-feira (12), amarraram o filho do artista e, dentre os pertences roubados, levaram o acervo histórico no músico. “Estou numa fase de transição, montando um escritório em casa. Tinha tudo nesse computador. Os 40 anos de carreira de Luiz Melodia estavam inteiros lá: a biografia em inglês, todos os releases, do ‘Pérola Negra’ até hoje, parte da passagem dele pela Europa, além de toda a discografia e de todas as músicas. O acervo inteiro se perdeu. Acho que vai dar para recuperar, mas vai ser um inferno. Prefiro nem ficar tão irritada agora, por conta da situação médica do meu marido”, contou ao O Globo Jane Reis, esposa de Luiz Melodia. O artista não estava em sua residência, no Rio de Janeiro, porque no mesmo dia fazia uma cirurgia de transplante de medula, para tratar um câncer. O roubo foi denunciado à polícia. 

Acervo do ex-governador Roberto Santos será doado ao Centro de Memória da Bahia
Foto: Divulgação

O ex-governador da Bahia, Roberto Santos, assinará nesta sexta-feira (7), às 18h, no Palácio da Aclamação, um Termo de Doação de seu acervo documental privado, à Fundação Pedro Calmon (FPC). O material, que já foi transferido para o Centro de Memória da Bahia, vinculado à FPC/Secult, é composto de mais de 10 mil itens, dentre documentos textuais, iconográficos e bibliográficos, correspondências, relatórios, termos, projetos, fotografias e negativos, além de acervo particular e pastas com documentos de governo. Após a doação, o acervo, que está em fase de catalogação, será preservado e disponibilizado para a consulta do público. 

Museu de Nova York dá acesso livre a 375 mil imagens de obras de arte pela internet
Tapeçaria medieval é uma das obras disponíveis | Foto: Divulgação
Como parte da política de Acesso Livre, o Metropolitan, museu de arte de Nova York, abriu nesta terça-feira (7), um acervo de 375 imagens de obras de arte para consulta online. Disponíveis no site do museu (clique aqui e confira), entre os trabalhos colocados em domínio público estão fotos do quadro “Washington Cruzando o Delaware” (1851), pintado pelo alemão Emanuel Gottlieb Leutze, além de reproduções de fotografias do francês Félix Nadar, que atuou entre o século IX e o início do XX. O museu tornou públicas também reproduções de obras de arte sumérias, civilização antiga da Mesopotâmia; e de “A Dama e o Unicórnio”, série de tapeçaria francesa considerada uma das grandes obras do período medieval. Além das imagens em alta qualidade, o público poderá consultar informações sobre material, data, artista, título das obras e dimensões. Itens de arte moderna e contemporânea, no entanto, ainda não têm Creative Commons disponíveis no site, por questões relacionadas ao direito autoral.
Acervo da coreógrafa Lia Robatto é digitalizado e doado ao Centro de Memória da Bahia
Foto: Divulgação
Com cerca de 10 mil documentos, o acervo digitalizado da coreógrafa Lia Robatto foi doado para o Centro de Memória da Bahia (CMB), como parte das comemorações pelos 30 anos da entidade, que inaugura uma nova fase, abrindo suas portas para além da política, recebendo também acervos privados de outras áreas, como a da cultura. “Comecei a visitar lugares que queria que ficasse guardado esse acervo. Escolhi o Centro de Memória da Bahia porque é um local bastante equipado. O CMB tem equipamentos técnicos, equipe técnica especializada, e sei todo o meu trabalho acumulado de muitos anos será bem cuidado”, avaliou Lia, contando ainda que “quando era jovem, eu pensava em criar novos espetáculos, nunca em remontar um antigo. À medida que vamos envelhecendo, começo a compreender que o que a gente fez é o impulso, a alavanca para o futuro. Certo momento falei para a Suki [Suki Villas-Bôas, curadora do acervo da coreógrafa] que queria me desfazer do meu acervo, e ela começou a ver item por item e descobriu que de cada coreografia eu anotava todo o processo  e a composição coreográfica, com desenhos do corpo e formas corporais”.
Acervo de SC reúne romance inédito e mais de mil documentos de Jorge Amado
Foto: Divulgação
No Departamento de Literatura e Memória da Universidade Federal de Santa Catarina, um acervo pessoal reúne um romance inédito e mais de 1,4 mil documentos raros de Jorge Amado. Com dois títulos, "Agonia da Noite" e "São Jorge dos Ilhéus", o livro introspectivo de 76 páginas que não chegou a ser publicado, foi escrito em 1939 e deixado aos cuidados de uma amiga comunista do escritor que vivia no Uruguai, já que ele temia a prisão ao retornar ao Brasil, por causa do teor revolucionário da obra. De acordo com informações do Uol, a obra incompleta se passa na cidade de Estância, em Sergipe, e narra 12h de vida de doze personagens, que esperam dentro de uma sala por um sinal de luta para iniciar uma revolução comunista. "Quanto tempo estivera parado em frente à porta, irresoluto? Ele mesmo não sabia... Poderia ter sido um minuto, poderia ter sido uma hora. Porém, fosse um minuto ou uma hora, a verdade é que não fora tempo suficiente para que se decidisse. Sabia apenas que a chuva o molhara todo, que suas mãos pingavam e que, quando Lopes abrira a porta ele ainda não tomara uma decisão", escreveu Jorge Amado.
 

Trecho da obra inédita | Foto: Arquivo
Fundação doa 175 obras ao Palacete das Artes; assinatura será em junho
Foto: Palacete das Artes / Divulgação
O Palacete das Artes recebeu neste mês uma doação de 175 obras de arte do Itaú Cultural, sendo 170 gravuras e cinco pinturas a óleo. Segundo informação da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), a iniciativa partiu do instituto. A doação será formalizada no próximo dia 2, às 14h, no primeiro pavimento do museu, com a presença de gestores culturais. O acervo está em fase de catalogação. Obras do escultor, gravurista e curador santamarense Emanoel Araújo, além de Lygia Eluf, Herton Roitman e Elson Arruda estão entre os destaques da coleção de artistas brasileiros. O Palacete das Artes ainda não divulgou o valor das peças doadas.
Ministério da Cultura lança Biblioteca Digital Luso-Brasileira em parceria com Portugal
Foto: FBN
O Ministério da Cultura lança, nesta terça-feira (10), a Biblioteca Digital Luso-Brasileira. A união das Bibliotecas Nacionais do Brasil e de Portugal convergindo em um portal na internet será oficializada em evento no Rio de Janeiro, com a participação do Presidente da Biblioteca Nacional, Renato Lessa; o Cônsul de Portugal no Rio de Janeiro; Nuno Bello e o Diretor do Real Gabinete de Leitura, António Gomes da Costa. Com o portal, o público poderá conferir um vasto acervo de conteúdos culturais em língua portuguesa. 
Aos 82 anos, roqueiro Serguei chega a passar fome, segundo amigos
Foto: Divulgação
Considerados um dos mais antigos roqueiros do Brasil, o músico Serguei tem passado até fome, como amigos relataram ao jornal O Globo. De acordo com a publicação, Sérgio Augusto Bustamante, 82, ganha R$ 880,00 de aposentadoria e uma ajuda de custo de R$ 1.200,00 da Prefeitura de Saquarema (RJ) para manter o Templo do Rock – só os remédios que Serguei consome custam mais de mil reais por mês.

Diante do quadro, amigos do roqueiro fazem um mutirão para recuperar o acervo e o casarão onde ele mora. "Serguei poderia ser garoto-propaganda de motos ou até, quem sabe, de um estimulante sexual. A gente abre a geladeira dele e só tem água", revelou o produtor Rogério Silva ao jornal. Com as arrecadações, Silva espera produzir um filme sobre o cantor que ficou famoso pela amizade com Jimi Hendrix e Janis Joplin. Batizada de "O Último Beatnik", a produção seria estrelada por Eriberto Leão.
Imóvel no Pelourinho reunirá publicações do Ipac sobre bens culturais baianos
Foto: Divulgação
As publicações sobre os bens culturais baianos, produzidas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), estarão disponíveis em um prédio colonial na Rua Gregório de Mattos, no Pelourinho. A Coordenação de Articulação e Difusão da diretoria de Preservação tem horário de atendimento de segunda a sexta–feira, das 8h às 12h e de 13h às 17h. Dentre o material reunido estão mapas, plantas de imóveis, projetos de restauração, dossiês de pesquisas, estudos, livros e documentos técnicos produzidos ao longo de quatro décadas. De acordo com o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, as publicações são procuradas geralmente por estudantes e pesquisadores locais, nacionais e estrangeiros, além de turistas e baianos que desejam conhecer os bens culturais. “Esses livros são facilitadores na divulgação e preservação dos patrimônios”, diz ele. O público poderá consultar no acervo publicações sobre temas como a Festa da Boa Morte, Carnaval de Maragojipe, Desfile de Afoxés, Festa de Santa Bárbara, Ofício de Vaqueiros, Festa do Bembé, Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix.
Mário de Andrade: 78 cartas desaparecem do acervo na USP
Foto: Reprodução/ USP
Arquivados pela guarda do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP), 78 cartas que faziam parte do acervo do poeta Mário de Andrade desapareceram. A revelação foi feita pela revista "Época", no último fim de semana, no entanto, em 2005, o desaparecimento de missivas de Di Cavalcanti, Manuel Bandeira, Fernando Sabino, Ronald de Carvalho, e Menotti Del Picchia, descritas no catálogo, já havia sido detectado.
 
Apesar da descoberta, levou quatro anos para o instituto encarregar uma estagiária de procurar as cartas desaparecidas. Segundo o jornal O Globo, citando a revista, o caso foi tratado em sigilo pela equipe do acervo e a direção do IEB não foi notificada. Só em 2010, em decorrência da pressão feita por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que pediam acesso às missivas de Ronald de Carvalho, é que a diretora Ana Lúcia Lanna tomou ciência do caso. Após uma busca que confirmou o desaparecimento das cartas, Ana Lúcia fez um registro de ocorrência na 51ª Delegacia de Polícia e instaurou uma sindicância interna para apurar o sumiço.
 
Entretanto, nenhumas das investigações avançaram. Ao jornal O Globo, a USP justificou a demora entre a descoberta do sumiço e a notificação da direção do IEB. "A docente responsável [Telê Ancona Lopez] e a equipe técnica de pesquisadores acreditavam que as cartas não localizadas estivessem deslocadas dentro do acervo e que seriam encontradas durante os trabalhos de digitalização e troca de capas", explica a universidade no comunicado. Por essa mesma razão, a USP alega que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) não foi contatado em 2005, mas apenas em 2010 quando houve o registro da ocorrência. O acervo foi tombado como patrimônio cultural pelo Iphan ainda em 2008. A universidade defende que todas as medidas cabíveis foram tomadas pela direção do instituto, "não tendo havido, portanto, nenhuma omissão da parte dos funcionários, dos docentes, dos pesquisadores e da direção deste instituto da USP, reconhecido nacional e internacionalmente".
Fotos do acervo do Arquivo Histórico Theodoro Sampaio serão digitalizadas
Theodoro Sampaio e Carneiro Ribeiro em Congresso de Geografia | Foto: Divulgação
Cerca de três mil fotos do acervo do Arquivo Histórico Theodoro Sampaio serão disponibilizadas online a partir do dia 20 de dezembro. Dessa forma, imagens históricas da Bahia, como as inaugurações de grandes avenidas e a construção do Belvedere, após a demolição da Igreja da Sé, poderão ser acessadas por pesquisadores, estudantes e demais interessados. Através do Governo do Estado, R$ 46 mil reais serão investidos para a digitalização das fotografias e a impressão de um catálogo com 200 imagens do acervo.
 
Todo o processo de digitalização deve durar quatro meses, com previsão de conclusão para março de 2016. "Essa iniciativa possibilita a realização de projetos que levam a cultura para cada vez mais perto da população. Digitalizar esse rico acervo do IGHB é uma forma de proteger nosso registro histórico e cultural", defende o secretário de Cultura, Jorge Portugal.
 
As imagens do acervo são obras do Palácio dos Arcebispos, Centro Histórico. Cidade Baixa, Cidade Alta e outros lugares. O Arquivo Histórico Theodoro Sampaio, que pertence ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), foi fundado por Francisco Vicente Viana, em 1980, com o objetivo de recolher a documentação de caráter público da Bahia. Para a arquivista e bibliotecária do Arquivo, Zita Magalhães Alves, este projeto é de suma importância para a memória da Bahia.

"São fotografias históricas que marcaram época em nossa estimada cidade. Muito me orgulha esse feito realizado pela Secretaria de Cultura uma vez que, serão imortalizados álbuns diversos. Os espaços onde são preservados a documentação não oferecem condições para serem implementadas as tecnologias atuais, por isso a necessidade dessa digitalização, na certeza de preservar a história", avalia Zita.
Documentos e objetos de Jorge Amado ganham exposição
Foto: Divulgação
A partir desta terça-feira (27), até o dia 9 de novembro, a Fundação Casa de Jorge Amado expõe seu acervo de revistas, periódicos, manuscritos bibliográficos, correspondências, fotografias, vídeos e cartazes no Shopping da Bahia. A exposição intitulada “Jorge, Amado e Compartilhado”, reúne também prêmios e objetos que se relacionam com o escritor baiano. 

O acervo que estará em exposição tem sido interesse constante de visitantes e admiradores de Jorge Amado e de diversos pesquisadores da Bahia, do Brasil e do exterior. Além disso, o acervo foi digitalizado e está disponível na internet através do portal da fundação.

Serviço:
Exposição Jorge, Amado e Compartilhado
Quando: De 27/10 a 09/11/2015, de 9h às 22h.
Onde: Shopping da Bahia – Praça Luiz Gama
Quanto: Grátis
Instituições promovem curso de história dos museus no MAB
Foto: Mateus Pereira / GOVBA
A professora Cecília Hurley Griener, da Escola do Louvre, na França, vem a Salvador para participar do curso "Fazendo nossas coleções falarem: o passado e o presente das exposições dos museus". A atividade, realizada em conjunto pelo Museu de Arte da Bahia (MAB), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Instituto Brasileiro de Museus e Escola do Louvre, tem início a partir da próxima quarta-feira (7), às 14h. O curso propõe uma reflexão sobre coleções e discursos possíveis de apreender e produzir sobre acervos. Cecília é PhD em História da Arte e leciona da escola desde 2014. Dividido em três módulos, o curso é destinado a professores, estudantes e funcionários de museus. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas através do contato [email protected].
 
Programa do Curso
Dia 07 de outubro:
14h – 17h: Nossas coleções podem falar?
17:30h – 20:30h: Introdução e síntese geral – objetos falantes. A linguagem de exibição, passado e presente.
 
Dia 08 de outubro
14h – 17h: Obras primas.
17:30h – 20:30h: O sentimento no museu.
 
Dia 09 de outubro
14h – 17h: Objetos ou ideias – devemos escolher?
17:30h – 20:30h: Olhando para trás.
 
SERVIÇO:
Data: de 7 a 09/10
Local: Museu de Arte da Bahia, Corredor da Vitória
Inscrições gratuitas pelo site: [email protected]
Aberto há 8 meses, Memorial terá festival em homenagem a aniversário de Jorge Amado
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
A casa bucólica situada no bairro do Rio Vermelho, onde viveram Jorge Amado e Zélia Gattai, sempre foi ponto de encontro para todas as artes. O local reuniu grandes nomes da cultura, como Pablo Neruda, João Ubaldo Ribeiro, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Caetano Veloso e Maria Bethânia, Mestre Pastinha, Riachão, Dorival Caymmi e até o casal francês Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Reaberta como memorial em novembro de 2014, a Casa do Rio Vermelho hoje funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e conta com um acervo de fotos, vídeos e objetos pessoais que ajudam o público a conhecer não só a obra, mas o homem Jorge Amado, seus gostos, sua história, amigos e costumes.
 

Objetos pessoais ajudam o público a conhecer os gostos e hábitos de Jorge Amado | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

A casa é toda autoexplicativa, mas aqueles que sintam necessidade podem recorrer aos monitores. “Nesse primeiro momento a gente botou em exposição as obras que imaginou serem as mais importantes, as mais bonitas, as que têm um apelo maior, porque as pessoas têm mais interesse de ver, mas ainda tem muita coisa guardada”, conta Maria João Amado, coordenadora de comunicação do memorial e neta de Zélia e Jorge, para explicar o processo de escolha da mostra, que tem curadoria de Gringo Cardia.  “Quando você fala de Jorge Amado tudo é muito. A gente não tem dois ou três de nada. Quando você fala de fotografia são 60 mil negativos, quando fala de arte popular são mais de dois mil itens”, acrescenta Maria João, sem descartar a possibilidade de fazer modificações no acervo, a longo prazo.
 

Fotografias fazem parte de um acervo de mais de 60 mil negativos  | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
 
Os familiares do escritor consideram o memorial uma realização, já que era um sonho de Zélia Gattai. “Para nós é uma alegria por dois motivos. O mais importante deles é porque era um sonho da minha vó, que se realizou. Infelizmente, ela não viveu pra ver pronto. Mas ver esse sonho realizado é uma realização pra todos nós da família. E também é uma forma da gente devolver pra cidade tudo que sempre foi dado a nós em matéria de amor, carinho, de reconhecimento à obra de Jorge. Na primeira semana que abriu eu sentei num banquinho lá embaixo e fiquei sozinha, só olhando. Estava muito cheia a casa, as pessoas passando e olhando, e eu fiquei sentada pensando: “É vó, conseguimos!”, conta Maria João, que cresceu naquele lugar, subindo em todas árvores. “Subia aqui e disputava os jambos com os micos”, lembra.
 

Neta de Jorge Amado e Zélia Gattai, Maria João cresceu na casa que hoje é Memorial | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
 
Se no passado o espaço abrigava a família e os amigos do casal, desde sua abertura a casa já recebeu mais de 7 mil pessoas, dos mais variados tipos. “É engraçado que o nosso público é completamente diverso. Outro dia numa entrevista me perguntaram qual era o público da casa e eu disse: ‘geralmente gente que respira’. Porque eu tenho o idoso, criança, tenho classe A, C, D. Tenho todo tipo de público na casa, porque Jorge Amado é um autor que está no imaginário coletivo. Então, mesmo quem nunca leu, conhece. Qualquer menina brejeira, bonita, bota uma flor no cabelo, e é Gabriela. Qualquer menina de 12 ou 13 anos, tira uma foto abraçada com dois amigos e bota ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’. Eu tenho desde estudiosos, ao visitante acidental, como chamo aquele que pergunta o que tem de bom para fazer na cidade e vem parar aqui sem saber muito bem o que é que vai encontrar. Tenho também o visitante que conhece Jorge Amado de novela da Globo, então, o meu público é muito diverso”, explica Maria João, acrescentando ainda que o espaço tem cumprido se papel, de fazer com que as pessoas conheçam o homem e sintam vontade de mergulhar na obra de Jorge Amado.
 

Público pode visitar o local onde Jorge Amado escrevia suas obras | Foto: Jamile Amine
 
Apesar de propagada a ideia de que os baianos e soteropolitanos não são o público prioritário do espaço, a coordenadora explica que esta não é uma realidade absoluta. “Olha, essa informação de que o baiano tem visitado menos que o turista eu não confirmo ela não. Agora no mês de julho, especificamente, isso tem acontecido, mas por uma razão simples, a gente já está de volta às aulas e o pessoal do sul está de férias”, explica Maria João, ressaltando que o público local tem fugido do padrão “normal”. “O baiano tem vindo e tem voltado. Porque ele vem, gosta, e sempre que tem alguém de fora, volta pra trazer. A gente está tendo, principalmente nos fins de semana, uma visitação muito legal. As famílias em Salvador eu sinto que elas estão modificando hábitos, procurando sair dos shoppings centers e voltando a ocupar a cidade. E eu vejo a visita à casa como uma forma dessa ocupação”, conta a gestora, acrescentando que, por ser uma casa, o espaço não pode abrigar um público grande demais, já que desta forma haveria uma “visita predatória”. “Na verdade a gente quando abriu não tinha muito como mensurar, mas a forma como estão acontecendo as visitas, vemos como a forma que tem que ser mesmo. A gente não tinha uma expectativa a princípio de um número, mas do jeito que está sendo está muito bom”, afirma, acrescentando que além dos visitantes eventuais, o espaço conta ainda com um convênio firmado entre escolas públicas municipais e estaduais, que promove, mediante agendamento prévio, visitas regulares e gratuitas de grupos de alunos. 
 

O engenheiro baiano José Roberto Batista aproveitou a manhã livre para conhecer a Casa do Rio Vermelho e "mergulhar na baianidade de Jorge Amado" | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
 
Eventos
 
Durante os oito meses em atividade, o espaço recebeu alguns eventos, mas segundo Maria João, esta não é ainda uma prioridade. “A gente já teve alguns coquetéis aqui, mas a casa ainda é uma novidade, ainda é tão encantadora, que por enquanto a gente segura um pouco, a gente ainda está começando neste sentido”, diz a coordenadora de comunicação, revelando, no entanto, que em agosto a Casa do Rio Vermelho contará com uma programação especial em comemoração ao aniversário de Jorge Amado. “A gente vai fazer o Festival Agosto Amado, com 31 dias de Jorge. E nesse festival vamos ter diversas atividades, recital, música ao vivo, atores pela casa, concurso fotográfico. Todos os dias do mês de agosto vai ter alguma coisa diferente. Se não for fisicamente na casa, é através da internet, pela nossa fanpage no Facebook, que será atualizada todos os dias. Vamos disponibilizar vídeos durante os 31 dias de agosto, feitos por pessoas da sociedade, formadores de opinião, fãs, pessoas do povo, falando da importância de Jorge Amado”, explica a neta do escritor, acrescentando ainda que no dia 10 de agosto, data do aniversário de Jorge, a casa será aberta excepcionalmente das 14h às 20h, para uma homenagem que contará com a música do maestro Ulisses Castro e  Guida Moura, além de Marcelo Prado fazendo leituras de trechos escritos por Jorge Amado. Para o próximo ano está programada também uma programação especial para o aniversário de cem anos de Zélia Gattai. “A gente já está fazendo o selo do centenário e a gente vai fazer algumas coisas, dentre elas um filme. Não é da Fundação [Fundação Casa de Jorge Amado], a diretora é Carla Laudari. Será um documentário falando de Zélia. Então, as comemorações do centenário já estão sendo gestadas”, revela Maria João.
Biblioteca da Caballeros de Santiago abre ao público acervo de 7,5 mil títulos em espanhol
Foto: Divulgação
A biblioteca da Associação Cultural Caballeros de Santiago dispõe ao público baiano um acervo com mais de 7,5 mil títulos para consulta. Dentre os exemplares disponíveis estão clássicos da literatura espanhola e hispano-americana, livros paradidáticos, além de revistas mensais como a Muy Interesante, Geo e Historia National Geographic. A visitação é aberta de segunda a quinta-feira, das 8h às 20h e às sextas-feiras, das 8h às 18h, fechando sempre para almoço entre as 12h às 14h. Já aos sábados, o serviço é das 8h às 16h, com a pausa para o almoço das 12h às 13h. 
Site oficial de Elis Regina é lançado no dia que cantora faria 70 anos
Foto: Acervo Pessoal
Foi lançado nesta terça-feira (17) o site oficial de Elis Regina, no dia em que ela completaria 70 anos de idade. Entre o material disponível está todo o acervo da exposição “Viva Elis”, que aconteceu em várias cidades brasileiras em 2012, além de 500 fotos, vídeos exclusivos, além da biografia escrita por Allen Guimarães, que estará disponível para download gratuito. A ideia de lançar o site veio do filho mais velho de Elis, João Marcelo Bôscoli, após insistência dos fãs da artista, morta em 1982.
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

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