Bruno Reis manda recado a Alexandre Aleluia por críticas ao DEM: 'Tem que seguir decisões'

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), mandou um recado nesta quarta-feira (14) ao vereador Alexandre Aleluia (DEM), que tem feito ataques públicos ao próprio partido nas redes sociais (saiba mais sobre a situação do vereador aqui).

Questionado sobre a postura do correligionário, Bruno disse que críticas “fazem parte da democracia”, mas defendeu que filiados devem seguir as decisões tomadas nas instâncias partidárias.

“Depois que o partido toma decisões, fecha os consensos, essas decisões precisam ser seguidas por todos os seus filiados. O partido, quando constrói maioria, tem direito de exigir reciprocidade de seus filiados”, afirmou o prefeito, em entrevista coletiva durante agenda oficial nesta manhã.

Pelo Twitter, no sábado (10), Aleluia postou a imagem de uma reportagem postada pelo jornal Correio que noticia a decisão do ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, de criar o “Democratas Diversidade” - vertente da legenda que objetiva desenvolver políticas internas e debates sobre a inclusão e o combate a desigualdades sociais e econômicas no país.

No tweet, Aleluia comparou o DEM ao PSOL e atacou a população LGBTQIA+, ao dizer que este público é “uma pauta criada pela esquerda”. “A pauta LGBT foi criada pela esquerda para dividir a sociedade e fazer com que a política ardilosamente se aproveite do ressentimento. Isso não tem nenhum compromisso com o partido que me elegi. Isso está muito mais próximo do PSOL”, postou.

No dia seguinte, no domingo, ele classificou o DEM como “partido com convicções gelatinosas”. Ele se referiu ao deputado federal Sóstenes (DEM-RJ), que anunciou a saída da legenda após criação do comitê de diversidade.

Na avaliação interna do partido, o intuito de Aleluia é criticar o DEM para conseguir uma desfiliação por justa causa. Em reportagem nesta terça (13), o Bahia Notícias mostrou, no entanto, que o DEM pretende “cozinhar” o vereador até o período da janela partidária, que só será aberto no próximo ano, quando Aleluia poderá sair da sigla sem correr o risco de perder o mandato.