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TCM multa prefeito após auditoria apontar irregularidade no pagamento de professores em Santo Estevão

Por Redação

TCM multa prefeito após auditoria apontar irregularidade no pagamento de professores em Santo Estevão
Foto: reprodução / Prefeitura de Santo Estevão

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia(TCM-BA) acataram, nesta terça-feira (20), as conclusões do relatório de auditoria realizada na Prefeitura de Santo Estevão, município do Portal do Sertão baiano, que analisava a remuneração e requalificação dos profissionais do magistério que trabalharam em 2019. O conselheiro Nelson Pellegrino, relator do processo, imputou uma multa de R$1.500,00 ao prefeito Rogério dos Santos Costa pelas irregularidades apuradas na fiscalização.

 

O TCM também determinou que o prefeito cumprisse o piso salarial nacional dos professores e realize, com urgência, um concurso público para prover efetivo de profissionais dessa categoria.

 

A auditoria fiscalizou o cumprimento da Meta 16, que trata a formação continuada e pós-graduação de professores, e da Meta 18, referente ao atendimento do piso salarial e plano de carreira do docente, as duas do Plano Nacional de Educação. Os recursos auditados pelo TCM alcançaram o montante de R$19.406.689,85.

 

Foi constatado pela auditoria que, em 2019, o pagamento dos professores da rede municipal não esteve de acordo com o valor mínimo nacional estabelecido pela Lei Federal nº 13.005/2014 e pela Lei nº 11.738/2008, aprovadas naquele ano. As leis estabeleciam, no exercício, o valor de R$2.557,74 para 40h/semanal e R$1.278,87, para 20h/semanal . Os professores temporários, com carga de 20h, receberam o correspondente a um salário mínimo naquele ano, e os que tinham jornada de 40h, receberam dois salários mínimos.

 

A carga horária cadastrada no sistema SIGA, do TCM, foi constatada em desacordo com a carga horária contratada, conforme apontado pelo relatório técnico. Além disso, a equipe técnica identificou o descumprimento da meta 18.1, uma vez que a quantidade de profissionais de magistério ocupando cargos efetivos ficou abaixo de 90% do total. Também foi constatado que o último concurso público para contratação efetiva de profissionais foi realizado em 2014, e que os processos seletivos realizados em 2018 foram exclusivos para o Regime Especial de Direito Administrativo (REDA).

A procuradora Camila Vasquez, representante do Ministério Público de Contas, respaldou as conclusões do relatório técnico e opinou pelo conhecimento e procedência das conclusões da auditoria temática, com aplicação de multa ao prefeito e recomendações.

 

Cabe recurso da decisão.