Luiz Bacci diz que discurso de Luciano Huck sobre megaoperação no Rio romantiza crime: "Palhaçada"
Por Redação
O discurso de Luciano Huck durante o encerramento do 'Domingão', no domingo (2), sobre a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos gerou polêmica nas redes sociais e ataques ao apresentador, entre eles o de Luiz Bacci.
Se de um lado das redes sociais, Huck recebeu apoio do público pelas críticas feitas a ação da polícia, que, para ele, aconteceu de forma desestruturada, para Bacci, o global romantizou o crime.
"É uma tristeza ver o mesmo modelo de segurança pública se repetir há décadas sem nenhum resultado. Quantas vezes eu já não parei um programa de televisão aqui na TV Globo para falar desse assunto? 120 mortos numa operação policial no complexo do Alemão e da Penha. Por trás desse número, tem 120 mães que enterraram seus filhos. [...] É preciso combater o narcotráfico com força total. É preciso coordenar ações entre todos os níveis de poder: municipal, estadual e federal", disse Huck.
O apresentador ainda pontuou que parte das pessoas afetadas pela megaoperação vivem em territórios dominados pelo tráfico e pela milícia, sem participação no crime.
"Vale lembrar que a enorme maioria da população carioca vive nesses cantos da cidade e é também refém dessa violência. Não compactuam, não pertencem. A violência urbana é a maior dor do Brasil, sem a menor dúvida, atualmente. E quem lucra de verdade com a criminalidade não está no complexo do Alemão, nem na Penha. Aqueles fuzis, aqueles drones, aquelas armas de guerra não foram fabricados ali e não chegaram ali sozinhos."
Contrário a opinião de Huck, o apresentador Luiz Bacci, chamou o discurso do global de palhaçada.
"Eu não concordei com o que ele disse. Não vou romantizar o crime e nem o sofrimento das mães desses traficantes. Eu prefiro ficar do lado das mães dos inocentes que choram até hoje por terem perdido seus filhos nas mãos da facção. Esse seu tipo de discurso de palhaço, de palhaçada serve, na verdade, para tentar intimidar a polícia a entrar no morro. [...] Só bandido, só traficante que morreu. Até agora não tem nenhum inocente. Outro deputado disse que tinham quatro meninos inocentes, balela."
Para o ex-Record, falas como a de Luciano tentam intimidar a polícia e criar um ambiente hostil para as operações.
"Chega dessa conversinha. Fácil falar da sua casa, do alto do Joá, cercado de seguranças e de blindados. Nunca pôs o pé em uma favela para conhecer a realidade. Toda vez que você entrou em favela o tráfico sabia que ia ter gravação e por isso você não viu um fuzil."
