Bolsonaro quer expulsão de Dayane Pimentel do PSL para retornar ao partido
por Lucas Arraz

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria condicionado o retorno ao PSL a expulsão de alguns quadros da legenda, informa, na manhã desta terça-feira (1°), o jornal O Globo.
Foram cinco os nomes que o presidente, por meio de intermediários, avisou que quer ver fora do partido, se decidir retornar. Entre eles está o da deputada federal pela Bahia e presidente do partido no estado, Dayane Pimentel.
A lista também inclui os parlamentares Joice Hasselmann, Júnior Bozzella, Nereu Crispim e o senador Major Olímpio.
Autoproclamada "deputada federal de Jair Bolsonaro na Bahia" nas eleições de 2018, Dayane Pimentel rompeu com Bolsonaro em outubro de 2019 ao não aceitar a articulação do presidente de indicar o filho Eduardo Bolsonaro para assumir a liderança do PSL na Câmara (saiba mais aqui).
Procurada pelo Bahia Notícias, Dayane Pimentel declarou que blindará o PSL de quem quer tomar o partido à força.
"Seria interessante se a nota viesse com aspas do próprio Bolsonaro. Como só veio de forma especulativa, acho apenas engraçado. Mas aproveito a oportunidade para reafirmar que não sou uma simples correligionária do PSL, sou uma das peças que o blinda das garras dos que querem tomá-lo à força. Estarei aqui para blindar novamente se preciso for e isso talvez incomode os planos de quem vive com a intenção de desestabilizar o partido", declarou a parlamentar feirense.
A assessoria da parlamentar ainda cita que a lista de Bolsonaro não é a primeira a circular na imprensa, mas a primeira em que consta o nome da presidente do PSL na Bahia.
RETORNO DE BOLSONARO
O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, quer que o presidente Jair Bolsonaro desista de criar o Aliança pelo Brasil para aceitá-lo de volta no partido. O presidente da República admitiu que cogita voltar à sigla onde se elegeu depois que a formulação do Aliança se mostrou inviável até 2022 (lembre aqui).
Dentro da ala que resiste ao retorno, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio, declarou que é mais fácil o partido aceitar a filiação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que aceitar de volta o presidente Jair Bolsonaro (veja aqui).
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Podcasts

'Terceiro Turno': Antes tarde do que nunca? Após 11 meses, Bahia adota ensino remoto
O governo da Bahia definiu o modelo e data para a retomada das aulas, suspensas há mais de 11 meses. Em 15 de março, a rede estadual da Educação vai começar as atividades escolares em um ano letivo "2 em 1" e de forma 100% remota. A decisão é compreensível, já que a Bahia enfrenta agora o pior momento da pandemia da Covid-19, com o sistema de saúde pressionado e à beira do colapso. Mas por outro lado surgem questionamentos sobre o motivo dessa medida não ter sido adotada antes, já que escolas do país inteiro, e até de alguns municípios da Bahia, usaram a estratégia desde o ano passado. No episódio do podcast Terceiro Turno desta sexta-feira (25), os jornalistas Ailma Teixeira, Jade Coelho e Bruno Luiz discutem pontos polêmicos do protocolo divulgado pelo governo baiano.
DESENVOLVIMENTO SALVANDO VIDAS
Ver maisFernando Duarte

'Lockdown à baiana' foi servido sem acompanhamentos
O endurecimento das medidas restritivas na Bahia foi anunciado de maneira atabalhoada. Horas antes de o governador Rui Costa apresentar formalmente as “restrições de atividades”, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, resolveu “furar” o aliado e confirmou o fechamento de atividades não essenciais entre 17h de sexta-feira (26) e 5h de segunda (1º). A medida era esperada. A forma como acabou anunciada, com uma antecedência tão pequena, não.
Buscar
Enquete
Artigos
O caos não é apenas sanitário. É jurídico e moral também: 'O Brasil não é para amadores'
Tenho sempre neste valioso canal de comunicação e debate, me detido a desenvolver reflexões no âmbito jurídico, sempre com o compromisso (ou pelo menos, tentado) de analisar o impacto jurídico promovido pelos nossos legisladores, sempre tão obcecados pela política na sua acepção mais desnutrida e partidária.