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Bolsonaro abre portas para corrupção como governos do PT, diz ex-procurador da Lava Jato

Por Lucas Arraz

Bolsonaro abre portas para corrupção como governos do PT, diz ex-procurador da Lava Jato
Foto: Reprodução / Sérgio Lima / Poder360

Ex-procurador da República e um dia decano da Operação Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima classificou como uma "mentira deslavada" a fala do presidente Jair Bolsonaro de que teria acabado com a corrupção em seu governo e a necessidade da operação (reveja aqui). O jurista criticou o presidente por aderir ao presidencialismo de coalizão, dando oportunidades para que investigados por corrupção indiquem nomes para cargos de confiança no governo federal (saiba mais aqui). 

 

"Jair Bolsonaro não governa. Ele vive sempre de manifestações típicas eleitorais. A única preocupação dele é salvar sua família e conquistar a reeleição. A partir do momento em que ele foi bastante constrangido pelas investigações no Supremo, ele aderiu a um pragmatismo total", disse Carlos Fernando em entrevista ao Isso é Bahia, do Bahia Notícias e A Tarde FM (103.9), desta sexta-feira (16). 

 

O ex-procurador criticou também a entrega de cargos para partidos do centrão que, segundo ele, são os responsáveis por indicações para cargos na diretoria da Petrobras e Eletrobras, empresas investigadas por corrupção na Lava Jato. "São partidos que usam da fisiologia para ficarem no governo. Isso nos levará ao mesmo processo que ocorreu no governo do PT. O governo Bolsonaro é um estelionato no combate à corrupção. 

 

Sobre a declaração do presidente de que teria acabo com a corrupção, Carlos classificou a fala como "mentira deslavada": "Uma forma de tentar esconder que o governo dele é sustentado pelas mesmas forças políticas que foram reveladas pela Operação Lava Jato, com os principais partidos envolvidos em corrupção". 

 

Entre os cargos e indicados que Bolsonaro entregou para o grupo de partidos do chamado centrão estão Carlos Marun (MDB) e José Carlos Aleluia (DEM), nomeados conselheiros de Itaipu; Fernando Marcondes de Araújo Leão (Avante-PE), diretor do DNOCS; Tiago Pontes Queiroz, secretário do MDR e Garigham Amarante Pinto, diretor de ações educacionais do FNDE.