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Ex-bolsonarista, Dayane aborda críticos do presidente nas redes para 'minerar' votos

Por Matheus Caldas

Ex-bolsonarista, Dayane aborda críticos do presidente nas redes para 'minerar' votos
Foto: Divulgação / Facebook

Ex-aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada federal Dayane Pimentel, presidente do PSL na Bahia, vem adotando o que considera uma abordagem mais “personalista” a pessoas que criticam o chefe de Estado em publicações no Instagram.

 

O Bahia Notícias recebeu relatos de pessoas que receberam mensagens da equipe da parlamentar após expor críticas ao presidente em postagens nas redes sociais - alguns destes relatos vêm de leitores do BN que se posicionaram contra Bolsonaro em posts no Instagram do próprio site.

 

Confira abaixo a mensagem enviada pela equipe de Dayane:

 

Foto: Bahia Notícias

 

Em nota, a deputada afirmou que “age assim desde que começou a usar as redes sociais, antes mesmo de ser candidata a deputada federal”. “O diálogo com as pessoas por meio de seus perfis nas redes sociais é uma forma mais personalista, mais próxima e mais acessível de conversar com elas, chamando-as pelo nome e bater papo, independentemente de nos seguirem ou serem eleitores”, afirmou.

 

“Quem me acompanha vê que eu interajo com quem me segue, mas isso não me impede de conversar em outros lugares das redes. Embora outros parlamentares façam isso, quanto a mim, não é estratégia, é minha maneira de ser na vida e nas redes”, garantiu.

 

Autoproclamada "deputada federal de Jair Bolsonaro na Bahia" nas eleições de 2018, Dayane rompeu com Bolsonaro em outubro de 2019 ao não aceitar a articulação do presidente de indicar o filho Eduardo Bolsonaro para assumir a liderança do PSL na Câmara.

 

Em 2020, inclusive, Bolsonaro teria indicado a aliados que aceitaria voltar ao PSL. No entanto, ele condicionaria o retorno à sigla mediante a exclusão de cinco nomes: Dayame, Joice Hasselmann, Júnior Bozzella, Nereu Crispim e o senador Major Olímpio (leia mais aqui) - este último morreu em março deste ano, vítima de complicações da Covid-19 (leia mais aqui). 

 

À época, a dirigente do PSL no estado comparou o rompimento com Bolsonaro ao fim de uma amizade. “É como se eu tivesse uma amiga e de repente fosse traída por essa amiga”, declarou (leia mais aqui).

 

Com o afastamento, Dayane passou a ser opositora ferrenha de Bolsonaro. No início de junho deste ano, ela pediu o impeachment do chefe de Estado. "Parabenizo todos os parlamentares que se reuniram hoje em Brasília, de forma suprapartidária, em busca do impeachment do genocida", escreveu nas redes sociais a parlamentar ao comentar o 'superpedido' de impeachment contra o presidente (leia mais aqui).

 

Antes, ainda em 2020, ela chegou a aparecer na propaganda politica do petista Zé Neto na disputa em segundo turno pela prefeitura de Feira de Santana, de onde ela saiu derrotada no primeiro turno - embora, oficialmente, ela tenha declarado neutralidade, afirmou que não votaria em Colbert Martins (MDB), que saiu reeleito do pleito. Chamou atenção o fato de a política ter se posicionado num campo convergente a um quadro advindo do PT, principal rival do bolsonarismo e um dos principais protagonistas da polarização política instituída no Brasil com a eleição de Bolsonaro, em 2018 (leia mais aqui). (Atualizada às 8h31 para corrigir a informação sobre o apoio de Dayane a Neto).