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Economia brasileira é um liberal de muitas ideias e pouca execução, avalia especialista

Por Mari Leal

Economia brasileira é um liberal de muitas ideias e pouca execução, avalia especialista
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

A proposta de política econômica do Brasil atual está imersa em um patamar de “dogmatismo” liberal que que, por vezes, não permite enxergar a realidade como ela é. No entanto, a pandemia do novo coronavírus trouxe a lição de que “a vida é dinâmica e não cabe nas caixinhas teóricas, ideológicas”. A análise é do doutor em História Econômica e professor da Universidade Federal da Bahia, Marcos Guedes Vaz Sampaio. 


Em conversa com o Bahia Notícias, o estudioso analisou os principais pontos da política adotada pelo Brasil diante da emergência em saúde, assim como a discussões de recuperação da economia e os reflexos da postura presidencial brasileira diante no mercado internacional. 


Para Guedes, o cenário prévio que apontava retrações econômicas mais “dramáticas” não se concretizou, no entanto, isso não significa que as condições são boas, a despeito da construção discursiva que se faça pelos atores pró ou contrários ao governo federal.  


“A estimativa é que para recuperar os níveis pré-pandemia, e ressalto que já não eram bons, pode se levar entre um e dois anos. Ou seja, ou é ano que vem ou é 2022. Não é que o PIB do ano que vem vai crescer menos de 1,1% [crescimento de 2019], ele vai crescer a mais, mas compensando a perda desse ano”. 


Sobre a postura do Brasil no contexto internacional, Guedes avalia que o “negacionismo” diante da Covid-19 não gera grandes transformações, apenas reforça a imagem já “deteriorada” que a “diplomacia do Brasil no governo Bolsonaro já havia transmitido ao mundo”. Alerta ainda sobre o desafio que será necessário ao país, a fim de evitar um “isolamento” político, caso se concretize a eleição do Joe Biden nos Estados Unidos. Veja a entrevista completa aqui