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Orçamento de cargos que Bolsonaro negocia com centrão soma R$ 86 bilhões

Orçamento de cargos que Bolsonaro negocia com centrão soma R$ 86 bilhões
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Os cargos negociados entre o governo Jair Bolsonaro e os parlamentares do centrão possuem orçamento total de R$ 86 bilhões neste ano. A negociação envolve o comando desses órgãos com membros de siglas, como PP, PL, Republicanos e PSD.

 

Segundo reportagem do jornal O Globo, o principal é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que sozinho possui verba de R$ 54 bilhões. O órgão é responsável por liberar compras e celebrar convênios, além de de controlar repasses federais para a alimentação escolar. De 2016 a 2018, ele foi comandado pelo baiano Silvio Pinheiro.

 

No contexto atual, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi pressionado por Bolsonaro a entregar o comando do órgão ao PP. Interlocutores do partido dizem até que a situação está resolvida e Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do senador e presidente do partido Ciro Nogueira (PI), será nomeado presidente do fundo.

 

Ainda no FNDE, na segunda-feira (18), o governo nomeou um ex-assessor da liderança do PL na Câmara dos Deputados, Garigham Amarante Pinto, para a diretoria de ações educacionais. A pasta coordena o Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD) e o programa de alimentação escolar.

 

Já o PP garantiu outros benefícios nessa aproximação com o governo. No último dia 6, o indicado da legenda, Fernando Araújo, foi nomeado para a diretoria do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). O órgão, que atua na construção de açudes, reservatórios, perfuração de poços e irrigação, tem orçamento de R$ 1,09 bilhão.

 

Outra instituição negociada é o Banco do Nordeste, que tem orçamento de R$ 29 bilhões. A publicação lembra que, em maio do ano passado, o deputado Arthur Lira (PP) foi procurado para indicar um nome ao cargo, mas a trativa não foi para a frente. Agora, ele está sendo negociado com o PL, partido do ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão. A legenda queria também indicar um secretário para o Ministério da Saúde, mas nesse ponto encontra dificuldades, pois integrantes do governo defendem se tratar de uma área sensível em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

 

A reportagem menciona ainda outros órgãos no governo com orçamentos grandiosos que são controlados por indicados de políticos. É o caso da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com orçamento de R$ 1,62 bilhão; Atualmente, ela está sob comando de Marcelo Andrade Moreira Pinto, indicado pelo ex-líder do DEM na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (BA).