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'Às vezes, há resistência do militar em pedir ajuda', diz Coronel Honorato

Por Mauricio Leiro

'Às vezes, há resistência do militar em pedir ajuda', diz Coronel Honorato
Foto: Divulgação

A saúde psicológica dos policiais militares voltou ao debate após o incidente com o soldado Wesley Soares, que teve sinais de um surto psicótico e acabou morto em frente ao Farol da Barra. De acordo com o tenente coronel Honorato, coordenador de Assistência Psicológica da Polícia Militar no Departamento de Promoção Social, a situação foi de muita angústia. 

 

Psicólogo e coordenador do setor há 20 anos, Honorato explicou que o atendimento aos policiais na pandemia foi atípico durante o período. Além disso, o coronel comentou que ainda existe resistência entre os policiais para procurar ajuda psicológica. 

 

“É a busca de pessoas que têm capacidade de enfrentar a fadiga. Temos essa vertente de lidar com isso diariamente. Alguns recorrem na justiça contra o psicoteste. Outro momento é durante o curso. Eles têm matérias que falam de saúde mental. Às vezes tem uma resistência do militar em pedir ajuda. Tentamos desmistificar isso. Tentamos explicar qualquer situação de mal humor, irritação, para procurar. Isso gera um estresse pós-traumático”, disse.

 

Honorato explicou que a PM não submete os policiais a avaliação compulsória. A análise é feita apenas no início do processo de entrada na corporação. “O que estamos tentando fazer é orientar os comandantes é que o oficial que participe de ações com óbito, de alto risco. É orientar em decorrência da situação de estresse. Sinalizar que algum comportamento tem que ser tratado. É muito comum que policiais após a ocorrência querem espairecer e aí entra o uso do álcool. É o flashback, que é rememorar a ocorrência. Isso é incômodo”, disse.  Veja a entrevista completa aqui.