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Prisão de Binho Galinha e repercussão das investigações travam conversas de possível filiação ao Avante: “Dificil”

Por Mauricio Leiro / Leonardo Almeida

Prisão de Binho Galinha e repercussão das investigações travam conversas de possível filiação ao Avante: “Dificil”
Foto: Divulgação / AL-BA

A prisão do deputado estadual Binho Galinha (PRD) já trouxe consequências políticas para o parlamentar. Conforme informações obtidas pelo Bahia Notícias, ele tinha conversas avançadas para se filiar ao Avante, em negociações com o presidente estadual da sigla, Ronaldo Carletto, mas, após repercussão das investigações, as tratativas foram travadas.

 

Em conversa reservada com a reportagem, um membro do governo do estado informou que as conversas não poderiam avançar “nessas condições”. Binho Galinha é acusado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de liderar uma milícia no município de Feira de Santana e foi preso preventivamente na última sexta-feira (3).

 

“Essa filiação, nesses termos, é muito difícil”, confidenciou o membro do governo.

 

Em 2023, o Avante promoveu uma reunião com a presença de possíveis novos filiados. No encontro estiveram deputados federais e estaduais, entre eles, Binho Galinha. Desde então, o parlamentar vinha mantendo conversas com Ronaldo Carletto para se filiar à legenda, podendo ocorrer antes mesmo da abertura da janela partidária por conta da fusão entre o Patriota, antigo partido de Binho, e o PTB, fazendo surgir o PRD.

 

Além disso, Binho Galinha integrava o bloco informal de oito parlamentares, o "primeiro G8", que foi criado na AL-BA pela articulação de Carletto. O grupo também era composto pelos deputados Vitor Azevedo (PL), Raimundinho da JR (PL), Laerte de Vando (Podemos), Nelson Leal (PP), Felipe Duarte (PP), e Patrick Lopes (Avante).

 

Sobre sua permanência no PRD, o presidente estadual na legenda, deputado Marcinho Oliveira, já informou à imprensa que aguarda uma decisão da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Atualmente, há uma discussão interna na AL-BA se o mandato de Binho Galinha será cassado “de cara” ou se será primeiramente suspenso.

 

RELEMBRE O CASO
Binho Galinha é acusado de liderar organização criminosa, com atuação principalmente na região de Feira de Santana. Conforme as informações da Operação Estado Anômico, o grupo criminoso é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas. 

 

A pedidos da PF, a prisão preventiva de Binho Galinha e mais nove integrantes do grupo criminoso foi decretada no dia 19 de agosto pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Criminal e Crimes contra a Criança e o Adolescente de Feira de Santana. Um mandado de busca e apreensão foi realizado na casa do deputado nesta segunda-feira (1°). Na ocasião, a esposa e o filho de Binho Galinha, Mayana Cerqueira da Silva e João Guilherme Cerqueira da Silva, foram presos pela PF. 

 

O parlamentar se entregou nesta sexta-feira (3) ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) em Feira de Santana. Ele foi escoltado por equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) até Salvador e permanecerá custodiado na capital.