Vereador Sidninho condena fala de Jerônimo e diz que governador desrespeitou a Casa, a Justiça e a população
Por Sérgio Di Salles
Na última segunda (25), Jerônimo Rodrigues se pronunciou sobre uma liminar deferida pelo Tribunal de Justiça da Bahia, após uma ação popular do vereador Sidninho (Podemos), que determinou a suspensão da licitação do VLT de Salvador. Durante entrevista ao Bahia Notícias, o governador disse que a atitude de um “vereador irresponsável” não iria atrapalhar o desenvolvimento do projeto, reforçando que a empresa CTB poderia ter sido procurada antes, reforçando que alguns políticos têm a mania de judicializar tudo, antes do diálogo.
Nesta quarta (27), o vereador condenou a fala do governador, afirmando que quando um gestor sai ‘atacando’ um parlamentar que está exercendo ‘sua função de fiscalizar e cobrar e tem sua deliberação acatada pela Justiça’, ele não apenas o desrespeita, mas a Casa Legislativa, o Judiciário e a população, em especial quando não acata uma decisão da Justiça.
Segundo Sidninho, o governador Jerônimo Rodrigues faltou com a verdade quando disse que estava aberto ao diálogo. “Enquanto presidente da comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara de Salvador posso assegurar que três audiências públicas em que o cerne do debate foi o VLT, mas o governo, embora convocado, não mandou nenhum representante e nenhum esclarecimento. Portanto, confio na Justiça, desconsiderando qualquer irresponsabilidade provinda dela e da ação popular”, afirmou.
O vereador ainda disse que a sua decisão foi legitimada pela comunidade do Subúrbio, que esteve presente em alguns encontros para debater o assunto. “Mas, agora que o governador resolveu abrir o diálogo que ele possa, ao invés de agredir explicitar quais são os planos reais para o VLT, quanto que será a tarifa, quando será inaugurado o serviço porque a população já está cansada de ser enganada”, concluiu.
A decisão judicial destaca supostas irregularidades nos documentos que compõem o procedimento administrativo, incluindo o futuro contrato de concessão e o termo de referência. A restrição ao número de empresas participantes do consórcio, sem justificativa prévia, foi um dos pontos questionados, assim como a exigência de comprovação por atestado único de capacidade para cada subitem do edital, o que comprometeria a competitividade. O Tribunal de Contas da União (TCU) foi citado em diferentes julgamentos para sustentar a ilegalidade dessas práticas.
Já na tarde desta terça (26), a empresa CTB (Companhia de Transportes da Bahia) emitiu uma nota, estipulando um prazo para o início das obras, mesmo com a suspensão da licitação do VLT do Subúrbio feita pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A Companhia projetou o começo da implantação do novo sistema de transporte para julho deste ano.