Sinalizando saída da liderança, Targino sofreu derrota em reunião de bancada que lidera
Por Lucas Arraz
Líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) até que diga o contrário, o deputado estadual Targino Machado (DEM) foi voto vencido na discussão que determinou a dispensa de formalidade do grupo para a votação do projeto de promoção dos policiais militares (veja aqui).
Targino ficou do lado dos parlamentares Luciano Simões Filho (DEM), Capitão Alden (PSL) e Soldado Prisco (PSC), insistindo na tese de que o projeto não deveria contar com a anuência da oposição. Com 10 votos a favor da votação e quatro contra, Targino teve sua tese derrotada ao submeter a escolha de forma democrática.
O acontecimento, para aliados de bancada do deputado, foi uma derrota fragilizante para Targino como líder. Coincidência ou não, dias depois, o líder anunciou o interesse de "passar o bastão" na AL-BA (veja aqui). O democrata pode ser substituído pelo deputado estadual Sandro Régis (DEM) após o Carnaval. Parte da bancada nega a classificação do acontecimento como uma derrota.
Um outro deputado oposicionista ouvido pelo Bahia Notícias minimizou a situação. Para ele, Targino quis se solidarizar com a posição de Alden e Prisco e por isso ficou contra a votação do projeto.
Ventilado como próximo líder, Sandro Régis (DEM) negou que a situação fragilizou o líder e declarou que apoia Targino caso ele queira continuar no posto que está. “Vou apoiar Targino se ele quiser continuar como líder da oposição. A bancada está unida e o resto é fofoca”, falou. "Targino foi solidário aos colegas. Não houve vitória e nem derrota na votação", completou.
LÍDER DE GOVERNO
Problemas na oposição, problemas na bancada de governo. O período de convocação da AL-BA e suas matérias polêmicas como a reforma da previdência também trouxe desgastes para o líder de Rui, deputado Rosemberg Pinto (PT).
Pegou mal entre governistas ouvidos pelo Bahia Notícias as falas de Rosemberg durante a votação do projeto da promoção de policiais militares e em discussão após o deputado Hilton Coelho conseguir na Justiça a interrupção da tramitação da primeira reforma da Previdência (lembre aqui)
Para aliados, Rosemberg perdeu a mão e expôs o governo em declarações mais duras durante a convocação.
Rosemberg Pinto (PT) criticou os parlamentares Soldado Prisco (PSC) e Capitão Alden (PSL) por votarem contra a urgência do plano de carreira dos policiais militares (reveja aqui). Prisco e Alden são da “bancada da bala” na Casa.
"O projeto amplia a possibilidade dos praças ascender a cargos específicos a oficiais. Infelizmente, há um debate dentro da corporação que está transformando um projeto positivo em negativo. A proposta vai gerar a seis mil novas promoções e uma despesa de quase R$ 80 milhões aos cofres do Estado, o que irá melhorar a remuneração e garantir melhores condições para ascensão a cargos superiores", afirmou o líder governista à época.