Itapetinga: Justiça determina instauração de CPI para investigar ofício que solicita intervenção do estado
Por Redação
A Justiça determinou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, por parte da Câmara de Vereadores de Itapetinga, para apurar a entrega de um documento falso ao Governo do Estado em nome do prefeito Eduardo Hagge.
Segundo o site Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias, a Câmara, sob a presidência de Luciano Almeida, terá de instaurar a CPI e conduzir as investigações internas para esclarecer as responsabilidades e apurar eventuais crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso, além de identificar responsabilidades e propor as medidas cabíveis.
A decisão foi tomada após pedido da Câmara do município para investigar uma suposta “falsidade ideológica”. O documento que motivou a mobilização no Legislativo e o pedido posterior foi a divulgação de um ofício que solicitava uma intervenção estadual no município. O pedido estaria relacionado a um processo eleitoral sobre a cassação do diploma de um vereador condenado à prisão por cuspir em um servidor público.
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, dez dos quinze vereadores demonstraram apoio a CPI para investigar se houve crime de falsidade ideológica na assinatura do ofício, que defende a “importância desse tema para a lisura e a estabilidade democrática” de Itapetinga, além de solicitar “medidas cabíveis, no âmbito das competências [do Governador], para que se mantenha a decisão já proferida pelo TRE-BA".
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia já havia declarado, por unanimidade, a cassação do diploma do vereador neste processo, que agora tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após recurso. O ofício foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado para análise e a PGR concluiu que o Estado da Bahia não é parte do referido processo judicial e avaliou a possibilidade de intervenção.
O VEREADOR
Diego Queiroz Rodrigues, vereador conhecido como Diga Diga teve a prisão decretada em junho do ano passado após o não pagamento de uma multa parcelada em seis vezes. O parlamentar foi punido pela Justiça após cuspir em um servidor municipal após sessão na Câmara de Vereadores, em setembro de 2019.
Diga Diga também foi mencionado no âmbito da Operação Overclean e chegou a ser um dos alvos das ações da Polícia Federal.