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Motociclistas de app apresentarão ação no MP na próxima segunda para suspender fiscalização no Carnaval

Por Leonardo Almeida

Motociclistas de app apresentarão ação no MP na próxima segunda para suspender fiscalização no Carnaval
Foto: Bruno Leite / Bahia Notícias

A Associação de Motoristas Particulares e Profissionais Autônomos do Estado da Bahia (Ampaba) irá apresentar uma ação no Ministério Público para suspender a fiscalização da prefeitura de Salvador contra os motociclistas de aplicativo  durante o Carnaval. Segundo o advogado responsável, Washington Barbosa, o pedido de liminar será apresentado na próxima segunda-feira (13).

 

A expectativa é que a Justiça conceda a suspensão até a quarta-feira (15), antes do início oficial do Carnaval. Conforme antecipado pelo Bahia Notícias, os motociclistas levaram o caso ao MP com a expectativa de conseguirem trabalhar com o transporte de passageiros durante a folia, o que foi proibido pela Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob).

 

O advogado Washington Barbosa confirmou ao Bahia Notícias que será apresentado um mandado de segurança e que será levado em consideração a Lei Federal 13.640/2018, que regulamentou o transporte privado individual de passageiros. Se a Justiça conceder a liminar, a categoria poderá transportar passageiros no Carnaval.

 

“Hoje foi enviada uma proposta pela Ampaba. Na segunda- feira estaremos ajuizando uma ação judicial para solicitar a suspensão da fiscalização. Um dos argumentos é que há uma legislação federal a qual não prevê proibição, pelo contrário regulamenta o transporte, todavia sem especificar qual tipo de veículo. Havendo o deferimento da liminar, os motociclistas poderão trabalhar no Carnaval. Espero que em até 3 dias tenhamos uma resposta, pois o judiciário terá o recesso do Carnaval”, disse Barbosa.

 

O vice-presidente da Ambapa, André Freire, comentou que, caso a ação do MP não dê certo, a orientação é que os motociclistas por aplicativo não rodem durante o Carnaval, para evitar multas e apreensões de veículos.

 

O CASO

Antes mesmo do início do “clima de Carnaval”, os motociclistas por aplicativo relataram estar sendo abordados por agentes de trânsito, sendo multados e tendo suas motos apreendidas. Houve profissionais que afirmaram que os agentes estavam exigindo a apresentação dos celulares para verificar se os motociclistas estavam rodando por aplicativo.

 

No dia 27 de janeiro, a categoria chegou a paralisar a Avenida Tancredo Neves, após embates com a prefeitura de Salvador em relação a aplicação da “Lei de Combate ao Transporte Clandestino”.

 

Em resposta à acusação, a Semob afirmou que a legislação em questão não implica os motociclistas por aplicativo e disse que as fiscalizações, e as multas aplicadas, tem base apenas no combate ao transporte clandestino. "As fiscalizações são de combate ao transporte clandestino, com base na lei municipal, não é nada direcionado para motoristas de aplicativo", disse a assessoria da Semob.

 

Contudo, na última terça-feira (7), o titular da Semob, Fabrizzio Muller afirmou que a lei que regulamentou as viagens por aplicativo não contempla as motos, dando a entender que a modalidade , atualmente, se enquadra como transporte clandestino.

 

Visando regulamentar os motociclistas, o vereador Alexandre Aleluia (PL) protocolou uma emenda à lei dos aplicativos na Câmara Municipal (CMS) na semana passada. Em contato com o Bahia Notícias, o edil explicou que o texto se trata de uma edição no artigo 5º da legislação, incluindo motocicletas como modalidade de transporte por aplicativo.