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Os bares e restaurantes de São Paulo registraram um aumento de 6,2% no número de reservas em 2024, em comparação com o ano anterior, segundo pesquisa realizada pela Tagme em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O levantamento analisou os 100 estabelecimentos com maior volume de reservas na cidade entre janeiro e outubro de 2023 e 2024. Paralelamente, foi identificada uma redução de 14,16% nas filas de espera em relação ao mesmo período de 2023.
De acordo com Roni Lacerda, COO e cofundador da Tagme, a diminuição das filas de espera pode refletir tanto uma melhoria operacional quanto variações na demanda. “As variações da fila de espera e do número de reservas não estão diretamente relacionadas. A redução das filas pode indicar menor demanda em alguns meses ou maior eficiência na gestão dos estabelecimentos, com sistemas que aceleram o giro de mesas”, explica.
Lacerda também destacou que o crescimento das reservas está associado ao avanço da digitalização no setor, impulsionado pela pandemia. “O aumento no número de reservas pode estar conectado à maior digitalização do setor, que aprimorou seus sistemas. Um atendimento digital mais eficiente tem mostrado aos clientes o valor da conveniência de fazer reservas”, complementa.
Em outubro de 2024, as reservas cresceram 7,77% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Durante o período analisado, janeiro e abril foram os únicos meses com queda no volume de reservas, enquanto agosto liderou o crescimento, com um aumento de 10,35% em relação a 2023.
No quesito filas de espera, a pesquisa revelou uma queda de 9,76% em outubro de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2023. Apenas janeiro, maio e setembro apresentaram aumentos nas filas, enquanto os outros meses registraram reduções.
Para José Eduardo Camargo, líder de conteúdo e inteligência da Abrasel, o aumento das reservas reflete um hábito em ascensão no Brasil. “Esse comportamento, já consolidado em países da Europa, está ganhando força no Brasil. Fazer reservas garante atendimento mais ágil para os clientes e uma organização mais eficiente para os estabelecimentos”, destaca.
Camargo também ressaltou a importância do uso de dados para aprimorar a gestão e antecipar tendências. “Conhecer as tendências por meio de dados é essencial, pois o comportamento dos clientes muda. A análise e integração de sistemas permitem economizar recursos e melhorar a experiência do público. Trazer esses índices de forma constante ajuda a captar movimentos antes de outros indicadores mais tradicionais”, conclui.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Leandro Menezes, compartilhou em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1 Salvador, as perspectivas do setor para o próximo período de alta temporada na cidade, que inclui as festas de fim de ano e o verão. Segundo Menezes, o setor de alimentação e turismo na capital baiana tem mostrado sinais de recuperação e crescimento, especialmente no contexto pós-pandemia.
De acordo com o presidente da Abrasel, Salvador tem experimentado um aumento constante no fluxo de turistas, tanto nacionais quanto estrangeiros, o que é considerado positivo para a economia local. “Felizmente, a gente vê um trabalho da Secretaria de Turismo do Estado e da nossa capital que vem sendo muito consistente, especialmente no pós-pandemia. O turismo tem crescido ano após ano e acho que todo cidadão soteropolitano e baiano consegue ver isso nas ruas. O aumento do fluxo de turistas, principalmente de estrangeiros, é muito importante para nossa economia”, afirmou.
Sobre as expectativas de vendas para o verão, Leandro projetou um aumento de 10% a 15% em comparação ao verão passado. “Isso é algo positivo, mas também traz desafios, especialmente na contratação de mão de obra”, destacou.
O presidente da Abrasel também chamou atenção para a dificuldade de recrutar profissionais qualificados para o setor. Ele afirmou que, apesar da alta demanda, tem sido difícil atrair trabalhadores para um mercado que exige disponibilidade para trabalhar em horários que frequentemente coincidem com os períodos de lazer da maioria das pessoas.
Menezes ainda abordou a importância da experiência do turista para o sucesso do destino turístico. Para ele, a cidade precisa garantir que todos os aspectos da visita, desde a chegada até a alimentação, sejam de qualidade. “Cada vez mais falamos sobre a experiência do turista dentro da cidade. E essa experiência precisa ser interessante por completo. Não basta só ter um hotel legal. O receptivo, os aplicativos de transporte, tudo isso faz parte da experiência. E o restaurante, com certeza, tem um fator preponderante para que o turista tenha uma boa vivência e possa indicar Salvador, voltar à cidade. O papel do restaurante é essencial nisso”, explicou.
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O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel) na Bahia, Leandro Menezes, destacou que a extinção da escala 6x1, que está em pauta na Câmara dos Deputados, pode gerar prejuízos financeiros para o trabalhador e não deve ser feito de maneira artificial, em entrevista concedida ao Bahia Notícias no Ar, na Antena 1.
“A Abrasel entende ser legítima a redução de jornada de trabalho (para quatro horas semanais), mas enxergamos com preocupação que a medida seja implementada como mais uma canetada política, sem o devido embasamento. Porque a questão choca com a produtividade do trabalhador. Temos exemplos favoráveis como nos EUA, em que a produção do trabalhador é quatro vezes maior nossa e o Produto Interno Bruto (PIB) não é afetado. Então, temos que criar um caminho para viabilizar uma iniciativa dessa”, explicou o dirigente.
Leandro comentou sobre as consequências da proposta legislativa tanto para os comerciantes como para os empregados. “Com essa medida vamos ter uma redução no poder aquisitivo do trabalhador. Assim, além dos donos de bares e restaurantes, os trabalhadores serão impactados com a diminuição do consumo deles”, reforçou.
O presidente da Abrasel no estado indicou fatores que possam levar a um cenário de redução da jornada de trabalho.“Por meio da educação, redução de burocracia, que é muito grande no país e da tecnologia, hoje com Inteligência Artificial (IA), alavancando a produtividade do trabalhador poderemos diminuir as horas de serviço do empregado e, também, aumentar o salário dele também. Para que isso aconteça, precisamos de um pacto com a sociedade”, concluiu.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) compartilhou uma nota criticando a decisão do Governo Federal de não retomar o horário de verão em 2024. Em coletiva de imprensa, o ministro Alexandre Silveira anunciou que a medida não deve voltar neste ano e que será discutida novamente apenas em 2025.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, alegou que a economia apontada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), de 2,9% no consumo de energia, não pode ser ignorada. "Surpreende-nos que, num cenário em que cada economia é importante para o consumidor brasileiro, o ministro considere irrelevante essa economia de energia. As tarifas estão cada vez mais caras, e sempre existe algum risco no fornecimento", comenta Solmucci.
Solmucci também criticou a falta de consideração pelos impactos positivos que o horário de verão traria para o setor de bares e restaurantes. "O ministro havia dado declarações públicas em que considerava os benefícios econômicos e sociais da medida, especialmente para setores como o nosso. No entanto, esses benefícios foram colocados de lado na decisão final", lamenta.
A Abrasel também se diz preocupada com o fato de o país estar refém das condições climáticas. "É muito ruim que o Brasil dependa de previsões de chuvas para decidir sobre o horário de verão. Em países da Europa, América do Norte e até na América do Sul, essa política é comum e benéfica", critica Solmucci.
A maioria dos brasileiros se mostra favorável à volta do horário de verão no Brasil, como vem sendo estudado nos últimos dias pelo governo federal. Foi o que revelou um levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e divulgado nesta quarta-feira (18).
Segundo informações da Abrasel, a pesquisa mostrou que 54,9% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda neste ano. A pesquisa do portal Reclame Aqui foi feita com três mil pessoas em todo o país.
O total de pessoas 54,9% foi atingido por 41,8% de entrevistados que disseram ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, somados a 13,1% que revelaram ser parcialmente favoráveis. Outros 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação do horário, enquanto 17% veem com indiferença a mudança e 2,2% afirmarem serem parcialmente contrários.
A medida da volta do horário de verão voltou ao debate em meio à seca recorde que assola o país e à proximidade dos meses mais quentes do ano. A seca diminui o nível dos reservatórios das hidrelétricas, maior fonte da energia elétrica no país. Já o calor aumenta o uso de eletrodomésticos como o ar-condicionado e, em consequência, eleva o consumo de energia.
O horário de verão, que fazia com que os relógios fossem adiantados em uma hora, era adotado anualmente em partes do Brasil para que houvesse um melhor aproveitamento da luz natural do dia, e com isso reduzindo o consumo de energia. Em 2019, entretanto, alegando que era pouco significativa a redução do consumo, o então presidente Jair Bolsonaro extinguiu o horário diferenciado.
Em declarações recentes, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a volta do horário de verão. O ministro afirma que a adoção da medida tem dois objetivos centrais: garantir a segurança energética no país e a modicidade tarifária, ou seja, que a conta de luz tenha um preço mais justo.
De acordo com a pesquisa do portal Reclame Aqui, os maiores índices de apoio à medida foram observados nas regiões onde o horário de verão era adotado até 2019: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Sudeste, 56,1% são a favor da mudança, sendo 43,1% favoráveis e 13% parcialmente favoráveis.
No Sul, 60,6% são favoráveis, 52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis; e, no Centro-Oeste, 40,9% aprovariam a mudança, com 29,1% se dizendo totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor. Nas três regiões somadas, 55,74% são favoráveis ao adiantamento dos relógios em uma hora.
Para 43,6% dos entrevistados pela pesquisa, a mudança no horário ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a medida não traz economia e 16,4% disseram que não sabem ou não têm certeza.
Edu Neves, CEO e cofundador do portal Reclame AQUI, afirmou, ao divulgar o levantamento, que a percepção da população em relação ao horário de verão pode estar sendo mais positiva do que negativa por uma possível mudança de comportamento.
"É perceptível que não há alta preocupação da população com a questão de saúde nem a adequação a um novo ritmo de horário para acordar e dormir, muito compensado pelo nível de satisfação de ter mais luz, um dia claro, mais longo para praticar esportes e socializar, por exemplo. Emocionalmente, o consumidor tem dado mais valor a esse tempo de qualidade do que talvez no passado", diz Neves.
Sobre uma possível economia de energia com a adoção do horário de verão, Edu Neves disse acreditar que a pesquisa mostrou que essa questão é vista de forma relativa pelos entrevistados. Apesar de considerarem que há uma certa economia, não parece ser esse o foco primário principalmente de quem se diz favorável a que os relógios sejam adiantados.
Para 43,6% dos consultados, o horário de verão ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a mudança não traz economia, e 16,4% disseram que não sabem ou não têm certeza. A região Sul também é a que tem a maior parte da população com a percepção de que o adiantamento dos relógios ajuda a economizar recursos, com 47,7%.
Quanto aos benefícios para a economia, a maioria dos entrevistados entende que a mudança traz vantagens: 51,7% apontaram que o horário de verão é benéfico para o comércio e serviços, como lojas, bares e restaurantes. Outros 32,7% não veem vantagem no quesito e 15,4% não sabem/não têm certeza.
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre um eventual retorno do horário de verão deve ser tomada nos próximos dias. Até se extinto, o horário de verão começava em meados de outubro, e durava pelo menos cinco meses com os relógios funcionando com o alterado, permitindo que os dias fossem mais longos. O método era usado durante parte do período da primavera e grande parte do verão.
Os diálogos no Governo Federal sobre a possível volta do horário de verão, que tem o objetivo de minimizar os impactos da crise hídrica no setor elétrico, podem beneficiar outro setor econômico. O adiantamento dos relógios deve aumentar o fluxo de clientes em bares e restaurantes.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - Bahia (Abrasel-BA), Leandro Menezes, o retorno do horário de verão poderá aumentar o faturamento em até 15%. “Pois sempre entendemos que com mais luz natural, há um maior fluxo de pessoas nas ruas, e isso gera consumo”.
“Num estado com bastante vocação para o turismo de sol e mar, isso acaba tendo um impacto ainda maior, com mais 1h de incidência solar para os turistas aproveitarem e aumentarem seus gastos”, completou.
O horário de verão foi extinto em abril de 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O entendimento do governo é que a volta do horário de verão pode contribuir com a redução de energia nos fim de tarde.
Sobre a extinção do horário de verão, o presidente da Abrasel-BA declarou que a associação sempre foi a favor da retomada do mesmo. “Desde que foi tomada a decisão de suspender o horário de verão, a Abrasel se posicionou pela retomada do mesmo”.
“De maneira geral, a maior parte do segmento sente falta do horário de verão. Segundo informações extraídas do Google, o maior fluxo de clientes em bares e restaurantes ocorre entre as 18h e 20h, e com a luz natural perdurando nesse período, acabam sendo positivos para os estabelecimentos, aumentando o fluxo e consequentemente as vendas”, finalizou.
O setor de bares e restaurantes dá sinais de recuperação, mas ainda sofre para operar no lucro, revela pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Apesar de ter crescido o número de empresas trabalhando no azul, a maioria ainda tem de lidar com problemas como dívidas acumuladas e empréstimos a pagar, diz a pesquisa, que ouviu 1.647 empreendedores de todo o Brasil entre os dias 20 e 27 de dezembro.
Em novembro, o número de empresas operando no prejuízo, 23%, manteve-se estável em relação ao levantamento de outubro e 34% ficaram em equilíbrio, mostrando que a maioria (57%) tem problemas para trabalhar com lucro. Para 43%, foi possível operar com margem positiva, um aumento de 7% em relação ao mês anterior, quando 36% alcançaram essa marca. As informações são da Agência Brasil.
Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o ano termina com um resgate do faturamento, mas com muitas empresas ainda endividadas, com impostos em atraso e tendo de pagar os empréstimos tomados no período da pandemia de covid-19, o que fez com que a maioria não tivesse lucro em novembro.
De acordo com a Abrasel, o desafio das dívidas persiste, com 38% das empresas relatando pagamentos em atraso. As principais áreas de inadimplência incluem impostos federais (69%), impostos estaduais (45%), dívidas bancárias (40%), encargos trabalhistas (29%), serviços públicos (água, gás e energia elétrica - 22%), fornecedores (21%) e aluguel do imóvel (18%).
“Também é preciso dar destaque ao desafio dos bares e restaurantes para repor a inflação, com 53% das empresas afirmando que não conseguiram reajustar seus preços em linha com a inflação média - 22% delas tiveram reajustes abaixo do índice geral e 31% não alteraram seus preços. Apenas 10% afirmaram ter conseguido fazer reajustes acima da inflação e 36% ajustaram seus preços de acordo com o índice geral”, informa a Abrasel.
EMPREGOS
No mês passado, 21% das empresas do setor contrataram novos funcionários, o que significa um sinal positivo de crescimento. O percentual é superior ao de empresas que relataram demissões, que ficou em 14%. A maioria das empresas (64%) manteve seu quadro de empregados estável.
De acordo com a Abrasel, as perspectivas para o resultado de contratações em dezembro também são animadoras, com 27% das empresas planejando contratar mais funcionários e apenas 6% indicando intenção de demitir.
O 39º Encontro Nacional da Abrasel vai acontecer neste ano em duas cidades baianas. Marcado para ocorrer entre os dias 15 e 18 de novembro, o evento será realizado no Centro de Convenções de Salvador e em Porto Seguro. O encontro, que busca impulsionar o setor da alimentação fora do lar, reunirá empresários e profissionais empenhados em atualização de mercado e negociações estratégicas.
Ao longo do encontro, serão abordadas pautas setoriais, gerando um espaço para debates sobre as complexidades que permeiam o setor de alimentação no Brasil. A riqueza das tradições culinárias da capital baiana será elevada, destacando a gastronomia local como um pilar essencial para o desenvolvimento contínuo do setor. Os participantes ainda serão convidados a experimentar combinações e sabores em espaços dedicados à harmonização de alimentos e bebidas.
O evento cria ambientes propícios para networking e conexões estratégicas entre profissionais, líderes do setor e fornecedores.
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Em todo o país, o número de bares e restaurantes que encerraram o mês de agosto no prejuízo cresceu 5%, na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Os dados mostram, ainda, que 24% das empresas ficaram no vermelho no mesmo mês, enquanto 34% tiveram equilíbrio financeiro e 41% dos estabelecimentos pesquisados acusaram lucro. A pesquisa foi divulgada pela Agência Brasil.
A principal razão apontada para o saldo negativo no caixa dos bares e restaurantes foi a queda das vendas no mês, sinalizada por 82% dos entrevistados. A redução do número de clientes (67%), dívidas (43%) e custo dos insumos (36%) foram as outras causas apontadas por empresários que tiveram prejuízo. Foram entrevistados 1.979 donos de bares e restaurantes em todo o Brasil entre os dias 28 de setembro e 6 e outubro.
O levantamento indica, ainda, que as empresas mais novas são as que mais operam no prejuízo. Das que têm entre um e três anos, 33% tiveram prejuízo. Das com mais de 10 anos, o percentual cai para 18%. Outro fator que interfere é o tamanho da empresa.
Dos bares e restaurantes com faturamento de até R$ 1 milhão, 33% encerraram agosto no prejuízo, enquanto apenas 8% dos que têm faturamento acima de R$ 4,8 milhões fecharam agosto no vermelho.
Frutos do mar, tempero verde, tomate, cebola, alho, leite de coco e o ingrediente que faz a diferença: o azeite de dendê. A receita da tradicional moqueca baiana deu origem a uma disputa gastronômica inédita, que irá movimentar as 13 zonas turísticas do estado, para a escolha do melhor prato. O lançamento do Concurso Moqueca Baiana 2023 aconteceu nesta sexta-feira (29), no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, com a participação do trade turístico e de chefs de cozinha renomados. A iniciativa é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-BA).
O concurso vai até 5 de dezembro, com votação popular pela internet, que irá escolher os 13 finalistas. O vencedor será definido por um júri de especialistas em uma festa gastronômica, em Salvador. As inscrições e todas as informações sobre as regras estão disponíveis no site oficial do evento.
De acordo com o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, é a primeira vez que acontece um concurso nesse modelo no estado. “ Vamos promover a cultura gastronômica tipicamente baiana, com a participação de receitas de todas as zonas turísticas, como nunca aconteceu no estado. Se a nossa moqueca está mundialmente entre os 20 melhores pratos de frutos do mar, o concurso vai escolher a melhor moqueca do mundo”, destacou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar.
"Estamos muito felizes por essa parceria com a Setur-BA. O concurso é uma oportunidade de mostrar esse prato, que tem um significado muito grande para o turismo e a cultura do nosso estado", completou o presidente da Abrasel-BA, Leandro Menezes.
A chef Tereza Paim, que comanda dois restaurantes de comida baiana, na capital, elogiou a realização do concurso. "Iniciativas que estimulem o desenvolvimento da gastronomia regional são sempre importantes. A cozinha baiana é um vetor do turismo e das nossas tradições”.
Para o presidente da Associação do Centro Histórico Empreendedor (Ache) e proprietário de um bistrô no Pelourinho, José Iglesias, “esse evento é de suma importância. A moqueca é um símbolo da nossa gastronomia e ajuda a promover o destino”.
A votação da Medida Provisória (MP) que regulamenta o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) gera preocupação no setor, que busca que bares e restaurantes não sejam excluídos da legislação e que empresas optantes pelo Simples Nacional sejam contempladas na matéria. Aprovado na Câmara nesta terça-feira (25), mantendo os CNAES (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), a medida provisória 1147/22 segue para ser apreciada pelo Senado Federal. Se for aprovada, vai à sanção presidencial.
“Ficamos muito felizes com a manutenção do Perse. Conseguimos manter os CNAES [Classificação Nacional de Atividades Econômicas], que foram muito prejudicados com a pandemia. O texto base manteve isso. A Perse está viva, atuante. Pelo período de cinco anos vamos manter o benefício para poder recompor todo o prejuízo que foi feito pela pandemia nos dois anos passados. Deu certo. A tentativa do governo de derrubar não foi aprovada e o texto base que foi modificado através de um acordo entre os deputados, que conseguiu atender o segmento do entretenimento para a gente conseguir voltar a produzir e a empregar”, celebrou Marcelo Britto, sócio da Salvador Produções.
De acordo com Leandro Menezes, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na Bahia, na nossa última pesquisa nacional da instituição, realizada em fevereiro, a média nacional de empresas operando no lucro ou prejuízo foi de de 63%, por isso o Perse se faz tão necessário.
“A Abrasel [Associação Brasileira de Bares e Restaurantes] tem trabalhado isso no Congresso Nacional. Tem um deputado federal de Minas Gerais [Domingos Sávio (PL)] que colocou uma emenda nessa lei para que o segmento de bares e restaurantes consiga realmente obter esses benefícios fiscais e assim a gente consiga uma recuperação. Em 2022, a gente vinha numa evolução, mas agora, em 2023, o que estamos vendo é o aumento de empresas que não estão conseguindo obter lucro, trabalhando no prejuízo ou no zero a zero”, afirmou Leandro.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia - ABIH-BA, Luciano Lopes, sem esse programa há uma grande possibilidade de que os negócios sejam reduzidos e até mesmo fechados. “Todo o segmento está bastante unido em prol da manutenção desse programa que foi e é muito importante para o nosso segmento. Na Bahia, estamos buscando os deputados federais para que eles possam se sensibilizar e assim garantirmos a manutenção dos negócios, empregos, principalmente nesse momento que o setor começa a vislumbrar o início de uma recuperação”, disse Luciano.
Os prejuízos na empresa são relatados por Junior Luzbel, sócio da Luzbel Tecnologia em Eventos . “Nós ficamos dois anos com o faturamento zero e equipamentos sendo deteriorados. Seguramos ao máximo os empregos. As dívidas comprometem até hoje o nosso faturamento. Todo setor precisa muito que o Perse seja mantido”, contou.
O Perse foi criado pela Lei 14.148/21 para compensar o setor de eventos pelos efeitos decorrentes das medidas de combate à pandemia da Covid-19. O programa estabeleceu ações emergenciais e temporárias destinadas ao setor. Entre outros benefícios, que são válidos por cinco anos, para as empresas contempladas pelo programa, a norma estabeleceu descontos para a renegociação de dívidas tributárias e alíquota zero de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Pis/Pasep e Confins.
Nesta terça-feira (21), representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) se reuniram com o Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), João Xavier, para propor ações afirmativas para o segmento.
O presidente da associação Leandro Menezes, junto ao presidente executivo Luiz Henrique do Amaral e o vereador Daniel Alves, além do vereador Cláudio Tinoco, que não pode estar presente por motivo de força maior, solicitaram ao gestor municipal os pleitos de emissão do alvará sonoro pela Internet através do Portal de Serviços; da emissão de DAM único para pedido de alvará sonoro; pedido de isenção da taxa de alvará sonoro para eventos até 100 pessoas; urgente revisão e atualização dos protocolos sanitários e a elaboração de cartilha com informações claras sobre as normas vigentes.
A categoria também pediu para avaliar a possibilidade de caso o estabelecimento não esteja cumprindo as normas para som ao vivo, que seja interditado apenas o palco e não todo o estabelecimento.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.