"Final de um filme de terror", define motorista de app sobre julgamento da chacina contra colegas
Por Camila São José / Bruno Leite
Presidente da Cooperativa Mista dos Motoristas por Aplicativo (Coopmap), Vick Passos esteve no Fórum Ruy Barbosa, no Centro de Salvador, na manhã desta quarta-feira (19), para acompanhar o júri popular da travesti Amanda, acusada de envolvimento na morte de quatro motoristas de aplicativo, em 2019. Segundo ele, o julgamento representa o "final de um filme de terror" que não sai da cabeça da categoria.
Ao todo, quatro pessoas foram mortas no de Mata Escura, periferia da capital baiana, após serem chamadas pela acusada através de plataformas de transporte. As vítimas foram identificadas como Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias.
Segundo o sindicalista, desde o ocorrido, nada mudou no quesito segurança. "Nós motoristas de aplicativo continuamos inseguros", afirmou Vick Passos ao Bahia Notícias.
"As plataformas só abrem diálogo quando estão em crise, quando a mídia está em cima", criticou, salientando que, apenas no ano passado, 43 motoristas foram assassinados no Brasil, 8 deles apenas na Bahia.
JULGAMENTO
A sessão do tribunal do júri ocorre no Fórum Ruy Barbosa, no Largo Campo da Pólvora, nesta quarta-feira (19), e o Bahia Notícias acompanha em tempo real o julgamento que teve início às 8h. A previsão é que a sessão entre pela tarde.