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Projeto sobre aplicativos de transporte pode expor nova divisão na base de ACM Neto

Por Guilherme Ferreira

Projeto sobre aplicativos de transporte pode expor nova divisão na base de ACM Neto
Foto: Guilherme Ferreira / Bahia Notícias

O projeto de lei que regulamenta o serviço prestado por aplicativos de transporte individual, como o Uber e o 99Pop, pode expor uma nova divisão dentro da base do prefeito ACM Neto na Câmara de Vereadores. O texto encaminhado ao Legislativo na última sexta-feira (24) (veja mais) não agrada a integrantes do grupo, que podem votar contra a proposta caso ela não sofra alterações nas regras que ela cria.

 

De acordo com pessoas ligadas ao tema, a falta de consenso dentro da base do prefeito gera inclusive um receio de que haja dificuldades para o projeto ser aprovado na Câmara. O cenário é incomum dentro da Casa, que tem apenas 11 de seus 43 integrantes na oposição. Para o texto ser aprovado, é necessário o apoio da maioria simples dos vereadores.

 

O fato da votação ter sido marcada para o dia 12 de novembro estaria sendo visto com bons olhos por lideranças da bancada de ACM Neto, que desejavam ter mais tempo para convencer vereadores a votarem a favor da matéria. Por outro lado, o líder do grupo, Henrique Carballal (PV) nega ter preocupação quanto às chances do projeto ser aprovado. "Projeto enviado pela prefeitura é projeto aprovado", assegurou em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (29).

 

Alexandre Aleluia (DEM) e Cézar Leite (PSDB) estão entre os vereadores aliados de ACM Neto que recentemente promoveram discussões defendendo o funcionamento dos aplicativos de transporte. Ambos falam abertamente que fariam mudanças no projeto de lei que foi encaminhado pela prefeitura. Além disso, vereadores de eleitorado mais jovem também tendem a apoiar a causa dos aplicativos de transporte.

 

O projeto de lei é criticado pelos aplicativos que atuam no setor (veja mais). Eles alegam que, caso sejam aprovadas, as novas regras de funcionamento vão prejudicar a prestação do serviço na capital baiana. A opinião é compartilhada por vereadores de Salvador. "Como está escrito hoje o projeto, na minha visão, é muito ruim. É um projeto que não regulamenta, ele controla", comentou Cézar Leite ao Bahia Notícias nesta quarta. "Eu mudaria algumas questões, tornaria mais livre para os aplicativos", declarou Alexandre Aleluia.

 

A proposta da prefeitura prevê que haja um limite de 7,2 mil carros cadastrados para realizar o serviço, mesmo número que é aplicado para táxis em Salvador (veja mais). A intenção da prefeitura é que, assim como os taxistas, cada veículo cadastrado no aplicativo possa ter mais dois motoristas vinculados. A média de idade dos automóveis será inicialmente de no máximo oito anos e as empresas que operam os serviços serão taxadas.