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Em meio a crise na Câmara, lideranças apostam em bom senso para aprovação de projetos

Por Vitor Castro

Em meio a crise na Câmara, lideranças apostam em bom senso para aprovação de projetos
Foto: Bahia Notícias / Vitor Castro

Para quem acompanha a cena política da cidade de Salvador, não é nenhuma novidade que a relação institucional entre a gestão municipal e a Câmara de Vereadores não vai nada bem. O mal estar começou após a insatisfação do grupo do prefeito Bruno Reis (União) com a reeleição do então presidente Geraldo Jr. (MDB) à presidência da Casa (relembre).  

 

Em meio à instabilidade, situação e oposição têm que se equilibrar para garantir que os interesses da cidade não sejam deixados de lado e projetos deixem de ser apreciados. Líderes e vice-líderes acreditam que reinará o bom senso, mas não descartam as dificuldades ao longo do processo.

 

Pelo menos três textos de peso estão para ser encaminhados à Casa Legislativa. O Plano de Carreira dos Guardas Municipais (reveja aqui), a análise dos reajustes em relação a reposição inflacionária e incremento financeiro no auxílio alimentação para os servidores do município além do subsídio para o transporte público.
 

Líderes e vice-líderes acreditam que reinará o bom senso, mas não deixam de lado a dificuldade de articulação que o cenário – que tem como pano de fundo as eleições ao governo do estado – deve trazer nos próximos meses. 

 

Líder da oposição na Câmara, Augusto Vasconcelos (PCdoB) disse que os vereadores têm se colacado à disposição das categorias de interesse nos projetos que devem ser enviados à Casa, mas criticou a postura dos colegas de legislatura. “A bancada da prefeitura está dando um tiro no pé. Está criando um mal estar, esgarçando as relações aqui dentro da Casa”, ponderou. 

 

Para Vasconcelos, a bancada governista “está usando de um expediente que sempre condenou". "Chegou a ir ao Ministério Público, se valendo de agentes externos à Casa para tentar paralisar as atividades legislativas, e isso vai prejudicar muito a gestão do prefeito. A Câmara é fundamental para aprovar o orçamento da cidade, leis municipais. Tudo passa por aqui. Se não estabelece diálogo, isso traz dificuldades ao prefeito”, criticou, garantindo que, mesmo diante da situação, pautas de interesse público serão apreciadas com atenção e cautela necessárias. 

 

Compartilha do posicionamento do vereador a representante do mandato Preta por Salvador, Laina Crisóstomo (Psol). Para ela, mesmo com a Câmara não se furtará da responsabilidade com a cidade, independente do imbróglio que vive com a prefeitura. 

 

Perguntada se os projetos em questão poderão sofrer resistência da bancada oposicionista – da qual faz parte – Laina foi direta. “O debate nesta Casa sempre foi muito severo e em defesa do serviço público e dos servidores. Pela oposição sempre defendemos a classe trabalhadora e vamos defender os servidores e servidoras. Agora, o outro lado ficou na porta. Na última sessão, que nem teve, ficaram do lado de fora da Casa para não bater quórum e não abrir sessão. Os enfrentamentos serão diversos”, ponderou. 

 

De volta à Câmara e com a missão de acalmar os ânimos e melhorar as relações institucionais, o vereador e primeiro vice-líder do governo, Kiki Bispo, aposta no bom senso dos colegas na tomada de decisões. “Vamos buscar o melhor entendimento para que possamos alcançar a melhor relação institucional separando aquilo que é político do que são os trabalhos do legislativo. A Câmara tem que produzir e tem o dever de representar o nosso povo soteropolitano. Por tanto, precisa ser uma caixa de ressonância da nossa cidade. Esse é o nosso papel”, disse.  

 

O vereador projeta que a gestão Bruno Reis contará com mais de dois terços dos membros da CMS, com essa maioria, terá uma maior facilidade na aprovação de textos considerados caros à gestão municipal. “O Executivo tem algumas pautas para ser enviado para Câmara e essa é uma delas. O plano de cargos e salários dos guardas municipais tem também o aumento dos servidores que devemos debater ainda neste semestre, além da questão do subsídio do transporte público que é uma função do executivo em subsidiar parte da tarifa para que não haja aumento. São pautas urgentes e que a cidade vai nos cobrar. Acredito que a Câmara, cumprindo seu rito vai aprovar. Até porque são pautas de defesas históricas da oposição”, apostou.